tag:blogger.com,1999:blog-10238493375647531852024-03-20T05:05:04.235-07:00Blog do Marcelo CâmaraMarcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-9966477972933220552018-07-30T17:04:00.002-07:002020-08-08T20:56:31.843-07:00TOLICE E INVERDADE: "A CAIPIRINHA NASCEU EM PARATY"<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px;">
<u><span style="color: #404040; font-family: "tahoma" , sans-serif; font-size: 8pt;">Na mídia desde janeiro de 2014<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px;">
<u><span style="color: #404040; font-family: "tahoma" , sans-serif; font-size: 8pt;"><br /></span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px; text-transform: uppercase;">
<b><span style="color: #595959; font-size: 12pt;">“DIVULGAR QUE<br />A CAIPIRINHA NASCEU EM PARATY<br />É TOLICE, FANTASIA, INVERDADE, EMBUSTE”,<br />AFIRMA ESPECIALISTA.<br /><br /><o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal3" style="color: #545454; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; margin: 0cm 0cm 33.75pt; text-align: center;">
<span style="color: #006633; font-family: "tahoma" , sans-serif; font-size: 10pt;"></span><br />
<hr align="center" size="1" width="100%" />
<span style="color: #006633; font-family: "tahoma" , sans-serif; font-size: 10pt;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px; text-transform: uppercase;">
<b><span style="color: #595959; font-size: 12pt;">A <em>CAIPIRINHA</em> E UMA BATIDA CHAMADA <em>RUCU-RUCU</em><br /><br /><br /><span style="color: #666666; font-size: 12px;">“A ELABORAÇÃO DE UMA BOA BATIDA<br />- FILHA FIDALGA DA CACHAÇA –<br />É TODA UMA ARTE CHEIA DE SUTILEZAS.” </span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; text-transform: uppercase;">
<b><span style="color: #595959;"><span style="color: #666666;"><br /><span style="font-size: xx-small;">(GILBERTO FREYRE IN <i>CACHAÇA – 114 RECEITAS DE BATIDAS</i>, 1976)</span></span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; text-transform: uppercase;">
<b><span style="color: #595959;"><span style="color: #666666;"><span style="font-size: xx-small;"><br /></span></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px;">
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;">Várias vezes me perguntaram quando, como e onde nasceu a Caipirinha, quando surgiram as batidas de frutas que têm como base a Cachaça. Ou quem inventou a batida de limão. Um pingófilo amigo sempre repetia quando um problema o ameaçava: “<i>Como dizia Napoleão, a solução é batida de limão</i>”. Eu acredito que tanto a Caipirinha quanto as batidas de Cachaça com frutas surgiram logo depois de a Cachaça nascer em plena Mata Atlântica, no litoral norte de São Paulo, no início do século XVI. Os primeiros provadores e bebedores do “<i>vinho de mel de cana</i>” em São Vicente tinham, em seu redor, exuberantes, dezenas de espécies de frutas tropicais, perfeitas para a mistura com a aguardente, mel ou açúcar. A experiência da mistura foi natural. Esta é uma dedução histórica natural, aplicando-se a Lógica à História.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px;">
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px;">
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;">A referência mais antiga que encontrei sobre o assunto é recente. O guarda-marinha inglês Edward Wilberforce, embarcado no navio <i>Geyser</i>, da Marinha Real Inglesa, que tinha por objetivo o combate ao tráfico, é o autor do livro<u style="font-style: italic;"> </u><i>Brazil Viewed Through a Naval Glass: With Notes on Slavery and The Slave Trade (O Brasil visto por uma luneta naval: com notas sobre a escravidão e o tráfico de escravos). </i>O texto foi finalizado em outubro de 1855. O livro, editado em Londres no ano seguinte. O <i>Geyser</i> patrulhou a costa brasileira de 1851 a 1855. Wilberfoce reserva um capítulo inteiro da sua obra para narrar a alegria da tripulação quando teve permissão para ir a terra, na Praia das Laranjeiras, no litoral sul de Paraty. E que alegria era essa? Por que a tripulação exultou em descer na Laranjeiras?</span><br />
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgusj1XGH9p7OOgxchu1Rxdjl7H9LvfQhwF0eJOxsgxkdQCj3qSJEPLu_L45xeeAhw5pBbEWhFvrxfLWgCUm7YxxpmSzHnMNNajWo93x2Wn61xMvLwfqB5CZ6UOXoZNMAuCtk8ipGl0j0g/s1600/Edward+Wilberforce+Laranjeiras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1216" data-original-width="800" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgusj1XGH9p7OOgxchu1Rxdjl7H9LvfQhwF0eJOxsgxkdQCj3qSJEPLu_L45xeeAhw5pBbEWhFvrxfLWgCUm7YxxpmSzHnMNNajWo93x2Wn61xMvLwfqB5CZ6UOXoZNMAuCtk8ipGl0j0g/s640/Edward+Wilberforce+Laranjeiras.jpg" width="421" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Edward Wilberforce <span style="font-size: xx-small;">(Imperial War Museums)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;">Pela narrativa detalhada do Wilberforce, a tripulação, incluindo os oficiais, num dia entre fevereiro e março de 1851, refresca-se, refestela-se, com muita agitação, alvoroço até, ao ir a terra chupar laranjas e beber <i>grog</i>. Beber <i>grog</i> significa beber aguardente misturada à água, ao limão e ao açúcar. “<i>Grog</i>” também pode ser traduzido como qualquer bebida forte, qualquer destilado, puro com água e limão, com ou sem açúcar; o rum puro ou o rum com água e limão, com ou sem açúcar. Mas é inimaginável que na Praia das Laranjeiras, em Paraty, a tripulação de Wilberforce tenha descido a terra para beber rum com água e limão, com ou sem açúcar. A aguardente nativa e existente naquela praia, a “<i>Baía das Laranjeiras</i>”, “<i>Orange Bay</i>”, como Wilberforce chama aquele sítio, é a famosa “<i>paraty</i>”, aguardente de cana-de-açúcar superior, feita na região, que, dois séculos antes, já era distinta, melhor e mais cara do que todas as “<i>aguardentes da terra</i>” ou “<i>jeribitas</i>”, fabricadas e de uso generalizado em todos os cantos da Colônia, depois Vice-Reino e, à época, Império do Brasil. Beber <i>grog</i>, ou seja, <i>paraty</i> misturada com água, limão, com ou sem açúcar, é o que Wilberforce descreve efusivamente em sua obra, num cenário tropical, de natureza exuberante, onde flora, fauna, geografia fascinante, tudo era novidade, prazer e êxtase. O <i>Geyser</i> havia deixado a Londres urbana e fria em novembro de 1850, antes do terrível inverno.</span><br />
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9L__Nls9MhXLPBDwK-5rE1ToCq1NOXZR1unTMAO1bgbM2J69dIuZUogF_k9f4wfrez476oegQXy8NnfmMS7X2OgOS1Us2AucmbY2f9ubLz6opU5F8TeaU3qDrPY_G0W4gbjmoAtGWIyc/s1600/Praia+das+Laranjeiras+Paraty+2012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="560" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9L__Nls9MhXLPBDwK-5rE1ToCq1NOXZR1unTMAO1bgbM2J69dIuZUogF_k9f4wfrez476oegQXy8NnfmMS7X2OgOS1Us2AucmbY2f9ubLz6opU5F8TeaU3qDrPY_G0W4gbjmoAtGWIyc/s640/Praia+das+Laranjeiras+Paraty+2012.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Praia das Laranjeiras nos olhos e lentes de Anna Carolina Motzko (annamotzko.wordpress.com)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;">A tripulação bebeu bastante, a alegria foi contagiante e generalizada. Wilberforce descreve o excesso etílico de um tripulante, bêbado, que, após beber e fumar, tenta se explicar ao capitão: </span><em style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;">“I wasn’t drunk, sir, not by no means. I was just kinder stupefied, sir, not by drink at all. I’ll just tell ye how it was. I had one glass, or it may be two glasses, or it might be three glasses, sir, o’ porter, and one glass o’ grog, which wasn’t nothing like enough to make me drunk, sir!”</em><span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px;">
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;"><br />Portanto, aí está a confissão de um tripulante que bebeu vários copos de <em>grog</em>. Trata-se do primeiro registro bibliográfico, pelo menos que eu conheça, do consumo da mistura Cachaça + água + limão + açúcar, feito no Brasil. Este é o primeiro registro de uma mistura que mais se aproxima do que iríamos chamar, a partir do século XX, de Caipirinha, o drinque brasileiro por excelência. </span><br />
<br />
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;">Mas nem por isso eu cometeria a leviandade de afirmar que a Caipirinha nasceu na Praia das Laranjeiras, em Paraty, em 1851. A Caipirinha, as batidas em todos os cantos do Brasil, os bate-bates nordestinos de Cachaça com frutas, são soluções, como disse acima, segundo a minha dedução, de que tais misturas nasceram, naturalmente, contemporâneas à própria Cachaça, na Mata Atlântica, na Capitania de São Vicente, no século XVI. Depois, se repetiram e se multiplicaram em todas as terras de consumo, nos arredores de todos os engenhos da Colônia, nos arraiais, freguesias, aldeias, vilas e cidades. Muito mais, é claro, como busca de prazer, de sair da realidade, e de animar festas, “esquentar” reunião, diversão ou lazer; e, muito menos, o uso da Cachaça com finalidade medicinal, de cura, o que também era usual. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px;">
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;"><br />O registro de uma prática, de uma receita de bebida ou comida, do consumo de uma bebida misturada a alguma fruta com açúcar; ou o registro de um fato, em documento, jornal ou livro, ocorrido em determinado lugar, em certa data, não autoriza ao registrador ou ao leitor daquele registro afirmar que a prática que descreve se deu, naquele lugar, naquela data, pela primeira vez. Não permite ao historiador enunciar que aquela bebida, que aquela receita, nasceu naquele lugar ou naquela data. Um erro grosseiro, inconcebível ao mais incipiente pesquisador. Seria como um historiador que registra, pela primeira vez, uma prática gastronômica, um prato, ou a uma confecção artesanal de um objeto, em determinado lugar, numa determinada data, assegurar que aquela prática nasceu naquele lugar e naquela data, onde e quando ele, circunstancialmente, registrou. </span><span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;">Um primeiro registro de um fato por uma pessoa não pode ser confundido com a sua primeira ocorrência, como se o fato ele acontecesse pela primeira vez, constituindo-se um fato inédito.</span><br />
<span style="color: #0d0d0d; font-size: 10pt;"><br />Nesse equívoco, incorreu quem, certamente néscio em Cachaça e na sua História, ao encontrar nos Arquivos da Câmara Municipal de Paraty um documento de 1856, no qual o engenheiro civil João Pinto Gomes Lamego, respondendo a um ofício do presidente da Câmara do município, justificava o destino que dera ao volume de aguardente a uma “feria” de trabalhadores, erra ferozmente. O engenheiro explica que serviu “<i>aguardente temperada com água, açúcar e limão</i>”, em substituição à água, aos trabalhadores que labutavam na obra de um cemitério, lugar que considerava insalubre. Segundo o engenheiro, fez isso para evitar que os trabalhadores, “suados do trabalho” poderiam “<i>sofrer algum outro mal</i>”, além da cólera que grassava naquela quadra na cidade, pois a água era o principal veículo transmissor da doença. Após ler a justificativa de Lamego, concluiu-se que “<em>a Caipirinha nasceu em Paraty</em>”.<br /><br />Ora, em primeiro lugar, a receita do engenheiro de Paraty não era uma receita de Caipirinha, como desde o início do século XX é denominado o drinque que consiste em macerar o limão com casca em pedaços com a Cachaça, obtendo-se o suco e o sumo da fruta, adicionando-se açúcar, permanecidos os despojos da fruta no fundo do copo. Não há essa descrição no “<i>Officio</i>”. O que o engenheiro recomendou nem sequer foi um grog brasileiro, substituindo-se o rum pela Cachaça. Explicando: a receita do engenheiro ao “<i>proibir</i>” que os trabalhadores bebessem água, no local de trabalho, mas a tal mistura não é a da Caipirinha que conhecemos. Também não pode ser considerada <i>Batida de Limão</i>, outra bebida à base de Cachaça, em que Cachaça, limão e açúcar não são apenas misturados, mas batidos manualmente num recipiente, numa coqueteleira. Também não é <i>Cachaça com Limão</i>, uma terceira bebida, que consiste em chupar o limão e beber a dose de Cachaça, ou espremer o limão numa dose de Cachaça, sempre sem açúcar.<br /><br />Por que a receita do engenheiro de Paraty apenas se assemelha e não é um <i>grog</i> abrasileirado? Porque é uma mistura de água com Cachaça, limão e açúcar. Isso, repito, não é Caipirinha, não é batida de limão, não é Cachaça com limão, não é um drinque. É apenas uma <i>mezinha</i>, como se chamava à época uma receita caseira para evitar que a população tomasse em demasia ou qualquer água disponível, que era o maior agente transmissor da cólera. A mistura apenas sugere que a água a ser bebida com alguma cachaça e limão seria suposto “antídoto” às doenças, como se acreditava à época, adicionando-se o açúcar para tornar mais palatável o “remédio”, o preventivo.<br /><br />Criado pelo almirante inglês Edward Vernon, alcunhado <em>Old Grog</em>, o grog original que os ingleses assim chamavam no Caribe e em África, era a mistura somente de rum com água. Mais tarde, surgiu o rum-água-casca de limão, com ou sem açúcar. Em Cabo Verde, desde o final do século XVI, fabrica-se o<i> grogue</i>, a aguardente de cana-de-açúcar típica do arquipélago, que serve de base para o <i>pontche </i>(com limão e açúcar) e, também, para a nossa Caipirinha, que, se foi exportada para a ex-colônia portuguesa ou se é uma irmã gêmea lá nascida, ainda não se sabe. Mas, também, em Cabo Verde, desde o século XVIII, chama-se “<em>grogue</em>” a mistura de aguardente, limão e açúcar. Mas isso é assunto para outra obra que cometerei antes do meu velório.<br /><br />Em segundo lugar, essa mistura do engenheiro, se alguém insiste em assim considerar Caipirinha ou assim chamá-la, já tinha sido registrada, como vimos, por Wilberforce, seis anos antes do engenheiro Lamego, na Praia das Laranjeiras, em 1851. Somente registrada. Não criada ou inventada por algum tripulante do Geyser ou algum morador do lugar. Primário e grave equívoco assim concluir. Para mim, insisto, a existência da Caipirinha já era velha nessa data, tinha mais de três séculos, conhecida e consumida desde o nascimento da Cachaça no século XVI, como já escrevi nesta obra. A denominação “Caipirinha” somente se consolida com a Semana de Arte Moderna, mas é “remédio” desde o século XVII, informam os livros de Farmacopeia do Brasil Colônia.<br /><br />Portanto, a afirmação segundo a qual “<i>a Caipirinha nasceu em Paraty</i>” é pura prestidigitação paroquial, esforço de paroquiano desejoso de promover a paróquia, que não resiste a mais singela crítica. A tese, segundo a qual a Caipirinha nasceu em Paraty, não se sustenta e é resultado contrário às mais elementares e básicas condutas, critérios e métodos próprios da Pesquisa e da Historiografia Científica, empenhada em registrar, interpretar e enunciar, com seriedade, correção e zelo, fato digno de interesse e importância civilizatória.<br /><br />A criatividade brasileira para usar a Cachaça na cozinha, na copa e no bar é infinita, especialmente com as frutas da terra. No Nordeste, batida é chamada, como disse, de <i>bate-bate</i>. Em Paraty, em meados da década de 1960, mais de um século depois da narrativa de Wilberforce, eu me apaixonei por uma <i>batida motorizada</i>, criada pelo saudoso e querido<i> Dito Coupê</i> (Benedito Telmo Coupê), dono do tradicionalíssimo Bar do Dito, que fica na Praça Monsenhor Hélio Pires, a Praça da Matriz, no centro da cidade. Pedia-se no balcão: “<i>Uma batida de limão no liquidificador, por favor</i>”. Quando não era o <i>Seu Dito</i> quem preparava a bebida, era o <i>Mixaria</i> (Jonas Virgulino Pacheco), empregado de confiança. O popular <i>Zezeca </i>(José Benedito Nunes da Silva) batizou a bebida de <i>Rucu-rucu</i>, onomatopeia que imitava o barulho que o velho liquidificador fazia ao bater o drinque. Hoje, no Bar do <i>Dito</i>, não existe mais o <i>Rucu-rucu</i>, porém eu divulgo a batida que os meus amigos chamam de <i>Marcelina</i>, por causa da minha paixão por ela.</span></div>
<div align="right" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 10px;">
(Trecho da segunda edição do livro<br />
<i>Cachaça – Prazer Brasileiro,</i><br />
de Marcelo Câmara, Ed. Mauad X, Rio, 2018.<br />
pág. 163 a 169.)</div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px;">
______________________________________________________________</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-64643517842855300702018-06-27T18:28:00.005-07:002020-08-08T20:55:32.782-07:00MARCELO CÂMARA TOMA POSSE NA AFL<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="color: #595959; font-family: "tahoma" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Evento de 21.6.2018</span><span style="font-size: 6pt;"><o:p></o:p></span></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #595959;"><span style="font-size: large;">Marcelo
Câmara toma posse<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #595959;"><span style="font-size: large;">na
Cadeira 37 de Raul Pompeia<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #595959;"><span style="font-size: large;">da
Academia Fluminense de Letras</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #595959; font-size: 10.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: #595959; font-size: 10.0pt;"><o:p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNJrppyNO255YlkOsW2aL2swJwk67h_NnXrMM3-ipt93XXNJHBUskmDq1pfcOmW_EJ7F1TcX_QyVSodL7lpnRSk0IBeWsQuspJaptAlwzSu2M5HD9JneUX4Sx7Gh7LJErC0bKeeVU65rw/s1600/Foto+MC+posse+AFL+blog.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1107" data-original-width="839" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNJrppyNO255YlkOsW2aL2swJwk67h_NnXrMM3-ipt93XXNJHBUskmDq1pfcOmW_EJ7F1TcX_QyVSodL7lpnRSk0IBeWsQuspJaptAlwzSu2M5HD9JneUX4Sx7Gh7LJErC0bKeeVU65rw/s640/Foto+MC+posse+AFL+blog.png" width="483" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">(Foto: Aldo Pessanha)</span></td></tr>
</tbody></table>
</o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 42.55pt; margin-top: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 42.55pt; margin-top: 0cm;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #222222; font-size: 10.0pt;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600"
o:spt="75" o:preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f"
stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75"
style='width:198pt;height:256.5pt;visibility:visible' o:gfxdata="UEsDBBQABgAIAAAAIQDI4TOSFQEAAFICAAATAAAAW0NvbnRlbnRfVHlwZXNdLnhtbKSSTW7DIBCF
95V6B8S2snG6qKrKdhb9WbZdpAeYwtimxYCApMntO3ZsqY2sbLJBwPDe+xgo1/vesB2GqJ2t+Cov
OEMrndK2rfjH5iW75ywmsAqMs1jxA0a+rq+vys3BY2SktrHiXUr+QYgoO+wh5s6jpUrjQg+JlqEV
HuQ3tChui+JOSGcT2pSlwYPX5RM2sDWJPe9p+0jy5bHl7PF4cMiquO4Hg7EgFjUBTTzRgPdGS0h0
O7Gz6oQsm6hyUo5nYqd9vCF0vpwwVP5D/Q2YdG/UzqAVsncI6RV6QhfSaP/pICihAvxQc+M8WeXn
TReoXdNoicrJbU9dzCfHGft8fKIXQjGOlyePNnOuGH9E/QsAAP//AwBQSwMEFAAGAAgAAAAhAK0w
P/HBAAAAMgEAAAsAAABfcmVscy8ucmVsc4SPzQrCMBCE74LvEPZu03oQkaa9iOBV9AHWZNsG2yRk
49/bm4ugIHibZdhvZur2MY3iRpGtdwqqogRBTntjXa/gdNwt1iA4oTM4ekcKnsTQNvNZfaARU37i
wQYWmeJYwZBS2EjJeqAJufCBXHY6HydM+Yy9DKgv2JNcluVKxk8GNF9MsTcK4t5UII7PkJP/s33X
WU1br68TufQjQpqI97wsIzH2lBTo0Yazx2jeFr9FVeTmIJtafi1tXgAAAP//AwBQSwMEFAAGAAgA
AAAhAB+ErfSZAwAAQQkAAB8AAABjbGlwYm9hcmQvZHJhd2luZ3MvZHJhd2luZzEueG1sxFbfb9M8
FH1H4n+w8t4lbSnrKjKEyjeYxFi1De0lL67jJgbHzme76fjvOXaSNq1Ak8YDlbr657nn3nvu9d69
f6okabixQqs0Gp8lEeGK6VyoIo2+PVyN5hGxjqqcSq14Gv3kNnp/+frVO7ooDK1LwQgQlF3QNCqd
qxdxbFnJK2rPdM0V9jbaVNRhaoo4N3QH5ErGkyR5G1dUqOjyAPWROkq2RrwASmr2g+dLqhpqASnZ
YrjScZTs75HpQjWfTH1fr4xnzr42K0NEnkaInKIVQhTF3UZ3DNP45FZxAHjamMqf15sNeQooP/3f
gMGfHGFYnEzH5+czGGDYmyYX08l82lkpb39zj5X/PXMThFrDGAzIdCm9MnDEk/KuhiSHlVOPZ73H
1xUteEXGEcm5ZSaNlovsm4WoshtqGJc6+1DXPrnZF82ozG4EM9rqjcsehcr1zmbXX7lbUggnW2rl
uHJnj9rk2erz7cPtaJKM56Pk7WgyHk0mo/E5Bmff62IQ51OOQz9g8oclSi9Lqgr+wdacOSjd34bz
yN+pi12y/oDpw9LB/4Vca8Hc1nAoFaMFvp1CMXqBRI/RVLMSzOcKy7/TJ3a97X+Rrp5Ry496x/+U
nkPGjNG7ktPc9lk7Ron99MjntRT1lZDSp8qPu9hCl893KJShYPyjZtsKKmzblOGSOvRHW4raRsQs
eLXmqHhznUPyDO3RoexrI5RrNWkNu4PKQg1bZ7hjpeeyAaduHRrbbwQHDpy9Oxbdhax3NzoHMN06
DaH0FfuyVgGDfaepjXWfuK6IH8ALMA3wtPliPWcc7Y94q1ZLkffhtKZYL6UhDZVpdBU+4a4tac7b
1fksSUL/8j62xwPmEY5UZJdG8/kFjhJG6zSy/7dAz1lrCR6BVcJxQ6SogAjbe+tSef58s4GHcM1P
9BZH78t8R9Zya+4osjgLfEkufDDGHgBtTEAsszctGKGywNvoJFKv3aNw5X1JayQmaRkPQxJutOtU
1iVtQxKAuoYzDMmeTQjQEVHLuOLT3HNmaMaGdtnSxpV6397QK1vFSVGU7k4UxAi8226nV67zos0t
iBOIOLwveMjDr+FNGp3jIcanI9fDtAk7ULB1S2XNGy4ffOomPjoRKRGyiwRPU9A6Ax+9NRBIEM4w
MJ1W2uwNz3mVBPRQBl74MO5rAN9AY9Bsh3NvoVf0S97OfUFgsI9nePbik38ehlZ9yx/OL38BAAD/
/wMAUEsDBBQABgAIAAAAIQCUrQ3f1AAAAKwBAAAqAAAAY2xpcGJvYXJkL2RyYXdpbmdzL19yZWxz
L2RyYXdpbmcxLnhtbC5yZWxzrJC/agMxDIf3Qt/BaK91lyGUEl+WEsgakgcQts7n9PwH2wnN29dt
lh4EunQRSEKfPn6b7aefxZVzcTEo6GUHgoOOxgWr4HTcvbyCKJWCoTkGVnDjAtvh+Wlz4JlqOyqT
S0U0SigKplrTG2LRE3sqMiYObTPG7Km2NltMpD/IMq66bo35NwOGBVPsjYK8NysQx1tqn/9mx3F0
mt+jvngO9cELrM2LG5Cy5apAyvvkXnvZXAEfa/T/qeF8i2Ch4dk4wp95L8+J7bcHLjIevgAAAP//
AwBQSwMEFAAGAAgAAAAhAGybULnVBgAA9RsAABoAAABjbGlwYm9hcmQvdGhlbWUvdGhlbWUxLnht
bOxZT2/cRBS/I/EdRr632f/NRt1U2c1uA21KlGyLepy1Z+1pxh5rZjbp3lB7REJCFMSBStw4IKBS
K3EpJz5KoAiK1K/Amxnb68k6TVoiqKA5ZO3n37z/780b+/KVuzFDB0RIypOeV79Y8xBJfB7QJOx5
N8ejC6sekgonAWY8IT1vTqR3Zf3ddy7jNZ/RdMKxCMYRiQkCRolcwz0vUipdW1mRPpCxvMhTksCz
KRcxVnArwpVA4EMQELOVRq3WWYkxTbx14Kg0oyGDf4mSmuAzsafZEJTgGKQPpS+o+vmxoNwsCPbr
GibncsAEOsCs5wHjgB+OyV3lIYalggc9r2b+vJX1yyt4LVvE1AlrS+tG5i9bly0I9htGpggnhdD6
qNW9tFnwNwCmlnHD4XAwrBf8DAD7PphrdSnzbI1W6/2cZwlkL5d5D2rtWsvFl/g3l3Tu9vv9djfT
xTI1IHvZWsKv1jqtjYaDNyCLby/hW/2NwaDj4A3I4jtL+NGlbqfl4g0oYjTZX0LrgI5GGfcCMuVs
qxK+CvDVWgZfoCAbihTTIqY8US9NuBjf4WIEKI1mWNEEqXlKptiH7BzgeCIo1lLwGsGlJ5bkyyWS
Foh0Uqeq572f4sQrQV48/e7F08fo6N6To3s/Ht2/f3TvB8vIWbWFk7C86vk3n/758CP0x+Ovnz/4
vBovy/hfv//4l58+qwZCDS3Me/bFo9+ePHr25Se/f/ugAr4h8KQMH9OYSHSDHKJdHoNhxiuu5mQi
Xm3FOMK0vGIjCSVOsJZSwX+oIgd9Y45ZFh1Hjz5xPXhLQA+pAl6d3XEU3ovETNEKydei2AFuc876
XFR64ZqWVXLzeJaE1cLFrIzbxfigSvYAJ058h7MUOmielo7hg4g4au4wnCgckoQopJ/xfUIqrLtN
qePXbeoLLvlUodsU9TGtdMmYTpxsWizaojHEZV5lM8Tb8c32LdTnrMrqTXLgIqEqMKtQfkyY48ar
eKZwXMVyjGNWdvh1rKIqJffmwi/jhlJBpEPCOBoGRMqqNR8IsLcU9GsY2lZl2LfZPHaRQtH9Kp7X
Medl5CbfH0Q4TquwezSJytj35D6kKEY7XFXBt7lbIfoe4oCTE8N9ixIn3Kd3g5s0dFRaJIh+MhM6
ltCvnQ4c0+Rl7ZhR6Mc2B86vHUMDfPbVw4rMelMb8QbsSVWVsHWs/Z6EO950B1wE9M3vuZt4luwQ
SPPljedty33bcr3/fMs9qZ7P2mgXvRXarp4b7GRs5uT45WPylDK2p+aMXJdmUpawWQQjIOrF5mBI
irNTGsFl1twdXCiwWYMEVx9SFe1FOIUpu+5pJqHMWIcSpVzCEc+QK3lrPEzqyh4Q2/roYJuCxGqb
B5bc1OT8hFCwMVtOaM6iuaCmZnBWYc1LGVMw+3WE1bVSZ5ZWN6qZfudIK0yGQC6bBsTCmzCFIJhd
wMsdOJpr0XA6wYwE2u92A87DYqJwniGSEQ5IFiNt93KM6iZIea6YFwOQOxUx0se9U7xWktbVbP+G
tLMEqSyudYK4PHp/J0p5Bi+ipIv3WDmypFycLEGHPa/bbrQ95OO0503hYAuXcQpRl3rwwyyEl0O+
EjbtTy1mU+WLaHZzw9wiqMMLC+v3JYOdPpAKqTaxjGxqmEdZCrBES7L6N9rg1vMywGb6a2jRXIVk
+Ne0AD+6oSXTKfFVOdglivadvc1aKZ8pIvai4BBN2EzsYgi/TlWwJ6AS3k+YjqBv4I2a9rZ55Dbn
rOjK77EMztIxSyOctVtdonklW7ip40IHc1dSD2yr1N0Y9+qmmJI/J1PKafw/M0XvJ/C6oBnoCPjw
jlZgpOu153GhIg5dKI2oPxIwPZjeAdkCb2XhMSQVvFA2v4Ic6F9bc5aHKWs49aldGiJBYT9SkSBk
B9qSyb5TmNWzvcuyZBkjk1EldWVq1Z6QA8LGugd29N7uoQhS3XSTrA0Y3PH8c++zCpqEesgp15vT
Q4q919bAPz352GIGo9w+bAaa3P+FihW7ql1vlud7b9kQ/WAxZrXyqgBhpa2gm5X9a6rwilut7VhL
FjfauXIQxWWLgVgMRCm89EH6H+x/VPiMmDTWG+qY70JvRfDJQTODtIGsvmAHD6QbpCVOYHCyRJtM
mpV1bTY6aa/lm/U5T7qF3GPO1pqdJd6v6OxiOHPFObV4ns7OPOz42tJOdDVE9niJAmman2ZMYKo+
Qm3jFE3Ces+Db0AQ6LtwBV+RPKA1NK2haXAFn4ZgWLLfc3pedpFT4LmlFJhmTmnmmFZOaeWUdk6B
4Sz7cpJTOtCp9McO+OKmfzyUf9eACS77DpI3VedL3fpfAAAA//8DAFBLAwQKAAAAAAAAACEA8C8B
F7PPAACzzwAAGwAAAGNsaXBib2FyZC9tZWRpYS9pbWFnZTEuanBlZ//Y/+AAEEpGSUYAAQEBAGAA
YAAA/9sAQwAKBwcJBwYKCQgJCwsKDA8ZEA8ODg8eFhcSGSQgJiUjICMiKC05MCgqNisiIzJEMjY7
PUBAQCYwRktFPko5P0A9/9sAQwELCwsPDQ8dEBAdPSkjKT09PT09PT09PT09PT09PT09PT09PT09
PT09PT09PT09PT09PT09PT09PT09PT09PT09/8AAEQgDdQKXAwEiAAIRAQMRAf/EAB8AAAEFAQEB
AQEBAAAAAAAAAAABAgMEBQYHCAkKC//EALUQAAIBAwMCBAMFBQQEAAABfQECAwAEEQUSITFBBhNR
YQcicRQygZGhCCNCscEVUtHwJDNicoIJChYXGBkaJSYnKCkqNDU2Nzg5OkNERUZHSElKU1RVVldY
WVpjZGVmZ2hpanN0dXZ3eHl6g4SFhoeIiYqSk5SVlpeYmZqio6Slpqeoqaqys7S1tre4ubrCw8TF
xsfIycrS09TV1tfY2drh4uPk5ebn6Onq8fLz9PX29/j5+v/EAB8BAAMBAQEBAQEBAQEAAAAAAAAB
AgMEBQYHCAkKC//EALURAAIBAgQEAwQHBQQEAAECdwABAgMRBAUhMQYSQVEHYXETIjKBCBRCkaGx
wQkjM1LwFWJy0QoWJDThJfEXGBkaJicoKSo1Njc4OTpDREVGR0hJSlNUVVZXWFlaY2RlZmdoaWpz
dHV2d3h5eoKDhIWGh4iJipKTlJWWl5iZmqKjpKWmp6ipqrKztLW2t7i5usLDxMXGx8jJytLT1NXW
19jZ2uLj5OXm5+jp6vLz9PX29/j5+v/aAAwDAQACEQMRAD8A7oUtFFcZ1CiigUGkAtAo7UCgQ4Ut
IKWgApRSUUAOFLTR1p1AgooJpM0gFoIyKimk2KcVTe+bHBosBYunigQGUZzxVLzrF+uM1Uvr1pni
Qn+MVRn0zdIzK7DJ7GmUjZKWbEYZaPsdm3RlrEGnSqOJG/Ok+xXI+7Mwp3A2zpdo/TaaY2h27D+G
sgQ3y9JjT1fUE/j3fWkBoN4ahbotRN4YA+7kfSq4vdQQ8gGn/wBr3yHmMn8aLBcU+G5B913H40w6
HdJ92VqnXxBcAfNEaeviQjl42H/AaLBcpf2ZfJ0k/MVHLZ6h5Z3BWHpWsvieAj5k/SpB4jsmGWC0
guctd2d1KUkMeHjAxj2qyutXcf343B6dK6yKezuIw2FUMMjI60xrWzbncnNCSQ7nMr4kkHDK4/Cr
KeJkxgnmtk6XaSD+CmHw/av0CmncRnr4hi7uPzqddbhbncPzpz+F7dzwgqBvCcecLkfjRdhoXF1K
Fh1qRL+MdGrMbwsy/dldT9aYfDtyv/LdqLhY3Vv1I4eh7lZerDisH+x75DxMfxoOn6kgyGDfpRcd
jc3A9CKztQObyyHpIKp+Vqa9EB/GoyuoPLG0kOdrA9alsZo+Jxi0j/z3q9Ccxp/uj+VVPE650mJi
OcZNPj1C38uMK4PyjP5UISLqPtJqZfnHA6VQ+1xHkNVq2u40B+YHPvTsDJiwX7361XljR88DNWJJ
oXAJIpmIyMqeaaQkVPsy1PFbqCDT1UE1MkIJ+9RYbZPGVC4FOyPWmRRgE/NmklOw8UrWMxrf6xz9
Kz7oD+1LL6tV8tms+fnVrL8aaKMm0Xb4vT6N1+ldk8ZDKMcsBgetclbLjxiufeu3fDXkC9wM1UI8
zZM3YiSwaaTdNlQOgB61aWzhUY8sH61PS10KCRi5NlZ7C2cYaBD+FVbjQ4JRmMshHTnitOkqrILs
5t9KkgL71HswqOLT/NO5hjFdNIgkQqe9U4ItwYcfKcCpcSlIpwWKxjjvRJGY5x6YrQ2YFRXK5HSs
5x0uNMx9XOLCX8P51nWbZ8V6j/1yjH8q0NX/AOPB/qP51nWAz4s1L2jSudmy2OgXpUwGVxUQ5qbs
KqJmzI1K3LA8dKoW4RjtkA+tdHJEJVORWPc2LRvlelWUmMbToHPDAD61TuIRbybVbI9jViQsi9ar
mN5XBIJpalFpceWvqRWhaQ7QHNQWdm3DOOBWjwBgVmxSfQbnk1l3/N/D7K39K0z1rMvOdQjH+w38
xQgiVNFXF7qJ/wCnof8AoNb00pS3c+grE0b/AI+9RPY3f9K17hd8DqO4q0wlqcvLdEztuPenR3K5
5qK+sJFckVmSebEcHNdCsYtanQRyx5BBqzcXaSooJ6CuT+1yL0JzSi+kxyTRygb7Sw54ANVLoRSR
n5Rms+G8KvlqfLcNO3yqRTEJYrtuz9DRVywtWL72Bzj0opN6lWOjpaSlrnNgoopaAEpaKKAFHWlp
B1paQhaKSndqAAUUlFACmkziiigCG4H7smsmQ4Fa83MZrGnPJoAoSv8A6XDnu4Farrhj9axpT/pc
P++K3ZPvt9aRSIsegoHuKlQcc0eX83tRcdiMY9KNo9KV3VD2pFYyHgUXJF2rjoKXy0PYUeW3Wm7t
n3qBi+TGR90Uw20ZH3R+VWI9rjHenmH0p3CxRNjE3VB+VVb7S4TaSMBghcitV02EGob0f6JJ/u0m
FjmdW1GXTtH0ySPJ8yI5x9av6YJdT0KC5WRg5ZgcGqmpQLNoWmhsHCN/6FWt4ZXZ4eiUDgSvUpsp
2sRC2vE6TN+NSL/aEfSQmtQj2pB9Kq5Nigt3qKdwfrThq+oqcNHkfWrv4fpShU7j9KLhYrrr1yo+
eEmpV8RH+OE/lTjGh/hH5Uht4yPuj8qdxWJV8R25HzREH6VKmvWLHk4NVDaRH+EVG1hCeqj8qQcp
qrqVi/8AGPyqZLizP3XT9KwTpkR6D9aa2kqPusw+hoDlN+6gtb6AxyMpXpWUfDVrn5HH4NisG9vp
9K0i/YSEmORQCT65rVijuZ7K1njlILxgmiyBJk58MqfuyEf8Cpp8OTL92d6jxfr0lJ+tL52pr0fN
FgsxTod6v3Zmpp07U0HD5HvThqOpp2Bp66tqA+9FVBqQ+VqifwhvpSifUYz/AKrP0qx/bdyD80Bp
w16QfegP4rRqBB/aV4o5t3/KlGsTD78Mg/4DVga7Gfvw4/4DThrVoeGi/SkBANZTGSrA/SmxX0d1
qdswPK5GAKtDUNNb70aj8Kfb3GmG4XylXfnjFIDKeVbfxchZsDOcmuzSeJ9SjKup/dkDn6VjXuiW
d/MJi43eoNRLoARt0dw4YdCGrSEuUiSUjrqK5xLS/jAEd9N+ODUqnVkP/HyrD/aQVsqkWZ8jN+kr
FFzqq9TAfqpoN/qa/wDLKFvzFPniLkZtHgVBCoAJHc1jvqmplSPs8X4ZqBdU1CIYa1z9DSc0NQZ0
LrxmqtycJWV/wkFyo+azk/CoZfEDOuGt5R+FRKSaKUGLq5/0Fv8AeX+YrP0/J8WaoR02IKW71SO4
hKFXHIJyPeqtvqC22u3s7qwSZV2nFc7RqkdUOlLuPSsddft8/eqZNbtmOQ4/OgnlZq4aonIbhhVU
a3b/AN8fnThqdq5++M/WrYrMVoY3PKinJDGh4UVH9sg3ffH51IlxA38Y/OpDUmDce1ITSLJF2Yfn
RIyH7rD86GgGk81nTjdqK+0R/mK0e3UVnMN2pEf9Mj/6EKlFIr6MuJL7/r7P8q1yetZWkAh74nvd
t/IVqmmNleaBZRytZtzpIbkLW5EoZsGpvIWrjzdCW11ONk0Yk8LUDaOc/drsng25O0EVGIlPVBV8
8kKyZyiaRzytXYNLC44roBbgn7g/KpBaAdBSc5ArFC3tVRcYoq8U2mis9SrlGlpKWqGFFFFABS0l
LQA6gU0U4UhC0UUUAFFFFABSGlppoAZL/qzWNOOTW0/3Kxrr7xpgzHuW23MX++K3w24Z9awLoE3E
R/2xW+FxgVHUpbD06cUssionvSxj5TVO6bLYFA27IgZi79e9aNtHsXmsxfvj61qrwBj0oBE2OKY0
SyDkc0b8CgSgHmgCk+63kxmr0EwlTnrVXUCGRWFQW05jkB7UC2NGcZxxVW8B+ySY9KuyEOqsOh5q
rdL/AKNJ/umi4znr050aw9g3861PDg/4kER9ZH/nWPeE/wBlWa+m7+da3hk50KNc/dkf+dTEbNTF
JjinEcU3OBVCDGKKQtxULy7DTtcVycUtUZJnXlaYuoBT8/60+UOY0sZ6U4JUMcysgZe9TLICRzSG
GzHSlHI5p2O9IPegDkPEo36LqI9ZU/rXT6Md2iWTesQrmfELD+yL/wBPOH8q6PQ2zolmPSMUgWxe
IHcUYHYU7GaVVz1oAbtB7CgKvoPypZCsfU01iCAVNMLi+Up7D8qX7OhGCo/KomcjGDT1kI65xQAv
2SM87R+VJ9hiYcqPyqwihhwaeIyKVyblM6bEf4R+VULqzWDVrEx8Bic4+hrbXuKytTO3UbInsW/k
aB3OZPiOR9dislY4aUr16V3SaRdHJW6xnsRXnJtUXxFbSAfMZs169AfkGa0hC+5M5W2Ma5tL61VC
sivuOOlaCafdBQfPXOOmKlvPmeFf9oGr1axpxMnNmabO8B4kQ/XNI0V8nREcexrUoqvZonnZj77w
H5rVvwxTWuGU/PbSA/7lbNGM0vZD5/IwTqdqrbXXa3oRS/bLFuu2rNxbxSagpZBn6VK1jbseYkP4
VlyMvmRR3WEnH7v8hSyR6ewXf5fPAzjmrL6TaP8A8sVH0GK8/wBYuprXVtIt42O2WQq3PoTUtW3K
iubY7NtNsJP4U/Ko30KwcfcTP1qjPYyvMzLK65PY1H9iuweJ3/Op0Ks+5cbwzZN04+jUxvCtr1V5
Af8Aeqt5WoJ0nJo36kp4kBo0CzJT4V67biQfjUZ8MXI+7dSYoF5qa9cGj+1NTQ/czVIWo3+wdQT7
l0fxBpraTqydJVb6mpv7cv1HzQGnDxHcj71uaYalNrTWE7K30NPsrfUvtyNNGoXoTntVr/hJn43W
zflTl8URr96Aj3xRYLsoT2+o2s1wlvGWjkmaUY96jFzqydbd8e1dImqW7TmFx+8C7iMdqcNQsm/j
WlYLtdDmxquoRn5reTNOHiC5X78Mg/CukFzZtyJFpwFq/Rkp2FfyOcHiVguGRvxFOTxLGPvKa6E2
tq/URn6gUw6ZaN1jjP4U7MXMjJTxLAR6fjU6+IrdurAfjVs6HZt/yyU1G3hyzbrEPzoswvEh/ti1
bktRSt4Wsz0Rh9DRU2Y7xIxSikoFBQ6ikooAWiiigBaUdaSigQ6lpKKQC0UUUAFMPWnGmUDA9Kyb
sAO1axrLveHNAGHdA+emD/EK3UyVGetYd1xPH/vit9iFNT1GthwOIzVCZsmrkjARE1nMxY02DEB+
cfWtLfiMfSs3BBzVsSq0Y9aQyVXJp+4VFDyKfjmgCG7Y7cdqqqatXgxDmqIagTNi1k8y2A7g4pLs
Ytn+lQ2D8EVPeD/Rnz6GgOhzF0v/ABLLY9jn+da3hpNuiRn1dv51l3ZB0e2x1Bb+da/hvjQIPdn/
AJiknqM0/wCGq7Nzip5G2oTVXOTmrQmKTxWdc3W2fa3Sr5PNZ2oqpZT3qkSycTIVB3Cq2oMBb54q
NVEsIUHBFR3Kt5Hlls0ySXS7tjCyMc4PBrRjuPm61iWwMGRVmKYmUCpGmdNEwePNLgbap2kuBg1b
UZjOallo43xFk6Pe+839K6TQGB0a1x2Sub8Rc6VdehnP8q6Hw5/yB7f/AHaQ1sa/al3iNCx7Ck7U
1+Y2B9DQBky3DTynB69Ks20Tsu1siq+nQ75ju7VsKgUnFNsSIxbEKOc0yVXjAJ+7VsHtQyhlIbpU
3C5BbzAkAGr/AFrChlxcEDoDityPlQTQJkf8TVjazkXtpz/E38q2SfmNY2sH/TrP6t/KmCOYDf8A
E9tf+u3+NenrcjYMdq8uAx4htP8Arr/jXpkKgKCV4NXBu5M1oLNOFUSP/AcilTWPOYLChkb0FOle
NI/mUYqGOW3jbfGm1vUVvF2MWXFu7kj5rVwfqKX7bKPv28g/DP8AKmR6ogUmTjBxUi6jA/Rh+dXc
Vhv9pKOqOPwNKNThPemG6jkzsCmq8sCSjJIFS5NFWQsl0rXXmL0FW0mWTGCKzzaL5ZCt+tRQ280c
oKtxUcxVkbJPFeZa1h9f0Un++T+prvWuXhVi/QCvPdRfdruik+5/nWVSV0aUlqdwnIOT3NP2E9Ki
ibMdXYQDGDUJXCWhWMZz0ppXHUVdKj0pkgVELNinYVyoUX0ppRe4/Sn/AGhWpvnIOvSkVqJ5aHsK
a0MZ/hFWI2jl6YzTzCDQK5SNtH/dX8qqalbRLZyHaAQMg4rUlQIBiqGq/wDHlJ9KBpmVbFpfG92j
H5RZLxn1Iqy3h5GJIkcZ96r2X/I83/8A16oP1FdMBwKIscnY54+H3U/JM/50jaLdr924krojgCjI
9RV3ZNzm/wCz9TXpcvil8rWE6Tk/WukCg+lIUHtRdi5jnRNrSHs340/+0tYjHMefxrf8sdxR5Sn+
EUJiujCGu6mn3rdjRW75Ef8AdH5UU+YNChRRRSLAGlpKKAFpaaKUUALSikpc0ALRSdadSEFFFFAC
HpSUppKAErMvx8xrTrPvxzmgZz97zNGf9sVuEktzWJeD94h/2x/Ot2QASHHektx9BjDchFVnQLVv
+BqoSud2DQxEUjndiljl+YAmo2GaTFSM04WKHBHWrFZBuGEajuO9Wbe93LhutMLlu4j327Y7c1kl
sHFaMt0FjI9RWSX3OTimgZp2B5NXbrm3fv8ALVLT1JGe1W7lsQP7imC2OWmdjaIh6AnFbvh8hfD9
sPdv5isi4jH9lW792Lj9a1PD/OiW49N386hLUroaNw2IaqB+KnujiKqYbrVoh7khfmqWogmPcO1T
lxms7UNQVQU9eKpIkSCQoOaSaXfJntUMDDB3MCO3NNnuUAwvXNMRNup0J/eiolYMART4uJRSA2YJ
NpFaqt+6z6isNHyQK2Y+LdfpUtFxOR14/wDEom952/lXQeGTnQrZj1KVz+u4/saQ+sz/AMq6Hw1/
yAbX/cqWWtjXpQMhh6g00UucAn2pCMW3vDbyMAuSCa07fUEnRiRgjrWGZAlw7HpuNaOlwk2skn98
4FUyUWxqMW7BB+tWklSZCUOeKxUtJDIQ3T1q5Yo9sW3HIPak0GpnwuftJHfdXSw/6pfpXPwxbtRc
9g1dAhBUFTx7UMTGN94n0rH1Nd2pWIP95v5Vqj7zVlaif+JpYA9C7fyoKRzD/wDIyWoH/PU/1r0a
G4Oxe9edT/J4ktuOkh/rXfRMPLX6UJ6iktB2oX6QwZ25Nc9/ajOxBYqp9K0tVOYa5iR8EiuiOquZ
NHTQR289v8krZPcnvVTyLlLgornGetVrHf8AZFKnv1qWa5cTvtyQO9Jt3GjRiL2/Wdc+hp7aqFOJ
Sv1WsSSVnjyxINUzKx6mmDOwW9ieLcHp9rcRtJgPk+lczDKREOTWlpbbpieelJx0uBrXjboXx/dN
cDdDfrmjA/3T/M13N0f9Hkx/dP8AKuGkO7X9HHfYf61i9jSB20Y2xjnvVyAnyxVMHC1chPyCkKRL
niqd6HfYozg9at5qreTiIpnvQJblYWpPeoZopI885FWzdRrjJxmllZZIGK88Ui7szIbpo5Rz3rdV
t6BvUVzkUbS3Sr2zXRLwAPSmTIZN2rN1T/jyk/D+daE54FZ2qH/Q3Hrj+dCBGXpp3eNtUI5AgjFd
OOlcroxz4w1YDkBIx+ldVQhzIL1ylsxHFZP21wMbq09S/wCPJqwM1aJLJ1CQcb8fjTxdzouSxIrP
liLYYE8VYkcGFdpzxVgWRq0o708azL3rIJI7Ubie9Owjp9PuzdI5P8JoqroPMUn1FFQ9xD6WkopG
gtFJRQAtA60UCgB1FApaAAUtJQKQh1FFFAAaZTj0pKBiVRv/ALtXTVW+A2UwOcvuq/7w/nW3J94f
QViajwVI/vD+dbAbcAfapvqNbEqDIqhdJtkPFaEfSmXUHmoWA5FAWMgt1oU80si7XxSL1qRAy01Q
e1TFcik24pgNLFkwTzUaL8wqYL83NWLa08yUY6U0BctIvLtuepNLdD/R2+lWZIxHGAKr3H+ob6Ux
nPzc6JbH0Zx+taeg8aPbj2P86zJf+QFD/wBdJP51paCf+JVCD6ZqEUXLz/Uk+9Y11diFDyK3J13Q
kVx2sMyThT0rSKvqZyepG+qSEnBOKdDayXi7279KzCfSul08KlmhPpmr2EZU0MtuCCxxVUMWOSSa
v6lciRyoqgoxQmBZjmKDrxVu2ugzgHrWf2p0RxIDSYjpoQGwRWwvFuB7VjaYPNUH0rbIxCcelRIu
JyGs86SQf+er10XhzjQ7b/drndW50gn/AKaPXReHT/xI7bH92s0X0NYc0Lydp78U0EijPNMRy9zm
K5kU/wB6ug06aL7FGqkZ781iawBHqMmOh5pLXUDbtwPlxVWuTsdOVHUCmkA9qrWl8l0nyn5vSpw2
RxU7FIheLbcxMg4YndWlbqEjAHSoI04yanVuKCWRnhm+tZWoYOq2H++f5VqE5ZvrWRf/APIV0/8A
3zTQzAuI9/ie3Xv5hrtYzhcelcfIp/4Su2P/AE0NdgvSmDKeqN+7rl5T85rptWPyj6VzU4+bNbQ2
Mpbl+G6MNlGq89aZb3WHff3qoJMWm30PFQxvzzTsK5oyyhuh4qtxzURlI700N3JpgX4X+UCtrST8
/wCFYEByOK3dK4c/SplsNbl+6ci3k/3T/KuLT5vEukD/AKZk12N0f9Hkz/db+VcdCf8AiqNI/wCu
JrB7GsdztAflq5AfkFUx0/CrcJ/digUiXNU74KVBY4xVonmqGowPKF2tgd6CVuNeFJ41wc4qVI9k
eBVOETQMAeVq4ZARx1oLIo7fy5dwHOc1oqc4qGIDYM1JnFK5L1GXPUVl6p/x7nnuP51o3DHIrN1M
/wCj49WX+dNDWxQ0MA+MdZIGMeWP0rp65jw/z4r1pv8Apoo/8drpu1JBPcqal/x5t9axFXgVuaiM
2xrGlIhTdWkdSTPjuHbVBEOR6Vfnge2wzrhT0Pas2ycf2xFJ23c102uAGwyOx/KqejFcoMYjCWdR
uYcEVm4G44puoTNHHAisORng0lsHdcGtIiudFoP+rk+tFSaGu2CT60VlLcBtFJSjmkaBS0lFADqB
SZpQaAHUUlLQAtFJS9qQC0UlFAhTSUUUAIarXi5iOKsmq9z/AKk0xnNagMbfqK11+6PoKydT+6Pq
K1UICr7gVHUfQmhqboM1AjBalD5FUCKt3Z7zvjH1FZxQqcEc1t7qheJH/hwfWkwsZ6AkU7Yc1aWB
VPWpUhQ0rAU0gZyBg1qW8KxKPWljRF6VJkZoASblaq3I/wBHb6VZkYbetVrk/uG+lMZz8uDokftJ
JV/RD/xK7f8A3azn/wCQKn/XST+daOjnGlwf7tQtxmgWJ4rn/ENiWUSIOa3d1JcQrcRFTjpWsXYh
q55991ueta8N2q6YBuw2cUzUtOeGU7R+lUMMBg5xVskVmLNk8mkB5ozQvLetITJQMipIkO8YoWM9
RWlp1k0zjjigDZ0WBlti5rTc4hP0qOJBBbhR2p0h/cH6VDd2WtEcnqYzpQ/3n/nXQeGsHQrY+i4r
Bvxu0lMdMuf1roPDn/IDt/pUFLY1Mc0YoH0pR1oAxdZtN0qP6jmqQtFePcO3GK29SK+SFON2eKxh
uVygJB64q0yWLZK9teKyk7a343DjI6Vk2iEctyO1aEkn2W1aXHTp70mNF9fuVInWqltcpcoGQ845
FWRkGpExjDlqyNRbGq2B9HP8q1ycsaxtS/5CdkP9o1SGZU/y+K7f03GuuQ/LXKXI/wCKqg/3q6lT
haAKOq8rWDMvrW5qh3DistYwY23da2i9DKW5Vi2mNgRUDREcirDKVUqKgLEU7iIiKBmpgnm/dHTr
TNmG5oAuWg+XBrc0sbWI9qw7U9K3NMOZD9KUthrcuXv/AB7Sf7p/lXIwLnxPpntAf511d83+izf7
h/lXL2vPinTvaCsLaGqOuU8VYibC1XHelebYuB1pA1ctNIqDcxwKzL/UEbYkfI3c1BdSswIyaz2U
9eatIm1jaZJFkGDuQ8ipxH8uW6Csm2vXiUAndj1qw9+0iEdKVirli0u18x43OOeDV3d2zmueB5zk
5q/b3bAANzSaFuXZjlgKztT5iX/fX+dXN4dgRVPURlEB7uv86LFIz/Dhz4k1o/8ATcf+g10+a5jw
zga1rDetzz+VdPSWhM9ytqJP2fj1rBv0eSFivYVt6icW4+tZ0U8IV1m6Eda2gQcra3BhuwWJGDXW
atqMM2iqyOGZsZGea5G7CpeOYz8uakVy6AEnArSyZNzQsbVr+6VDk4rft9LEMg6EVT8OvDGxfGWr
ej+aQt2xxUTk0ykhLSMQvIAMAmipU6mis7gzx1PHd0owVNWo/iDIMblas+TRboDm0/Kq7aW4BD2b
/ka15rbo05F3OhT4hoPvg1aj+IUBxmuObTRnm3YfgahawjYHAwR1o5osHTZ6DH48tdhZsbfWrUHj
OxlTdvGPrXlqoIrScf7JxVzw3ELq0kilGQR+VOyJ5Wj1JPE9i38YH41YTXbJ+koryObTJ4ZG2yNj
PGD2pnkXgHyyv/31U+6VySPZV1W0fpOBUovYCMiVTXiytqKdJZB+NPXUNUjOPOfH1pWiLlke0rPE
/wB2RT+NSKwboa8Vj1vVYDxI9WI/FmqRn7zH8KfIgsz2P8aO1eRp441FPvCrKfEC7UcgmjkFqeok
cVHMuYm+ledxfEWXOHU1cfx6RblmH4VPKwuaWqgqufQiriXKFV+YdBXFX/iN7q0LkEI/Rh2NY663
doOJj9M1Li7lJaHqAnX+8KljuFHU15hH4iu1H381Yj8T3IHLD86fKx8rPTRMhFHmqelecp4ruMVM
viyYDmlYLM7hmJbg0+OQg4NcTH4uJGSK07XxNDImXbB96ZNmjqw2e9KzYXINclN4nhjfhsinJ4ph
I5akPU6YynFQ3MpELZ9KxE8QwSSbN/PpmrD6lHIjKWByMdaTEV927RVY/wDPR/51paV8umQD0QCs
kuq6S8YIJVmP51fsbuIWcI3jO0d6hXuU2aanNOB9KrLMh5Dj86kjkVmwWGPrVokS5to7hTkc1g3e
lspOBx9K6fZGejD86hkiyTjBqk2Jo5H7EQDxz9KfFYMTwP0rozbqTyoqWK1B6KKdxWMm100sRuFb
lvbx26AKOahXCOR0NSCQ5xSbuNaEzt8tNmOLc/7tMZs0y6Yi1f2U1BVzFu1J0SIgdQ3862fDuf7H
gHtWZMufD0R7gGtLw227SIfoaSGbA5NQ3FysAPrTmPWqklm0hJLZpoGZtzcvNJuz0OauSwpf24ng
G2VRyKG0wjmlhtJIWzE+PUVVybCWQL4RhgjrRq8/AgXoKshZF5yAfpVWWyknkLs2TSQFO0meFsqc
Ctq21ASLh+tZy6e61Mto6jiq0YGmH3EkdKyNT41KyP8AtGtG1ykRD9c1naocX1l/vGpGZ11x4qtv
qf5V04PH4Vzd4MeK7X6V0Ybj8KSYynqCgsKzmXH0rSvDk/hVBgfStFsZyWpUmJTtUckayQ5HDVdd
FYDcKrvHg4XpVEkIcQwFV++3U1AWLHnrU7xHNNEBzVWAda8MM1vaceTj0rFiiIPStnTuC1KWw47l
m/P+hzH/AGDXNWv/ACNFj/1w/wAK6LUWxYzf7hrnbP8A5Giy/wCvcVj0NFudYDwaS5QmMMKTqKm3
qYtppDZkyHJwagkUk8Voy24LZFR/Zhmi4blNYiFzQelXDEcYpn2c00xWKyKTxVlImxUsdvhuatxR
Lnmi4EUQ2gCq2oniL/rov86vSKFfis7UjzACf+Wi0XGUfDHOp6sfW6b+ldR3rl/CvzXmpsOhuX/p
XT9qW5M9ynqhP2XPvXL3kjbTium1RsWw9M1yN7NtJraC0M2Nj0zfAJZJNpY9MVXGIZWAIYCpG1SS
SARdqrq4DA1dwN/RpfIYs4+VuK6m22mEFTkHmuGS/OVHAAratNUdINinrUzVxo6ReSaKpaTIXgYs
STnvRWTAzSkR7KaY1pEeSq1Qt7oTZViVcdjUpJxw9dBNydtPgZTmNfyriNetI7a8k8tcA13sJPkf
N+dcX4m5u2x6VMrWLg9Tj5D+4m+lXvCjARN+NZ0wIt5selXvCwxFk+9T9k16nWWNlHf7klWrTeEY
OoLCk0Dm5b611L/KmfSphFSRE5OL0ORfwiB92RhUT+E5MYWTn6V1RvEUZbHFRf2tbZwSM1p7NE+0
kcm3ha7AwHU/UVA/hy+Q4KIw+ldzHfW0vRhmpfMiPcflS9mh+1Z522hXQ+9bqfpUEmkzRqS9ocew
zXpeIj3Wkmtk8pvlXkelL2fmP2r7Hl8mmRPbmQJtIrJv/kszjPFdfqaLGsoUY5rkdR/49TURbvZm
j1VzZ0CBLrTfKlUMMZFI+hxqS21sE4yOlO8NHFl+FdzoFtHdWRWVQ2GJHFS2+aw72VzgP7GiI6kU
06LGDhX5r1NtEtj/AAL+VQtoFq3VBTtLuT7RdjzE6NgcSUh0d9vEmTXph8NWrf8ALMUw+Frc5+TH
40rTH7RHmf8AZEv97NINMuV6fzr0ZvCUXbIpp8IJ/C5o98OeJ5y9hdAZIPFJZHyruMycgOMiuyns
fsnnxvzjpmuOkGLvIGMMP501J9StGjW1ZYn8RQxw/Krxc49eKx7u9vbG5aCXd8p4PqKvXLlvEsBz
0QVp6lZLf3CIu3e3Q1d+5nY52PXbhMockEYOTRHrsyLgEjHvV6Tw1qSEj7HuAPUNVeTQ7tRhrKX8
KenYLeY5PEs6/wAR/OrK+KpVA+Y5rNbTHUHfbzDH+yagayA+8rr9RRaIWOhi8XSg8t+tWk8YMCPm
/WuR+yp2fBpotMn5ZP1osgsdyni9SeTmrUXi9F6Ee9cB9gkbG1/1p0EEsFwN5OAeRSshcp33/CTw
l9zHBNTp4ktmAJbmuI1S4RhpgjO1yzK+O4pdRt5tPnCkFo3UMrCnyiSud8uv2r/xj86dNq1vLbuo
cZYEda82W8b0NSxag6OCSQPrUuJXKz0Xbu8ODBztXFS+HryCHTY1ZulchF4s2WTQMMqRWfHqojTY
jNjOetTy2BJnq4vrc876fHeQbj8wNeVrrTAf60/nU8euMMZmI/GiwWZ6g1zEwxvAqLdGRw4/OvPF
1sn/AJbH86eNacH/AF5H40WFZnfBlPcHFTBRwdwx9a4+2+2XFkLpboLHu2kn1qYPfj7lzGfqaLML
nXgJjqKR9vGK5RZtVB4eJv8AgVSfatVx/qwfxpWYrnScVk6wcXdkfRzVFb7VV/5d8/jSPc39zNGr
2nRs59KVirj7z/kabQ+xroAcqK53VpEtNftJZvlVVwT74rSj1e1ZRtlBGKVguXXQMRmlFmjDOKrJ
fwMf9YtWE1CM8Bxx71SuJ2EeyQDkVEbSM1aa6jYckfnUMkqDoR+dUrisQGxjI603+zh1B4q1G6Ny
T2qUTIBTuxcqKIsMVYtovKJJqdpo8dhUfmKOc0rspJEWpN/oM3+6awrfjxLZn/p3H9K1dSnBs5R7
VmRD/if2jD/nh0/KoYzpQ3FKDk4pgPA+lOBoBkpt26io5IzGuWqUTNikaQupGM07E6lfIIzTl5PF
LsGafHhTnFFh3DY3pS8p1qXzh6UyVw+MCiwrjC+TWZqP+ut89DIK0azNRJ+022enmD+tJlFXwecn
UD63L/zrp65nwjgQ3R/vXEh/WulJ4ojsTLcpav8A8eygetcneW5kziuyng+0LtIqodHTritYysiG
jiRZyL2pRbSk8LXZHSo93anppcX+RVcyCzOPS0lPVcVpWsLIvPWt86WhOBSHSfSjmQWLGkf8ep+t
FS2dubaMr1zRWb3A4+9dYZVlTBwelTx3sDr0wTVSdEmUMp61AYSF4OKtMGjpYCDbgjpXF+Js/anx
6V19gSLNc+lcf4mbF22PSqlsOG5xkrEW81X/AAvzCfxrOuRmCUitDwv/AKv3wal/CWtztvDwxct9
a6mYgQMfauW8On/Sj9a6if8A1DfSilsTV3OW1K8bzNkf41nC3klOST69anlIF24fPWr0IRgMEZpu
QRiZ62twgLQs2R2zWlpeoG4DRSnEqHBFOWVEbBIz9aoODBq8boMI55oUmJxN4sfU1p7t1nz6VlZ4
rUXH2MfSrIOI1Yj999a4+/5gPPeuw1Yj9/8AU1x16d0JFYR+M6fsGz4bP+h16B4XP+jH/erz7w0f
9GFegeFj+5ce9T9scvhNu6Yoq4qt5zY61ZuxlRWbO+xTWyOexY+1EfxU9bsnvmsRp2J60qXDKetA
WZuG5bHSrUMnmxBsdKxorjeK1rI/6P8AjSYHLa4P9Imx6VwExxdn/erv9bOLib6V59ckfaienzVm
viZvHYnlP/FSR8/8sxXQxf8AIVtvrXPSFf8AhIkPfYK6CDnVLY/7VOQdD0BYY2QEqOnpTTbxf3B+
FTxfcX6VN5QI6VoYNmebOFhyqn6io30i1kHMS/lVy4lji4wCaiju4mOGG2ncCjJ4esX4aFCPpVZ/
B+mSZJtU/Cuj8tWUFTwelMZdjAetIV2ef+IfDNvpiRz26hecHB7VyN4T9syBx6V6V4z402P/AHv8
a81uxm9FS1qbQehWum/0mw9nOK7ia3jubGBJAGPABPauJvABd6f/ALxruR/q4B/u1E3ZFLuUJvD9
zG5C2u5c8EelVn0aVT89m2PpXqFvFGYELLzilNvET9xfypqmL2zTseVHSF/itpB/wE0w6TH3jcf8
BNeqm0hPVAfwpPsFs3VFo9k+4e28jyc6VCf4yPrTTpEZ6S16sdJtT/yyQ/hTDoNm/WFPyo9nLuNV
jyk6M2cCbr6mq95YSWZAdiffNema1oVrb6dJNGgVlGRgVweu5wv4VLumUpqQlxq01r4SeGM8tPwQ
elOvGvo7G2urWRmDZDj3rM1NseHgMf8ALwK6S258Pp9TWiehnZJmGutaoo5VjU6eJ9RQfNG/5Guk
i8L3N1Ck9vKFV1HBXNI3hXU1z80LD3Wi7D3TEj8Z3UeN0bflVqLxw24blwferreHtSA/494G+pxT
f7DvFHz6ZG3uKd2K0SleeK4r5wZlyRUKa3Yt3I+hq8dHZR82lfoDUf8AZFuOX0tlPstS35DtEYur
WTYBkYCp47y0fhLhgT0+aq0mmacv37WWPPGcHFVr7SrewlRos8jNS2kNRTJdT1G409rdop2IeTaQ
TVu51+e3IDhsetc7rLFmscnkzV1VnDHcRfvFU/Wh6IpJdSqnioj+M/nUo8VjP3jVuTSUBy2nkj1C
1C2l2n8VjIv/AAGpuw9wD4qUj79PHifHSQfnVZtIsSc+Q6/8BNMbR9Pbr5i0rj9wuN4hEi4JGDUZ
1rF5DcKRuRNlUG0Gyzlbll/4FTDoMZ+5dnHuaVx2idEvilsD7tSL4pb0Brmf+EeY/du8n0zVeWwm
sJYw8hYE1aaFyrozqx40iE5hZSJAMkVMvi6EjNcHBKZfFzIwyuApqbUNIuobqTyZD5ZYke1XZLcm
19Dul8Wwd6ePF1t7ivNzZXwHUmmeVer1U0e6HIz09fFVq3VsVIvia0J/1g/OvK912nVWp32i5H8L
flTshcrPVh4hs24Ei5+tVZtTt57iFhKvyNn615ib6cNyGNKNTkQgnIx6UuQOU9M8JyKtrKxOAZXP
PuxrpRcRZ4cV45aeJZrWIIgbBOa2YdauHjV3n8vcePekoCkj01Jowc71P41J5sbZAYfnXmv9rXSH
i5z9aU65drz54p8tiOU9H2pzyM0gQgdK87XxHeD/AJaIfrTl8T3gPO3HsTTDlPRwiHBPWpdye1eb
jxbcjqM/RqePGEy9UP4NigXId+3LHHSiuFXxo/ff+eaKmwcrCURwHYDUDSLjrTtYjZFgmHUr9KpC
cBCkqYbsa0cRXOosubNfpXHeJR/pTfQ12FhgWKfSuS8S83TfSm1oOG5w85Igm4q/4Wb5fzqhc8xS
irvhhSB+dLoWviO68Pf8fbfWuomH7k1y3hzi6b611Mp/cn6UU9iKm5yV/Bi6PvRboySDJ4NW9TiL
DzF6rVaN92CKUtGVHYfLBmTOaGj3bM9VPFOLkdadAfMkwaQ2XEf5RmthebMfSsgjHFbCcWg/3a1R
kcNrHWb61x11zE1djq/Wf61x9z/qm9awXxnR9k2PDH/Htk16B4XOYnHvXn3hk5tcV6B4X4R/rU/b
G/hNy5HyCsa/kKIRWxd/6sGsTVBwPQitTBblBJFY8EU8nHeqqxlGBBqRwz8g1PMa2NC1OV4rfsh+
4zXN2LYO2uksTi2/GnujKW5y2u/8fM30rz+5Gbo/WvQdf/4+JfpXn04xdHPrWaXvm8PhJJB/xUae
yCuktf8AkKW/+9XOyDPiL/gC10doP+Jtbj3q2hdD0SPGFqfoBUCdBirAqznZz17ckXRB5Garyzgn
HSptRi2Xjgj3FUwMcHrWbepqlob+iTmW0ZWySjY5q7L94VQ0WAxRO2T83ar0n3xk1ojOW5y/jY40
2P3evNrtsXor0jxvzp8Y/wBqvNbtT9tFDLhsR3v/AB96bgdST+tduPuQfUVxN4p+1aZ9D/Ou1Xrb
56blrOoaxO+tx+5T6VZCCq9ucwp7CrQ6VotjmluVr24is7cyvjjpXP8A/CQXLvujiyn0q54oUyww
RKSCWOcVStVjWPy8YKjriqQja02/g1JCoGyYdU7/AFq26BQMHvXM2LbfEVu8PAbKtiupkOFGR3oY
GV4hP/EnmHfFeX610WvTvEnGjyke1eYa0M4z2rGe6N6Wxm6pz4eT/ruK6O3bboKD61zeqH/iQR/9
fFdDDzoifQ029B21PR9AAbR4D7U261u1tbp4ZFw6dad4f40W3HsK5HxES3iC5HOMjpWsUupzvc6t
NcsW6kj8BUg1XT3PD/8AjtcHyBwT+dRGSTdjcR+NVaIWZ6GL2wY5EqD8KlR7OV1VJYyTwAOM15wJ
H5+Y5+tXdInlGqWw3nBkGeaLINTqfEtnGNJkbYMgiuD1ngxV6D4mbGlSDturz/XD80WO1ctVe8dF
FnPaxzPYj/prXWaccRjHqK5PWDi808f7ZNdXp3+qX6inPZFdz0a3hQ20ZKg5Udqf9mi5+UZp1sP9
HjH+yKm8oGtlHQ5W9Sm1lC3VAaYdMtj1iX8qh1HVUtn8qEbnHBPpVWPWnVgZF+XvT5Quy42jWjdY
1/75qFvDtiTzCD+FakLJcwrLE25T3pxUqwFLlDmZy2s6HbWdsJoF2sGA4rlNebEsXHTFd94i/wCQ
fz/fFefa+cTxD1rCas9Dek7nO6e2/wAYOfVhXc2Fqmp6gbV8/Mp5H1rh9HXf4vl9nFeheGAD4ix6
Ka0avYbdrkr+AosfJczfjzULeBXwSlyw+oFdXrWoHS9P+0KAfmC8/jWGvjQNwYRmr9kjH2sjJfwR
c9Vuc+xWoT4N1AcBoz9VrpY/FUTL80K/nUg8T2v8UWPxo9kNVmcbJ4R1Ff8AlnC9VpfC2oopY2se
AOcGu+HiXTzyVxitGVknsTIgG10LDI9qTpWGqzPIHsY4omLoA47Vk6tcFHtEUkDfkgV0mqcLJj1N
cnqmTdWoJH3qzg22bt6G5qGmzSeTNbyEBkGRnvVL7Dej/lr+tdRagSLbo44OBXRN4ItZQJPMcZ54
qtXsRzJbnmxsL7H36QWV+OjV6QfA9v2mk/Om/wDCDxY4nl/E07SDniedfZL+kNtqA6ivRP8AhB17
XEg/Wk/4Qls8XT/lStIOeB555GoDtRXoLeCJR0vH/Kij3g5omabv7XoawyHM1ucZ7kVlSSlmyT0p
AzgNgMM9eKhLEnABrRswR3Om86dFn0rkfExxdn6V1um/8g2L/drkPExP21vpSexUNzi7g/upq0PD
BwjVnzDMU1XvDRwrUSXulLc7nw4c3R+tdTNgQsfauU8NN/pbfWunvj/oUhHZamlsKruY81zGAQzC
sZJDFKQRlTyDVK4nd3Y5PWug0m3iu7BY516Dhu9W1clPlKpnDjC8k1fgtXjs5Jz1A4pthawfbhEW
zzxWprJW000qOM9qSgDmY8OoxSEK52v05rpEI+yDn+GvPCxM6nOORXfwkmxj/wB2qtYk4rV+s/1r
j7lD5LHvzXY6vy031rkbg5RhWKtzHSvhNLws2bX3r0Dwtn5/rXn3hk/uflHGa9A8MH7/ANah/wAQ
JfCbt4f3a1janzbBvQ1oazN9nsw49cVzct7JP8meCa16GS3A8kelTADbxVcMyNtdTx0qwvzj5aix
rct2MYLE1vWP/Hv+NcwLo2EoDjKmuk0yVZbQOnINUtjOe5zmvn/SpvpXntyf9Jb6/wBa9C8QD/SJ
PpXnd1/x9H3aov7xpD4Sdj/xUn/AFrpbI/8AE2g+tc397xGR6ItdJY/8hm3HvVi6Hocf3RRJfQwr
lnHHvUU+VtJCOCEJrhZbuaQndISOeKtIwZ02pTrd/v4OVT5WrPi3yyYUZI5qTw9cKtvexv8ANlAQ
DVvRjGzXCED7hZW/pScVcanoa1hdwTQKsbgMOCvvU0x+f8K4J55be4do2Iwx6Gui0DU5b15I5edg
4NVaxN7so+Nyf7Pj/wB+vN7kk3uK9H8cf8eMeT/HXm1wQb3INT1NY7Begi80zPoa7Nf+Xb6rXG35
xfaZ/umuxQ823+8tZ1di4HoFqP3CfSra9Kq22PIT6VZHSrRhLcztYh3iOTH3TWVLtVenWt++2m1Y
E89q524lMYIYZqrjRZ0m2V9RjkAGFGa6CToM+tZHhzbJE7/xg4xWvKeBQyXuY3iL/kEy56cV5lrP
LCvTfEfOjzfhXmetEZA9aiW6NqRmaqv/ABT0P/Xet+2/5AsefQ1h6xlvDttjvOc1twIf7EjzSa0K
W56RoPGj24/2a5LXATrt23bdXW6EMaTb/SuU13/kM3IH96rMepTtojM+O1aUWiNJ8xHFP0u1xGCA
DmtcNiMr0NJmiRzt5ZCCQADio9Mj26zbD1kGK176AiMljk1maZltbtMdpOfyNOL1FJHUeKP+QVJj
qWFef6yfmjBPWu+8THGmt/vCvPNab97DWVX4iqJi6wP9N07P9411emf6tfqBXLa2NuoaZ6Ek11Wm
fdQf7QpvZF9z0mD/AFCf7oqWSTyrd3/uqTUUPEKf7oqDV7jyLBh3at1scrV2c/bbXndpTlmJIqO5
cMSFHSn2pDRFu9IFHlsCPmFTc25dC74ZvNly9q5OGGRn1ropTyK4W0leHU0dDghq7dzvEZPUjNNO
5lJWZj+I+bFR6sP6157rxzdRfWvQPEZxZJ/v155rbZuox6VhU+I2omJoXPiyZu3mCvRfCoB10+oQ
1554aAbxJcE/3q9E8KHOuSkdkNaima3jLnQ0X1lH8jXB/d5zXc+MmxpUIHeT+lcSq7vl9TW8TnYC
Ugdaa0xx1/WtC2sFB3Oc1DqVssQBQUcyHyu1yk0rEcHFemW/y6FD/wBcP6V5gBnA7V6h9zRIx6QD
+VE9hRPMtVJIf61yuqf8fdp/vV1GqN8r/Wua1dMSWLDuxrljudj+E7ezXmz+or0bOy0BHULmvOrI
82n4V6Bevs0qZhwRHWsUYVCt9vfI5HNSG9YAciuIk15zGoBIwoBNW7DU7meLO0kdjWljDU7BLskZ
60C7IyQM4rm5taW3tYy5w/cVRfxNydposF2dzG/mwbqKq6RcfaNIgl/vAn9aKloow/sUR/5Zr+VI
dNgPJjX8q4seJbgD/WVKviqcdXzU3RpyM7ZIxFEFXoK4jxOf9MbHpUyeLJgecEfWsvUL/wC2yM7Y
zik2rFxi09Tmpv8AVS1d8Nn5apTrhJTV3w390miXwlLc7bw2f9MIrrJoxLA0ZONwxXB6XqC2F6Gk
B2+tdMviizbHODUUnoTUi7lCTwy7u2x+prV07TJLW3Eb9RQniCyLD5wPoanOrWjn5ZvzNbIy1KFv
pM8OqmYj5D0NWNdt7i6t1WNN3HPNWl1G3IyJRT1u4iMiZaBWOLOk3ayKTEQARXawjFkgIx8tSma3
kj5dM015Y/KIDrwPWkUcPrBw8wrkn5Vq6zWOTOR61yZBZW/GsV8TOhfCaPhgYiI9zXf+F+TJ7GvP
fDLEowHPJruvDl0lvLKsjYyc1m37438Jt67bvc6cFiXJz0rmhpl0kgPl9Dniuu+227LgSj8aa8sE
q4VwCK3RzmVcWrNahjGS30pNNgLR5eMhh6itEnaPlkUj0zRGCV3Kyj2p2DmMHVInefG04HtW9oIK
6YoPY1bWOOVRvVCe+aliRI/lTAHpSGcp4hP+kSfSvO7n/j8P+9XofiI/6U4HpXnt1gXbfWs/tG0P
hLCkHxKcf3FrobH/AJDVv/vVzg48SuB2Rf5V0mnDOsW5z/FVCWx3tySLKbP92uCcfvTiu/kQS27o
TjcMVzLeHrjedrCrWhg9ynp85glOP4hg1p2j+WzkcZU1Amh3SOOAcVaNlcIOE5IxTuJIwnfDvnua
2fCuPtMx9U5rOk0y6yf3Z61r+HLaSCebzVK5XvRcVip47P8AxL4sf3q80n4ugfevS/Hf/HhF/v15
tPzd/jUm0Nh98P8AiYaZ7qTXYR43QfUVyN8P+JhpgP8AzzP8666AfvoB/tCs6iNIHoUGBAn0p5mH
So4v9Qv0pmeaq+hi1dsbcgyr1qlLY+YtXjSUrlIqafZm0lLKcbvetMyFsA9KqvKkfU1Cb0ZyKfN3
DluN8Q5bSpVXk8V53qmnzTsNqGu/uLoTIUboaplEP8K/lWcpmkItHEXukXD6LDGsZLLJkjHvWqln
J/ZiRleRXRYXbjAx9KeFUAcD8qn2hXKzX0X5dNhU8EAVyOtAnV7g/wC3XTW93sQL0AqlPp6XVyZc
8k5wa2jNNGLpu5W0t9seD2FXQ2QzUk0PlOPLXA24OKSMAg849qC12G3J823JrE0liPENumP+WnPt
xWpeTMludg4XmsvR5BN4ltn/AL0naqiiJs6fxMc6Yx/2hXnesHM8Z969D8Tkf2aQP74rzrV+ZU9q
xq7l0TL1/jUdLB/uk11OlcqhPqK5jxEM6lpf+5XUaV9yP/eFN7IfRnpEX+rT/dFJd2q3lsVbjHei
IZjQeoFc1rXiCRpHt4TtCHBIroirnK3YluLD7BnMqEE8AHmqjyMQeMVmRXM01yhkkJGe9aGoTrFF
tUcnim4alqeg7Qvs898wncKytxnvXYyYDr9OK8xbfGwdWIPXg11fhfU5r1pIZiSI1BBNU4WRnzXZ
N4m/48k/3x/WvPdZ/wCPtK9C8Tf8ekQ/2/8AGvPtXI+2LXJUXvHTRMPw83/FQXBX+8a9G8H86vP/
ALmK848Mkf2zcn/bavSPBnOpXB77RWy3FLY0fGZxY24/2z/KuPtlDTDNdZ41JNrbKBk7yf0rmLe0
l3Bgh/EVpcwRpBMLio7mDzlA7DmrCDC4Yc0l0jfZmZOMVF9TodrHP3Cr9o2r0yBXpMxxo3PaEfyr
zNcmZS3dh/OvS7zjRv8AtiP5VpPVHOtzzDU+FPuawNaBB07jgljmt3VW+QkeorE14ERaQfUv/MVz
wOqWiOwsDua19gK7/UOdGn/65f0rzzTz89t26V6DqHy6LMf+mVaR3MZnmsMYdCT612OkRwLaDgE4
rjo8rGuO9dTozB7fg5xWr2MluZXiGIbtyAgViQKGauv1m3D2Ltj7o61x0cnl59cGhaoHoenaCMeH
7UD+7/Wik8PnPh60PqlFZS3GjxA2t+n3reTHtTGW6TloJR+BNetf2dEf4B+VRtpUR/gX8qXMjS7P
JzNMg5jf/vk037Yw4YMPwr1ZtHhP/LNfyqJtDtm4aJD+FHMguzyiSZGjcc5IqTTLxLaMjOK9GufD
tmEb9ymcelcLcRpE0hEKlEYg8dKasxpinU0Y53frT1v1/vfrVJjbOAfLUCmmK1J+7+RpcqK52aX2
/B4bI+tOGo5P3j+dZf2a2OMEj/gVL9lhwcSMD9aXKPmNcai398/nT11aQEYkb8DWJ9lQrlZmBpPs
78YmNHKHMux0S6xMv/LVvzqVdblx/rW/OuYZZl6SZFJunX+KlyvuHMux0UmoeZE4Zs7qzVXIOPes
/wA24HI5rQ0DdfamlrcDCuDyKXI0HNoO0G5W1RtxxhjWwdSQ4YNjPvVCTQrCOV0W6lRlJDCk/sW1
P3b+SpdO7GqisaY1UjpIfzqRdYb/AJ6H86yBoGT8mpNj6UHw9MTldRQ/VaORrqHPHsbS6y+eJD+d
SDXJQeJDWD/YF6Pu3sR+ooGgannieBvxo5Jdx80Dohr8o/5an86eviGbOfNP51zR0HVhyGib8aad
I1lf+WSMPZqXLLuF4HQXGqNcPvds8Yrmrwq1yzdMkfzp5sNaQf8AHrn6NUf2TVDKvmWLgZGTnPFJ
Qad2Pmj0JlH/ABUkmeu1f5Vu210tpfRTNyFPaucvLpLLXZ3kJBKr1+lNOsJIQfMH51o0yU0eqR+K
rB054OKlTxHpzNzIBXlA1Qf3v1p66gCOSD9TTuyeRPqer/2vYyHKz1Kt/bsDi4WvJk1Ac8kfjUi6
kf75/M0+YXs/M9at7mHd80qMKsFoc5Rk59DXkC6owORK34MasR6vNxiZ8f71F0Hs2dd46/484sEE
F+1ebzH/AEs+ueK2rjUZLpAsshYDkZNY9wn+lhgOPWlcpRsh+oZGo6Vu/wCeWf1rr7fBnt8f3hXI
6nzqWlj/AKYj+ddSkwt3hc9FINRU6FRPRIs+Qo9qjjRg5BrNg8TWflrk4OOasxa7ZyONrZ/GmrGb
LjIVGTVGa72EgGm3d8Wc7SQtZjvuYnNROVi4R7k0lwWOc1H5pNMGcc0Vi22bJDy/vSFiajNLuxSA
fg45NSr0HNQCQCnCT0oGicEjoafvYDIJqv5lOEnFO9gLUdwejjNTbIZAQOCaoq2akDkdDVKTE4j7
mxJgYAZBFYuj25i8Q2wx0et2K6ZGAPNa+n2djeyCQqFmXoRW9N3MKsbK5keJv+QYSOu8f1rz3Vsm
4jA6k16X4rsp4NPyRvj3feA6deteb6pzdRfWpqrXUdGxneIRjWNLX/plXTaSOIvqK5vxCP8Aid6W
P+mOa6XSv+WP+8Kb6Dex6LFxGnsBXn99zqNz7yGvQYzwv4Vy7+Hbme5nl3jBkNdNJ23OSRhL8jqR
2NW7xt8atmtI+GLgDjbmo7jw/ftGFQKce9b3iZ2dznnJPFdF4KB+03R/2BWZPoGowruaFSB6Hmtv
whay273JlQpuAAzUykrFJFnxMx+zxf73+Neeav8A8fimvQfE/EMP1rz3WTm7XHpXDNe8jro7GJ4a
/wCQjct/00Nel+CB/pl2f9kV5n4a/wCP2ck9ZDXpvgj/AI+bs47AVoviFPY2tbgWbyiwztzWOYyH
xgY7YroNSjLxjbzWa1owKsAcj2q2QtiosGTyKspEnlFWAOakCMigFTknjin+YFBRkwR3qWir2Oev
9FxMktv03jK/jXWan8ukSDt5Y/lVOGJZJfk5A61b1k40mb/dqr6GbWp5XqbfJz61meIh+40X33n9
RWlqRzgVT8TIBaaGfZ/5isKZ0T2R0GnZ8619BivRdQ/5As+f+eNec6af3tuB6ivRdS/5Ak//AFyr
aBhUPMJHOQOcCuq8Gp5yXAYk7elcqwya67wUhFjeyjqOBWvQzJPEEwh0qZQMMTtxXD8EnPof5V03
iYlREoYkkZP1rmiuPyNC2Ez0zw8M+HbT2SijQDt8P2v+7RUSWpSImX0ppFNFyhOKmwCuRWBqQ7ai
kYdMVZIqnJ940CKV4SImI9K4eyCS3M8coBV2IOa7i9/1L/SuFsj/AKdNn+8aadi4q5SudKijdtpI
TPX0qv8AYIz0lB/Guv0REn1FopQGB7EV0jaHaEf6lPyoV5dRuSj0PLDpoJ4kGfrSHTSOkg/OvTn8
OWT/AHol/Kom8KWB6wrT5ZBzxPNBp8nPz/rSDTZj/GPxNekHwfYHkR4Psajbwbadtw/Gi0w5oHnR
sbhfem/Y7kdVzXoTeC7dukj/AJ01vBUYQ7JXBpWmHNA89aC4QfdIFW9PlNtcQTLw6v1/A1sXtgbR
XjfkrxmsUfKuT0DUk3sxtK2hdtQNRvroMx+diQQehqrJY3kDldx4NT+H2/0qVv8AaNdNa2SajMyN
wSOopOTvYaSS1OSEN6O5pdt8o5z+ddsfCLD7szfjUbeFJh0lP5Ue/wBgvA44TXw/vU4X98vXdXWt
4WuscSj8qiPhm9HRlP4Ue92HeBzX9q3i9d1PXW7tOu78a3m8PXy8hEP4UxtEvu8CGi8uwe4Y6+Ir
kHDZxU3/AAlEpXBxx2q3PpV1EpZ7VSoqtd2cS2ocIASPSlz9w5Ist2McGqpcT3MSsyJkDHNZvm6V
JGpezQg9CDTbe4e2imKEjMTZqrpluLjTCjdQMg1aloQ4al4W+hSLkwbT7NR/Zehuesi/Rqpf2Qu1
f32CR0JpP7IfqJufrT9og9my+dB0px+7upl/GmN4atiP3epSfjVP+y7ociX9aPsF8vRifxo50w9m
y2vhd/8AllqQ/wCBDNDeGb8H5LyB/qMVU8rUE4GT+NKJdRTs350cyDkkTN4e1dPutA49mpP7G1tW
DfZA4H91qiGo6gnGG496lTxFfwg5DcUroLSDXP8AQ9S04y/IViAYHsank1yKXAEg496oy3p1a4Vr
hQSvSrqaZbzFv3auAeMClJpblQTETU0kcIj5Y9Oa6/SLQxQLJJksfWsHS9EtknExiC7enFdIJsAA
cCsnJPYt9i00uTihOTVNpcU9Jsc1AF5htFRFwKge7DcVGZsmkx3LDSccVCZDTGkFMD5pDJw+etSK
/vVYNUin1oAsE5py9KgD4qTfQUTqTinhsdTVYSEU7fmgCyGHrU9vO8EodHIArP3mpFk9TxWkXYln
Z2mpQ6jAYLlRhhg571wXjLwnLZTi7s1LwHk47VrQzFQChIx6Vqx3/nQGKcCRCMc1tKXMrMx5HB3i
eQ6+ude0zJPEHPtXRaSwXycnA3CneLvDjnUYNQthujjQqygdOf8A61U7e6iWIDcPzqXIrluj0pby
HbxKvbHNRw6ii3TW7OvlychvQ1wK34H3XP4NT/t/GS5z9apVkjJ0Wd/ty2RdKcdqcQx/5eEB9jXA
DU2AGJm/OnDU5P8Ans1UqyF7FnoKElMStG30NKoVegA+lefjVp16TNThrlyD/rjT9sheyZv+Jz8s
P1Nefaq3+nCt+bVJLkASvux0rntVO67BHpWLkpSubU42Wpj+G+Z5j/00avS/Bc0cUt15kirnpk9a
808NuIjNIT0kNb66ggYsrFcnsa1crMHHmR6yZ4HX/Wofxp4kiKDa8WfqK8o/tUjpM4+jVIuqyAcT
N+dP2iM/Ys9SG48lUb06UFN33oVOfYV5gNYmB/17/nUq69dDpcsKPaIXspHpZt0UfIgXPpWfrvy6
VP8A7tcTH4kvEzi4NFx4gurqFo3l3Bhg5odRB7ORgakcbT7iovFaBbLQj7P/ADFPv/nKY9aPGalb
PQB6o38xUU+5pU6I1dOYefb89xXpN5G82lSxxjLtHgCvMNPcLLAxPygjJr0eLXdP8pf9IXpgitYs
yqI48eFNSaTKxJ/33zXTeH9JurDTJYpoyrufUVdTWtP3ZFyvT0zTjq1kxyL1R7bSK0uZNHK6vomp
3U4KW7MB05FZcnhrVlU5sn+uQK73+07Rv+X1B74NSRanaYIN3E340XBog0mB7fRLeKRdrqvIoqaT
UbQqcXCt7A0VD3KSMp41I6YqZB+7FRt0qVf9WKhliE4qpN941bb7tU5OW5qGBSvP9S30rhbPH26f
PHzGu6u/9U2fSuEtjjUZv940rlwNzQBjWD9K7R/9Xx6VxXh7P9sn0xXaSMFiJPAAq6ewqu5FBIX4
b1pqyk3Do38Jqsl5CG4cZ+tV7q6MkxZTjPpV3sZpXNOefylypFNW6ZrYyDkg81lAvJxk80+0uDH5
tvNwD0NLmHymq0zKoOByM1MpDR59RVZ5I2t1AdcgY61PEcQDntTJOH8RrtmkNcpnC8jvXXeI1zK9
cg/CnnvWS+JnR9lFjw//AMfUv++a7LRB/p+K4rw+T9rl/wB412ug/wDH9g1MviH9k7HAIFMP0p/8
IpBzW9jmYwkDrgUgdDwMVm307NPsBIAqJCVPU07AbIAHOKXCnqPzFVLS4YvtbkGrzLilYLle9ija
1f5R09K4HVlK2zY7ZwK9Auh/oz/SuC1biFvqayqrY2os552ItZD/ANMzmn6Fxp+T6Copj/oknuhq
XRCBp5HsKfQr7R1fhnTYdThlE6BtjcVrv4StGP3MfQ1U8EcC4/3q61gTRGN0ROTT0OWbwdAT8rMv
41E/g4DlLiQfjXVlSO+KpzalBbttZxmq9mmT7SXc5o+Ebjotw34ioX8LX6niZWHutdlbXSXf+qYE
+lTAHPIpOmilVkcE/hrUlGVETH3FUJNPuLeYJfwx88gqK9NQ7iQQPyrlvFaj7THjHSolTSVyo1G3
qcDJEsd3KEACjpWt4fRniYuOM96omLzb51Het+wjFtDt4FTLY1vYtjCLgUebz1qJpOvNRbsck1Fi
blh5TjrTll/d9aqFwetHmccU7BcmjlJc5NSNPtNURLiTFPL5NFkMtrIWPPSn7uKroflqZDkVDKJQ
ealB4FV161KrYFSykTZpSfeod1IWyKkZP5gHel8yqe/Ddad5hzQBdD8U9Xqor8U9X96tMRfhm2N7
VcWXIytZAerME23itExGorrOhSUZB6iuK13wqkNyZ1uZIo29Ogrqo5Oc5qS4t0v7N4ZBnIwD6VRL
v0PPP7DA+5qb5pP7FuMYXU1/EVFc6Bf21zLGJjgMcZPaov7J1AciX9au8SbS7lk6Rej7upRH6rTG
0/VE+7d25+tQHT9RXq5/Ok+x6l1yfzovELSJxaauORLAfoaPJ1hT9yBv+BVALXUlOQW/OkMepqe/
50e6FpFj/icBubZCP9lqdFDql3cJHJZbVZgC24cCq2dST7ynH1pRe6hbkNsYY96LxB8xs3fgaHTr
WWc3E0ca/O2GyKzRottIqyR6hMFblTVy61e4fwjeCRyzPhefpTNMsjqGiQBG2uoGCKbfUiKZVOhN
/DqZPuVpP7Gulxtv0YehFXf7AvQf9dn2o/sO/wD74/Oo9oi+V9yg+k3/AFS5gpv9n6qvR4W/4HV8
6TqK9/1pDYaivRaftEHK+5Q+yaso5SI/R6Ty9UAx9mB+jg1eNpqQH3aa0Wogj92afPELS7lCQ6ko
y1k547Vp+M1Yaf4fLgqwjJYHtUTG/TrCTT1V9SmjivV4ztXd2zTVREuEnqQLqcaKEBHA9acuqj+/
+tJHotk/mYj3lXIzn/PpTv7CtMf6oj/gVLniXysd/agx9/8AWj+1B/f/AFpn9gWfeN/++qT/AIR+
zz9x/wDvqlzx7hysk/tU9N360v8AaeB96ojoFn2WQf8AAqT+wLT/AKaf99Uc67it5Ev9pg/x/rRU
Q8P2h/ilH0NFHNHuFment92nL9wUxh8tSJ9wVoYCHpVSQcmrR6VWk6mpYFG7OYm+lcHCf+JjNj+8
a7y6/wBW30rg4hjVJv8AeNSkXA3NAP8AxN/wrsbr/j0fPpXG6DxrP4V2VwM2cn0rSGwqm5zJ2hs5
xSJLmTg5qvclg3BqC1nIu1V6ljSN6ByyED7w6VWu5Crq78E8GpUJV/lqvfbpUUd6TKsSw2rXYyjN
+BroLddlqqnqBzVPRYDFbZbvWifumrjsYyOI8R/6x8Vx0nKMPeuy8Rf65641+h+tQtzVfCiXQTi7
kz/ertNCbN/XFaJ/x+yf7xrstB/4/wCpl8RS+E7UH5aFo/hpBXQcrMS8JF7JxxTEkPOauahFi4L4
4YVUxSZaRc0yTzHII6VrN3rM01f3hOK0mzjmmhMguv8Aj3b6VwOr8xP+Nd9df8e7fSuA1gYhcjrk
1jWexpR3ObuTi0f/AHDU2ij/AEP8BUF4dtmTnqtT6OR9jz7U/smn2jvPBIBin+tdXiuV8EY+zTH3
xXVZ5q4bGM9yC/JSykZeoFc6kKTjc5yfeunkUSQuh/iUiub8ry8jpjinK4Q1EMf2Q+ZASrDniuit
ZvtNskuMFgMiueZSw+tb9gnl2iLSTuOSsTKPnauY8VD/AEhPXFdR3Ncv4mBa+jHbbSnsKO5zVrZE
3DSYq7IccVMq+VGcVAcdTWDRo2MHJqGWUBtop8sm1Tiqm4sdxppBckLHGc0qsTioWbJxUqHkU7DT
JdvOaXPNJIcLwaRDuQUmikWUbgVZQ8VTx0AqdH7Cs3EpMnB5p4NRKcinbqhopEuaZI2EJHWk3U1m
yKQyvArsxZjVrvUStjinhqYNkoNSKRUAbmlzzTEWg1SK3IqsGqVW4q0IuRyEVftZMMAcVlIauQPh
hVpCuS3+jRahMCcgHniqp8IQ5wJGH0at+1PmLnvUWtXrafpbXEX3gwFaRimYzk1sYbeD0zxLIPxp
v/CHDtPJQniqYn5sVZTxJK44Aq/ZIz9rIqHwg38M70w+E5yeJ2P1Fai+IJD1QVIuut1KCl7JD9oz
FbwpcqpYTfpXNakrLbyJJ99SRmvVEkFxZrIBjcK8x1v71yP9s1nKCTNITbZj3Tn/AIRicdPmH8jW
14T/AOQZF9Kwr1h/YEq+/wDQ1u+FONMi/wB0U2rIo7GDRI72ASksp6cGg+GUxxLIPxrW0jmyXisH
WPEd1ZatLbx/cTFONNMxc3cm/wCEax0mkph8NyHlbl6rJ4suztBUcmpZPF00TYZFIqvZIXtGP/4R
247XB/EU3/hHrs8LOPbIpG8ZOigmBcVp6Fro1eWVPLCGMA0Okhe0Zivp81tKyXLq/HGBXPX5Ed6C
vBXmu21oATEgc4rh9Q5uzXPNWlodNJ3RDo/z25bOcu2fzrbSzeVcxx7vXFYOjZW1I/6aN/Ou98Lg
MJMjPFJR5pWKnJpXME6fJj/Utmk/s6THMTD8K71oUPVR+VIIYvRfyrX2MTH2zODNg2P9U35Uz7Aw
/wCWbflXfC3jPAC0G1j7oPyo9hEPbs8/Nmw/5ZN+Rorv/ssR/gH5UUvYIft2Zrfdp6f6sUx/u05f
uCtTMD3qpJ941aNVpB8xqWBSu1+Q/SuCj41WYf7Vd9cn5D9K4FOdYm/3qC4G3onGr/hXZXWRaPjn
IrjNGP8AxOQPau3K7kx2NOAqm5y66fLcsDtwM+lV9U0/7FLEy/eJrr441ReAKrX+mreFWbt+lVYh
SMOBnCButX9I8q9kljkUEryKrRqIZ5bRxiROR/tD1FSeG/8AkIXGPao5dS29DoFgESbVHFNIwpqy
4+Xj0qvjg1aMziPEf+uauOmHynH96uy8SD989cZKTsP1qVubfZJNEObuT/ers9EP+niuM0Vv9LkG
O9djoh/08VM/iQ18J2pIVCew5rOn1q3gB+YE/Wr8v/HrJ/umvPbpm89ueM1utjmZ0cWpjUr3ys8Y
4qQqyvtPXtXPaZOLe+ic9M4roL2c+cpAwRyvvRa4XsXLPUILeYxzsEY961VkjlTMbq49q4HULoz3
bMeKbZXs8VzGEkOCwBGaLWDc7q6/492+lcFq3+qk+prvJG3WhPcrXCax/q5PrWFU2o7nKahxZj6V
Y0lh9kAHTAqrqWfsgx71a0n/AI819cCn9kv7R3/gf/j1mz/erqcVzHgoH7LNj+9WnrmoPYQIY/4j
irhsYz+I0jIqZLMBWLqAAmMsY/dt3HrXOy6vcSscuQK1dNuidHlU/MN2fm6iqktBRbTJoHUyKX+5
nknpXSIoCLtwVxwRXK6nKF0qNAu12HNUbLXby0wFlLIP4WqUrFSdzuAOTXM69hrxfYVsabqIvrF7
jbtI4IrmdSuTJdM3aiWxKKk83G0VVkmwoFMaf5mzVV5CzcdKzSLJXkzxUecVGX55NMeQ5wDQMkBy
9WENVI2JqynHNBSJ85WhDgc1GGwOaA2TUlInLnHFPjfJ96r5qxCuDmkyiyhx1p+ah3gUGXismWib
NIzYFRCT3prycVIx/mDdT1cHvVMsSeKcrEd6Yy6G96cGH41U8w44pwc7hVCsXA1TI2aphu+amifB
qkSy4h5qzGwVhVRGBqYfNjFaJEG9YS7GB6iq3iP95o8iD++CKSylCrzTtU/eWTj8auOjM5q6OHZW
Vsc1raVaPdAspyBVd1BYcVtaREiWzFTg9a1vYxSuV76E2rqMYBqKMlue1JfyvNKAT0OKt26KI+n4
0JiasdDZMP7Mix1xXnOucS3Of75r0Sz409PpXn2vjMtz/vmsqhrS3OZvj/xKJR2rpPCuP7Ni/wB0
VzF8caRKPeum8LcadF9KlvQ1PRtJbFiuOxrjvEQB8RXHTtXYaR/x5LXIeIYBL4guME5yOn41cdjF
7laGISyhOOOalu9LCoXDEnFFhCqXDDnd71oSJvUq2QMU7saSsYT7fIG7GRW74GObq7P+wK5+8Taz
bDlfWt/wMP8ASLr/AHf8KvdGb3NXWv8AWj6Vw2of8fZrt9b/AOPgc/w1xGonF634Vx1H7500dito
zbo3H+21d94UODIPYV5/o+MSe0jV3/hT78n0FVD4iqvwnRlQeKw9d1pNNHlRcyY59q3Ccc1w8sH2
7Wrl5gSFbABroTORIrtrl68WQTz3FaOh68/2hYbpshjjNSpYwquNgxVLULBYYTNAMMnIp86ehTgz
tjCuPvEDtRVTSbhrrSoZGGWxg0UXI1KTfdNOT7gpjD5afH9yoNBDyKqyk7jVs9KpyH5jSYFW55Q/
SuBU41ab/ervLjhDXBHnVZv96pTLgbOjf8hhTXdD7tcJopxrCj2ruwDjFXEmpuL/AAVIoBj5qPoM
U9W2pyKZBg+JoXiaC9iwJEyjY7j3qLwoxe5ldhyetbtxHDdxNFPGWU/pUNnZW2nuWhBGe1UJM02+
7+FVj0NSpMrjGeajYYzUobOI8TZ81sVxknKNnsa7TxMP3rVxcn3JPrU/aZsvhQ/SGBvnx/ersNGP
/EwWuM0fi+f612GjN/xMFFRP4il8J3Ep/wBHk/3a87uP9e/1Nei7cxlWHDDFYcnhW2klY+Y43HPW
t0c7OWTHDenNa81zm2jkzk4xV9/CUA4W5epG8OD7MIxcEY74p3IaOYlIdi3c0Wy4uYyf7wre/wCE
UbGPtefwFA8LSxOjiZXCnOMYpNlI6Bz/AKKP92uE1blZR713jgi2wRyFxXBaseJfrWNVaG1Lc5PU
j/og+pq5pXFmDVHUhizXPqavaYQbMYp/ZK+0egeCsmzmP+1Uvi/JtYQtReCR/oM3+9U/ir/Vw8E/
SrjsZS3OUGKu2cpRXXJw3OKp4weQR9amhYLnkUMIlm9vGuQikY2jFUjgYp5OSTTSM0JiZ0ekS+X4
flPvXOXUzZbJ5JrctG8vRCPVqwLwqHy3X0oYkVJCVXcagEnHWnytvXAzVdvlAFTYq4rSZbikJyab
wOTTol3HJpWGixEMDNS7zUOcdKXdxSKJN/vT0b5hVcNzT0XJyTU2KLirlqmBCr1qurgDANOLZFJl
pE28HvSbqhyRS5z3rNmiJC3pSbs00UtSUKTgcVF5hBp5NRkZNAE6ycZqQSVVBwMVIpB71Qi2sg9q
mjfmqa1IrEGqRLNNHGKsRNWbDIe9XYn71tFmbRpW7dqtSNvgdT6VnxPgg1c35jP0qjNmC6qtxg9K
tWUpRWKHIrG1OY/amVT3rQ0mQQaZudd3nTBVrW10YXsNuJGEyllwCa0YWPlD0rM8R3CfbFih+VYx
+tU7TV3iISXlfWklYJSueg2v/HhGR6V55r3/AB8XH+8a9B05hLpcMi/dYV5/r65urnHqaxqGtI5O
/OdMkFdN4UP/ABL4v90Vy9+pGnuc10/hX/kHxfQVMvhNep6PpH/HiK5PXJAniK4yR2rq9H/48l+t
cX4mGdfuPqK1pq5zydmFizXF/hOuK1JYpjGwxjaOTWFp8zWt7FN2U810Ot3oVRJE/wDrU5UVo6ZK
mYltGslg4cgksTWz4PQRXE6j+6K5klkyFJ5ro/BTl7m5zzhAKbjZC5rs0ta/1/4Vw1+c35z613Gu
Y8/j+7XC34/0z8a4aj987KWxX0g5Mw9JTXfeFP8AWSfSuC0jAM3/AF1Nd54VB81/92nD4h1PhOlP
GOa5fV42gvZGgx8xya6d8bOe3f0rC1WSJ3JjdWI6gHNdDOaJn21xIYW3/epIXkl3JJyrcU2KUMxA
q3b4LkDHvUmmhr6QhisFQHgUVBpepWs6tEH2up9etFVZmTsRt92pIxmMU0YYEHjNR4dOA3FIZOTi
qkidTT98nrTS0nelYdylcjMZ+lcA2P7WmyejV6Bc79p+XNec6pDeRalMyWshDHqFpcpUGXRdta3i
yxMMitZPF93jkKa5EvddXtZR/wABpPtMq9YJB/wE0rNbGl4vc7RfGFxjlAacPF839yuJ+2tjlHH4
Ugv+OjD60/fFaB3ieMZP4oqlXxiCeYf0rz9dSHQmnjU0HVsfjTTkLlgegjxfGPvR/kKkHjC3K8xk
fhXnY1ND0bNKNRUHkjH1ovIOSJ0msX8d8zMh7Vycp+VgfWrX21T0YfnUUbRyzqnBLMKSTvcbslZD
NI4vmrpIbo2lwsigHFc7Kj2GpTjy32Z+UhTTv7QOfm3j8KJRYRasegp4tVkAaM5FSJ4siDAmPNed
DVFBwWNA1JRzuNF5IOSLPSD4qtWfPlGnDxTZHgxkV5v/AGoh43frS/2ivZx+dLmkL2ce56UPEtge
xFSp4ksCuN+PxrzIaiAOWH505dQGeGH50+eXYPZx7npcmv2LxMqyDJHc1x+pOsqSlCCpYmsYX4J+
8Pzpft2UK561Em5FRiomZq3/AB6qPerul8261S1T57PK9QavaWwW2Xd6Vo9Ii+0egeCmT7DKMjO7
iukdFk2qwUrnoRnFeZWt8bU/uZWQHqKurr1zu4uDUqqkKVJt3R3s1jaqebYNnvjFVzp1i3W3ANch
/wAJHejpODUyeKrwD5nU1XtEyfZSOkOj6c7c2+PcUkvhmzI3IpH0NYS+LbjHIU1YXxfcHClBijnQ
uSSHarAtjaiGMnbnvXIXUheY5PArpdTvDexhzwa5m4XB4p3uJKxGSFXNVWO6TOafM+2IZNV4nDGm
A5ss+BVhPlGKiUr6inb+9JjRP5qotQtLkfLUTyjIz0q1FHHsBGDUlIdGm5QTUuMU0NgdOKTzBSLR
KpwKkDcVAsgx1FLu4qGWibdTd2DUYbgUuahmiJ1egv6VDuwKVWyakZIHOeaRmpM0h60ALmlBptOF
UBOjcVKM44qsrYNWU6U0SyaNyMVdibI61RUZPFWoBg81omZs0Y+VGKuxfMoHes+LINW7Z/3vzVpc
ho5bUhi/kz609bwiKGMcCM7h9a1tW0O9urrzbWFpEPUis99A1JMf6G5rRM55LUozStPMzucknNQF
etaDaNqIHNnL/wB81H/Zl4ud1pKBjrtqrk2O+0X/AJAFr/uVw/iDi7uR6mu40gFNEt0ZcMq4IPUV
w/iIf6bcfWueqb0jkNQJFi4A4rpfCp/4l8X0FcxqB/4l7Cum8KH/AIl8ef7oqZfCadWekaOf9AH1
rjPEoJ1+4/D+tdloxH2EAjvWFrfhy7vtTkuInQKxzg963pOxzTOcRCRz0qZ5WkQK5zt6ZNb9r4Qm
lhzLKEYdh0qc+D32/LcKa35kY2OSd1CEFcHrW/4Gx9quiP7oqeXwRK3S6QH3FaOg+HpNFknd5VcS
AYwKUpKxSRFrYxKPpXD3/N9+NdtrZPmj6Vw99n+0Aa86r8Z3UtiDTOGmHpIa7rwqT5zH1WuD0v8A
1tzkf8tTXdeFmzP/AMBpwdpjqfCaniWR4dGmdGIIHUVwlncSm6VQ7EucHJruvE43aDOPauE05B9s
jJ4AOSa7Iq6ONs6WO2EchViNw61Bqlw1lbkr8rP0B60mkXZ/tWVm+eLJJzWPrV617esw+6pwopco
cxVS4dJN6MwY+hoqGMHeM0VVyTvvtMf96jz4z0YVCbX0pBamsbo1J/OQ/wAQpPNT+8KhNofek+xZ
Pei4D2KE/fFQyW8bHPymlNkc96PsbepouIiNjEf4Vpp06Jv+Wa/lU5tXHc0n2d/U07gVzpUXeNfy
pp0aA9YU/wC+ateTID1NHlyjuaLgUG0G1PWBP++ajPh2zYf8e6flWmUl9absmB60XAyv+EWsSebd
fypjeErE/wDLAVsf6QD14pd0470XAwz4NsWP+p/Wnw+DLGGZZEjwynPWtrfPS+dOO2fwouO5AdGh
bqgP4VG2gwHrGv4irf2iYfw0v2uX+5RcDPPh62PWBD/wGmHw3at1gT8q0xdyDqmaX7Yx/wCWeKQX
MZvCtox5gX8qYfCNmesArdF4R/yzpfto7x0wuc63g2yb/lj+tRN4Ks/+eZH0NdOL1e6H8qX7Yh/g
NFwuck/ga1PIVx+NRN4Gt24BkH0auy+2Rd1NL9qhI6YpBdnB3XgdhCwhmbOOA1UF8NavCMI0bAcY
r0lriA96ZvtzznFFhqTR5y2iauoOYkb2zTP7N1VRlrYfga9J/wBHP8Qo2QHow/Klyor2jPNBa6mP
vWb0xvtqH/jzmHuBXpphgPcflR9khI6pRyoftGeZm4uVX57aYe+01NaXUjzKGjlH1U16J9hhP9z8
qa+mQ7CcJn8KXKg9o2YX/LDn0rBuZQZStdLdpsDLXK3UZE5NCWpJSunO7AquGwvB5qWdhye9VwCM
HPWtBFiEPLKqg/Wt2GC3tYsyYJ96ztMjAiaY9qrXV1JczFEPyg1jOTvZHTThpdmnLdWVwShRQfaq
N5bMgDW8nHpmqMsRhXdyDRb3zbcNk0k2XKKsT7rjYMNzUT3FxH1BNWg25QRUscaykA4zVqRk4FOL
UeQr8GtBJRsBFD6ZEzZC8+1H2YqcA9Kl2HEkWTNPDVUctGcEGpElJrNmqJyfWlEgBqHfmjdU2GWh
IMdaRnyOKr7sUbuKdgJVkweTUqyKOaoSyheTUJvQoqlEV0bauh6EZ+tTKeOK55b/ALir1nqavwxw
feq5RXRuxAECraR9xWTHcgn5TV+G7xjNNRJZqxDKVIvysKpwXQPSnSXQTknFaWMmdLY6hBFBslcK
31qb7fAWz9qH0rz3UNSVpRh8Y7Zqp/aAPRz+dS520J9nfU9NF6jZ23SfnU5u7cxYaWNj715V9ubP
+sb/AL6pf7RYZ/eN/wB9UvaeQeyPTTPAqHEi/TNef+ISGvJyvIPpVNdSb++3/fVRT3KzK2Tz9amU
uYuMOVnP6gpawlIBwoyT6V0nhTJsIj0G2sicFNKvlChsp/UVc0LUobPToVLrnb605fCPdno+manb
wWojkYhgauf2vZ/89DXn/wDbkRPDA/jSjWUPcfnSVRol07no0GrWXlkGbk+tM+06eWJF0Qa8/GsR
Y+8PzpRq0Z7j86pVX2J9iegedZtybrP1NWDf2nlYE6mvODqkZ7/rS/2kmOv60e2fYPYnS6xIksm5
GUjHauMvBu1ADuTir39ooec/rVF5BJqMLgZAcZrCTcpXNYLlK1iDFdXSnvJXa+Fv+Pr8K5WcA6zd
bF2jIOPwrp/C7Bb0biAMdTVQ+MJ/Cb2uQvPo80calnPQDvXEJpGoKT/osn4V6MWT++vHvTDsIyGT
8661KxyOJwcVnqFvDIq2sgLd6ptpN8c5tZD+FekbFPQp+YpwAHXb+YquYXKeaLpN6D/x7SD/AIDR
XpOxSf4f0oouHKZuBRilornNAC0bfWlHWlpgJtFN2+1PooATaMUm0Z6U6igBpUelAUelOooAbsXP
Sk8tfSn0UAM8pfSk8lT2qSlApXCxH5K+lJ5K+lTYoxQOxF5C+lJ9mU9qmxS0XCxX+yr6UC1X0FWO
tFFwsVvsik9KPsa+lWqKLhYq/YlNIbFat0YouFimbEE9KT7APar+KMUrhZGf/Z49BQdNHtWhijFH
MwsZx072po04+laeKXFPmDlMo6cfek/s9u2a1ttG0UcwcpkfYHHrSfYJByN1bG2gDrxRzBynJX0D
CQjFczfRmKZgR1rvtStABurktUiQseOad9RHKXS/N04NRFOgxV28hwhYHvVZGDDnrVXLSL0bCPTd
oxk1TtYdjM7dSamJ/cgUjtsj49KxZ1x2G3AV+DVJVQS7RilkLyHqajCGN85NNLQTd2XUBFT2pImG
ajhQvEG5qSNSsgPvSvYlo1CQB71ExAOTSk7sHNQ3GRUtiQ1wrnJqFkI+6aXJpetK5dhisRwaXdQR
TCMUwJN9NkmC8CoXl2iq8hLHINUlcjmJ5JQ3Wq74NRncamijJIz0rRKxLdyAhu1M8x42yK1kijHX
FUtRiA2rCuSfSrRDEg1SVDyTWraar5g5OKxINMuGAMhCD3rWs9MjBGJQx7gGiwRl3OhsJ2kX5OTU
l1FMzKjAgHqfSremRQ2lsz4BYDgetV7x5mheeUhP7q0WJctRl14KtzFHML2SQuMlVb7tU/8AhEY1
4FzPiuj8M2k76V5s5ZmdjjPpWsbM5+7SdibyOE/4RJc8Xc340h8IkdLyT8q7r7F/s0fYv9mldBzS
OE/4ROQdL1/ypP8AhE5s/wDH835V3v2D/ZpP7P5+7RdBeRyui+HFtROt5crMkgxhlq4fDumHA8mL
H0roRpeRnFKdKPpT5kLU5o+GNNPSKP8ACmt4W04j/Vr+Brpv7MI7Uf2WfSldBqcqfCWnk/dI+jU0
+EbH+EsP+B11n9ln0pDpbehougvI5P8A4RCz/vv/AN9Uh8HW+PkmlH0aurOmH0P5006W3v8AnRoO
8jlP+EOXGFuph/wKpbPwh5F7FMbp2CHJDHiujbTSOx/OopNNcg7dw+hosg5pHOamFi1qcjGGxT4b
3yh8pqa70JpZi+9tx65qD+wpAOHNYuDb0N1ONrMnOrOP4z+dKurP/fI/Gqx0OX++ab/Yk3980csw
5qZd/teT/nofzpf7Xl/vn86pf2LMP4zR/Ys+fvmnyzDmpl8axJ3kb86Kof2NPn75oo5ZhzUzuMYo
FKaTGeK0OcWikRSoIzkUtABRR2ooAKKKKBiilptKKQC0UUtABiiiikAUUUUALRiiloGJRilpaAEo
paMUgEFLRilFACYpQMUtFABRRRQAUUUUAFLSUtABQKKUAnpQBn6of3dcZqA3yGu41MIluzOQD71x
F1IrykjpQ1oEdzEu4OCDWU0RibPaujuoxJHkdayZU6g1SLW5AHzHmgfPFkc0RABsGmMGtpuh2NUN
HRER9oGQOapyK7yD3NaywCVNy/pVd4Qh9xS5imi/Cipboo9KTHPSoLecv8tWwoNR1E0KDQcN1p4T
FNkXHQ1RFis64bim4NSHrSdallIQRk077OWFSIMCp0UYppgzLntiq5qkQVJFdHJACprJuLYqxOK1
TIaM8zeW+1x+NTRTRsfv4/GmzWrTD0NUxayI3etUrmTbRtRKZHADAg1JOyRTbVXPvUen20ioHY4+
tWpIQxyetS2kOzZSk8x265FPsA0U+TnJ4pXBQ8A0sKsZA3ejn0DkZ2FhErw7iTlRkVG0TajdpCOc
nB+lR6PcFx5Z6kYrqtA0gWwNxKuXJ4pX0IlGzNO0tUt7WOJQMKMVL5Y9KefpRUXJI/LGelGwelSU
YpXAZsA7UBBnkU+jFACbMUY9qcBxRigBuPal25HSlxS0AN2CjbT8UYpiuNCD0pCg9KfRQBAYc9qb
9n9qs0YouO5lSaezMSBUZ05/StjFLtGKfMLQxf7Ob0pP7Ob0raKijaBT5g0MX+zn9BSf2c/oK2wv
PQUbR6UcwaGJ/Z7f3aK29g9KKOYNDMooopjCiiigAooooEFFFKKBgKWiikAtFFFABRRRSAKWkpaB
i0UlLQAtFJS0AFFFFIAFLSCnUAFLSCloAKKKKAEoopaAAUoGaAPXtVLVdSj022aRyM445ppNuyE3
bUnuLuG2I819tWrGWK8XfCwZfXFeZ3uqz6pIGVzh22qAea9E0C2+x6dEp+8RzW06KitTNTbOK8aa
1LBdSW4JVgSMVx0GsukgWU5BrtfihobnZq8ClkUbZVH8/wBK8wL7jkH6V0QhGUSXJpnZrKJo9yEE
H0qhdfexis3TL9432MflrWlxIMiuarFwdmdVN8yuZ+MMD71bULOmCBmoHTFOicpiuaTOiI7m2cKD
UU2JOelTy4cg96T7MSuam5oV7dAkmc1ooMnNU1UBsVcjbjii4mWVwV6c1GYtxNSxDNTFBtzTM72M
qRdrmmZqe4XBNVs46Ui0TBvWpo5AKqBqcr80gsaakMOKjkgEinjmoklwtSLNzzWiZDRWa1OcbaZ9
iBbpV4yqaegBPStEyGhrwhUVFHOKrshBwa2Lb7N5b+d94fdrIuplWQgHJz0qJrqVDXQiMeT0pywk
EcUxZ81aiYOKzuaMuaUTFdIfevTbZg1smOmK80tfkkBr0HSJvNsV9q2XwnPV3LhpKeaSpMRuKMU6
ikAgFKBRS0AGKKKKBBRRS0AFFFFMQlFLRQMKKKWgBKKWjFADcUU7FFADaUUtFABiiiigRk0U7YaX
y6u5Qyin+WaNuKAGilpcUYoATGKBTtvNG3NFwExRTtuKMUrjG0tLijbmgBKKdtxRigBtFOxRtoAb
S0u3ijac0AJS0YoC0AFFLigLSAQUtLilxQAgoNLRQAlKKMUoGaAEpQCTinBTVDVNVj06Prl6cU5O
yE2kTXl5HZxFnYD2zXnPinWJNQcqhIjX9am1fXHvp/mcqtZrxxzpgHNehRw7jqznnO5W0S8FveRG
QZRXBr2OzulntkkQjYw4rxf7LJbzB9uVz0Fdv4S18RMLC6bGTlGJ/SniKbauhQkrnbzRw3ts9vcI
HikG1hXg3ifRv7C12e1jOYgdy/Svdt3I+teVePYmbXpAy5J5BrGg3exc0jkLQkNzWtZ3fmMYm6jp
VER7U3YxUaSFJ1cdjW1aHPEVKfLI2nXtTCnFSqyyIGU9aaw4rymrOzPSi76jI5ABg/rUsl0FjIyK
rhQTzUE0ZLcHilymlyzEwddx61dtxxzVCIbVAq7FIAKLCbuW1YA8U7zCRiq+/ilV8dTTsZkdyOM1
T71bmbcpqmRzSsWmLR0paCOKLDuPR+MZqVTVXnNTx+9OwE6jcwFW0Q7gO1V48DmrAlxiqiiGRX1w
ltAxyMngVmWzedLl+c1JqsT3C5U8CsxLt7Y7WUgj2q7XBOxv/Z0201R5b8GsX+2XY4VSfpSx6sXY
hxtPvUuDKU0dbZ7ZMc12vh4n7Mw7V5ppl+XkVYwWYngCvUdAtZLfTlMow7c4ql8JhVNI0lKaKzZg
JS0YopAJSiijFABRRRTAKWjFFABRRRTAKKWigApaTFLQAUUUUCDFGKUUtADcUAUuKUUAJjFFOxmi
gDE82l841RF2vpSm8X0rXlHzF8TUeb61Q+2L3BpReIexo5Q5i95opfNFUPta+lH2tfQ0uQLmgJRS
+YtZ/wBqTHegXiHsaOQOYv8AmCjzBVD7WlKLpB1Jo5B8xe8ygSj0ql9rj9TQLtPWjkDmL/mCjzBV
H7XH60v2pP71HIHMXvMWjzVqj9pQ/wAVL9pT+9S5Q5i/5i0GRaofakx98fnThcRn+MfnRyhcuhlp
25apCeP++Pzo8+M9HH50uUd0XN6e1G9Kpecmfvj86XzU/vD86OULl3fHQHjqlvX+8Pzpwdf74/Oj
lFcu7o6QFKqeYP7w/OjzB/eH50coXLw2eoFKNp/iqiZVUZL1k6vr0dnGVR9znjANNU2xOSRp6rrN
vp0TDcGkxxg153rOsPcyMzN9BTLzUZJnMkrHnsTWDcz+dISOlejQoKGrOecrjZrh2bPNaFo5WAOT
1rKY8GtK0O+1wOcV2GTLsbiYc0yeMhg0bFXXlSO1NtCTkHiluWKmlboI7Twv4mW9iFleOBdIMA5+
8KyviVZt5UF/GMEfK2P8+1cdJO8U6zQuUkU5VhXWJrsXiXw1cWdxgXiJnHrjuK5JUuSfMjbmurHC
i4Lgg9qjJ5yKCpV2UjkHBpQpPatGSX9MusMYX+orRkGKwVJjkDDtWuk4ljDA815+Ip2fMjtoVLqz
EbrTDmlkbFMD1zpHRclXpUqMB3qvupAxBp8oXLhlwRTy/wAuao7yetSI5IxSsK5OW3U0R5OcVIqh
VFLnipsNMj2YFBXinZozxTKICKehxSHrQTikUWVfjrTw+aqpliBV1I1VOSKtIhuwwgkYxVafT/OY
HaK0tg2A0qFdwB6VpFMxnO5lRactvKGIHWu+8M6Hp9/ZF57SNiD1IFcvZ2Mur6mIoxiNepr0nS7V
NMtFgj5x1NOWiMWxtv4e0+1k3xWsan2WtALjgcD0FNM9NM+O1Y6sZLto21GJwe1L54xSswsP2Uu2
ohc84xT1mBosxajtlG2k80CjzaLMBcUbaTzRR5wHWjUBcGjaTQJQaPMWjUQbSKMGl3qaPMUUagJi
jaaPMWl8wUDE2mlxR5gNL5goEGKMUnmrS+avpQAYpcUnmigSrmmAuKMUeYKXzBQAmKKXzFopgcn9
kHqaDaDsad9sT0NL9rT0NbiI/snvR9lPrUn2pOvIo+0x+/5UAR/ZT60v2U+tSfaI/U0ouI/U0ARf
ZTj71AtD61L9qj9TS/aY/wC8aLgQfZD60fZD61P9pj9TR9ojP8VFwIPsh9aPsjetT+fH/epfPj/v
UXAr/ZG9aT7Kw71Z86L+/S+dFn74ouBW+zP60fZpPUVZ8+P+9SfaI+7H8qAK5t5Pak8iTvVn7RF/
e/Sjz4v736UDK/kydhSeTIO1WfPi/vUvnxH+MflSAqmGTHSjypfSrXnRdnFKJ4v74/OkIqeVLjkV
kT+IIba5aF1IK9TXSCeE8GQVwPijSWstQa7gkMkEvLD+6a1ppN2ZMtNjcGvQMMgkj61DceI0QHaD
+dcR/aYhlAfhT79q1ovJmi8xG3Ka6VQRnzstT67dzkhGKqarNKcbpGZ296id44x8tV3mLe1bRgkS
5XIbuYu2AeKqVYmTjOaq8itEIRu9X9KkGShPWs81JbyeVKCKYjfMWxsii4i8yLjrToW82MN1qQAE
EUEs566UoaqxTPFJvjYhh6GtLVUCNWUpHNKQ0yyWEp3t97vxTSuKYj84p5ORWbRVxjCnW8xRiCeK
awqJuORWVSCkrFwlyyuaBkyKjDnPIpsDiRPelcYFee42djuUrq5KJOKVH3NUAfIAqWPhwD0NFguS
nk05G+YYqMZ3EdqFJD9KLBc0PMDHHtS9arZz0qZQwAJqGikx+2kIwKA2OtByT7VNi0yOggnjFSBc
0sjpGuT1ppA2RMyxDLNtqCXVFUYV8ge9Ryxm5bLZI9KVNJgIyQR+NaxSMpak0epsygA9elaNra3t
w6kRMFb+I1QtrXdcRoiYVT1r0/SraM2SZQHA607kyVkUNHhXTIs7VaRhyc1qDUnHG1T+NTmziz92
kFpEeq4pNpmVmRDUn/55r+dH9ptnmNfzqX7JF/do+xQ/3aNB6kf9pt2iX86T+03/AOeS/nUv2KH+
5R9ih7LRoFmRf2ix/wCWS/nSjUWz/qx+dSfYoe6/rR9hh/u0aBqN/tM94R+dKNV/6Y/+PUfYYP7u
fxo+wwdk/Wj3Q1FGqc48n/x6g6oe0H/j1J9ghPb9aP7Pg9D+dHuhqH9qesJ/76o/tNv+eJx9aP7P
gHZvzo/s+H/a/OjQNQ/tQd4mz9aeNVT/AJ4tTP7Og/2vzo/s6H/a/OjQNR/9qLn/AFT/AJ0v9px9
43H41H/Z0P8AtfnR/ZsWeN350WiGpJ/akf8Azzeg6pH/AM83H4Co/wCzo/VqP7Nj/vMPxp2iGpJ/
akWP9W+foKT+0gekcn/fNR/2ZFj77fiaX+y07O34Gi0RajzqK45Rx+FKNSixyrA/Sojpsf8Afcfj
SHS4/wDno5/Gi0R6k66pFnkP+VPGqQD+/wDlVb+zFPSRqP7MT++1Foi1LX9q2x7SflRVUaWv/PRv
zootEVmVfs6elKLdPSpaWlcZF9nT0o+zp6VLRSuIh+zr6UfZ19KmoouBD9lT0o+zL6VPRQOxB9mW
j7KnpU9KKQEH2VPSlFsnpU9FFx2IPsq0fZl9KnpaLgQ/Z1I6UC2TuKmxS0XYWK5tk9KX7KnpU4oo
uxWK5s0xSfZV9KtdqMUXCxVFmmKUWaGrO3NRzTxWykyOBj3oV2GiI/sS+1VdRiso7Z1utpQrg81l
6v4rjgUrb4J9c1xeo6zdXxId2CnsK6KdGT1MpTRk6xbQJdSrbMWhzlc9qrabfvYTGOQkxN39KtOo
Ocj8aqy24YHFdqi0ZXubeVlUMhyDUbAisuzvGgby5Dx2rS8wMMg1pcmwx27VC3NPkNRE0xiMKYfv
DmnHmkIpga2m3PAUmtTIHNc1aTbHFbkM4dOtMlmfqzbnrIPy1p6gwZjis1xUyKWw3PNTxsGHvVen
xnFSBK1RGpDzTCKloEPs1MlysYOC3AqxcwS20pjmQqw/UVR5Vgy9Qciu1s1h8R6MCwUXEYwSOua5
a0Op0059DkcnPFWUIZR6ilu7SS1maKRTkd8dahRsVznQXIRv5NKUGTSWjgnBqVwFYgVDGEZVe/NW
FfevSqOcNVqNvkyDUjJB97mpEi8znoKhWUHjircfEfAosO5DIVjOBVSR955rQMAkyayZyY5SOadh
pkinFXrORG4YgVkebU9qJJpQEzTHodTbRRIQRiun07z5IMxNgCuY0qxllZd5JFd1Y2y28AAGOKbd
kYzaeiK5jvP+en6UeVeY/wBYK0CKTFRzkWKG28H/AC0/Sk/07++v/fNaGKULRzBYzx9v7Mv5VXvr
+fTrV7i5kUIozW0U49PWvKPiT4mM9wNOtn+Rfv4NVF3Ynoi3L8UZVlIigDKD1JAq1afEmOYgTIY8
9+teVo2CalV8nmtuRGfMe52OsDUVDWt1CxPOCRV5hqC/eC/lXg9tezWzhoZXjIPG1sV2mgeNtTCC
Ka5yB0yKlwGpHoYe+6YX8qN996L+VR6J4gtdYj2echuF4IyATWxsxWTbiUnczN9+f4UP4Uu+/wAf
cT8q0cY7Umc0uYqxn777+4n5Uvm3w6xofwq/QBRzAZ/m3v8AzyT8RS+ZfHpHH+VaBGetAAFHMIzt
9+D/AKuP8qDPer1iT8q0qUAelHMBmfarz/nilH2y87wJ+tafHtTSAe36U+YDO+13f/PulH2q7P8A
ywT8zWjtA/8A1Ufl+VHMFjPFzd/88E/M0hurz/ngv61o4z6Um36UcwWM/wC13f8AzwWir+z/ADii
nzAZlLRRQIKKWigBKWil7UAJSikpRSAKWiigYUUUtABRRRSAWigCigYUtJTu1AABmkkkSBCzsAB6
1WvtRisIiXIz7muG1jxHNeMyRMQtbU6TmZynY6DVPFcUGY7fk1yN/rl3eMQzsoNUGkJJLHJ9ajL5
ruhRjEwlNsR5C55Oce9RtSnGaYa2SI3I260xs1I3WozTGQyxB/Y06KZkGxu3elNMKgjk0rAWd24U
01WEzQ8NyvrU6sGGQQRTAWko70E4pgIvyHirkNztQ5NU25poYii4ixK+85zVduTTvekapYyMilAp
TSUgFU880U09aUGgBGrZ8Laj9g1IIxxFN8pye9Y5pASCCpw3Y+lTOPMrFJnouuaMl9DvjGHAyD61
w9xC8EhSRSGHHSvQPD96NU0aJm5kUbW9qz9f0UTxtLEPnX07150o2djqhPQ5CB9jA1c371zWHcTv
DKUPDA8g1LZ3zBsOeKVi7mmRmm5ZD14p6hZQGjOR7U7yT3BpWQ+YiDneOa3LUB4gDWMEUNzVuO6K
ABfpRYV7mv5Q2kDrWTe2hLE4rTsGOQznINPuEVicDikyouzOdjtCWFdBoumAckdarRWxMvSul0y3
KhRiiI6klbQ3dMsI4ogwAJrT6cVDaoUjANTd6zluZISlooqRigU4DjmkFOoAx/FGsJo2izzOQGK/
LzXz/eXcl5dyTynLOd30r0L4s6lL9qhsgSI8Fj+H/wCuvNuhPpXTSjZXMpscDinhqjzQDWpmWY2L
EAc1eSX7Om5ThveqFs6x5LUS3BdvagZctdQntboTwyNHIDnKmvV/BvjddViW11AhZ14DZ6ivGQ9a
WmXb2siyDcCOh6VMoqSBOx9D5DjIOfejbg9K4Dw140C7Yrpsg8ZNd5bXMN5EJIGBB7dxXLKNjZMd
S0UVIwoopRQAgpaWigQlFFFMYUY9KKUUAJijFOooEJiilopgY9FFLViCiijNABSikpRQAtFFFIAo
oooGLRSUtIApRSUooAWjrRRmgBQKoanqsNjEct81Q6vrMOnQn5huxwM8159qWpzX0rO7kL2Fb0qP
M7sznOxPqutS38x+YhPSskuRn+dMLqP4sn60x5PSvRhFRVkc7dx7P700vUZbjikyTViJMikJGKbn
ikJzQAGmGnUh6UARsKbTzTCM0DGMoYEEVAJHtm5BKVY5FMdA6kHvSYEsM6TDKnn0qWsdhJbSZQ8V
pWtylynow7UlLuMlPNMxzUhFNqxAPSg0nIozUsBp60YpxpKAExSEbaVqRunWiwCA5paYpwcVJ2oA
3/CeqfYNRWJ2PkzcEHsa9CliDL2I7V5BExDDacMOQfevUfDWojVNJR2P7xOGB61zV6fVGkJHM+J/
CpuHN1agBx1XHWuMZAh2uMMDg17Y8IYHIFeca9o8Fxr8jwuqx4+Ye9c/KbRnbRlHQYXmvEjGSpPN
bvieCLRY7aT+Gbj8aTwvLp32828Uq+YvHPGan+KKFdP0/HZz/I1UYJ6EylqYHmLIvA680iEq3IIF
VoSfKRvbFPkkIHWuj6tpcn2pt21wBGBkA/WrkEokfBrkBeSI3Xip4dVkjmUk8d6zdAftDtIEj34J
A59a6rTbH90r8Ee1cFb3C3kJw2MjqDWeviPWdGuf3NyxVTwj8gipdBtaC9oexjAGBRWJ4c8T22v2
q4IS5A+ePPf2rcHU1xTi4uzNlK4ClooqChaXjFMzRmgDjfiH4Rk1+1S7s8faYQcr6j/OK8Yngktp
2imjMcinDK3BB+lfTOa5jxV4GsfEUTSRgQXYHDrxuranUtozOUep4VRWjrWhX+hXTQ30LLg4D4+V
qzq6L31Mmhc8UlFFMCSBd0oyeK0gFYcdBWWGx0qxDOVHNAy+kjREbSeK6PRfF1xp7KHdio7Zrlkm
VupFOcZGQf1qGkCbPcdF8Sw6rbhzgN7VtKQyghgQa8o8DwXEUEtxKW8nsK66PXI7ZVeCbdk4KHrW
MqfYtSOpzRVGz1e3usKzKkmPuk4q+R6dKyaa3LvcKXtSUtIApDS0lMAFLSUUALRRRQAUUtFAGNRR
RWggooooAWgUUCkAtFFFAxaKQUtIApaSloAKUUlKODzQMO2ax9a1qKwhIDZb61LrOqx6dbMSecV5
jq+svdylyxIPauijS5tWZTmT6lqr3cpkdj9M1iXF4d2FPFQSTs3c1A3Jzmu29lZGG7Jhctnk1bif
eKzAPm5q4k6RJxVKQNFsU6s974jGBTRfMfWq5kKxpUVm/bW9DUiXgPU0cyCxdNMNRLdxk4zzUoIP
INUmmA3FNNPIphpgNNN6U6igCJ1VxhhVNle0fenIzV4im4BXBGc1DQFiCdbiIMDz3FOrPUG2k3rn
b6VeikEi7l7+lNMBT0pg61JjJpu3mqAQ0uKUCnCkBGelNPSpCKYwoAiYZ6GnofloxzQAVPsaYD1y
DkV0vg/VvseprE7Yjl4/GucA4xTo2McisjYYHIIpSjzKwJ6nq+valHp1g7Z+dlyo715o7jUCZkZ9
7feGasSa9dXFzE0jBgo2kN0NV4SkWoFpTtSTJ+XoDXBJOJutUYaedpeqrIhZGDbgfXmuz8cakure
FdLul6hsN9cGqMumpqFtJIqncnIYCs++Zj4bFu55jkyBVReomgtgXtFwaWQnZzTNNcGEA1Jcqe3S
vRWsTDqUW60n1pW602sGUmaGm3rW8oBPymtTVLRL+0Lxff6jFc+nPQ1q6ffFCEc0AzN0zU7nS7xX
jZkdTzg9frXtPh3XYdcsFdSPNQAOM15teaba6im4/upuzjoaf4VvpvD3iCNJjmKTCk54NYV6SnG/
UuErM9cNJQGDDI6HkfTtS15h1ISiiigAo4oNJQBX1HTbXVrNre6hVwykAsBxXkl78LdZSWZrdInj
UnYN3JWvYxS7jng1cZtEONz5uv8ASb3TJWjvLaWIj1U4/OqlfTFxbW92u24ijkHutc5rPw+0TWFO
2E28o6OnFaqqupDgeF54pcmu41j4V6rZK0lnKl2ijp0bFcbd2VzYTeXd27wv6OuM1opJk2sMDkd6
njuSvWqlLkjigDpdM8QXVnEI4JtoznBGRWxb6xBdXL3F2FjYLwq9z61wqSFe+KtxXfrSsBuf29dx
3ryrKw54rr9A+IBULFeYI7k154JFkGc80xlK8g0mr7lJn0FZana6hGGt5Qc8471brwHTtdudOkDR
SMuOetd94f8AiTFOwt78DP8AezWUqfYpSO/zR7Vj3nivTrO3EzyMyHuO1JYeLNI1LHk3SqW7HFRy
sq6NnGKUUikOuUwR2IOQaKkBaUU2lFAC0UlFAGRRSUVoIWiiigApaSloAKKKKQBS0lFAx1FJS0gF
5qnqWoRafbs8h5xViedYYy7kAKM15f4q8QPeXLRxufLHHHetaVPmZEpWK2v6/Jfzthzs7CsBnyOT
TJJNxzmombjrXekkrIxY8nNMJAqMuangg3fMelAh8MPmDJPFLKFiQnFS5CDjiq1zJuQimK5CGDEY
Her8cSgZwKo2yb5R6VokAdDTQEUqqeMCkjgBHT86mEeTzSn5elOwXK62qqxLc1F5jxynyskCpriT
anXBpLZVEe48k07ATw3AlHPBp5qo6MH3L09KsRTCRferTJA0UtNNMYEZppFOzSH1pCGNyMetVXZ7
Z9yHj0q05wuaqSZfnqKhjRdt75J+Gwr1ZxnpWP5IkQsmQR2qS3vZIDhxkdKSn3CxqYpM4ojkWZAy
EYNBFaLUBCc03vTsUhFMBhGaeBvQr37U2lU4OR2oAVcgYPUUtS+XvXco+tN21QiNgSOOo5FXrq7W
e0haOFY5I/vMKrKPmGadKI47dyd5J6YrmrwvqjWEuhs2zJF5bRXAdZVw4Axg1na/btFbyAAqOuCK
dp0ctzYO8bxgx9CTg1avHGpaaZHbLbNp+tcsXZmj1RhaU/y4NaDnGQeay9N+RsH1rVZc16MHdHNL
RmdMp3E1Bvxkd6vyx88CqMqHPSpaGmIj4q3DKCRjrVDGD1p0chRwaQHT21wXQI3B9abcRnzAGPQ/
K3oao2tyCAcjNaYIuYsE4agD0nwvqH9paLGxJMkY2NWsK4DwVqJs9U+ySNiOUY59a9A749K8uvDl
mdVN3QUU2isDQU0UUUAFFFFABRRRQA4Maq3ul2OpwlL21ikBGD8ozVgUtNNoVrnnWtfCWGQvJo1x
5WeRFJyM155q/hzUtDkKX1q6AH76glD+NfRANNnihu4mjuI0kRhghlBrSNVrchwPmXNOyR7GvYdf
+Fmn34aXSm+zTH+D+E15prPhbVNBlK3tq20f8tEBKn8a2jNMzcWjNSVh3qzHdgjDVRzS59aoVzTC
JIMg03yikgZciqKysh4arcV5uADDmkO5r2etTQDy5cyIex54ontILxzLp8rQS9dgOAaogrIOBRho
zlcjHoamw7mtpnjLW/DswSZmdF6hznI+tehaD8SdM1fbHcf6LMexPBry5b7zF2XKB19cc1FLpMVw
PMspdp/uk4NDgnuCdj6FRkkUPGyup6Mvel714To/inXfDThd0jwqfuOcjH1r0/wz480/xAqxki3u
e8bd6xlTa2LUjp80Uhz+FFRYsyaKSirJHUUlLQAUUUUAFFFFIBaKKKACnHpzxSD2rP1jUU06xkkc
8gcc0JXdgbsc74z18W8TW0TfORgjPSvMbicvJk596v6rfyajevMxOW6VQMBIya74R5VYwk9SEn60
+MLjmo3BBxSKSKoRI6Z6VbtwVi5qmrbiBV4cIB7VSEMkbI681UfvmpXNREbjiqYixZICwNXtgqC2
j2JU+6qiJikiq8j4zinu+KpTSelO9gI533OBmrtuNkQzWaBlua0ojlFANTHVjaJCwx0qqkcgdmTO
PSrZjzzT0UKK0sIjjfzF5/GlI4pNm1iR0NITimAHio2lCnBpd2ePWopcxj5gDUsCUrleowagaDnK
n8KdFMp6tirC7WHynNS9QKkWYmxjrT5bcScripWixzQPalyhcqKJbY71zjuK0YZlniDJ+IpqlTwR
weKzyz2F2dv3T29qadg3NU0mM02KZJ1ylPq1qA3bzRtPangU4CmBJavsbDDg8VJLCFc7eVPpUI9q
tQL5oxVIllfbinFcj7uR3qy9sQDweKSHaFwwoeoloZQf7DPySY2529q29Lt2uiYV2KkvQelZ1zGH
3RbcjsfSrOkwXk9szeaq/Zz9DXDVhZ3N4yujIaN7LUZIJRhkfFbIG5AfWqmvwbJ4roHKyDnnvVmw
fz7Ueo4rpoyujOaI5RgcVSkTOavzAqaquM5rSSEijImKjxVqROOlVm4NZtDJoHKMOa2ba624rBU8
1ft5Mgc0R1Bm/FMYLuG5jP3WBOK9WtLlby0iuFIIkXPFeNxzjbgniu+8C6r9ps5bN2BaIjbz2rmx
VO8ebsa0nqdYaSjORRXmnSFFFFABRRRQAUUUUAFFFFCEFFFFMBQcGmzJHcwmK4iSVD/C4zS0UIDi
fEHwu0/Ud82lv9knP8H8JrzHWvDGqaBIVvrchB0kQEqfxr6FHX1ps0MF1AYrmNZI2GGVgD+VaRqN
bkOB8zdge1PRHboprr/iP4cs9E1KNtPhMUUoJxnjNcgkrJgCt07q5m1YmQyx87WA+lWI7sHhqqi5
fAp6y9dwFMC6Nrj5e9ARozkMQaqK+OUPPpU8dz2cUgLsWpOuBKFcdwVzV61TTridJYi1tOpyHjOM
GsnCPyCKQIyHIJGKQHs3hzWWkthFczLKUGA+cE0V5La6xdWZwjt+dFQ4JlKR7LRRRWZYtLTaWgBa
KKKACiiikAUtJQWCjJPFACk7Rn0rzbxrrZubr7LEcqv3sGuo13xPa2ELor7pCMYBrzOeZru4eZur
HNdNCnrdmU5EBAA4XGKqzTYOBUlxJt4zVJmy1dTsZgxyaBzSUopDHxD96KuucVVtxufPpVhxk9ap
CZFtyackXOcU9VyamVcU7CFUYFKTgUYyKYx5qkJkUzZXFVDnNTzHNQtSY0iMcNzVuI4GQardamib
aalDLyOcc08HNQK3FODHNbJkEpAPWkki3L8vWkDZ609G5pgZp3pJ1okk3HDVbkCebgj3qnc4EvFQ
xogcEHilSR4zw1Occ5pQgPSsxlu3uVddrdfensNuSKpCJgcirZz5Y7mrTJaFB461BfR+YAwHIpwb
FS4Eic0PVAZkM7277lJ9xWnb3yTcNw1ZlxH5cpFR5xyDg1kpOLL3OhA44qRFOKw4L6SNgHOV710N
kFuYt6Nmt4TUiWrEeKmgfY4waZINrkUzPvWojootk8PA+bFZ80BjkPFQWl08cgAbitKQiZA3ektC
WZNypUbhRD8wJErI2MEA8NV54Q0bDHUVmFWglw3Y0pwUlYcZFy5jgutAeMbmuIzkHHaqehS5VlPS
tGHm0laJC2VOcDOKydCOLmVD1BOKwprllYuWqNO7iyARWe6YrXkTdGRWbIpBroauQmVyuRiqU0RR
ulX8YNRyx71NS0UZ+QOlTRTbCKgZdrEUmaiwzZhlDL1xWpoGptpmsxTg4UnD+4rmYLjYea0I5gSD
VNKSsxJ2PdI3WWNZU+6wBFOrmPBWr/b9ONrIczQcfUetdLXi1Ickmjsg7oWlptLUFC0UUUAFFFFA
BRRRQAUUUUCCiiimAUA4NFAGaAKmraPY63Zm2voldOqtjlT615Z4h+Ft9pu+fTG+1wDnaPvivXs0
4NirjNoUo3PmeSF4ZGjdWV1OGVhgimAkHmvfPEnhLSNbtpJrqBYp1XKyxDBrwzUbYWd3JCsglVWI
D98VvGakZONiAOQeKkD7+M81XBzThwcirsInWZkbGelW4rwH71UHIYAjr3pgJ9aVhXNlQrnIxRWY
lwy96KVhn0DRRRXOahS0lFAC0tNpaAFopBQaQDJp0t4meRtoArhvEHjBmdobQ4HTdmpPG2tNH/o0
L4J64NcOoy2WyT6110aSerMpyJJJJLh98rFie5psjiJPSnM4UVQuJSzY7V1WsjMgmfe5NRU49abU
MaFozikpD0pAW7MFgxqfYScmks0xDmpsVoiWNRcNUuMUKKVjgVQiNjioWyTUjGoz1pgRNUR61K9R
GpY0NxzUijFNqRaQE6H5RUgNRr0p9XETHZpwbFMzgUm7nirEFx95WqhK26UmtBhvQj0Gaynz5h9q
zmNFgjcoPekA9KdBh1wetSiOoGRKWBqzG24YpgTFPQYYVSEyIjDH61Mh4qORcS09OlUhFW/GcMKp
1p3Ee6M1nFe1Y1FqWhvWr2l37WswUn5DxVLFIaiMmmNq51Dush3Dv3pMVkWWoGMBJeR61rqysAVP
BrrjJNGbVhw46VoWNyN3lyc54rOpRkHIODVBY25IsPx0qhqFvz5g7Vo2ziaBT3Apsse+MqeaEydm
Z+m3LQuyhsKwxWfEj22uHd0c5FTlTHIR6HippoPPaOdfvp+tDh1KvoaOQe1Zs64kNXlbgcVVul2v
nsaokpsOabUrDI6VCwwaRRSuo+ciqnStWVA6YrNlXaxFQ0NMaOKnim5APSq+eKVTikM7Pw1qkmlX
kdzjcuNrL6iuyPjWDaCLbJ+teaabdggRv+dX55PKAyTgelcmKgm+Y2ovod1b+OYZruOD7Kyl2Aya
6n8MDrXj2nNu1O2fPHmCvYB0HuB/KuGaSNxaKSioAdRTc0ZoAdQaTNGeetAC0VTvtUg08KZyfm6Y
qj/wk9ie7/lRcDazik3Vjf8ACS2R/v8A5U0+JbEnG5qYG4WBqjrOpf2Tpc12E3+WM7c06K6jmjV4
5FKketZPi2RW8NXY3KTt4ANNCMI/FF+o01f++hTG+KUo66cv03CuDjYEHJPWnTKpi81ScdCD2q7A
z2C31sat4Tl1Dy/LypGPSvBbtzJcyMTnLE16lpl4Lb4XyZIyd3f615Q+dx+taQSuZyY4LxRzzjnH
WlQHbzxxXWfDmCC48QGG6RJInTBDDryK1IOTUFztUEk9hSDv7V75B4N0LT7t72C02NjlTyK8r8QW
trf6/c+QghUtgbemalTTCxzFFS3VnLZyFXGQP4hRVAfQVFJS1ymoUUUUAFFFFACimTuEhZiegzTx
WfrlwLbTJXJx8tOKuxPY8s127+16pK5OfmIFUVPFExDTO3OSc1HnFejFWRzhK/ymqbnNSyNzzUBP
NO4DSaaaU9aaahjCiilA55pAadqP3IqbGahhIWMD2qTdW0diGP6CmO3FJuqNjk1QATTCacelMzQA
xutMNPbmmmkxoQU9etNAp6jmpAkFPFRin9qtCY6gdaSlFUA5Tz9ay512TN9a0xVPUE2uretRPYIk
UEmHGavjkZHNZYqzFcFRg1CY2i3ijGKYsgYVJnjirQhko+cUqU6Zehpq8CqQhzjKn6VmuuGIrSBz
VKVcOTUzQ4lcikxTyM0mKxcSxhGBxVq01B4MI3K1BimlaFdbAdJHMkqgqRj6089OK52G5kt3GD8t
bUF0twoZevpW8J8xLVjf0w/ucGrhQEZXms6xfC4rRR9vFWZMzb632sHA4NRxHArVmiEsRFZO0xuV
PatIu4iwpyvFR3K7o8+lNR+TUhO5SDQwRSB+WopFBGaUnbIQegp+crgCpLKwGDiqd3Fk7hW/pUaG
6eOUA71IXPrVO9tQrHAwvp6Gpvd2KMDpxTvpU88G08VCBgUmgJIpGjII7VrrctcW4KANIB0NYvar
NnctbyBh2NZzjzRsNOzOh023uGubdzER8wzx7161E+YkOCOB1ryK8vnlS3ubdypVgGUdK7WPWpob
aOTqQBkV5lSDR1KVzqg+aXdVW1u0vLVJo+Nw5HpUoOKwNCUtionmWNdzMFHvQWHrXH65roS8KYZ0
RsMo70LUTOnXVbeRtqODVgTZGQ2a4N7zyQsxiYRseCDyPrWjo2tGS78tpCyN0Bq7E3ZL4wlIt7ds
/wAeP0Ncubjbxmug8ZMTZw/9dP8AGuTLf6QEJ61DWppF6GtDFJPbtICMDtmsS0txcarcC4aTYnYN
itxPNjtyiMMEVWsLVEvZn8tpZWXnFCdgbIV1ARyiGMv5QOPvHpUPiS1MEcUttPNsf7ys5IxV+PSC
2o+Ydqw4zuJ4+lX/ABBaRzaG86ICI06g5q0yDghnyvMUZyev9KlYsbc7sDNV4n2hhuwDzg0jTFx1
79K1vcTR1wXzPhm+0kbWPT6152T8x+tem6VaPffDS4ji++GY4/OvMmBVsEYIODVwM5E6/crofAKS
N4liKAkLknFc8jDZivQvhraJE0szL87dCap7Eo9HuSz2kqrwdp/lXiszmG+k3/fDnOe3Ne07s9ev
p61xHiTwZ51y99YuvzHLRMe/rWMHqas47b9suRGU3lucYortvD/hFLKU3Ny+93HA7LRVOQrHV0va
kpazGLRSUtABRRRmgBQa5bxvd+TppTPLcYrp815747ut91HED0BJFaUleRFTY49+WprH5aG46Uw5
2813mBBKeaiJqWU1D3pDENHag0CpGJzUkYywzTaliXkU7Ay2OFFLnik7UVaIFBpM0UVSADTDTzTS
KYDDTMc1IRSYpAIBTgMUAUtIY4U4U0U7tVIQGlpBS1QhR1pl+u6AH3p460twu63b86HqgMkdaWkF
OHWuc0uSIxFWIXJPJqBF4qZVx0q0QyzL/qqjX7op38HPSmIQRxWiEO5zxUE4O7pU44NMnGSDSYIq
EU0ipGFJis2i0yOjFPxRilYZFt5p0EzW8gZScZ6U4jNNK5FJaAdZYXAmtxIn44q8lyGWuU0jUPsc
xjl/1bfpXRtHjDxnKNyCK6oSTRlJGtbuJExnmqF/FskLCobW9MUwz0rVvIluLfK9xT2ZJhRPkmrC
txVCMmK6ljParIersJle6+WekRsYpb5gqbzUEUu7BqHuaLYuEFsYOD1BBxirM863NmVmjAnB5cfx
CqyNuxUygEY9amwGdJASDmqbxbT0rXlhMfXoapyRA1Qrme4wOlMHPerkkOFPFUM4JFRLQZqWVyAB
Gx4JrsGuzJZo+RjGCBXn6OQQa6bQJheyx2ksm0Me5rlrwUlc0pysz0Hw47HSwW4571q7+Kq28S20
CxJ0UVKTXlS3OtbDy9cBrt59kvby3eP94DuQlfvZ6V3RYZ5rK1nRotWjzuEcwGFfHX6047gzi7a+
kkgVLi4i3f3GXbitTSIfN1BCgQqhySpqsnha5mu3hd4Pl6kHJNdRpuk2+lx/uwNxHJrRrsTcoeLi
RYx8dGrlJiEZZSm4A8gda6fxVIk2nrscM27OAc1y8cmANwP5VJa2HR6uC2yGQRA/89OKhlvp49Rt
5oWXeThtp4YVZe2Ewz9lk+oQ1n6tG9nDFL5bLtYfeBFCswsdhNZzSXlrcQSbbORf3kR65ov7KSHT
NSiU5jZf3Yzmo9PM03h7z1tmdcFvL8zBx7UlpdK/hW4nG7GDhWOSMdqEtSdThjpkwbHGabJp00ZH
QVeXWYvM3PGxJ9BUFxqaSSZCtjNaol3O78HsyeDrkPjI3dK8onOZ3P8AtGvVfB7C48L3Spn5iwxX
ld1C0F5LE4IKMRgjFXB6kS2GqDXrHgK3KaVHK3G7mvK4kaRlRQSWOBXtHhm1NnolvGwIYLyCKqUr
IUVqY/j+8uLeC3MEzxEk5KnGa5jTNTvp4SjXE0hPuTW/8Rji0tj/ALRrI8EXsFrfl7g7UxjJFZ07
NmuyLPn6gFGyO7b02q1FdsfEukA4N0M+m2iuj2cTL2j7F/NGabSiuQ1HZozTc0ZpALnmlFMzS7qA
BzhCfSvKfFNyZ9Xl54U4r0+8k8u1kbPQV5BqUvnXssmerGunDq7uZVGU8Z601zgU7NROa6zEhc81
Gac3Wm0hoSloopDFAyanjHNRKKlj60ITLANFAoqyRO9IaU0lNAFFFFUAneilpMUALRilHWloAKKK
KYBSik70ZoAeDUjDMTD2qJTk1MBkYqhGKRhjTxTpxtmYUwVz2syyZalWoV6VKhqkJloAeUc1Ah6i
pkOVP0qqDtc1YifNI3NNVs05uTRcRERmmFalIpm2pY7jDTccVIVpuMGlYY0DnkUuOOBSmlFKwyKS
MnoK2vD+qYYWs/IPCkms3giq7qUYOnDA5BprRha50l0hjuGAzjtW1pdwJoPLY81z9tfC/tl3HEqj
BHr71f0+XyZ+Txmt1qjJjr6023RkUfWq/Stu6QSqGGMGsiZNjY6VoiStOizRsjngisuNzaTGCU5/
un1FapHWqd/brcRF1GJE5HrWc11NIssxvwCDVuOQY5rn7G+KsI5K20BZdw6VKY2i6Asq7G79xVa6
s2gIyPlI4PrT4HwwzyK1iEurXypBkj7pFO9hHNOvUVlXEZjlORitueFopCr9RVHUId0YkAJx1x2o
lqCKC9BVq0uHglWRGKspyCKqKc1Ip5rMZ6Vo/ilGs1+2OSw/iArUXxDaSqfLfccZA9a8xsLoqwRj
wa3be2USK0lym0nORwRXnYijyu6OulLmRfk8fFZmURqApIwwwakTxs064VMA9+1V7qz0u6yWePcf
aqI06xiP7tlrmSRvZFuHXzDctcYO5yM81cfxaJEZXUYIxxWR9ltQfvflTha2X8b8U7JD5UVna3Mn
mRTMDnJBbIqwJI3Xehzj0FNkgsR0wRUsU1tCm1CAPpUu3QfKao1FYLIyeaHYLnBXFZkly3iYCzMa
qOoI/wA+9SNfWzRFGOQR6VXtZ7W0nEqO6kf3SRUrcXKatlpd/YARJMWUDAVhxVXWNHkt9OdijRlj
nCEgflVn/hIISeJZT9Sabe63BeW/lM0h9M1d0tieWXU442Vxux5TEfSmyW0sS7mibA64FdF9rjH/
AOqj7bH6Z+op87BwRg2mqJauRA8sZPUBsfpWRqEhkvGYtuLHOa7RpdPkjYSwjdjghe9cTfAfbHCd
M8VtT1ZlVVkWbJjBdwsDghh2r0aHxHIsKgSgYArze12/bIC43AHpmuvWSywP9GbP1pVyqKT3LerX
cOtxrHeNlVOQVOMVjR2aWjMLVmdD681dcWjf8u/5mpra7jg4FupFYxk0btK2iMq6nkhQMY+enIxR
W1Pd29wm2SzQj3orb2pHL5HfZpM0lLUGAuaKbQTSGFFJmkJwKBGdr8/kaTM2f4a8mnbLnHrmvSPG
ExTSmUHG6vM5D81dmGWhjU3EJNROakJ4qFjXSZkbdabTieaQ9KQ0JRRRQMevSpYxlhUQqaPrQhMm
BoJpKSqJF7UUlKBk1SAKKfjijbTAZQKftoxQA0UtHeg0AFFJS00AUCijPpTAUcGp4z6VBjvU8Z4p
oTM69Uick96gFW9RHzg1UFYS3KWxKvSpEqJeKlU5oQFmLoaqv981ZhPNVp+JjVsQ+M1LjjNQRt83
NWcce1NaiI8UxhUhFNp2AZimEVIRTTUNDTGUooNC9aQxw4pSoYUlKOvNAFdJXtZ9y5wDW9a3Yutr
IQD3FY8sYdTUNtO9pODk4B6U4ycWLc9BgbzLfnqKpXsX8WKbpl8txtZSNvcZq5ex4BI6GuhMzZiZ
wTUZ68VLIu1qhb2pyGjFv4Gt5969DzWxol4LhPKf71RXEIuIip64rLsZmtL5SOxwa5tVIu90dTNC
YmC5I96sW05iIIOfrS3A82GOXswrPluUg4Jy2K6FG5HMbV3bJeRGSLG/HI9axZYCY5FPp0q5p16W
A5/Crd1bidPMiADdxStbQdziSNjkehp4NT6hB5NwT61XWsmtSrkkblWBFbdrMJ4cHqPesIVbs5zE
454qJw542Kpz5ZGrjB/+vR/nrUEsuZUGDtI5p64A4rypxcXY9OMk1ckzj2/GjqOtIFDqSTwO9AUH
gOB9TWbuXoGOOtIaR4vK+YDOe+aYW9qmwDiKBjFRy5ZMD1quY+2W/OtIxE2XgB7UvGODVERj1b86
csK56t+dVyk3LeRnkijcncj86ptDnpnH1qJotoJ5HHrT5SWzQkIMZK1y05zdt9a3bPctm2cn61hS
H/SG+taU9GY1Xoi1agG8jz2rpfPjxyw/Oud00BrxQwree2j/ALhpVdSqPUkM8Q53D86PtUXTcPzq
FrdNvAqNoU29Kx5Te5c+0IVyDn6UVnRAgECijlC567SZozSGmco7NJmm0UALSE0ZpCaBHIeOLnEU
cfqa4Jyd1dX40ufMvggPCiuTJzXoUlaKOeWrEY5qF6kaomNaCGNSUpzSUAFKKSlFIBwqWL71RLU0
fWmgZLSUUVRIUqnBpnejpTQEwOadUIanhxVAPxRik8wYo8wUwEam0rMDTaBC0lLRQAlLRRQMcDUq
dahBqRTzTQiK/G6EHHIrPU81qXa5tzWWOtZT3KRIKlQ4FQr1qVelICeE/MKhujiapoeoqK/G2UfS
qewiONsNzV4DK5FZqnpV+F8oBmnBg0KRTSKlK00irJIiMVGetTEUwj2qGhkZopTRUjFFOHSminiq
QmL2qvPBwTVoChgDTaBFbTtQksJweqHqK7m0uIr+z3RNnjpnpXn9zCVOQKvaHqp0+6Acny2PPNTC
bT5WOUbm/dQ/ex1FZ5Y4rcuNkoWVMFHHBrIuItjnHSul6ohFctiqF5B+8EsYx61eYUjKrptJ61k1
cpF+HU0/scIxHmL0rLVmuZvmND2cqR5H3BTIrhVI45FXzCaNi1UQEc1qW92OQa5xL0E81chuVOMH
n61TaaAsa5p4liE8Y4A5xXOY2nmuutrpXjMb8q3HNYeq6Y1nLvBzE/INZNDKHanJ1pmMU4UkBp20
glAVvvCpsgMRnFZ9tIEcE1oyBWAdO/WuTFUrrmR14epryskjlKoVIBBpPlI+5VRw+DhsUK0gx89e
edhbZ8qBjAqBhk0qyMRhjmg80mNDmA8vjrUe0AZp5HyUzPFNMGgAHalBJOAKiZNwwSfwpViCkYJ/
OnclolYHGKhmGEqdFx1NMlA2mi4rDbfH2V65x+bhsf3q6KI/6O9c6f8AXt9a2pGNZbF7T+L4EnGK
6FZN5wJF/OsDTYw91yK2lt16bc4qam46K0LDREJncp+hqu54xinKgH3Rih14NZm+pAnOaKEPWimI
9YpKSjNScotFNzRmgB1MkbajE9hRnNVr+Ty7SQ+i01uDPNfEcxl1OU56GsbNWr+XzbmRicksaqdq
9OCtFHO9xCaiPWpCaiJqhCU2lOaBSGJTsZopRQAoFTJxUNSp0oRJJSGkoqhBRRRQAUZpDSUAOzRm
m0ZoAcSaAaTNFUA8NQD1pmaKYElLTM4pQaAHCpBTAaetMQ6UboGHtWTjBrYxlCPashxhyPeoqDiO
WpB0qJelSrUobLERwRTNQ6q1Pjxim34zGhq38IimORU8DFetV1NSK2KlMZpKQw60EVBA3FWM5rda
kjGFRtUx5FREVLQERzSYqQjNN21FhoaKeKTFOxxTEx1KKSimIZKgZDWaylWI5FahNVbmPCk1E49S
os6Hw/eibT2hlb5ozkH2q2sRv5hDb4eU/dXOM1heF447rUktJpGjSY7dy9a9i074X6Zp1zBdC4nm
mjw6Fm4zSliY0467jULs8mnheGRlkUqykqVbqp9KhGK7X4jaWttrBvIItlvcAE8fdbuK4ZwVfjpV
06nOuZA1Yna6aJATymcN9KhvLJMCa3bcjckDtTokE2Y5M4YVBBcSWMxil5jJxz2qmxFTzGQ85qVL
g9jird7Zo4EkR+VuazHUocVLbQJXNe2vtuNxraEiahZ+Q+CcfKa49ZCCK0rC/McgyeKpSuFiOaJo
pSjA5BxSLXQXNiup2omhwJVGeO9c/tKEqwOQaLCHp96tK1bMZBrMU4NXLSXEgz0pSjzKxSdncmcg
VFHcDzCpUmpJYh5jNk4NQiEbuteNNcsmj1Iu6TLAxzRu5xmovKUn7xNBt0J4J/OoLJyRt5qLIqQB
VTBpQE7ilewFdiccURPLFKHXa2OzdKnKr2FIAoPSjmCxI0qOdxCqT1AqCZ02nDD86mBUfw/pSkpj
OzPtinzCsU4mzaSGsEf608966W4ZBavgbeOhGK5lf9Ycc81vS1Oav0NPTGHnsTWipdJyyyFQaoaO
pM7ZGa2yqkAbP0pTepdJaERuAT8wJPsKa047K35VaVVHQCn4BH3VrK5tYzIiQxJB/GirsjRg/Moo
p3HY9MNJS0lI4xDSZpTTcUALWT4iuBBpUrd8Vq45rmPGk+2yEYIG6tKavImT0PP5jucn1JNR09+D
TCa9FbHOMaoz1pzGmGhgFFFLSGApRRRTAcBUi0wU8UEi0ZpKWqEFIaO9BoASig0lAC0UCigBaSlo
pgJSikopgKaUGm0ooAeKlWogakU1SETr0rKuBidq0161Qvl2z0p7DRCtSr0qNelPXrWaKLEfalux
mAUiHpU0i7ojWnQnqZPepAeKa4w1FZFFiF8cGriNkVmo2DVyCTjGRWkJdCWic000u7IoPNaEkZFJ
inkCjFJoYzFLinYpDSsAlFBpCaYgprruXBpc0oGTQwK9lIbPU4Jlz8kgb9a+joNatpNPt2IZt0YI
KnvXzfdJsf616RoniVYdAtUKlpEXGDXLUpc5qpWPRLmCz1i1lWQm4j+80Tr8y+4ryDxfoo0bU3a3
jb7HJhkbsPau80bX0uWWSJjFMp4INS+KdJm1rRJ2txC6su5lxhlbvx6Vmr03YNzx4S4OR1FSTKk6
hiOe9JJb+Q5Q9QcGnAjbtrquKw20kNu3lSjKNwpPalv7II2QMgjINKEWVTGxwex9Kt2D+bmwvBiR
fuMe4pxd1YRzrja2KVHIPFXNRtGt5SrDBqiODUu6Y9zp9B1DawQn8D3qx4h09EdLmAYSQfMPQ1zN
rOYZlcdjXYKy6hpBQHJAyK1TvqQ9Gc0M9Kliba4NNZChI755oXhgaYXNRsFA2OKhyuelSwuXh2rg
nFRFZuuw49cV5mKp8srndh5XjYCRjimFsU47wPmXA+lMYiuXQ6kEjYjznFIJ369vpTZf9WaReFFJ
jJxOxGOKcJT3WoAMnrS8scBlz7miwifefSk3mk8ogAl1P0OaMevWiwiK8Ym1YdTj0rno/v5rfvDi
1f6VgR9a6KS0OavujU0diJia3Ax61h6SVG4twK1EmjYkFwv1qKi1NKT90sbzj/CmEnPBoHln7syH
2BNJms7GyYyT3opspyOKKYz1SkpaQ0jiEoozSUAFcN42nzIieldwTgGvNvFNwJNUdc/dregryIm9
DAJphNOPU0w13mJGabUh60m2kA3HNKKdilxRYLjePSl+gpaF+lFgAU6kpccUxBRSgGg0xAKSiigA
pMUtFAAKDS0UwEFLRRQAUUUUDCiiigQ9aeKjFSL1q0BKvSql+pDg1aWor5cxg0S2EikKevWmDoKe
KzKJkPIqfOYzUC9qmj5BBq1sIoyLnNRe1W5UwSKquMGokikxRT0bBqMU8UkBajk9TUm7NVVNSq1a
xZLRLmimg5paoQtBpKCaAEPSm96M00mkwHDmpEUk8VGnNWkHFICjfn5wK39IaQ6WmcMqt+Nc5eHM
/Xiu48I6b9o0Z5Bzz0qbpMcldCW1wYb9XgBRGxkeld7axvf6a5t5Ak6puHo3sa5NbBlbOBxXS6dG
ViRGkMYbjcO1c+Jty3Q6V9jzHWI5IdTnjmUK4OSPrVBetbfjBpU1gpMVLYxuA+9jvWGlaU3eKG9x
7jb8w7VYkQ3dus0X/HxDzkdTUX3kx61DZ3Rt7gxt64oemoGld7dW0oXCj97Hw4ArmWGGrooj9lvt
q58i4HTsDWHeR+VcuvYNxVt3VxESnBro/D98V/dN0PauaFXtOmMU6tnoadN62FJXRvarZCCQSJ9x
+ePWs0Lzg11CRrqFk0Z6kZU1gSQGKQowORwa2M0Lbtg4PFMcMrkCRselSIMEYpssypNh03Aj9a5M
XH3bnVh371hqsQOSTQSD2pAw57UhI9RXlNnoodIP3RqIdBUkpPknAqJXG0ZPagY7GaQKvf8AnSFx
61GCwkBzVIlllCFPFPL80wzh+HGCKQyL2FA0NvubVjWAh5rbu3zatWGvetqWxy190a+lL8jE1eAT
PaqGnNiE1ZPXv+dTN6mtNe6WxHt/hxnvinA9qrRzso2sWYds1L53GQufwrM1QOcCimFmfqv50UWA
9WpKU02kcgUUUZpAR3D7YmPoK8o1iYzalMx/vYr07U5RHYysTjArye8ffcO3qa68MupjUZDnmkNK
Kaa7DMQ9aWkozQAopTTc0ZzQIXNANJmgUAPpw6U2lFADhTTS0h6UxCUCkozigY6im8etKCKYC0Um
aXNAgopCcUA0ALRSZpc0AIaWigUAOFPFMBFOXrVoCVaLoboD7ULzTnXMTfSm9hGYOlPFM74p4rKx
RKnWpkODUC1KtWhMdImRmqkiYNaCYK4NV54uc05K6BMpY5pRQww1FZWKHqTUgNRCng1SESqacDzU
Ybil3egqkxDyaQnimljSbqdwAtTc5oY0iDJqWwsTxLxVhjsiJpka9KS4f5CKroIznfdLz0zXsHw7
06KXw9J5LZlByUzzj/OK8ef5Wr0bwPrLaetvMkhUFsOOxrnnFyTNE7M7B9PUuS6MCO2Kvxad/ohk
IwAK6BY/tDo7RR7nG5TuHzVj+ItatNJs5vPZA6dYlPPSuOfM9DRNHkHjSZX1gqpztHNYcZqXUrk3
t7LMejsWGfSq8Zwa7KSaikzOWrLS81S1CJkZZ1yPWrsZGM0si/aImjxyRxWzV0TcSGf7VYDn95Gc
iqOpAmYSH+IVLpoaN5UYYOCOahvZC6KCOVNZrYZUFSxNhgc1EOlPXrTQHY6JcF4Rycil1aMeasmM
Z61m6Fc7GAre1G382z8xeo5xXWjDZmKvHPYVXkxI5JqSRgqEE9angkjjjG+FyfULXFjXaFjrwy96
5TwCBw35UbADjDflWlcgeQkkYK57MKpNK5xnB/CvJbPSQ0kBMGohGT0U/lTpzujpVf5RzTQDRCc8
qR+FO8g56ZqRDz1zU3mP/CFpiZXMJH8OKUR46gVM5JGXxUGTjrTEV9S+W1YAVhp3rZ1In7Mc1jL0
Nb09jlrfEb2lRBrft+NX/s2euKoaW22EZzWj5oJ64rKb1N6fwifZ1A7UnlbTwwFSjH94Go2bg4qT
QazFBgsD+FFRycrRQM9TpM0ZpCaRxCGig0hNAGH4pufI0uQDqwrzKRsvmu78bSHyI0zjJrhmjBOQ
a78OrRuY1HqRE5prHin7KQpW5mMyaM0/y8ninCGkMjzSipBEKUx0CI8GnAYpSMCinYLhS9qSloAQ
cUZopDTEJQaDSUDCiiigBaOlJS0wAmkzRQaADNGaSikA7PFKDTaVetADgealU1FUi1aEyQVIM7T9
KjHFSKc1YjOcYkIpRRKMSt9aUdKyK6D1qUcYqJalHQVSEyWNutOdQwqJTipAeKtElSeLHI6VX6Vp
OAykVRmj2NntUSRSYzPFOBpooFQMkBpwNRinZpgOJppJzRmkJoAM1PDHjmo413GrIGBTSEx4OBVe
Y7qlY8VDJ0qnsIqSDHvXSeGZ0ktmgJ+YHpmudkp9jdvZXaSIeO9Zp2ZTO1u9Uv4JI2jvJ1VOg3Vm
X11PeSmW4keRj6t1q/KFurASDr1FZUgPlgn6VpyrcWpRuwEcbcAEdKrg1PfjG01VRs1DVhosxOcg
VdhBEikDjNZ6A7q0rR+xFWhMdc2win8xRww5IrDuOrfWupmQyWzNjoM1yrneXJ9aiSsNEA6U4U2n
DrUjNLTXMcg+tdnbsLizI4ORXC2zbSDXWaPcZjX8q6YO8TKRk3jbJymcYOKmS6nAwr596q6vGYtW
kRs4blTUIBUcE4+tcGN95nbhrJGhLPLKv709Krk1GCcdf1pS2a81o7kNlP7s0iH5RRJ9w0qcKM+l
NAx6n14pQ4LY3gfWm8Unl5bgcmqRLJ9kYBxKrGoRnJoMe3joRTlFMRT1M/6KayFrV1XiACsleDW9
PY5a3xG9YHbbqSM1N53z/cOKhsiPs61LvVWw3GeKxludEFoTpMpONpFKSOcGgwmNQQysCOoOabUm
iBjxzRSOARRSGepZppNGaYTzQcYpamk0hamSN8pNAHC+MbppL0R54UVzIJxWt4kk8zU5MHODWSte
lRjaJzT3FxRj0ooHWtSBwFFFFAwopvekzzQIDSUZ5ooAUUtNHWnHrQAh6U2nHpTe9ABQRS0UDEI4
pCKdSGmA2gUpopAFIaO9BpgJS0dqBSAMU8daSlFAC96etRmnA1aEyWnrjPNRDNSp1qkIqzpiQ0wD
FWbtcEECq4qGirj1p4OBTF60pNUiR2fenBzUO8A9RTTLTuBbD8VHKoZah873o83NJsLEWCDRUjEG
mGsygopKOT0oGLT0TJoSPJ5qdVxTSEKoAHSlpKK0SJFJ4qFzmpD0qNqTGQSVCwqZ6iNYyKR1fhy5
FzYmFjll4qO4XZJIvpWf4XuPL1DYTw1bOrRBLoBejCt4axIb1MW8G6HNZ6HBFac4/duvpWUODSZS
L0fIq9Z/ewaz4D8tX7Q4fpRETNqEB7WVfVTXFr96RT2Ndpbf6lsDsa4xxi5kH+0aKiCLIehpRSN9
40orIosw4wM1uaVNtYLk1hRdKv2UhEyjOK3puxnIueKAwlgkA6jGaqWEiyDynxlu9aOusk2kxHqy
tyfzrBiJjYYqK0E3qXCTjsX2ba5U8YpN4NMMyzEbuvSnmB1A+Q4PevLqUuVno06nMgcgoaRJBsHF
G0gEbfzp627bchRj2rLlNOYBIPSmEsJA6swIPan+UfQU8W7jnI/GiwB55c5fJak8znhTUv2dgBkr
+dCwkE8igaMzVWJjQEEVmL1GK1NYGEjBIJx2rLTORzit6fwnHWfvm3bhkhXApzIXOSKmt40MCZkw
cVL5CdpTWT3OmOxArSKAFp+ZSO1S+VGB99jSiKPIyz/nSKREhZuDiinyKq/cJH1NFFguemFqYW5o
JphNQcorGopWwh+lPLcVWvJCtu59qa3BnnOruG1GY/7VUBj1qxft5l3I3vVYcV6kFZI5Zbig8Ypa
TIpRVkiilptFABTaU9KbQAUUUUDFo/GkpaBBSUtJQAtFFFMYlFFFAgNJRRQAUlHeigAooopAOzQK
bSjrQA6lHWkFKOtUgJBUqVECKmSrQhJxuSqnSrsv+rNUN2DzSkND84FMZ/cU1nqMnNRcdhWbmm7q
KSpbCwuaMkUUYpDHKxPWnZpgB7U8JTAUDNSImBSooAp4xmqSJbFUYFOJwKbRmrQDgc0Ug60tMQHp
Ub9KkPSo2pMZC1QMOTU71C/WspFIm06Y297G4OOa668YXVvHKOoGDxXFxMFmUn1rt7QpPZqgxnGc
VrS2JkYl2m1yPUVjsMOR71u6knl3AXpWJcrtmNE1YES27c4zWnbZ31kQt84rVgPI5oQM37AevQiu
Ov0EOpzAHjccV11mSErktT/5CMn1p1NhR3KjD5yaBQ/3qUViWTxGrcL7HBqmhqYSVrF2JZdvJ2kt
vL6g1RHQdKe8uUxVZ5MD0pSlfUEiYsF5JqWC9aNsFiV/lWfuLGnZwKxaT3LTa2NQXKsSAePerNvd
BTjgisVH2jk04XO05GaFCI+aR0imCYf3TTms5SPlYMO1c9a3bvMME12Ol2RljBncgN2FZ1Y01uaQ
lNvQxpVaIjfwfSmh8g1u32haio3WtwksPoy/MKLTS7V4gJ1YyfxYOK5ZqC2Z1QlLqjjtZ6qazY/v
ivQrnwjYXh3ebOmPfNVV8E2KPlrmYr26c0RqRSsZzpuUrmVAn7hTjtUijIrpYvC1pLEFjnljYdDk
EVm3/hrVLIl0Ed1COrR5DAfSs73NV2M75eKQnnihLg9DEo9z1pf9Y+AuSegFKxZG59Tiiur0Xwib
pRNertXHC0Voosh1UjeJzTDTjTTWLMBprO1mfyNPkbPbFaRHFc74tl8ux2A8tV0o3khSehw8rb3J
Pc0ylPWkr1Ecr1YUopKKYh1BpopSeOKAEOaTvRRQAUUUUgClpKWmMKSlpKACig0lMBaSiloEJRRS
UALSGig0AFFHagDNIBRSjrSCloAU0opBS0xDwOlTR1CDxUiGrQEknETfSsokknmtZ+YmHtWSRhiK
UhoKKKDWZQUcetJzShc0AGM9KcEp6pingCnYVxFXFPwMUnagdKdhXBT2pwpnenqKYhwoNLjAoFUI
B0paKWmMQ1GwqWkI4qWBXIqJhVhh7VCwqGUmQkc1t2lyYYkZXOQKxCMtVqJyFwTTpuzBq5fuLk3E
25jVK8Hz5pQ2TyaS5AKirbuCIY+orUhP3ayUPNadu25RREGdFZ48sH2rkdT/AOQjJ9a6qyb90AfS
uW1UbdRf605/CKJUalFDULWJRIpxTgaZTs8U7gK7YSq/XkmpZD8tREcVMmCFyB0pN1NoqLjHZoJp
o60tUmBd0sA3K59a7aC48sLjgCuCs5TDcKfeuuhnDoOe3auPE3ex1Yax1NnfqyYPSob+HEglh+6e
uKyreXA4NaEV2RweRXDK/U6+W2qHxsQnJqnJdGSfap4FWrtWlt2aEZIGcVhWlxliDwc85pWLjZ6m
+l6IhjvWja3JKjccg9q5aW6AkHIq9YyzXLhI8keoqo3uTOKtcv6p4bi1BmnsyI5j1Xsas6F4YSyA
kutrSenpWvY2xgiG85arRPpXXGJxzm9kP3BRhQBjsKKZRV2MrmMaSlNJXKaB0Fch4wmy8aV156Vw
XiqbffbQelb4de8RUehgEYNIaXPFITmvQOcSkpTSUwCiiigApRSUooAKKO9FIAoooNMANJRSUAFF
FFMAoNFBpAJRRRQAUUUYoEHalFIKcKACiilFAwFLSGl7UxDhUqdKiXrUq1aAl6qayZP9Yw961Aao
yR/vGNKYIgAp6pmnbcU5RWdihAlO2AUZo3etOwhaM03eKC2aYhwNLUeaXdimA+pV6VBv4qRXoBkt
GKQMPUUuQRxVCClpu7tS55pgLSGjNGaQiNhULjirBFROODUspFb+KpsjbUQODTs1KKHq3NOmOVFR
rywp0p5xVARpxWhbNjFZ4+9V236ZoQmb9m2UrntZUjUCcHkVtWL8YrM11f8ASFaqnqhIy27Uooah
ayKHUopKWmA2T7tR9qlkUgcg1E1QxoaelJRmioYBS02nChMAB2kGtywvMoATWJUsEphfOeKmceZG
lOXKzrLe5w2Aa1YW3AHNchbXwMoG79a6OznDKOa8+pCzPQhNSRsW83lvwagvtMSYtPa4Vzy6+vuK
IF+bJ6Vqo0KoM9ahWtqN6O6OXt9MuLy5CKpAz82R0rt9N0yOxgVQMtjk0zT/ACTKdijNauyt6cVu
c9ao3oCmnUgGBVe8vY7KEySEcDpWxz7k0kqRLukYKPc0V51rfiKfUHKoSsYPABoqHUNlRdtTrzRS
E0VgSJIdqE+1eca7L5uoPjsa9Du22WzsewrzK/k8y6kbHU11YbcyqFYUlHaiu0xENJSmkoAKKKKA
EpRSUopjFooopCA0lLSUwCkoopiCiiigApaSigYEUlKaSgAooopCAUtJQKAHUUlFADqBTaWgCQVK
vSoVqUVogJFGSM1UuCBKatqcYqjfEpNkdDSk7IEN30b6r+YaPMrLnKsTb6QtUW+jcfSlzBYl3Um6
mDJ7UUXCw/fRupmaCaLgPLU4SelQ5oyRRzBYn8winecRVbfS7smnzCsWPN96d5pqtupQ1PmCxZEu
advzVUNTg9PmFYs7uOtMc8GmB6GbincdiLHNKPaghh1Bqe2h3MCaEhjoYsIXaoWbcxq7ckKmFqiT
VWAByauxAhBVWMZYVcXtQJl20chxzTdfjzEjAc96bCdrA1Z1JfOss9cCqewjmwcrSigAdM0uKxKC
np15ptKDimBYmw6riqtwm3GKeJMGm3DAgVMthlXpSikpe1YjClFJSg4poB1LTc0uaYgyQQR1rW03
UjHhZGP1rKCljgDk9K3NK8PT3JWRwevTFZzimbU5NM37fUFEY3MAPXNaVlHPqDgQqdh/io0vwf5k
ge6J2A5C9K6+3tYbSMJEgUCsPYo6HiH0IdP09bNBnlj3q7078UySVY0LuQAK53VNbMm6K3JHvWlk
kYazZp3msW8DmNWDP7Gue1u6a5XCHtyM1zs2qpaSkuxd89c1WTVJLmcvuwCMYrPVmqUYkcoAY4FF
EhBPFFZtG1z0eiigVJzFDWpfK06U+1eazMTITnrXf+KJtmmlfU159Jy5+tdmHWlzGpuJjvSGl7Uh
PFdRmIaKTNFAC0UlKelAgopKWmDClpKKBBSUtGKAEooxRTAKKKKACijrS4oGIaBS0lIGBpKcKaet
AgpRQKKACiiigApR1pKUdaAHDrUy1COtSirQEmcVUvU3sMVZ7VHMOBTkroEUBATThb+tT9+lKBnr
WXIirkQhAo2CpKaadkFyM4FCKCaRqcx2pxSARtpOBSiAtyelNhXc/NW5h5cWBRuBBiNBjGTShozx
tFQEnNISaV0gLWyJu1I1srDjioFcg9anWXinowIzauOh4qMo6H5gcfSrgenZDehoaFcoZpQcVaeC
Ns9j7VC1s45XkUrMd0NBpVYBgTzzQIZCORSpbuXAIOM01cC3hZyNoqzHDsHSnQwrEvGKWV8KQK2S
JKdw2WxVYDLVNICeaai880mCJY0AGamXtxSBeOKeBigCReoxV8DzLR1xziqCA5FXbd9h55FUI5xx
iRlx0NRlsGrmpJsvGIGAeaoSH5q55uxaHb6C5NR5orPmY7Dw9IzbqSilcApKWkpDCiikpgL0qa2t
pbqUJChYn26VoaT4cu9SYNsKR/3iK9E0Xwxb2SKFQE92IpN2AwdA8IYCyXC7pD27V3VjpcNpGBtG
atQwJCuABUn41Ldyg6DoBUNzdx2q5cjPpVXUNWS1Bjj+ZyPyrnjPLLKz3Lk+npUNmkIX1JdR1KW6
nC7iqH0rP10x6dpQnSTLt1Bp9y6uRtFY+vxyXFqqhzx2qL6m1rLQ5Sa5aaQljnNT2olVwcnFQTWU
kA3kcetTWczbhk1b2OdX5jTzg8gg+9FPZt6jcc0VizrR6RR2oxmjoKzMDlfF8+2JVzXGZyT9a6bx
dMXvNnoM1zGMV6FFWic89xTTaWkrYkKKKKAAUGiigQlGcUUhoAXNGabRmmA9TmlNNXg0+mgG0tFF
AhKKKKAClFIKUUDA0lKaSgAooopDCiiigTCiiloEJThSUooGxR1qVelRAc1IKtCH0yb7lOFJIPkN
AiAcig0A9qKQxDTCaU0w1LBDc/NSyUn8VD9aRRLbDLip7oVXt+tXXXevNUloLqZpU0zDZ6GrjRgU
zHNS4juVuR2pQ1XEVWOCtRzWg+9H+VLlYXIhJinCQscDrTVt5O4xVqCFYsFuWoVxMfFGQMtT2xji
mvJ16UzdkVohCk0oJB6UzNKDSAnjc55PFSnB61VQnPWp1PSrTAUxqe1KIF6ilBp4piFRBjjFBU0C
l3YoGJ92pFbpg1Np9v8Aa5wGB2d8VsyeF7aX5oJmib0PIrGdeMHZlqm2rnKaqmcPj8ayJOxrsdR8
O3i27BAspHdeDXJ3drPbHE8TI3uKznUjLZj5GuhXzQKSlrMBaKSigBTSUCtHTdEudQkXahCk9cUA
UoYZLiQJEpYn0Fdp4f8ABwys12Mk8gVtaH4WhtUUsgL9ziurgtkjQDbilcditZadHAgVUAA9BV9V
CjApcegqpqGqW2mRb7iUK3YepqbjSLUkqQoXkYBRWDea95rFLf7o71j6hrMmpbtpPl9sGqMDPGNp
PFQ5HTCkrXZduJXmlDE0bjjGajU+vSnGZUOTgY9ahs1skV79mt495OKw5LmaZz834VLeakl7qPks
/wC7HFVri0aCbBJI/hPqKGieboMu45pIDxn2NZ1rBIs3zKRWljP8RpduBTuTyXdw+lFHSipND2pP
D6cb5D+VWP7Ft44ySSa01GTUV4wS3cnsK25UcdzxLxqFj1yVYx0GK5nOTW34mn+0azcPnPzYrF71
1RVkZMQ0UppKoQUUClNAhKSg0hoGJRmikoAXNApKUCgQ4U6kFLTEJRRRTAKKKKBjh0opBQaAA0lL
SGgAopBS0hhRQaQUALS0UUCCilooAUE09aYOtSLVoQ8UEZU0lOIJHFMCr0JpDQ5w3vSVLAa1MNON
NPSoYxtK/QUnelP3aQySDqKvKeBVGLgcVaQ1cRMc8YbpUJhPvVgNRuFVYRXETCnhSOtS7hTHYYos
K4hOB1qFn5pzHNRnrSGLnNKtNxTgMUAOpRSUCgBw61KpqIGpF60wJRTx0qMUobmmIlBpUUs4GKji
UyyBR34rpbfRkEKsD8/vWFaqqa8zalSc3cTToFhjBxg1qxycdaous0KYKE/QVBHdsp+bIPoa8icm
3dnpxpqxtCXHekljhuU2zxRyA9mFZy3WamS4zU8zQ3TM6/8ABtjdbmtmMLnoB0ritQ02fTLkw3CY
PY9iK9OWQ/Ss/XtLTV9PbGBOgyprop1nezOerQVro83oxnpzVr7BMbjyQjeZnBGK7Dw94Hd3Wa8G
AOduK7DjsY2geGJ7+VJJFKx9eRXpWnaPFaIqqgGPar1rZRW6hIkAA44FWxGB9alsEhiRhBxUnAGS
cCmTSx28ZklcKoHc4rgvE3jxVDW+n8noW9KRRveIvF9ro0TJGRJPjhQa8s1TWrvV7gy3EjdflUHg
VUlmnvJS8jM7HqSaT7NIf4aLCu+hds9YubQbc7l9DWrD4kRx+8UA1gC0kJ6Uv2SRecdKlxizSM5I
6tNetdnJwfrWdf6yZYX8o4rAZsmnhv3fWkoIbrNiK7CTfuO7rWwmqvc2yRuBuXoaxRyKs2BzLjrV
SSaIi9TY89JEUGMKw6kU0kdjScDjaaM47VgdaGk0Uu7nkUUFH0ODWdrM5isZWPQKalGpwFPmBBrE
8VatAujTbM52mt1ucLPGtRkMl5I5/iYmqgqWZt7E+9Rdq6kZMDTaDRTAKKKKAEPSmmlNIaQCUUUU
AL2pwpB0pwpiAdadSd6WqQCUlLRQISlFFFAxaKbRQAppDRSUAFFFFIApRSCloELQKSlFAC0UCimM
UdakXpUY608GqQh44pd1IKKoRXkHz02ny/eqNulZspDD1pDS55ppqWAlL2pKWkMki6VYFV4ulTir
iDH54pM+tFIelUSNLelNLGg0lIAJzRRSUAOHWlpBUiqOtADKKkK+lMIxQADinK2KbRmgLE4fjrSb
+tRZqWBN8yqO5pOVlcaV2bWj2gP71x9K345D0FZ0LCGJV44FTwXHzYryK1Rzdz1KVNRia0M6qcOA
asNZ2l2vzoCPastZATzUyTNHgqTisbstrsKdARC3lTEKegPaqU9lc2pyqlx2xWkbzcOvNN+1epoZ
SbM63luGbEkTqPeribuoqdbvB+YAirSXUJH3QPwoT1CUn2IrDT7U3PmvGu898V0ACBcLjFZKzRDk
VKLo4+U10wqaWZyTpXdzUVkjGSRVTU9ZtdMtWlmcAgZAzVMtI7Z3celYvifRl1PT3k3sksa5HPBr
VSuZ+zscl4i8XXGsSMkbMkPYDvXNYJPvStkE+tT2cJllGelbxV9DFst2VttQOwq5tX0FISEGB0FJ
u9qxrNXsjektBwCjoBSTkeS3AHFKH46VHcHMLVjfU2exiE/McDvUmP3eaZ3NSH/U10I4yNelWdO/
14qqtW9PXM/BFD2HHc1iDSZqQR5PLD86aRjIrmudiQ1uaKXFFFx2OjW51MqA17J9Bis/WZphbgS3
Ej56jNaakA8msXXJAcCt4vU5JLQwi3JHakpO1A6V1owYGikPWimIDSGg0lABSGlpDQAlFFKBk0hj
hTh1oC09R60xDKWlPWkqkAUUUhoAWkNApaAEpDTqQ9KAEooooASilopAwFFFFAgooooAUUtNp1CA
VelP7Uwdaf2q0A4UtIKWqAgm4aos5qa4GFBquDxWchoDSGloNSMbQaDSHpSAlh6VOtV4ulWB0qog
x1NNFFWSMoNKRSUANNKKU0lJgKOvNSgg1EKepFSMfTTS5ozTAaQMdKTFOJ4pKBDTV/S0BkZm7VRJ
wKu6c3yvnvWFeVos3oq8zXecHpUBumVuM1GTTcZFedY9JM0be+3Yq2L01hqSh4q3HLkYpco7mkbj
IzTTckd6pecRTDLk0rBcvi9weamW+461kb/mqVWzRYLmxHfDuanhvfm61hZPrU0MhDjBzVqxLOmj
uwOtZ/iHUFh0qYhuSuBzTVc7Qc4965XxXqglYW0bDC9cGtoq7MJNJHNBS78dzWtbQiGLPQ1VsrfI
DmrzjAruiuWNzh3dhpc54FNDPnnFKabuAPJrgk7s7oxsh+84ps2fKNPkCDBjbIPaop2/cGpW43sZ
RPJq0qB7Uk1U7mrkf/Hsa3OVFWLAPPNaNrHGy5HWs5Opq9ahiMp1FKWwQ3NBBt4OQfenZphldwC/
X6UmTXOdiJCc0U2igok/tSdwcmqlzO833zRRXTT3OCexVximmiiupGQUUUUxDTSUUUwCiiipGFKq
5NFFAh4GKeKKKoBG4NJ2oopoBKBRRQITvRRRQMUUneiigANJRRSEFFFFADu1JRRQMDSUUUCCnUUU
IB606iirQDu1FFFUIiuPu1W7Ciis5blIKD1ooqBiGkoooAkgqcd6KKqIMcetJRRVkiGmnpRRSASi
iikwFp6jNFFIYHrRRRQMQ0HpRRQIaea07ZQsS4oorlxGx0UNybuKG4NFFch2oMcCrEYoooKHN1qt
O5jmGO4ooqRMUOTUiSHNFFMRLvO2rViu+QZooqluJmV4m1CeC4EMTlVx2rnATLN85JJ7miiuuktD
jqt3NaNQkYApJGO7FFFb1fgM6fxjATmkxkmiivPZ3LYUDnFR3HERoooW4nsZv+NaCYNj0oorY5UU
E+8a07D/AFZ+tFFTPYqn8RbooorBnUh1FFFBR//ZUEsBAi0AFAAGAAgAAAAhAMjhM5IVAQAAUgIA
ABMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAFtDb250ZW50X1R5cGVzXS54bWxQSwECLQAUAAYACAAAACEArTA/
8cEAAAAyAQAACwAAAAAAAAAAAAAAAABGAQAAX3JlbHMvLnJlbHNQSwECLQAUAAYACAAAACEAH4St
9JkDAABBCQAAHwAAAAAAAAAAAAAAAAAwAgAAY2xpcGJvYXJkL2RyYXdpbmdzL2RyYXdpbmcxLnht
bFBLAQItABQABgAIAAAAIQCUrQ3f1AAAAKwBAAAqAAAAAAAAAAAAAAAAAAYGAABjbGlwYm9hcmQv
ZHJhd2luZ3MvX3JlbHMvZHJhd2luZzEueG1sLnJlbHNQSwECLQAUAAYACAAAACEAbJtQudUGAAD1
GwAAGgAAAAAAAAAAAAAAAAAiBwAAY2xpcGJvYXJkL3RoZW1lL3RoZW1lMS54bWxQSwECLQAKAAAA
AAAAACEA8C8BF7PPAACzzwAAGwAAAAAAAAAAAAAAAAAvDgAAY2xpcGJvYXJkL21lZGlhL2ltYWdl
MS5qcGVnUEsFBgAAAAAGAAYAsAEAABveAAAAAA==
">
<v:imagedata src="file:///C:\Users\Marcelo\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.png"
o:title=""/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="f"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #222222; font-size: 10.0pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 127.6pt; margin-right: 42.55pt; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 42.55pt; margin-top: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="color: #222222;">Com
a leitura da Oração-Ensaio intitulada <b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Raul Pompeia: O Gênio feito Homem</i></b>,
tomou posse, na Academia Fluminense de Letras – AFL, na Cadeira nº 37,
patronímica de Raul Pompeia, o jornalista, escritor, editor e consultor
cultural MARCELO Nóbrega da CÂMARA Torres. Com seis livros publicados e </span><span style="color: #222222;">centenas de
trabalhos nas áreas </span>da Criação e Crítica Cultural, Literatura, Humor, Artes, Ciências
Sociais, História, Política e Estética, e uma exitosa carreira como realizador
em diversas áreas da Cultura, Marcelo é terceiro intelectual nascido em Angra
dos Reis, terra de Raul D’Ávila Pompeia, a ingressar na instituição. O novo
imortal foi saudado pelo decano da AFL, o poeta, crítico e editor literário
Sávio Soares de Sousa. A Sessão Solene da AFL foi presidida por Waldenir de
Bragança, que comanda a instituição e que possui cento e um anos de atividades. O
Presidente entregou a Marcelo Câmara o Diploma de Membro Titular da Classe de
Letras. Compareceu à cerimônia o professor da Universidade Federal Fluminense,
Jayro José Xavier, de quem Marcelo Câmara foi aluno e que o qualifica seu
“mestre na Literatura”. Jayro José Xavier é considerado pela crítica brasileira
e ibérica um dos mais importantes poetas e ensaístas contemporâneos. Também
estiveram presentes à tarde-noite na sede da AFL o professor Domingos Marques,
representando o Deputado Estadual e Vice-Prefeito de Niterói, Comte
Bittencourt, vários acadêmicos, parentes do empossado e amigos seus de
juventude. O novo imortal recebeu a beca e a medalha, símbolos que identificam
a condição de Membro da AFL, de sua esposa, a Professora Luiza Petersen.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
Raul Pompeia foi considerado pelo Prêmio Nobel de Literatura, José
Saramago, recentemente falecido, o maior escritor brasileiro, ao lado de
Machado de Assis. Pompeia é o autor do insuperável romance <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Ateneu – crônica de saudades</i>, publicado em 1888, com dezenas de
edições aqui e no exterior e considerado, unanimemente, uma obra-prima da
Literatura Brasileira e Universal. Também é o autor, entre centenas de outros
trabalhos publicados, das preciosas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Canções
sem metro</i>, pequenos textos de poesia em prosa, admirados,
internacionalmente, pelo tratamento e escritura ousada e única dos temas e do
refinado e extraordinário estilo. Suas obras completas foram publicadas em dez
volumes pelo MEC, pela editora Civilização Brasileira e a Prefeitura de Angra
dos Reis, em 1981. Organizadas por Afrânio Coutinho, após vinte anos de
trabalho, incluem, além das obras citadas, as reflexões filosóficas de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Alma Morta</i> ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cartas para o Futuro;</i> novelas, contos e crônicas; artigos e
escritos políticos; perfis, crítica literária e artística; correspondência e
poesia; caderno de notas íntimas e pensamentos; a reportagem <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Excursão Ministerial</i>; <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Mão de Luís Gama</i> e dispersos;
ilustrações, desenhos e caricaturas; outros textos até então inéditos, avulsos
e fotografias. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
Na sua longa, profunda e emocionada Oração-ensaio, Marcelo falou da
convivência com Sávio Soares de Sousa durante a sua juventude; da sua formação,
percurso literário e cultural do qual o pai, Câmara Torres, foi a principal
influência, o personagem principal da sua vida; discorreu sobre a vida e a obra
de seus antecessores na cadeira 37: o fundador Adelino Magalhães, Alípio Mendes
e Calheiros Cruz; percorreu toda a existência de Raul Pompeia, destacando
traços da sua personalidade e caráter do gênio angrense; e fez uma ampla
análise crítica estilística da obra do grande escritor. Raul Pompeia
(1863-1895) foi um artista anticonservador, revolucionário, de vanguarda,
nacionalista, pleno, múltiplo, de elevadas e extraordinárias expressões, em
diversas áreas da Cultura, produzindo em vários gêneros e formas literárias.
Além de romancista, jornalista (repórter, redator e editor), cronista,
contista, desenhista, caricaturista, foi um publicista notável, grande orador,
ideólogo e militante contra a Escravidão e pela implantação da República.
Também foi professor de Estética, Mitologia e diretor da Escola Nacional de
Belas Artes, da Biblioteca Nacional e diretor de Estatística da União, embrião
do atual IBGE. Vítima de infâmias e calúnias, insultado num ambiente agitado
por paixões e lutas políticas, deprimido, sentindo-se ofendido em sua honra de
cidadão, artista e profissional da Imprensa e da Literatura, suicidou-se, no
auge da sua carreira, aos trinta e dois anos. Foi um dos intelectuais mais
eruditos e produtivos da sociedade brasileira de seu tempo. Atualmente, Pompeia
e sua diversificada obra são muito pesquisados e discutidos, objetos de teses
em universidades brasileiras e estrangeiras e em centros de estudos brasileiros
em diversos países do mundo.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<hr size="2" style="text-align: left;" width="100%" />
</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-14241252255441102942018-05-30T10:10:00.003-07:002020-08-08T20:48:59.436-07:00CACHAÇA E CHORO - MC & MC - MARCELO CÂMARA & MAURÍCIO CARRILHO<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<u><span style="color: #404040; font-family: "tahoma" , "sans-serif"; font-size: 8.0pt;">Evento de 26.4.2018</span></u><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif"; font-size: 8.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<u><span style="color: #404040; font-family: "tahoma" , "sans-serif"; font-size: 8.0pt;"><br /></span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="color: #595959; font-family: "tahoma" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; text-transform: uppercase;">CACHAÇA E CHORO<br />
MC & MC<br />
MARCELO CÂMARA & MAURÍCIO CARRILHO </span></b></div>
<table border="0" cellpadding="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 1.5pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 0cm 0cm; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 200px;">
<tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;">
<td style="padding: .75pt .75pt .75pt .75pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFtEsBYiLBjcCE763BX3rOjypFH1PUV8K17ZGLVIJahF3jL1XRieY1kV0eWGskN5XpmPbXi6igBQji-kvbLSHaNblfHfs-lKIxKrmVZQL7y27tR8-_Ij7IwE_XsjQjlQ093TGCrUPTsB4/s1600/Foto+em+palestra+a+cores.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="392" data-original-width="362" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFtEsBYiLBjcCE763BX3rOjypFH1PUV8K17ZGLVIJahF3jL1XRieY1kV0eWGskN5XpmPbXi6igBQji-kvbLSHaNblfHfs-lKIxKrmVZQL7y27tR8-_Ij7IwE_XsjQjlQ093TGCrUPTsB4/s640/Foto+em+palestra+a+cores.jpg" width="590" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marcelo: o maior especialista em Cachaça <span style="font-size: xx-small;">(Foto: Bruno Lira)</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
</td>
<td style="padding: .75pt .75pt .75pt .75pt;"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
</td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="padding: .75pt .75pt .75pt .75pt;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7HjevZM8Bjll5xopllyhN3srJR6O6TpHuktnRocRr-b4c2NELh-BGlP5iJmgrGILbXoxV_xq2sWf108EOnhL7MvbUiylFe9M0FAg1yHDP7gxgimGAf1R6CAdsDlcPiNVWZ8AuOQ1bXSw/s1600/Maur%25C3%25ADcio+Carrilho+foto+26.4.18.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="363" data-original-width="544" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7HjevZM8Bjll5xopllyhN3srJR6O6TpHuktnRocRr-b4c2NELh-BGlP5iJmgrGILbXoxV_xq2sWf108EOnhL7MvbUiylFe9M0FAg1yHDP7gxgimGAf1R6CAdsDlcPiNVWZ8AuOQ1bXSw/s640/Maur%25C3%25ADcio+Carrilho+foto+26.4.18.png" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Maurício: um gênio do Choro<span style="font-size: xx-small;"> <span style="color: #0d0d0d; font-family: "times new roman" , serif; line-height: 115%;">(Foto: Renata Green
Divulgação/O Globo)</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 4.9pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<br /></div>
</td><td style="padding: .75pt .75pt .75pt .75pt;"></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="dois-novos-livros-marcelo"></a><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">“Maravilhosa” é o
adjetivo para qualificar a noite de 26 de abril último no Instituto </span><b><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">Casa do Choro</span></b><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">, no Centro do Rio de Janeiro, quando </span><b><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">Marcelo Câmara</span></b><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"> lançou dois livros: </span><i><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><b>Ficha de Degustação de Cachaças Marcelo Câmara</b></span></i><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">, e a segunda edição, revista e ampliada (um novo livro), de </span><i><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><b>Cachaça – Prazer Brasileiro</b></span></i><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">, ambos pela Editora Mauad X, e
ocorreu a primeira apresentação dos </span><b><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><i>Choros Alambicanos</i></span></b><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">, de Maurício
Carrilho, pelo músico e convidados, no dia do aniversário do músico, compositor
e arranjador. A noite foi considerada “histórica, belíssima” pelos que dela
participaram. Uma hora antes do lançamento dos livros de Marcelo Câmara,
assistiu-se aos Choros Alambicanos, um recital sublime, impecável, apresentado
por Maurício e músicos seus amigos, entre eles, Paulo Aragão e Luciana Rabello,
que foram abraçá-lo no dia do seu aniversário. O show constituiu-se num
extraordinário espetáculo de Música Brasileira no Auditório Radamés Gnattali,
completamente lotado. Exibiram-se alguns dos nossos melhores músicos, o
“primeiro time” do Choro do País.</span><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">As criações de Maurício foram inspiradas, construídas e receberam os
nomes das raríssimas Cachaças de Excelência Sensorial que estão nos rankings de
Marcelo Câmara (www.ilhaverde.net/rankings), e irão integrar um CD a ser
finalizado brevemente. Os magníficos choros são belíssimas obras de arte que
homenagearam outras fascinantes obras de arte, Cachaças primorosas, na presença
de seus produtores, que compareceram ao show e ao lançamento dos livros,
oriundos de cinco Estados. As nove melhores Cachaças do mundo, no julgamento
profissional de Marcelo Câmara, são as seguintes: <i>Coqueiro, Corisco, Engenho
D’Ouro</i>, de Paraty, RJ; <i>Mato Dentro</i>, de São Luiz do Paraitinga, e <i>Engenho São
Luiz</i>, de Lençois Paulista, de SP; <i>Tabaroa</i>, de Bichinho, e <i>Biquinha,</i> de Coronel
Murta, MG; <i>Serra Limpa</i>, de Duas Estradas, PB; e <i>Samanaú</i>, de Caicó, RN. Essas Cachaças
foram degustadas enquanto Marcelo Câmara autografava os livros.</span><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">Vanguardas</span></b><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">Jornalista, escritor, editor e consultor cultural, autor de seis livros,
três sobre a bebida nacional, e de centenas de trabalhos publicados em várias
áreas da Cultura, Marcelo Câmara costuma dizer que "a História e a Cultura
Brasileira, incluindo a sua Música, “<i>são encharcadas, ao menos umedecidas, pela
doce e sensual sabor da Cachaça. O Povo Brasileiro sempre lutou, conspirou,
brindou, celebrou as suas vitórias, refletiu e lamentou as suas derrotas, com a
Cachaça, que, como o Choro, constitui uma das mais autênticas, ricas e belas
expressões da nacionalidade, da nossa Cultura</i>”. Marcelo é primo e discípulo do
maior dos Cachaçólogos, do mais erudito, o que maior sabedoria científica exibe
sobre a bebida nacional – o escritor, historiador, sociólogo, antropólogo e
folclorista, professor Luís da Câmara Cascudo (1899-1986).</span><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">A <i>Ficha de Degustação de Cachaças Marcelo Câmara</i>, como os outros livros
de Marcelo, é obra de vanguarda, pioneira, ousada, única no mundo. Por isto, o
nome do autor está no título do livro, a fim de lhe dar identidade,
exclusividade, vinculá-la ao pensamento e fortuna crítica que há décadas
Marcelo Câmara expõe acerca do destilado. As outras bebidas (uísque, vinho,
cerveja, rum, conhaque, gin, tequila etc.) sempre possuíram cada uma, as suas
de fichas de degustação, instrumentos de análise e julgamento das suas virtudes
e defeitos, da sua qualidade sensorial. Para a Cachaça, o especialista criou,
há mais de vinte anos, uma ficha de degustação, a primeira, inicialmente com
cerca de vinte quesitos de informação e avaliação, que vem sendo utilizada no
País e no exterior.</span><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">Nesse novo livro, Marcelo informa, didaticamente, quais são as
características sensoriais da Cachaça, explica os quesitos que constroem o
edifício, o complexo sensorial da bebida brasileira, qual o valor de cada um
deles, por que eles são importantes para qualificar se uma Cachaça tem
Excelência Sensorial (conceito criado por ele), é mediana ou ruim. Em seguida,
o livro traz 10 “fichas nuas”, isto é, dezenas de quesitos sem explicações, a
fim de que o leitor-degustador faça as suas opções e comente – com base na
pedagogia, na explanação da primeira parte do livro, em bases
técnico-científicas e legais, valores, princípios, fundamentos e referências
culturais – acerca da identidade, aparência/cor, aroma e sabor de cada Cachaça
a ser degustada.</span><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPgLGD3WhL0GywmP35J5U9MEsU3NRcmrR0dEfd3UpT2iAfTOYuJbKEWvsKVkeoucoyLLmcThJ9La58wExiKsCERrtY0kqOfBnI27y_PNA14snIu1WFE-axe3wREpmrqlobPr1px7_zhPA/s1600/MC+e+Fam%25C3%25ADlia+Fran%25C3%25A7a+26.4.18.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="363" data-original-width="544" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPgLGD3WhL0GywmP35J5U9MEsU3NRcmrR0dEfd3UpT2iAfTOYuJbKEWvsKVkeoucoyLLmcThJ9La58wExiKsCERrtY0kqOfBnI27y_PNA14snIu1WFE-axe3wREpmrqlobPr1px7_zhPA/s320/MC+e+Fam%25C3%25ADlia+Fran%25C3%25A7a+26.4.18.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Marcelo autografa para a Família França, amigos de Paraty.</span><br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: Casa do Choro)</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: center;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , sans-serif; font-size: 10pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , sans-serif;"><i>Cachaça – Prazer Brasileiro</i>, o outro livro lançado na Casa do Choro, é
uma segunda edição, revista e ampliada, daquela que é tida como a melhor obra –
básica, mais informativa e crítica – sobre a Cachaça. A primeira edição do
livro esteve esgotada por cinco anos, e foi legendado pelo mercado como “A
pequena bíblia da Cachaça”, pois se trata de um livro indispensável, rico,
fundamental para quem quer ingressar no fantástico mundo econômico,
socioantropológico e poético da bebida brasileira. “Tem de tudo um pouco”,
dizem os críticos: história, sociologia, economia, política, cultura,
linguagem, folclore, artes, política, psicologia social, religiosidade,
comportamento etc. Marcelo explica: “<i>Essa segunda edição é, praticamente, um
novo livro, mais volumoso e amplo, mais profundo, ainda mais crítico no estudo
e tratamento dos temas, especialmente naqueles relativos à História, à secular
discriminação e preconceitos contra a Cachaça e à personalidade e exuberância
sensorial da bebida. Destrói ficções e mentiras que povoam a mídia e livros de
gente neófita e néscia, geralmente apenas bebedores, que amam outras bebidas e
se arriscam a deitar lições, sem vivência e conhecimento, sobre a Cachaça. E o
pior é que tolices sobre a Cachaça circulam pela Internet e ganham crédito e
repercussão entre internautas interessados, ingênuos e bem intencionados</i>”.</span><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">Choros feitos de Cachaça</span></b><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b><span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">As criações de Maurício foram inspiradas, construídas e receberam os
nomes das raríssimas Cachaças que estão nos rankings de Marcelo Câmara. Os magníficos
choros são belíssimas obras de arte que homenagearam outras fascinantes obras
de arte, Cachaças primorosas, na presença de seus produtores, que compareceram
ao show e ao Lançamento, oriundos de cinco Estados. Jornalista, escritor e
consultor cultural, Marcelo Câmara é considerado, internacionalmente, “o maior
especialista em Cachaça”, ostenta mais de cinquenta anos de realizações,
vivências e convivências no universo do destilado nacional. Cachaçólogo
(estudioso da bebida), pingófilo (amante e bebedor da boa pinga), consultor de
Cachaças que atende à produção e ao mercado, do plantio da cana ao consumo do
destilado, atua como Degustador Profissional de Cachaças, o primeiro a se
profissionalizar no mundo, o único com atividade regular no mercado.</span><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span><br />
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">Marcelo e Maurício são amigos, pingófilos militantes, refinados, e
apaixonados pela Música Brasileira, especialmente pelo Choro, identidades que
os aproximaram. Maurício Carrilho é professor e vice-presidente da Casa do
Choro, instituição dirigida pela cavaquinista, compositora e produtora Luciana
Rabello, personalidade da vida cultural carioca, que, há décadas, se dedica à
educação musical, preservação e divulgação da música brasileira e carioca,
especialmente o Choro. Maurício, ainda, apresentou, no show do dia 26 de abril,
mais cinco choros, entre eles os que reverenciam Paraty, o mais tradicional e
célebre centro de Excelência, produtor de Cachaça há mais de quatro séculos, e
duas célebres Cachaças, marcas extintas, de Paraty: <i>Azuladinha </i>e <i>Vamos Nessa</i>.</span><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d; font-family: "tahoma" , "sans-serif";">As atividades da Casa do Choro objetivam a formação de plateias e de
músicos profissionais, bem como manutenção, conservação e divulgação de
acervos, catalogação, registro, estudo, preservação e divulgação da memória
musical nacional. A Casa reúne dezenas de professores consagrados e possui mais
de 1 mil alunos, se contar com a Escola Portátil de Música – EPM, um dos seus
departamentos, que reúne, todos os sábados, no campus da Uni-Rio, num grande
ensaio informal, aos pés do Morro da Urca, centenas de alunos, iniciantes,
formados e veteranos, amadores e profissionais. São quarenta professores
ministrando aulas teóricas e práticas de diversos instrumentos, cursos teóricos
e cursos especiais, além das aulas de apreciação musical e a roda de choro.
Centenas de candidatos procuram se matricular a cada ano, atraídos pela
proposta inédita de promover a educação musical por meio da linguagem do Choro.
O objetivo da EPM é dar ao aluno fundamentos educacionais, profissionais,
sociais e emocionais, para que ele possa trilhar uma carreira de sucesso e uma
vida produtiva como artista e como cidadão.</span><span style="color: #545454; font-family: "tahoma" , "sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<br />Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-24078735088801656762018-05-30T09:30:00.003-07:002020-08-08T20:53:39.674-07:00MARCELO CÂMARA NA AFL<div align="center" class="MsoNormal3" style="color: #545454; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; margin: 0cm 0cm 33.75pt; text-align: center;">
<br />
<span style="color: #006633; font-family: "tahoma" , sans-serif; font-size: 10pt;">
</span></div>
<div style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px; text-align: center;">
<span style="font-weight: bold;"><span style="font-style: italic;"><span style="color: #669966; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"></span></span></span><span style="font-weight: bold;"><img src="http://www.ilhaverde.net/img/letras.jpg" height="129" width="124" /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px; text-align: justify;">
<u><span style="color: #404040; font-family: "tahoma" , sans-serif; font-size: 8pt;"><span class="style1" style="font-size: 1em; table-layout: fixed;"><a href="https://www.blogger.com/null" id="marcelo-camara-afl" name="marcelo-camara-afl"></a></span>Notícia de 20.3.2018<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px; text-align: justify;">
<u><span style="color: #404040; font-family: "tahoma" , sans-serif; font-size: 8pt;"><br /></span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px; text-align: justify;">
<b><span style="color: #595959; font-size: 12pt;">MARCELO CÂMARA NA AFL<br /><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; font-size: 16px; text-align: justify;">
<b><span style="color: #595959; font-size: 12pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d;">O jornalista, escritor, editor e consultor Cultural,<strong> Marcelo Câmara</strong>, teve o seu nome aprovado, por unanimidade, pela Assembleia Geral da<strong> Academia Fluminense de Letras – AFL</strong>, na Sessão do último dia 15 de março, para integrar, na Classe de Letras, a centenária Instituição Cultural, a fim de ocupar a Cadeira 37, que tem como Patrono o genial <strong>RAUL D’Ávila POMPEIA</strong>, angrense, considerado, internacionalmente, o maior escritor da Literatura Brasileira, ao lado de Machado de Assis. A eleição foi fundamentada em Parecer, também unânime, da Comissão de Admissão, que analisou e a recomendou ao Plenário, com base na biografia, obras publicadas e curriculum intelectual e cultural de Marcelo. “A minha alegria multiplica-se porque ocupo a Cadeira nº 1, patronímica do mesmo escritor, no Ateneu Angrense de Letras e Artes – AALA, desde a sua fundação, na minha terra, Angra dos Reis” – manifestou-se o eleito. “Em toda a história da Instituição”, orgulhosamente destaca Marcelo Câmara, “sou o terceiro angrense a ingressar na AFL: na primeira metade do século passado, brilhou o teatrólogo e jornalista Quaresma Júnior; na segunda, pontuou o jornalista e historiador Alípio Mendes, fundador do AALA”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d;">Fundada em 1917, reconhecida pela Lei Estadual 7599, do mesmo ano, a Academia Fluminense de Letras é, na sua categoria, o mais antigo sodalício do gênero, a mais antiga Casa de Letras estadual em atividade contínua no Brasil. Também é considerada pela Academia Brasileira de Letras – ABL “a Academia de Letras oficial do Estado do Rio de Janeiro”, e reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, órgão da ONU. Em 2017, foi celebrado o Centenário da AFL, quando um amplo programa cultural foi cumprido (eventos de arte, encontros de instituições culturais, concursos, etc.), com destaques para: a Sessão Solene em comemoração à Efeméride realizada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, por iniciativa dos Deputados Comte Bittencourt e Waldeck Carneiro; a realização em Niterói do I Congresso Brasileiro de Academias de Letras; e um estande que homenageou a AFL na abertura da Bienal do Livro 2017 na Cidade do Rio de Janeiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d;">Pela AFL passaram grandes personalidades da Literatura, do Jornalismo, do Direito, da História, das Ciências Sociais, da Política, da Ciência, enfim, da Intelectualidade fluminense e nacional. Entre estes, podemos citar: Olavo Bastos, Múcio Paixão, Carlos Maul, Elói Pontes, Adelino Magalhães, Oliveira Viana (membro da ABL), Ismael Coutinho, Levi Carneiro (membro da ABL), Alberto Lamego, Júlio Salusse, Luiz Lamego, Agenor de Roure, Celso Kelly, Nelson Rebel, Everardo Beckhauser, Prado Kelly, Hamilton Nogueira, Thiers Martins Moreira, Heitor Gurgel, João Rodrigues de Oliveira, Vasconcelos Torres, Brígido Tinoco, Lacerda Nogueira, Jacy Pacheco, Raul de Oliveira Rodrigues, Artur de Almeida Torres, Newton Perissé Duarte, Rubens Falcão, Dayl de Almeida, Paulo de Almeida Campos, Xavier Placer, Geraldo Bezerra de Menezes, Alberto Lamego, José Cândido de Carvalho (membro da ABL), Alberto Torres, Marcos Almir Madeira (membro e Presidente da ABL), Maria Alice Barroso, Câmara Torres, Ângelo Longo, Luís Antônio Pimentel, Enéas Marzano, Lyad de Almeida e Emmanuel de Bragança Macedo Soares.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #545454; font-family: tahoma, sans-serif; text-align: justify;">
<span style="color: #0d0d0d;">Pertencem, atualmente, à AFL, entre outros, o crítico e poeta Sávio Soares de Souza (decano da Academia); o filósofo Tarcísio Padilha e o escritor Marco Luchesi, ambos membros da ABL; o professor José Raimundo Martins Romêo, ex- Reitor da UFF; o jornalista e escritor Marcelo Cerqueira, a romancista Sara Rifer e o professor Aníbal de Bragança, ex-coordenador da Fundação Biblioteca Nacional. A AFL é presidida pelo médico, professor universitário, ensaísta, escritor, administrador cultural e ex-político, Waldenir de Bragança. Desde 1934, a AFL possui a sua sede própria num belo e imponente edifício à Praça da República, no Centro de Niterói, RJ. A posse de Marcelo Câmara está marcada para o dia 21 de junho de 2018.</span></div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-1855734733787681312017-10-15T09:26:00.003-07:002020-08-08T20:53:08.566-07:00DIAS DE INFÂNCIA, MEMÓRIA DA FAZENDA DO FUNDÃO: OBRA-PRIMA DO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="text-align: start;"><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"></span></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="564" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgggp07HXkMqqsJWBUBi9HsDMtuj57p2KYisfLRfdGobSoFk9ImRxgb8ynuDJ2WUPxcA6MSMLTBKP1t0ar1GzFje1MwHiPNf2gdrfcHWWP2MKgFVV0_5uCs6xAZhA0b6Sqt90tCDzTanKI/s640/Filme+fund%25C3%25A3o+cartaz+2015.bmp" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="376" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">O cartaz do filme, lançado em agosto de 2015,</span><br />
<span style="font-size: x-small;">na Casa da Cultura Câmara Torres, no Bairro Histórico de Paraty.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"></span><span style="font-size: xx-small;">(Divulgação)</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgggp07HXkMqqsJWBUBi9HsDMtuj57p2KYisfLRfdGobSoFk9ImRxgb8ynuDJ2WUPxcA6MSMLTBKP1t0ar1GzFje1MwHiPNf2gdrfcHWWP2MKgFVV0_5uCs6xAZhA0b6Sqt90tCDzTanKI/s1600/Filme+fund%25C3%25A3o+cartaz+2015.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: large;"></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2OF6f-uF7WL15pPyXEAHTEkWl_DmY2vBSu6-Ttw1XAI_wPjCQr2Vn9Cj1dmbllND6MkJJzt9hzs2L4KvrVw9kzqMhioy5gljKXv5XlubiHr4j20Xyi3BU1tWFNB5_9AQExjqW7eDPkfY/s1600/Saco+do+Fund%25C3%25A3o+foto+sat%25C3%25A9lite.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="525" height="536" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2OF6f-uF7WL15pPyXEAHTEkWl_DmY2vBSu6-Ttw1XAI_wPjCQr2Vn9Cj1dmbllND6MkJJzt9hzs2L4KvrVw9kzqMhioy5gljKXv5XlubiHr4j20Xyi3BU1tWFNB5_9AQExjqW7eDPkfY/s640/Saco+do+Fund%25C3%25A3o+foto+sat%25C3%25A9lite.bmp" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">O Saco do Fundão, visto de satélite.</span><br />
<span style="font-size: xx-small;">(Divulgação)</span><br />
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span>
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Marcelo Câmara*</span></b><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;">O <i>Fundão </i>é
um paradisíaco fundo de golfo, quase um pequeno fiorde, no litoral sul de Paraty,
RJ, entre a Ponta Grossa e o Saco do Mamanguá. O Saco do Fundão. Era a sua costa, em meados do Século XIX,
uma de muitas glebas de terra de Domingos Feliciano Corrêa, grande proprietário
de fazendas, produtor rural, patriarca de grande descendência, famoso pelas
Cachaças que fabricava, inclusive estabelecendo o primeiro engenho a vapor em
Paraty no final do Século XIX. Porém, a legendária <i>Fazenda do Fundão </i>não
foi obra de Domingos, mas construída e consolidada, no início do século
passado, por um de seus filhos, Pedro Erasmo de Alvarenga Corrêa, conhecido
como <i>Seu Peroca</i>, outro afamado fazendeiro, brilhante alambiqueiro,
exímio administrador rural.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizO3AFfzj0NJcBNMLmRfSMRKDZSNc0S9TqnU0a-TdteQs_Bs88u36lgyoQ5L5eMc01cYAUeewcG4qs19a3fMf82w0P44GwUpbGalU1Vl3182Hj-2359oIuyziYExx-dTGuHxI_3FiWFIo/s1600/Em+dire%25C3%25A7%25C3%25A3o+%25C3%25A0+Praia+do+Fund%25C3%25A3o.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="275" data-original-width="450" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizO3AFfzj0NJcBNMLmRfSMRKDZSNc0S9TqnU0a-TdteQs_Bs88u36lgyoQ5L5eMc01cYAUeewcG4qs19a3fMf82w0P44GwUpbGalU1Vl3182Hj-2359oIuyziYExx-dTGuHxI_3FiWFIo/s640/Em+dire%25C3%25A7%25C3%25A3o+%25C3%25A0+Praia+do+Fund%25C3%25A3o.bmp" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">De barco, rumo à Praia do Ubá, na Fazenda do Fundão, no fundo do golfo.<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Divulgação)</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">A </span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">Fazenda
do Fundão</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"> foi um belo sítio de produção agrícola, com casa grande, lago, engenho
com roda d’água para produção de Cachaça, rapadura e melado, paiol, curral de
leite, pátio para secagem de feijão e cereais, inúmeras
espécies silvestres e frutíferas, canavial, várias lavouras, pomar, criação de
gado e de muitos animais, hortas, variados cultivos, praia, mangue. O </span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">Fundão</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">
fez história pela excelência de seus produtos e pela maneira notável, então
moderna e eficiente, de como era bem administrada. Pai, com Domingas Ayres
Corrêa, de prole numerosa – treze filhos, dois homens e onze mulheres - e laureado aguardenteiro, </span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">Seu Peroca</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"> produzia as célebres e
premiadas marcas de Cachaça: </span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">Branca do Peroca</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">,</span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt;"> Azulada do Peroca </i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">e</span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">
Branca do Fundão</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">. Algumas garrafas delas tenho orgulhosamente comigo, e as
bebo em dias extraordinários. Uma tradição oral em Paraty informa que o <i>Seu Peroca</i> inventou a Cachaça azuladinha, no início do Século XX, colocando folhas de tangerina ou de laranjeira, na panela do alambique. Assim como fora o criador também de três tipos, denominações, de Cachaças especialíssimas, compostas, maravilhosas, incolores, transparentes como água, que só existiam em Paraty: a <i>Laranjinha</i>, a <i>Lourinha</i> e a <i>Canelinha</i>, com os sabores sutis, discretos, ao final do gole, da laranja, do louro e da canela, respectivamente. Hoje, nenhum alambiqueiro se arrisca a fabricá-las na Excelência Sensorial com que fazia o <i>Seu Peroca</i> e, nas décadas de 1960 e 1970, Ormindo M. Brasil, empregado do Engenho da Dona Quita, que criou e fabricava a Cachaça <i>Coqueiro</i>, uma das melhores do mundo, marca de excelência, hoje de propriedade de um sobrinho-neto do <i>Seu Peroca</i>, destilado que continua primoroso, com a mesma altíssima qualidade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqNBX6tSnnMno5XOy-ikf1H_LyMHtMDaQLqvndysEp4tPQknCaFYy91o3jKWbYG365RI8XCKojIg3GQ1K9SMqZaaGGs2eH2eGd8-MIKGyB8ca4JnHHvE9bYqtURTBd1nYXsv00nmAd45E/s1600/Sede+da+Fazenda+do+Fund%25C3%25A3o.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="287" data-original-width="1103" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqNBX6tSnnMno5XOy-ikf1H_LyMHtMDaQLqvndysEp4tPQknCaFYy91o3jKWbYG365RI8XCKojIg3GQ1K9SMqZaaGGs2eH2eGd8-MIKGyB8ca4JnHHvE9bYqtURTBd1nYXsv00nmAd45E/s640/Sede+da+Fazenda+do+Fund%25C3%25A3o.bmp" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A sede da Fazenda do Fundão por volta de 1930. <span style="font-size: xx-small;">(Divulgação)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt; text-align: justify;">Com a morte
do </span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt; text-align: justify;">Seu Peroca</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt; text-align: justify;"> em 1964, a Fazenda do Fundão foi vendida para um
milionário paulistano que a destruiu por completo: aterrou o mangue, viveiro de
espécies e </span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt; text-align: justify;">habitat</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt; text-align: justify;"> de aves marinhas, dizimou pomares e matas nativas,
todas as benfeitorias (casa, engenho etc.), provocou erosões no solo, enfim
arrasou o Fundão. Eu, na juventude, ainda alcancei ruínas e a bela e imponente
roda d’água do engenho. Triste, desolador. Criminosa a terra arrasada que se
consumou.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeHEL1kE2J1wor-Y-K4z6UHg7bptfAC0FsMu5j7qvf-Ffkh2vep1YRabaPCVzZeAVYMjDJ6vFkSmoE_NleW_uK7TIgLjPQ1cFVxKiTvYnWr4P2GpkJMugVSaC4A_vq6m7urqm6OGj_cRw/s1600/Gar%25C3%25A7a+no+Fund%25C3%25A3o.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeHEL1kE2J1wor-Y-K4z6UHg7bptfAC0FsMu5j7qvf-Ffkh2vep1YRabaPCVzZeAVYMjDJ6vFkSmoE_NleW_uK7TIgLjPQ1cFVxKiTvYnWr4P2GpkJMugVSaC4A_vq6m7urqm6OGj_cRw/s320/Gar%25C3%25A7a+no+Fund%25C3%25A3o.bmp" width="256" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Garça sobrevivente no Saco do Fundão.<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Divulgação)</span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">A filha
caçula do </span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">Seu Peroca</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"> (apenas ela e uma irmã estão vivas), a professora
e escritora Maria Thereza Corrêa Ermelich, hoje com oitenta anos, vivia em São Paulo, SP desde o casamento em 1962 e, nas
suas vindas a Paraty durante o desmonte do Fundão e, finalmente, com a sua
destruição total, sofreu, chorou, se amargurou muito. A partir de 2002, ela e o marido resolveram viver definitivamente em Paraty. Maria
Thereza, a </span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">Teleca</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">, se transformou numa surpreendente escritora, uma cronista de brilhante memória e senso etnográfico, uma artista de grande talento. Em 2016, ficou viúva, retornando a São Paulo, onde vive atualmente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: center; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
</div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-family: "Times New Roman"; letter-spacing: normal; margin-bottom: 0.5em; margin-left: auto; margin-right: auto; orphans: 2; padding: 6px; text-align: center; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; widows: 2; word-spacing: 0px;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><div style="margin: 0px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdWfpV0795CI4KJVD-ynJETzkBoAVMweT-G55159vmJGqwoLtU6Ly2HNluPwbAjtPetAgVk7QDY1SzpFg5oPBGJy8fYfaX0X2cYkhdIh6208bqVP8IxSo-TeCYEs8cHCwULFc50uhGp8o/s1600/Pedro+Peroca+e+filhos.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="400" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdWfpV0795CI4KJVD-ynJETzkBoAVMweT-G55159vmJGqwoLtU6Ly2HNluPwbAjtPetAgVk7QDY1SzpFg5oPBGJy8fYfaX0X2cYkhdIh6208bqVP8IxSo-TeCYEs8cHCwULFc50uhGp8o/s640/Pedro+Peroca+e+filhos.bmp" style="cursor: move;" width="640" /></a></div>
</td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="padding-top: 4px; text-align: center;"><div style="margin: 0px;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Seu Peroca</i>, Dona Domingas e nove dos treze filhos.</span></div>
<div style="font-size: 12.8px; margin: 0px;">
<span style="font-size: xx-small;">(Divulgação)</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11pt;">O
documentário longa-metragem <i>Dias de Infância – Memória da Fazenda do </i>Fundão,
de Tati Beck, de 2015, é uma extraordinária obra de arte. Belíssimo! Um filme
para chorar, sorrir, pensar, amar. Admirável, majestosa, impressionante a
capacidade da cineasta para recriar, atualizar, sublimar e eternizar,
cinematograficamente, como arte cinematográfica, como Cinema, os dois preciosos
livros artesanais de Maria Thereza Corrêa Ermelich, atualmente com oitenta anos. São eles: <i>Histórias
Frutíferas – Lembranças da infância na Fazenda do Fundão em Paraty</i> (Ed. da
autora, 2ª ed. revisada, Paraty, 2010), o primeiro a ser lançado, em 2008: e <i>Lembrou-se, Xiba e Zepelim –
Histórias da antiga Fazenda do Fundão em Paraty</i> (Ed. da autora, 2ª ed.
revisada, Paraty, 2009), lançado em 2009. Para escrever e publicar os dois livros, Maria Thereza
teve a valiosa assessoria editorial de Sylvia Junghähnel, uma paratyense de coração, de origem germânica, pedagoga, consultora e guia de Turismo, </span><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt; letter-spacing: 0.75pt;">especializada em Atrativos Naturais e Observadora de Aves</span><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11pt;">, que organizou ambos os trabalhos, inclusive
escrevendo a apresentação do primeiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBq_LZpOk-PuUEuw87MLDeoRuOm_lm5I5Uj3Uhm3psAzst0gNQMxBozxzZE4BaXX40tZAksf2E4ppNGZeRq4886_bNYLZ7gc1cXKYn1_wlqmQVlxUZij5t106I7Y63Vuhr-0jxCM7Z1e8/s1600/Teleca+desenha+capa+do+livro.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="308" data-original-width="420" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBq_LZpOk-PuUEuw87MLDeoRuOm_lm5I5Uj3Uhm3psAzst0gNQMxBozxzZE4BaXX40tZAksf2E4ppNGZeRq4886_bNYLZ7gc1cXKYn1_wlqmQVlxUZij5t106I7Y63Vuhr-0jxCM7Z1e8/s400/Teleca+desenha+capa+do+livro.bmp" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Maria Thereza desenhou as capas dos seus livros com lápis de cor.<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Divulgação)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">Além de
realizar, em imagens e som, os dois livros de Maria Thereza, a diretora Tati
Beck os enriqueceu ainda mais com a gravação de tesouros sociológicos que são
os depoimentos, as memórias, os personagens, a narrativa, as paisagens, os
fatos, os bens, os dotes, os dons da tradicional Família Alvarenga Corrêa e da
Fazenda do Fundão, seus habitantes, amigos e contemporâneos, de 1920 a 1960. Uma época e a sua
inestimável fortuna humanística, histórica e ecológica. O filme de Tati Beck é
mais seminal, mais primacial, do que as próprias fontes que o inspiraram, isto
é, os maravilhosos livros de </span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">Teleca</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">. Evidentemente, não me abstenho de
louvar o alto valor socioantropológico, etnográfico, cultural, dos livros da
Maria Thereza. O que quero assentar é que a arte de Tati Beck, o seu “fazer
cinema” chegou à genialidade, ultrapassou, quilometricamente, os meros
recursos, os próprios assuntos cinematográficos iluminados e as ferramentas de
que dispunha. Não se limitou a ilustrar as obras de Maria Thereza, colocá-las
na tela. Superou, com fidelidade, engenho e ternura, todas as dificuldades e
limitações de uma produção cinematográfica independente, que não contou com
patrocínios ou apoios públicos ou privados. A façanha foi alcançada. Os
desafios não estavam apenas nas ausências, nos idos, nos vazios. Foram reais as
dificuldades de toda sorte, para reconstruir, com sabedoria, técnica e arte, um
tempo, muita vida, um universo inteiro. Mas, principalmente, pela sua invenção
sem invencionices, o seu poder de enunciar, comunicar e emocionar sem apelos
baratos, sem lugares-comuns, sem cambalhotas tecnicistas, erráticas e falsas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
</div>
<br />
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">Assim como
prometi à Maria Thereza escrever e publicar uma crítica aos livros dela, ouso,
aqui, rabiscar e divulgar, dizer algo sobre o documentário </span><i style="color: #222222; font-family: calibri, sans-serif; font-size: 11pt;">Dias de Infância,
Memória da Fazenda do Fundão</i><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">. Tenho notícias das dezenas de outros filmes
que Tati Beck roteirizou e dirigiu em vários países. Mesmo sem conhecê-los, e
imagino que sejam excelentes, assevero, sem risco, pelo que vi neste filme que
Tati Beck é uma artista inteira, brilhante, criadora de uma obra-prima no
gênero “documentário”. Trata-se de um filme para ser visto, sentido e
aplaudido, para ser alimento, poesia, arte, sonho e reflexão, denúncia sempre,
pronto para arrematar muitos prêmios em festivais no mundo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;">Acesse: </span><span style="color: #222222; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<b><span style="color: blue; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=MlLRA8eYszY" target="_blank"><span style="color: #1155cc;">https://www.youtube.com/watch?v=MlLRA8eYszY</span></a></span></b><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;">e assista a essa maravilha da Cultura Brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;">(*) Jornalista e Consultor
Cultural </span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<span style="color: #222222; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.0pt;"><o:p></o:p></span>Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-24714054466637892392017-06-26T10:42:00.001-07:002020-08-08T20:50:37.453-07:00OS PARATYENSES - OS ANGRENSES<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: lime;"><b><i>OS PARATYENSES</i> -</b></span> <i><span style="color: lime;"><b>OS ANGRENSES</b></span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<br />
Convido os internautas a ler os meus artigos da série <i><b>Os Paratyenses</b></i>, no endereço:<br />
<br />
<span style="color: blue;"><b>http://www.castroassociados.com.br/?page=artigos_list</b></span><br />
<span style="color: blue;"><b><br /></b></span>
São perfis sobre personalidades e personagens de Terra de Domingos Gonçalves de Abreu, que já não estão entre nós, com as quais o autor teve o privilégio e a felicidade de conviver, da infância até hoje.<br />
<div>
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25lk6PhRItrP67M6_WL7sYWMldEhGuK_RgQf8FyH-I4sJri6ZmvNReURrGHFNk0Lnyn-vzKErk5KV0ZwZyBLsnIyguF2urSBxksi2OgBNX7eK5zx4tQ0rIHCY4TwmUZLR6jP0F9Bdq0c/s1600/Foto+Rua+do+Fogo+Magali.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="619" data-original-width="466" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj25lk6PhRItrP67M6_WL7sYWMldEhGuK_RgQf8FyH-I4sJri6ZmvNReURrGHFNk0Lnyn-vzKErk5KV0ZwZyBLsnIyguF2urSBxksi2OgBNX7eK5zx4tQ0rIHCY4TwmUZLR6jP0F9Bdq0c/s640/Foto+Rua+do+Fogo+Magali.png" width="480" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Rua do Fogo</i>, no Bairro Histórico de Paraty, RJ, onde há dezenas de ruas tão ou mais belas,<br />
floridas e bucólicas, quanto esta. Ela integra o Plano Urbanístico da Cidade (Código de Posturas),<br />
o segundo da cidade, do início do Século XIX. O primeiro data do Século XVII.<br />
Paraty foi a primeira cidade planejada do Brasil, por volta de 1660. <span style="font-size: xx-small;">(Foto: Magali de Oliveira)</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
___________________________________________________________________</div>
<br />
E os artigos da série <b style="font-style: italic;">Os Angrenses</b>, na<br />
<i><b><span style="color: blue;"><br /></span></b></i>
<i><b><span style="color: blue;">Revista do Ateneu Angrense de Letras e Artes - AALA</span></b></i><br />
<i><b><span style="color: blue;"><br /></span></b></i>
<span style="text-align: justify;">São perfis sobre personalidades e personagens de Terra de Lopes Trovão, que já não estão entre nós, com as quais o autor teve o privilégio e a felicidade de conviver, da infância até hoje.</span><br />
<i><b><span style="color: blue;"><br /></span></b></i>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="623" data-original-width="1024" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMo58KyIbKy7xJFOz1lCvput-zqGNCUkRbvoB6Y68pO2IK-9BRrieJUTnKKFsIAYjf9UWr_TxSVW8wSVrIAvw_gQaeR-EE50t4DgiPBa3We0VOdZBeXGMzsDD31yp44vE8aA2Ub0X775U/s640/Convento+do+Carmo+foto.bmp" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Convento Carmo, construído entre 1613 e 1616, à beira-mar, e de frente para o mar, na cidade de Angra dos Reis. <br />
O conjunto é composto pela Capela da Ordem Terceira do Carmo, a Torre Sineira, a Igreja Conventual e o Convento. <br />
A Torre original foi destruída, bombardeada em 1710 pelo corsário francês Jean-François Duclerc. <br />
O atual edifício é resultado de reconstruções feitas no Século XVIII.<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: www.turismovaledocafe.com)</span><br />
___________________________________________________________________________________</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div>
<br /></div>
<i><b><span style="color: blue;"><br /></span></b></i>
<br />
<i><b><br /></b></i>
<i><b><br /></b></i>
<i><br /></i>
<i><br /></i>Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-29853080925507540052017-03-12T13:21:00.004-07:002017-03-23T05:43:19.512-07:00LACERDISTAS ENRUSTIDOS E DISSIMULADOS<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Depois que um amigo me
contou que foi testemunha ocular de o fato que agora narro, nada mais me
surpreende nesse mundo dos “intelectuais” ortodoxos, sectários e convictos. Ele
se aproximou do personagem para se certificar de que não era uma ilusão de
ótica ou um erro de identificação. Ou se seria um sósia a pessoa a poucos
metros dele. Numa igreja da Tijuca, zona norte do Rio, este meu amigo flagrou o
historiador materialista dialético, marxólogo, teórico respeitado
nacionalmente, ateu praticante, autor de dezenas de livros, aclamado por
leninistas, trotskistas e maoístas, o coronel Nelson Werneck Sodré, já
provecto, meses antes de falecer, orando, de pé, contrito, tocando uma imagem
de Nossa Senhora. Chegou bem perto do intelectual comunista para confirmar o
que via. O coronel estava com os olhos marejados e balbuciava humilde e
piedosamente. Até aí nada demais. Compreensível. Ao Homem, na sua pequenez,
continência e contradições cotidianas, qualquer mudança no pensamento, no
coração e no espírito é permitida e tolerável, mesmo que imprevisível. Porém o
que constrange e decepciona o observador social são aqueles sujeitos arautos de
determinada ideologia, partido ou posição política, que, ordinária e
regularmente, fogem de si mesmos, mentem, “posam para fotografia”, surfam em
onda alheia, dissimulam, interpretam, sempre, papéis, os quais, publicamente, negam
ou não admitem em hipótese alguma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Uma dessas crenças,
uma corrente histórica não assumida, envergonhada, é o Lacerdismo, o fato de
alguém receber a pecha “insultuosa” de ”lacerdista”, seguidor, correligionário
de Carlos Lacerda (1917-77), vereador, deputado estadual e federal, governador
da falecida Guanabara, fundador da famigerada UDN. O máximo que admitem é dizer:
“Um grande administrador, mas não me venham com a mentira dos mendigos mortos no
Rio da Guarda...”. Não se trata de se revelar, com orgulho e sem
constrangimentos, como um cidadão de Direita, liberal, consciente e defensor da
Justiça Social num sistema capitalista. Nem tão pouco </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16pt;">de se manifestar como um “Conservador”,
monarquista ou republicano, de Direita, sem oscilações e conveniências, também
consciente e responsável social e politicamente. Neste último caso, o do
Conservadorismo, tanto a Direita sã, capitalista, criativa e inventiva, bem
como a raríssima Esquerda Democrática (Trabalhistas e Social-Democratas),
consideram saudável, indispensável, a sua presença no espectro partidário de
uma Democracia.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Mas o Rio está enxameado de
lacerdistas enrustidos, herdeiros daquele Carlos Lacerda talentoso e feroz,
incoerente, virulento e oportunista, que professou, na juventude e maturidade,
todos os credos políticos imaginários, com exceção do monárquico, mas
pontificou, glorificou-se mesmo como a mais execrável Direita, calhorda,
antinacional, entreguista, manipuladora da frágil e vulnerável classe média,
que Darcy Ribeiro denominava de “Direita Tarada”. Era um balaio no qual
poderíamos ajuntar, ontem, além de Lacerda, um Amaral Neto, um Roberto Campos,
Sandra Cavalcanti, Médici, David Nasser, Cantídio Sampaio, ACM e outros vultos. E, hoje, um Bolsonaro, um Pastor Everaldo, Dornelles, entre outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Os
remanescentes do Lacerdismo têm pudor de se revelarem como tais, de mostrarem o
rosto <i>lacerdófilo</i>, da “direta tarada”
que levou Getúlio Vargas ao suicídio e apoiou o Golpe Militar de 1964.
Recentemente, vivi alguns exemplos desse receio e dissimulação. Um deles, e o
mais emblemático, foi a manifestação de um “jornalista” que posa de “trabalhista
histórico” – imaginem! – quando escrevi sobre a última vez que eu vi Carlos Lacerda.
Foi em Paraty, RJ, no início da década de 1970, intermediando transações
imobiliárias complexas, no mínimo “suspeitas”, dizia-se. Era madrugada e Lacerda
estava meio grogue, sob chuva fina, sozinho, numa das ruas do Bairro Histórico,
admirando sobrados e casarões. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16pt;">Pois bem, o tal “jornalista”
ficou tão indignado com a minha informação verdadeira e comprovável por dezenas
de paratyenses vivos contemporâneos, que, editor de um site, censurou o </span></span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16pt;">meu
texto e retrucou sanguinariamente: “</span><i style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt;">Não é
verdade.</i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16pt;"> </span><i style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt;">Você está inventando. Lacerda
era milionário, vendeu a </i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16pt;">Tribuna da Imprensa</span><i style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt;"> por dez milhões de dólares </i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16pt;">(? – interrogação minha).</span><i style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16pt;"> Ele nunca morou em Paraty, nem jamais foi
corretor de imóveis...</i><span style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16pt;">”. Enfureceu-se, também, quando, comprovadamente, afirmei que Lacerda participara de conspirações contra-revolucionárias ocorridas logo em 1931, prontamente reprimidas, escondendo-se em propriedade da família em Vassouras, RJ. Analfabeto histórico, crítico circunstancial do varejo político, rasteiro, que pululam nos noticiários; pequeno, medíocre, inculto, sem informação, o tal “jornalista”,
além de se ofender, de se revelar um lacerdista enrustido, entendeu que um
sujeito do nome, prestígio, inteligência e capacidade de um Carlos Lacerda,
mesmo no ostracismo político, cassado politicamente, precisaria morar em Paraty
ou ter inscrição do CRECI para negociar com grandes grupos e corporações
econômicas, a compra e venda de imóveis, tanto na cidade como no belíssimo,
cobiçado e valorizadíssimo (já naquela época) litoral do único Município do
País considerado por lei “Município Monumento Nacional”.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Após
ser agredido e insultado pelo pseudojornalista em decorrência deste episódio, que
me acusou de “descuidado e ficcionista”, disse ao sujeito que ele continuava “um
</span><span style="color: #222222; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">ginasiano, após décadas de ‘Jornalismo’. E que nunca deixou de ser um
lacerdista”. Além disto, e por conta da discussão em que eu não tinha
contendor, mas somente um detrator farsante, sobre o dorso da arrogância, chamei-o
de “</span><span style="color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">incivilizado, mal educado e analfabeto
político, histórico e cultural. Afinal, falecido”. A um suposto e
circunstancial amigo comum, eu disse que o lacerdista enrustido era apenas “um ex-repórter
esperto, um ex-editor medíocre, como centenas que estão por aí.
Intelectualmente, um asno, um "intelectual de orelha de livro". Profissionalmente, um incapaz. Moralmente, um pulha, </span><span style="color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">inescrupuloso." Infelizmente, com um lacerdista dissimulado, a mesma violência, as mesmas armas de quem Samuel Wainer apelidou de "O corvo", agourenta e traiçoeira ave, amoral, sem nenhum caráter, como costumava qualificar essas espécies, o genial Nelson Rodrigues.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span style="color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16pt; line-height: 115%;">Seria mais normal e saudável, democrática e
historicamente compreensível e aceitável, se os que comungam com as ideias e
pensamento de Carlos Lacerda, seus viúvos e sectários envergonhados, assumissem
essa condição e mostrassem o rosto, fizessem os seus discursos. Mas a realidade
mostra os insistentes disfarces, escapismos e dissimulações ineficazes. </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-34438284192199008752017-01-29T13:31:00.000-08:002017-02-03T11:38:19.802-08:00"ESSE BRIZOLA É UM DEMAGOGO, UM IDIOTA, SÓ DIZ BOBAGENS..." - Bordão dos adversários de Brizola, dito, de 1979, quando ele retorna do exílio, até a sua morte em 2004.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgey4IovbEBpWFCuySjUrlkU60BNbliJmiKfVvKz7n1yxqfRHQmlc7wUIOCj2Rd7ikKd_DoPfrY1bXpSbb1M0Bz7H3Shs-c1dk5ZWBKpSa_KhG8MP09KvHSr4JKIuH82zZ9mU3ACqVMfTc/s1600/Brizola+Darcy+Niemeyer+foto.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgey4IovbEBpWFCuySjUrlkU60BNbliJmiKfVvKz7n1yxqfRHQmlc7wUIOCj2Rd7ikKd_DoPfrY1bXpSbb1M0Bz7H3Shs-c1dk5ZWBKpSa_KhG8MP09KvHSr4JKIuH82zZ9mU3ACqVMfTc/s320/Brizola+Darcy+Niemeyer+foto.bmp" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Darcy, Brizola e Niemeyer: os criadores dos CIEPS<br />
<span style="font-size: xx-small;">Foto: www.pdt.org.br</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No último dia 22 de janeiro, nos lembramos de que há 95 anos
nascia Leonel de Moura Brizola, em Cruzinha, na roça gaúcha, distrito de
Carazinho, filho de camponeses pobres, criado órfão de pai, este assassinado pelas costas na Revolução Federalista. Alfabetizado pela mãe, estudou em escolas públicas, se formou Técnico Agrícola
com uma bolsa de estudos do Estado do Rio Grande do Sul. Trabalhou desde a
infância para se manter na Capital, Porto Alegre, e cursar o Ginásio e o Segundo Grau, até se formar Engenheiro
Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRS. Ingressou na
Política por iniciativa própria, depois incentivado por João Goulart e Getúlio
Vargas, foi um dos fundadores do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, a única agremiação social-democrata até hoje existente no País, se elegendo deputado estadual. Em 1950
casou com Neuza Goulart, irmã de Jango, que pertencia à família mais rica do
Estado. O resto da História você já leu neste blog, na matéria <i>Incrível! Fantástico! Extraordinário! Episódios da Política e façanhas de alguns políticos brasileiros - 2ª parte</i>, postada em 16.10.16.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Desde a sua morte, os políticos federais, estaduais e
municipais, e as Oposições circunstanciais, as de plantão, em qualquer nível, a
mídia, os cientistas sociais e políticos – todos que, no passado, sempre criticaram
as suas ideias e posições não se cansam de repetir o que Brizola sempre afirmou,
e sempre foi contestado, por mais de cinquenta anos. Os que sobreviveram a
Brizola fazem, diariamente, pronunciamentos e dão entrevistas, como se fossem
eles os primeiros a se manifestarem sobre certas questões nacionais, como que
fossem eles os que descobriram o que Brizola repetiu por décadas. São problemas
cristalizados, que estão se transformando em arqueologia na nossa História. <o:p></o:p></span><span style="font-size: 14pt;">Abaixo alguns dos pensamentos do Homem Público Leonel
Brizola, proclamados, sem medo, sem ódio, durante toda a sua vida de lutas pelo Povo
Brasileiro, de coerência ideológica e política.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><br /></span>
<br />
<ul>
<li><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Sobre
o Trabalhismo, hoje, no Brasil, uma doutrina na gaveta, e ausente da vida
partidária:</span><span style="font-size: 14pt; text-indent: -18pt;"> </span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>O
Trabalho é o valor primacial, fundamental, insubstituível, o principal
elemento, essencial na vida de uma sociedade. O trabalho deve ser a base da
Economia, deve perpassar toda a vida social. Ele é o elemento que humaniza, eleva,
honra e dignifica a Vida e o Homem na Comunidade, na sua conduta como cidadão,
agente criador e produtivo e nas suas relações com o outro, com a Coletividade,
com o Estado</i>.“</span><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><br /></span>
<br />
<ul>
<li><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Sobre
o Povo Brasileiro:</span><span style="font-size: 14pt; text-indent: -18pt;"> </span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>A
elite norte-americana luta pelo povo norte-americano. A elite alemã defende o
povo alemão. A elite japonesa briga pelo povo japonês. E assim por diante. Cada
elite de um país trabalha pelo povo do seu país. Aqui, não. O Povo Brasileiro é
bom, trabalhador, generoso. O que não presta é parte das nossas elites, vinda
de vários pontos, com vários matizes. Ora dá as costas para o seu Povo,
ignora-o; ora se locupleta dos bens do País, saqueia a Nação; ora
se alia às elites de outros países para auferir criminosamente lucros e vantagens indevidas,
em detrimento do Povo Brasileiro.”<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<br />
<ul>
<li><span style="font-family: "symbol"; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 18.6667px; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Sobre
a sua “tara” existencial e política, a Educação:</span><span style="font-size: 14pt; text-indent: -18pt;"> </span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>A
Educação é o principal dever, instrumento, a</i><i> principal tarefa de uma Nação que
pretende ser livre e soberana, reproduzir gerações conscientes e responsáveis
pelo seu desenvolvimento, forjar o seu futuro com independência e autonomia, missão
de um País que quer ser dono do seu próprio destino. Não se confunda escola de “horário
integral” com escola de “Educação Integral”: a primeira é uma extensão de permanência
das crianças numa escola deficiente, precária, que, com raríssimas exceções,
tivemos no passado; a segunda é uma nova Escola, onde a criança tem ensino,
orientação moral e social, assistência integral às suas necessidades físicas, psicológicas,
mentais e culturais, e é preparada, com dignidade e respeito, para a Vida, a Cidadania e o Trabalho. Cada CIEP deve ser um espaço, um pólo, centro de
convergência social, de criação e divulgação cultural de uma comunidade.</i>”</span><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><br /></span>
<br />
<ul>
<li><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Sobre
os brasileiros:</span><span style="font-size: 14pt; text-indent: -18pt;"> </span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>A
vida das nossas crianças começa no ventre materno. Temos de proporcionar um
pré-natal seguro, eficiente, de qualidade, às mães brasileiras. O cérebro das
nossas crianças tem de ser cuidado antes do seu nascimento. Depois, na pré-escola,
tudo começa acontecer no desenvolvimento físico, mental, psicológico, afetivo, intelectual
das nossas crianças. É o período onde se formam e se consolidam as matrizes
orgânicas, mentais, emocionais nos cérebros das nossas crianças. Elas precisam
de atenção, substanciosa nutrição, cuidados, carinho. É como ocorre nos computadores: se um desses chips
queimar, não tem mais jeito. Se não dermos a elas boas condições de higiene,
saúde, uma família bem estruturada, uma boa pré-escola, eficiente e eficaz, o
que será da alfabetização dessas crianças, do seu curso de 1º grau? São nessas
fases, da primeira infância onde se constroem as bases do indivíduo, das futuras
cidadãs e cidadãos.”</i></span><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><br /></span>
<br />
<ul>
<li><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Sobre
o tráfico de drogas e armas:</span><span style="font-size: 14pt; text-indent: -18pt;"> </span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>O
Rio de Janeiro não fabrica drogas nem armas. Tudo vem de fora. Precisamos assumir
definitivamente, vigiar e controlar as nossas fronteiras, tarefa constitucional
da União, da Polícia Federal, da Receita Federal, das nossas briosas Forças
Armadas. É pelas nossas fronteiras, marítimas e secas, que entram as drogas, as
armas e também ocorre o tráfico de pessoas, legiões de seres humanos
escravizados pelo crime e a infâmia.”</i></span><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><br /></span>
<br />
<ul>
<li><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Sobre
Getúlio Vargas:</span><span style="font-size: 14pt; text-indent: -18pt;"> </span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>O
Presidente Getúlio Vargas foi o grande estadista que o Brasil teve no Século
XX: construiu o Estado, ergueu a Nação e organizou a Economia nacional,
estabeleceu os deveres e direitos dos trabalhadores, lutou até a morte pela
nossa independência e soberania.</i>”</span><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><br /></span>
<br />
<ul>
<li><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Sobre
João Goulart:</span><span style="font-size: 14pt; text-indent: -18pt;"> </span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>Jango
foi derrubado por um conluio da direita entreguista e antinacional, aliada a
forças externas, porque era um nacionalista que queria um Brasil livre e
desenvolvido, defendia os direitos e interesses do Povo Brasileiro e as
riquezas do País”</i></span><br />
<span style="font-size: 14pt; text-indent: -18pt;"><br /></span>
<br />
<ul>
<li><span style="font-size: 18.6667px; text-indent: -24px;">Sobre Segurança Pública no RJ:</span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>Eu
jamais proibi a Polícia Civil ou Militar de subir os morros cariocas, penetrar
nas favelas, onde prospera, como no asfalto, a bandidagem e a criminalidade. O
que eu nunca permiti é que a polícia invadisse as comunidades pobres atirando a
esmo, chutando as portas dos barracos dos trabalhadores, assassinando, com
balas perdidas, cidadãos de bem, crianças, mulheres, idosos, gente inocente,
como acontece hoje. Operações nas favelas? Sim. Mas, cirúrgicas, eficazes,
precedidas de trabalhos de inteligência e planejamento. As polícias dos meus
dois governos no Rio de Janeiro prenderam centenas de traficantes, homicidas,
estupradores, prenderam os bicheiros, chefes de máfias criminosas do jogo
ilegal, do tráfico de drogas e de armas. Eu prendi os bicheiros, mas quem levou
a fama foi a respeitável e douta juíza Denise Frossard, que os condenou por
justiça. No governo Moreira Franco, os bicheiros frequentavam e eram
banqueteados no Palácio do Governo. Quando assumi o Governo do Rio de Janeiro
pela segunda vez, em 1991, sucedendo Moreira Franco, a capa da revista </i>Veja
<i>mancheteava: </i>Rio em Guerra Civil<i>”.</i></span><br />
<span style="font-family: "symbol"; font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"><br /></span></span>
<br />
<ul>
<li><span style="font-family: "symbol"; font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Sobre
a presença do Estado na Economia:</span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>A
princípio, tudo dever ser privado, não deve caber a presença ou intervenção
estatal. Numa economia de mercado, onde há livre iniciativa, com empregos e
salários, direitos e deveres de empregadores e empregados, e o objetivo de quem
produz é o lucro, o Estado não deve entrar, não deve interferir, a participação
do Estado deve ser seletiva, específica, excepcional. O Estado deve, sim,
regular</i></span><i style="font-size: 18.6667px;">, </i><i style="font-size: 14pt;"> vigiar</i><i style="font-size: 18.6667px;">, </i><i style="font-size: 14pt;">tributar, acompanhar para defender o interesse público, e só
se tornar sujeito ou responsável pelas atividades econômicas, ser agente
produtivo, nas áreas de interesse e importância social, onde não haja
interesse, razão ou motivo do particular atuar, onde ele não tenha chance de
lucrar, não tenha perspectivas de ganho.</i><span style="font-size: 14pt;">”</span><br />
<span style="font-family: "symbol"; font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"><br /></span></span>
<br />
<ul>
<li><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Sobre
as perdas internacionais, sempre ridicularizadas pelos seus adversários:</span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>As
perdas internacionais, a nossa maior desgraça, se traduzem nos pagamentos
crescentes de encargos da dívida externa e o envio sistemático, e também
crescente, de lucros das grandes corporações que aqui atuam para o exterior,
não investindo, nem reinvestindo no País, não geram empregos, não multiplicam riqueza e renda.</i>”</span><br />
<span style="font-size: 14pt; text-indent: -18pt;"><br /></span>
<br />
<ul>
<li><span style="font-family: "symbol"; font-size: 14pt; line-height: 21.4667px; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-size: 14pt; line-height: 21.4667px; text-indent: -18pt;">Sobre a Educação em Tempo Integral, os CIEPS:</span></li>
</ul>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">“<i>A
Educação Integral, a Escola em Tempo Integral, livre e democrática, é fundamental,
indispensável, deve ser generalizada em nosso País, acessível a todas as
crianças e jovens, pobres e ricos, de todas as etnias e latitudes sociais,
culturais, econômicas. Ela é comum, centenária em vários países, inclusive em
alguns das Américas. Constitui ensino sob pedagogia contemporânea,
enriquecedora; prédios amplos e adequados; equipamentos apropriados ao ensino; boa
e produtiva didática; transmissão de valores, princípios, fundamentos e
referências civilizatórias acrescentativas; orientação moral, social e cultural
para formação de um caráter reto e uma personalidade sadia, digna, tolerante,
dos nossos jovens, futuros cidadãos; educação física e esportes; alimentação,
do café da manhã à sopa no final da tarde; assistência social, psicológica,
médica e odontológica, para que as crianças cresçam, se desenvolvam
harmonicamente com a sua cultura e o seu meio, visando a uma vida com saúde, paz,
prosperidade e alegria</i>.”</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-37749837784263150682017-01-05T05:39:00.001-08:002017-01-06T17:51:14.260-08:00RICARDO ZARATTINI: UMA VANGUARDA NO UNIVERSO DA CACHAÇA<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4417g8nvwnKSN9W_mSESm0u7LRBIs086HJsBfT2qYWmll3TzrwmtmJu_aHpXZAjgqI6Wg7zVEAt40kraMorx15Vt13NIZSgA3ILIeeCTjwtddvq51Zu4nbCjlyWV3YZldhO14Uq27yyQ/s1600/Ricardo+Zarattini+2%25C2%25BA+Curso+2011.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4417g8nvwnKSN9W_mSESm0u7LRBIs086HJsBfT2qYWmll3TzrwmtmJu_aHpXZAjgqI6Wg7zVEAt40kraMorx15Vt13NIZSgA3ILIeeCTjwtddvq51Zu4nbCjlyWV3YZldhO14Uq27yyQ/s320/Ricardo+Zarattini+2%25C2%25BA+Curso+2011.bmp" width="137" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tendo o mestre como aluno:<br />
Zarattini faz, em 2011,<br />
um dos Cursos de Formação<br />
de Degustador que ministrei<br />
em Ipanema, Rio.<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: Bruno Lira)</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Nascida casualmente em 1532 na Vila
de São Vicente, hoje município de Santos, inventada pelo colonizador português
Martim Afonso de Souza, seu irmão Pedro Lopes de Souza, e mais três portugueses
– a nossa Cachaça, nesses quase quinhentos anos de vida, injusta criminalização e
heroísmo, preserva, praticamente, as mesmas normas e procedimentos artesanais do
Século XVI no seu processo de fabricação, da moagem da cana-de-açúcar à sua
guarda (hoje, engarrafamento), passando pela fermentação e a destilação. Avançaram,
é verdade, ou melhor, até se confirmaram, e muito, através da Ciência e da
Tecnologia, o variado conhecimento, a sabedoria empírica sobre estas duas últimas fases. Mas
nada de revolucionário, sucedâneo ao que se estabeleceu como princípios e
fundamentos na terceira década da centúria dos Quinhentos. Descobriu-se a
estrutura da bebida, seus elementos foram identificados e classificados, é
verdade. Criaram-se materiais e condutas secundárias, complementares, que
aperfeiçoaram significativamente a qualidade química e sensorial da bebida.
Isto porque fermentação e destilação são processos que existem, espontânea e
aleatoriamente, na natureza, são fenômenos biológicos, físicos e químicos, dos
quais o homem se apropriou, passou a dominá-los e os utiliza, mesmo que, de
início, precária e empiricamente, na fabricação de bebidas com álcool desde séculos
antes de Cristo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">A Cachaça foi um milagre brasileiro, acontecido
na terra recém-descoberta. A gramínea perene, de colmos (<i>saccharum officinarum</i>), o caldo da cana (garapa), o açúcar, o
melaço, o melado, a rapadura, o alambique, a fermentação e o destilo – tudo
isto já existia muito antes de Martim Afonso experimentar o melaço (provável
matéria-prima), um subproduto da fabricação do açúcar, para obter a aguardente
de cana-de-açúcar, então chamada de “aguardente da terra”, depois “jeribita” e,
finalmente, “Cachaça”, a bebida brasileira, desenvolvida e regulamentada no
Século XX, até chegar ao produto brasileiro, tal qual hoje conhecemos: uma
denominação geográfica. E por que os portugueses não inventaram a Cachaça em
Portugal se, no Minho, existiam canaviais no Séc. XV e se fabricava a
bagaceira? Se, nos Açores e na Madeira, havia plantações, alambiques e
bagaceiras, por que nesses arquipélagos não surgiu a Cachaça antes dos portugueses
se radicarem e a inventarem aqui? Ninguém sabe até hoje porque a Cachaça não
nasceu em Portugal ou nas colônias lusas em África. Daí a Cachaça, um milagre
brasileiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Dizia que são importantes, mas pontuais,
raríssimos, os avanços científicos e tecnológicos na produção da Cachaça. Depois
do químico e professor mineiro João Manso Pereira
(1750?-1820), certamente o nosso primeiro cachaçólogo e cientista da bebida, que
criticou o cobre como material do alambique; do surgimento das normas de análise
química e rotulagem em 1930; e da Identificação Geográfica e Denominação de Origem da Cachaça em 2001 – acredito que nada mais ocorreu de relevante
no universo da pinga. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Porém, hoje, aos
primeiros raios de 2017, uma vanguarda se efetiva: <b>Ricardo Zarattini</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">OUSADIA</span></b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"> – Pesquisador e Consultor de Produção de
Destilados, </span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">Ricardo Zarattini (Ricardo de
Albuquerque Zarattini) é um estudioso de rara inteligência, disciplina
prussiana, perseverança incansável, notável criatividade, ousadia e capacidade
inventiva. Cientista e tecnólogo obstinado, apaixonado pelo seu ofício, Ricardo
é o pioneiro no Brasil na aplicação do processo <i>Flash Ferm</i>, a <b>Destilação a Vácuo</b>
ou <b>Destilação a baixa pressão ou a
pressão reduzida</b> aplicada à fabricação da Cachaça. Trata-se de</span><span class="apple-converted-space"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"> </span></span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 115%;">uma tecnologia </span><span style="font-size: 13.5pt; line-height: 115%;">nascida em Berkeley, nos EUA, originalmente adotada na obtenção de etanol e</span><span style="font-size: 14pt;"> de algumas bebidas destiladas
naquele país e em outros na Europa. Desde o início dos anos 1980, ele pesquisa,
aplica, experimenta, com pioneirismo no Brasil, e aperfeiçoa, com muita
dedicação, sacrifícios e corajosa vanguarda, o processo da Destilação a Vácuo
para a obtenção de derivados da cana-de-açúcar: o etanol hidratado (álcool combustível)
e bebidas originárias da cana-de-açúcar, como a Aguardente e a Cachaça. Zarattini,
há quase trinta anos, desenvolve suas pesquisas da </span><b style="font-size: 14pt;">Destilação a Vácuo para obtenção da Cachaça</b><span style="font-size: 14pt;">, na forma, estrutura e
com as características químicas e sensoriais da bebida, definidas em Lei. Em
2011, ele concluiu e estabeleceu o seu método tecnológico e processo produtivo,
e patenteou a sua invenção no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">O
processo consiste na redução da pressão de vapor no interior do alambique,
abaixo da pressão atmosférica (760mm Hg ao nível do mar, ou seja, na
eliminação dessa pressão). A destilação ocorre, então, como se fosse no espaço sideral, na ausência de ar. Assim, o vinho de cana (mosto do caldo da cana-de-açúcar fermentado),
ao invés de entrar em ebulição na faixa entre 88<sup>o</sup>C-90<sup>o</sup>C,
como ocorre na destilação normal de alambique (artesanal tradicional), o
fenômeno se dá entre 50<sup>o</sup>C-55<sup>o</sup>C, abaixo do ponto de
desnaturação térmica da maioria dos compostos orgânicos presentes. Com isto, os “congêneres”
da Cachaça são reduzidos e mais facilmente controlados, e os contaminantes da
Cachaça significativamente reduzidos, praticamente eliminados. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;"><br /></span>
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Explico
aos leigos. Há décadas, alguns alambiqueiros que não sabem fazer cachaça de
Excelência Sensorial e outros, que também não o sabem, porém até bem
intencionados, preocupados com o excesso dos “congêneres da Cachaça” </span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">(componentes voláteis
"não álcool", ou substâncias voláteis "não álcool", ou
componentes secundários "não álcool", ou impurezas voláteis "não
álcool"), ou seja: </span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">aldeídos, furfural, ésteres, ácido acético
(acidez volátil), alcoóis superiores, gerados nos processos de fermentação e
destilação, dos quais resulta a bebida; e, também, apavorados com os contaminantes
que, naturalmente, ocorrem nos dois processos, os contaminantes orgânicos:
metanol e carbamato de etila (cancerígeno), acroleína e outros álcoois; e os
contaminantes inorgânicos: cobre, chumbo, arsênio e outros álcoois – adotam a
bi, tri e até a multidestilação, além de filtragens insólitas para extirpar
tanto os “congêneres” como os contaminantes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">Ora,
a quantidade dos “congêneres” da Cachaça, aos quais chamo de “santos venenos da
Cachaça”, são regrados em Lei quanto às suas presenças máximas e mínimas na
composição da bebida, bem como os contaminantes. Os “congêneres”, na sua
natural, equilibrada e devida medida, junto com o álcool etílico e a água, essa
milagrosa composição é que dá peculiaridade e caráter ao destilado de maior
exuberância sensorial do mundo que é a Cachaça. Inclusive, vale lembrar, o
coeficiente dos congêneres, a soma deles, possui parâmetros: o inferior não
pode estar abaixo de 200mg, e o superior acima de 650mg para cada 100ml de
álcool anidro, quantidades que identificam a Cachaça. Fora dessa faixa legal,
não existe Cachaça. E há, ainda, os limites máximos individuais de cada
“congênere” da Cachaça. São normas obrigatórias a serem constatadas na Análise
Química da bebida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">A
eliminação dos contaminantes é necessária e saudável, e deve, e pode, ser
reduzida a zero. Por outro lado, a eliminação total dos “congêneres” desnatura
a Cachaça, submetida a repetidas destilações e filtragens, descaracteriza o
destilado, torna-o insípido, insosso, “sem graça” tal quais os destilados
sensorialmente pobres como o gin, a tequila, a vodca, o corn, entre outros
derivados de cereais, vegetais e frutas. O produto desses alambiqueiros, aos
quais denomino “hipocondríacos da Cachaça”, pode ser definido como um álcool
neutro, sem aroma e sem o gosto do “espírito da cana”, próprio, adequado apenas
para alcoolizar coquetéis, também pobres, e bebedores simplórios, incultos, sem
exigências. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">EXCELÊNCIA SENSORIAL</span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;"> – Os
objetivos de Zarattini com a Destilação a Vácuo da Cachaça são outros. Mais
sensatos, mais nobres para a saúde humana, industrialmente mais racionais e
produtivos, mercadologicamente mais inteligentes, mais viáveis. Enfim, mais
lucrativos para todos os segmentos da chamada “Cadeia Produtiva da Cachaça”. E,
claro, melhor e mais saudável para os consumidores que buscam uma Cachaça de
Excelência Sensorial mais pura, verdadeira, sem contaminantes, natural, plena, com
todas as características e virtudes originais do destilado nacional. Com a sua Destilação a Vácuo, Zarattini não quer criar um novo destilado, ou fabricar um destilado que não seja Cachaça. Zarattini
não quer um “álcool neutro”, um “espírito” sem aroma e sem sabor, procurados por
quem não conhece e não sabe beber Cachaça; ou pelos mixologistas, os <i>bartenders</i>, que querem tudo
“coquetelarizar”, mas que somente poucos conseguem produzir drinques e coqueteis
com a riqueza e a supremacia sensorial natural da Cachaça, preservando as suas
inigualáveis virtudes. O segredo está em misturar a Cachaça a outros destilados,
até mesmo a fermentados, além das frutas e cereais, resultando um verdadeiro
coquetel, que combine a Cachaça com as outras bebidas e elementos, sem
anulá-la, sem utilizá-la apenas como um mais um álcool a se integrar, ou
melhor, a se desintegrar no caos líquido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">Entretanto
o ideal, o fundamental, é produzir uma Cachaça para ser consumida pura, com o
controle maior dos seus “congêneres”, que não podem, nem devem, ser mínima ou completamente
eliminados a ponto de se fabricar uma bebida ignota, bizarra, sem face, sem
caráter, composto de álcool etílico e água. Nada disto. O que Zarattini
pretende com a Destilação a Vácuo é obter uma Cachaça de verdade, plena de seus
elementos originais e naturais, pura, límpida, fascinante no aroma e gostosa no
sabor, com cheiro de bagaço de cana pisado pelo burro, com a memória olfativa
da rapadura e do melado, do ambiente do engenho artesanal. Uma bebida agradável
e saudável, livre dos seus contaminantes, pelo menos quase totalmente extirpada
deles, alguns letais, outros patogênicos, que causam doenças, mazelas, sequelas
ao organismo humano. Enfim, Zarattini quer que a Destilação a Vácuo ajude ao
alambiqueiro artesanal, aquela minoria da minoria que sabe fazer Cachaça, a
oferecer ao mercado uma Cachaça de Excelência Sensorial, conceito crítico que
criei e pratico há mais de trinta anos: uma pinga pura, natural e sem venenos;
uniforme na cor, límpida; de aroma fascinante e delicado; na boca, com unidade
química (álcool + água), ardência necessária (água ardente), sensual e
excitante; saborosa, macia, edênica; de suave gustação e boa digestibilidade. Zarattini
quer um destilado menos agressivo ao paladar humano, com menor acidez, mais
suave, de sabor peculiar e agradável, com o aroma rústico e único da
cana-de-acúcar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">Essa
qualificação – uma Cachaça de Excelência Sensorial - apresentada e explicada
didaticamente em meus livros, é resultado e é definida pela Análise Sensorial
que faço para os meus clientes, que não se confunde com Análise Química, outro
procedimento, a cargo de outro profissional. A Degustação Profissional, bem
como a Análise Sensorial, trabalhos que realizo há quase trinta anos, para
diversos segmentos, do produtor de Cachaça ao empresário ou empreendedor,
passando pelo agrônomo, pelo químico, por diversos técnicos dos setores da
produção, do mercado, do consumo, são procedimentos profissionais diversos, que
aliam e exigem do Degustador, ampla sabedoria do universo da Cachaça, conhecimento
técnico-científico sobre a bebida, todos os aspectos e etapas do setor da
Agroindústria da Cachaça, aos valores, fundamentos, princípios, conceitos da
Cultura onde estão inseridos: o Cachaçólogo (estudioso) e o Degustador, uma só
pessoa, e a Cachaça, a marca, sua história, seu processo, características,
perfis químico e sensorial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">O CAMINHO</span></b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;"> – Após
integrar um projeto experimental de aplicação numa cooperativa no Paraná do <i>Flash Ferm</i>, e um segundo, da mesma
natureza, ambos para produção de etanol hidratado (álcool combustível) no mesmo Estado,
Ricardo Zarattini, de 1980 a 1986, prosseguiu nos seus estudos e experimentos, obtendo,
numa pequena “cebola” (alambique rústico) e num destilador a vácuo de bancada, em laboratório, empregado
nas análises rotineiras do etanol, Cachaça Bidestilada a Vácuo. Consolidava-se
uma conquista perseguida há anos. Era o primeiro passo. Desde então, Zaratttini, solitariamente e com
muitas dificuldades, jamais abandonou as suas pesquisas sobre a tecnologia.</span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Como podemos resumir e
explicar, basicamente, o processo <b>Destilação
a Vácuo do Vinho de Cana Fermentado</b> (do mosto fermentado), suas características e benefícios, descoberto e
patenteado por Zarattini? Com a referida ebulição do mosto fermentado, num
alambique a vácuo, sem pressão atmosférica,</span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;"> evita-se a desnaturação
térmica da maioria dos compostos orgânicos, os subprodutos indesejáveis,
nocivos à saúde humana os quais são significativamente reduzidos ou
completamente eliminados. Esses compostos orgânicos são os ácidos orgânicos,
originários da degradação térmica de proteínas, aminoácidos, vitaminas,
lipídios. Também estão presentes no mosto fermentado, as organelas, como a
clorofila e as células de micro-organismos. Com a Destilação a Vácuo, o
pesquisador também espera: minimizar, ao máximo, a velocidade de formação do
composto “carbamato de etila”, substância cancerígena, um grave e letal
contaminante da Cachaça; diminuir o consumo de lenha e/ou de bagaço de cana na
fornalha da caldeira que aquece o alambique, e a carga energética total
empregada no processo de destilação; melhorar a qualidade do vinhoto produzido,
que, numa gestão ambiental sustentada, é destinado à alimentação bovina e,
reciclado, aos canaviais, hortas e outras plantações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">Eu
e Ricardo Zarattini temos muitas concordâncias e identidades quanto pureza do
destilado, às características naturais que o tornam peculiar e único no mundo, ao
empirismo secular chancelado pela Ciência, ao rigor tecnológico e de higiene em
todas as etapas de fabricação da Cachaça, enfim muitas são as nossas convergências
relativas à Excelência Sensorial da Cachaça. Tive a honra de ter Ricardo
Zarattini como meu aluno no <i>2º Curso de
Formação Básica de Degustador de Cachaça – Amador e Profissional</i>, que
ministrei em Ipanema, em 2011. O mesmo privilégio, em cinco versões do Curso,
eu tive, de poder transmitir a outros químicos, biólogos, engenheiros agrônomos
e de alimentos, economistas, alambiqueiros, destiladores, empreendedores, empresários e
técnicos do setor, estudantes, pingófilos e apreciadores em geral, as minhas
ideias, críticas, conceitos, propostas relativas à produção, comercialização e
consumo da bebida brasileira. Foram meia centena de alunos de vários Estados e
do exterior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">Nos
EUA, Ásia e na Europa, a Destilação a Vácuo já é utilizada na produção de
destilados de altíssima qualidade, entre eles, a vodca, o gin e a grapa. No
Brasil, Zarattini, pesquisador e consultor, aplicado e corajoso, superando inúmeras
dificuldades e obstáculos, é o inventor, o introdutor, o desenvolvedor do
processo na fabricação do destilado nacional, a nossa amada Cachaça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 110.7pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: UniversLTStd;">Aguardo,
ansioso e otimista, os resultados dessa verdadeira vanguarda de Ricardo
Zarattini no universo da Cachaça, quando a Destilação a Vácuo terá, em 2017, as
primeiras e efetivas provas de produção econômica e empresarial num engenho
artesanal no Estado do Rio de Janeiro. Confio na ciência e capacidade tecnológica
do mestre Zarattini, vocação e amor ao nobre ofício de fazer sempre o melhor na
produção de destilados e no universo da Cachaça. Parabéns! Pleno êxito!
Sucesso!<o:p></o:p></span></div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-23518003649745880992016-12-12T17:24:00.001-08:002017-02-20T15:40:01.968-08:00VERDADES POUCO CONHECIDAS SOBRE POLÍTICOS BRASILEIROS<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>O exilado Celso Furtado</b> – O consagrado economista e professor paraibano, nascido em Pombal, Celso Monteiro Furtado (1920-2004), expedicionário da FEB, Bacharel em Direito e Doutor em Economia pela Sorbonne; criador e duas vezes Superintendente da SUDENE, Diretor do então BNDES, primeiro Ministro do Planejamento do Brasil, intelectual consagrado internacionalmente, viveu exilado em Paris, lecionando e pesquisando na Sorbonne e em outras universidades e instituições dos EUA e da Europa, no período de 1965 a 1979. Quando era visitado por brasileiros em Paris, recebia-os, acreditem, falando francês. É autor de <i>Formação Econômica do Brasil</i>, uma das obras mais importantes, livro-referência, para quem quer conhecer o País. Inteligente, culto, mestre brilhante, pensador do Brasil e formulador da Economia, administrador notável – Celso foi um dos homens mais valorosos e vaidosos da História Política Brasileira. Com ele disputaram o Troféu <i>Rempli de soi-même</i> no Século XX, com conteúdo, estofo, justificadamente, e, por isto, vaidosos podiam ser: Darcy Ribeiro, Fernando Henrique Cardoso e Paulo Brossard. Medíocres, “cheios de vento”, “fazendo gênero”, Aloysio Chaves (Senador PDS-PA, 1979-87) e Fábio Feldman (Deputado Federal PMDB e PSDB-SP 1987-95). Entre aqueles, os "justicados", e estes, os "vazios", está o "punhos de renda" Luiz Vianna Filho, intelectual valoroso, de obras, é verdade, porém, para mim, sem os louros e as loas tão altas que lhe foram dadas em vida e que ainda são cantadas em sua memória. Darcy Ribeiro não escondia a sua vaidade. Disse-me mais de uma vez: “<i>A minha vaidade é resultado da minha fragilidade, da minha pequenez, das minhas carências. Eu preciso de carinho, de afagos. Por isto solicito tanto reconhecimentos, gestos ternos, carícias de toda natureza, inclusive verbais. Eu sou extremamente carente</i>”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyzqsjEj_6Ndqvxxj_P9Rh2Q6c4D7mxUNLuA6cxm-PkIyQ3DVV2XNnBuPozOLiMSZ8DEfq5IGLa9fNIzIBUYIgO9xdWill-ejxwDIJKyIK1e_gz9YaRe0GP8CJeHga5Ym5SFaXzH022mc/s1600/Amaral+Peixoto+e+Jango.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyzqsjEj_6Ndqvxxj_P9Rh2Q6c4D7mxUNLuA6cxm-PkIyQ3DVV2XNnBuPozOLiMSZ8DEfq5IGLa9fNIzIBUYIgO9xdWill-ejxwDIJKyIK1e_gz9YaRe0GP8CJeHga5Ym5SFaXzH022mc/s320/Amaral+Peixoto+e+Jango.bmp" width="292" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Amaral, Ministro de Jango,<br />
entrega a Reforma Administrativa.<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: www.educaja.com.br)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>O marinheiro Amaral Peixoto</b> – O niteroiense Ernâni do Amaral Peixoto (1905-89), engenheiro-geógrafo, Almirante da Marinha do Brasil, foi um político com vasta e riquíssima biografia. Revolucionário em 1930, ex-Interventor no Estado do Rio de Janeiro, de 1939 a 1945, depois, filiado ao PSD, exerceu mandatos de Deputado Federal Constituinte em 1946, Governador do RJ eleito diretamente (1951-4), Ministro de Estado da Viação e Embaixador nos EUA no Governo JK, Ministro do TCU, Ministro Extraordinário da Administração do Governo João Goulart, Deputado Federal pelo MDB e, finalmente, duas vezes Senador, a primeira pelo MDB, a segunda, “biônico”, pelo PDS. Era conhecido e ridicularizado como “<i>Amaral Pé Enxuto</i>”. Segundo seus adversários, apesar de Almirante da Marinha de Guerra do Brasil, jamais se aproximou ou se banhou no mar ou embarcou em um navio, baleeira ou canoa, exceto a barca Rio-Niterói e os barcos chamados “Avisos” da Marinha para viagens político-eleitorais até a Baía da Ilha Grande. Puro humor de bases falsas e depreciador. Pilhéria desmoralizante. A verdade histórica é outra. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Ernâni do Amaral Peixoto, além de participar de importantes atuações em terra, como militar, e, também a bordo de vasos de guerra, em movimentos tenentistas, por influência do irmão, também militar da Marinha, Augusto do Amaral Peixoto Júnior, revolucionário em 1924 e em 1930, esteve embarcado várias vezes, em exercícios navais, missões de paz e de conflitos armados, desde que se formou na Escola Naval, no Rio, em 1927. O revolucionário, de 1922, 1924 e 1930, então Capitão-de-Mar-e-Guerra, Protógenes Guimarães, depois Ministro da Marinha e Interventor no RJ, com quem Amaral travou contato nos levantes tenentistas, foi, sem dúvida, além do irmão Augusto, o seu grande líder militar e, depois, o padrinho político de Amaral junto a Getúlio Vargas, antes até do Estado Novo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Sua primeira viagem de instrução, ainda como guarda-marinha, no ano que recebeu o espadim, deu-se a bordo do cruzador <i>Bahia</i>. No ano seguinte, foi promovido a segundo-tenente e serviu no encouraçado <i>Minas Gerais</i>. Em 1929, primeiro-tenente, e, em 1930, encarregado geral dos aspirantes embarcados no <i>Minas Gerais</i>. Foi imediato do navio mineiro <i>Maria do Couto</i>, participando de operações de adestramento com forças do Exército. Retornou ao <i>Minas Gerais</i>, ficando ligado à direção de tiro junto com Lúcio Meira e Henrique Fleiuss, sendo também secretário do encouraçado, sob o comando de Silvio Noronha. Nesta época, participou de articulações que deflagraram a Revolução de 1930, que depôs Washington Luís e alçou Getúlio Dornelles Vargas (1884-1954) ao poder. </span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">No Governo Provisório, foi designado Ajudante de Ordens do comandante da Flotilha de Contratorpedeiros, Almirante Otávio Perry, indo servir no cruzador <i>Barroso</i>. Também foi Ajudante de Ordens do Almirante Augusto Burlamaqui, Comandante-em-Chefe da Esquadra, acompanhando-o quando ele foi nomeado Diretor-Geral do Arsenal de Marinha. Em seguida, cumpriu missões como Oficial da Marinha do Brasil na Liga das Nações, na Suíça, como Assistente Naval de José Carlos de Macedo Soares, ao lado dos Almirantes Américo Ferraz e Castro e Álvaro Vasconcelos, e, em outras representações em eventos, na Itália. Após essas missões político-diplomáticas, Amaral foi enviado para a base naval de Spezia, próxima a Gênova, na Itália, embarcando no contratorpedeiro italiano <i>Leone</i>, onde fez observações técnicas e estudou os sistemas de direção de fogo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Com a eclosão da Revolução Constitucionalista, em 9 de julho de 1932, Amaral voltou ao Brasil e seguiu, como voluntário, para a frente de combate no setor Paraty,RJ-Cunha,SP, onde foi artilheiro, sob as ordens do irmão Augusto, comandante do batalhão da Marinha no setor, e dos capitães Nelson de Melo e João Alberto Lins de Barros. Coincidentemente, o patronímico “Amaral” é tricentenário em Paraty, rezando a tradição local que o ex-Governador do RJ tem as raízes paterna (Peixoto) e materna (Amaral) no Município Monumento Nacional, pois o avô paterno de Amaral Peixoto, Pedro Evaristo de Almeida Peixoto, foi Presidente da Câmara Municipal do Município, de 1913 a 1915. E muitos paratyenses com o sobrenome “Amaral”, se apresentam como parentes de Ernâni. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Após a vitória das forças legalistas em 1932, Amaral Peixoto, promovido a capitão-tenente, é designado para servir como Ajudante de Ordens do Comandante da Primeira Divisão Naval, Almirante Ferraz e Castro, seguindo a bordo do navio capitânia da Divisão, o <i>Rio Grande do Sul</i>, para juntar-se a outros vasos de guerra, a fim de bloquear o tráfego do Rio Amazonas e de seus afluentes, garantindo a neutralidade do Brasil no Conflito de Letícia, entre Peru e Colômbia.
No final de abril de 1933, por sugestão do Ministro da Marinha, Protógenes Guimarães, a Getúlio Vargas, Amaral Peixoto é nomeado para o cargo de Ajudante de Ordens do Presidente da República, em substituição ao Capitão-Tenente Celso Pestana, morto em acidente automobilístico. Neste cargo, Amaral faz o Curso de Aperfeiçoamento em Armamento, na Escola de Especialização da Marinha. </span><span style="font-size: large;">Ernâni, em 1939, casou-se com Alzira Sarmanho Vargas, a <i>Alzirinha</i>, filha de Getúlio, tornando-se seu genro e poderoso conselheiro. </span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como se vê, Amaral Peixoto, passou parte da sua carreira militar <b>embarcado </b>e se aperfeiçoando nas técnicas e artes navais.
Ainda em 1933, influenciado pelo irmão Augusto, eleito Deputado Constituinte em 1933, pelo Partido Autonomista, Amaral ingressa na política, filiando-se à agremiação. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O resto é Política e está nos livros de História e nas enciclopédias. E aí começa outro longo e plural percurso do personagem. Agora, <b>desembarcado</b>. Destaque para a atuação de Amaral Peixoto como interlocutor presencial do Presidente Roosevelt, dos EUA, representando Vargas, nas tratativas da entrada do Brasil na Segunda Guerra contra os países do Eixo. Também influenciou a decisão de Vargas de o Brasil lutar ao lado dos Aliados, além de se pronunciar publicamente e participar de manifestações populares, em pleno Estado Novo, contra o nazifacismo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnFWX2ssdfTIz6BUunOl11uSYegYMcGLB2ZDTKTZG7h5f13fXARxJaKPyp7yCIRvJhs8YHHcDPfoAV0NgaldGrj3WDpJ6in_GbSQHoeDL4yjB6XY5a1zvV1fAIx4hfN1D95bNb7GSMqfg/s1600/Roberto+Silveira.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnFWX2ssdfTIz6BUunOl11uSYegYMcGLB2ZDTKTZG7h5f13fXARxJaKPyp7yCIRvJhs8YHHcDPfoAV0NgaldGrj3WDpJ6in_GbSQHoeDL4yjB6XY5a1zvV1fAIx4hfN1D95bNb7GSMqfg/s320/Roberto+Silveira.bmp" width="272" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Roberto: talento, liderança e competência política.<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: www.adorocinema.com)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>O boêmio e andador Roberto Silveira</b> – Roberto Teixeira da Silveira (1923-61), natural de Bom Jesus do Itabapoana, RJ, o mais jovem Governador do Estado do Rio de Janeiro, eleito em 1958, por uma inimaginável coligação PTB-PSP-UDN contra o PSD de Amaral Peixoto, que tinha como candidato Getúlio Moura, foi um dos mais autênticos e populares líderes políticos do século passado da História do Brasil. Antes de governar os fluminenses, foi duas vezes Deputado Estadual, a primeira como Constituinte em 1946, Secretário do Interior e Justiça do Governador Amaral Peixoto e Vice-Governador de Miguel Couto Filho. Seria, para muitos, “o futuro Presidente da República”, após João Goulart, se o golpe não ocorresse. </span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Além de um Homem Público brilhante e extraordinário administrador, era um político muito próximo do povo, gostava de conversar com todos, ouvia muito. Homem de Cultura, fascinado pelas Artes em geral, sua personalidade tinha um aspecto que poucos conheciam. Era um boêmio, mesmo sem álcool, à la Mário Lago, apaixonado por música popular, folclore e serestas. Adorava reunir-se com amigos, mesmo durante o seu governo, em viagens oficiais, para conversar, participar de serestas e ouvir os poetas dizer poemas. Muitas vezes, e eu fui testemunha em algumas, esperava que as comitivas oficiais se recolhessem nas cidades que visitava e, com alguns assessores de maior amizade, “fugia” para a boemia, retornando pela madrugada. Mas isto, poucos viriam a saber. Porém, na hora de cumprir a agenda na manhã seguinte, oito ou nove horas, a que horas fosse, estava lá o Governador Roberto Silveira, impecavelmente trajado, com excelente humor, o seu insuperável carisma, sempre muito simpático, acessível a todos, para cumprir a agenda oficial, seja para fazer uma visita técnica ou político-institucional, participar de uma reunião de trabalho, presidir uma inauguração de uma obra de seu governo etc. </span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Outra curiosidade de sua personalidade era a impressionante velocidade com que andava pela Capital, quando necessário, e cidades do interior do RJ, cumprindo compromissos em eventos, onde a sua presença era protagonista. Poucos, entre eles, meu pai, Câmara Torres, à época Deputado Estadual, seu grande e fraterno amigo, que, mesmo com a baixa estatura, conseguia acompanhar o passo de Roberto Silveira. Roberto tinha a rapidez no caminhar tão rara, quanto à inteligência, sensibilidade e capacidade política.
</span></div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-90639254957753688162016-12-09T18:17:00.005-08:002023-03-22T08:54:09.219-07:00COMO O CONSUMIDOR BRASILEIRO É BOBO! - 2ª parte<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfdrzOYHCb9gI0nKcAmsdmZypwnwUJfhvCG_luoj_pHN48O0MNtDKnpd68wC5i-vuV8bMV_w1CZ44JhbaAuRcMYjbkLvOCWfr2oXe2NtrEOSzFMXP1GcJRz1p26iPlt3rVwa01S0Jz49o/s1600/Sorria...+9.12.16.bmp" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfdrzOYHCb9gI0nKcAmsdmZypwnwUJfhvCG_luoj_pHN48O0MNtDKnpd68wC5i-vuV8bMV_w1CZ44JhbaAuRcMYjbkLvOCWfr2oXe2NtrEOSzFMXP1GcJRz1p26iPlt3rVwa01S0Jz49o/s1600/Sorria...+9.12.16.bmp" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto:questaolegal.blogspot.com.br)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<b><i><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Todos nós
somos enganados no comércio, todos os dias. Não falemos nem de falsas
promoções, publicidades enganosas. Mas somente da rotina nas compras,
cotidianas, normais, regulares. São engodos, trapaças, mentiras, armadilhas,
truques, mágicas, crônicas e epidêmicas, institucionalizadas pelo mercado,
recepcionadas pela mídia, das quais somos vítimas. São preços de boa-fé, nos
quais acreditamos, crentes de que estamos pagando mais barato, “levando
vantagens”. Mas, na verdade, estamos sendo ludibriados. Alguns exemplos:</span></i></b><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<b><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">OS FAMOSOS
“DESCONTOS” DAS FARMÁCIAS E DROGARIAS</span></b><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> – </span><span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos –
CMED, órgão ministerial do Governo Federal, estabelece o preço máximo consumidor
– PMC – a ser cobrado ao consumidor de todos os medicamentos que têm venda
autorizada no mercado. Pois bem. Ao comprar um medicamento em qualquer farmácia
ou drogaria do País, quando você manifesta a sua surpresa ou indignação pelo
preço cobrado, o balconista ou até mesmo o gerente, treinado, é obrigado a dizer
o seguinte: “</span><i style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">Nós já estamos dando um ‘desconto’ de tanto, não podemos dar
mais. O preço é X, mas a mercadoria, para o senhor (ou para a senhora) é Y,
tantos por cento mais barato, um desconto que fazemos para os nossos
clientes...” </i><span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">MENTIRA, EMBUSTE, CRIME CONTRA O CONSUMIDOR”. O preço X, do
qual fala o funcionário, é O PREÇO DA EMPRESA, UMA ESCOLHA DA EMPRESA, DIANTE O
PREÇO MÁXIMO estabelecido pela CMED, a fim de competir com a concorrência. NÃO
HÁ DESCONTO ALGUM. PURA FRAUDE! Essa empresa pratica o preço X. A outra, o
preço W. A terceira, o preço K... e assim por diante. Não existe desconto algum,
mas somente um preço praticado por aquela empresa, compulsoriamente abaixo do
preço máximo fixado pela CMED. Se houver “desconto” será a diminuição em alguma
percentagem sobre o valor do preço da empresa. Só conheço duas redes nacionais
de drogarias, em cujas lojas, os gerentes estão autorizados a dar um real
desconto, pequeno, para o consumidor, isto é, abater sobre o preço da empresa.
E isso acontece a depender da loja da rede. Portanto, NÃO ACREDITE EM
“DESCONTO”. NÃO HÁ DESCONTO ALGUM. O QUE HÁ É O PREÇO DA EMPRESA. E PONTO
FINAL.</span></div><p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 14.85pt;"><span style="color: #222222; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 0pt; mso-ligatures: none;"><o:p></o:p></span></p>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<b><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“CHOCOLATE
DE GRAMADO”, DE OUTROS LUGARES, ARTESANAIS, CASEIROS </span></b><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">– Mentira.
Pura fraude publicitária. A bela cidade gaúcha de Gramado, nunca fabricou
chocolates. Nem outras, especialmente do Sudeste e Sul, cantadas em prosa e
verso, como alternativas às grandes marcas que estão no mercado. O que se faz
na Serra Gaúcha é uma CONFEITARIA DE CHOCOLATE, sobre um produto acabado,
comprado das indústrias que, efetivamente, fabricam chocolate: as paulistas
Nestlé, Mondelez (Lacta), Hershey´s Brasil (Bauduco e Visconti) e Pan; a
mineira Kopenhagen; a gaúcha Neugebauer (a primeira fábrica de chocolates do
Brasil, de 1891); as capixabas Garoto e Vitória; a baiana Chocolate Caseiro
Ilhéus, entre outras poucas. E por que “poucas”? Porque nem todas as
indústrias de chocolate produzem e podem fornecer chocolates como matéria-prima
às imponderáveis linhas de confeitarias de chocolate. Isto é, fornecer
chocolate em grandes barras ou tijolos meio-amargos ou “brancos”, ou chocolate
em pó ou líquido (licores, <i>flavours</i>) que servirão de base a inúmeros
produtos. Por que escrevo brancos entre aspas? Porque o “chocolate branco”, na
verdade, não é chocolate, pois não possui cacau na sua formulação, na sua
receita.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Saudades
da carioca Bhering e da paulistana Sönksen, ambas desaparecidas, que produziam
chocolates de alta qualidade: pureza, equilíbrio, delícias.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A
princípio, é necessário saber que o chocolate nasceu entre os Astecas, e, por
extensão, feito e consumido também pelos Maias, em tempos pré-colombianos, e,
inicialmente, era uma bebida, exatamente o que a palavra asteca
denominava: <i>xocoatl</i>, tradução: “bebida amarga”. O cacau
(<i>cacaualtl</i>) é uma riqueza nativa da Amazônia, do Brasil, que os índios
nômades e o jupará ou “macaco da meia-noite”, um bichinho semelhante a um
esquilo, após chupar as sementes dos frutos que caíam no solo das florestas,
fizeram com que a riqueza chegasse até o México, atravessando toda a América
Central. Cultivo tropical perene, a tradição, a Cultura Popular diz que o
cacaueiro, a árvore do cacau, que foi “a árvore da vida” na civilização asteca,
é delicada e generosa como um grande amor e a mulher amada: “Se bem cuidada,
bem tratada, bem cultivada, ela estará sempre bela, frondosa, generosa, dá bons
e doces frutos eternamente”. Entre os astecas, as amêndoas de cacau eram
moedas. O chocolate era preparado com água, pimenta-da-jamaica, mel e baunilha.
No século XVII, os espanhóis trocaram o mel pelo açúcar; no século seguinte, os
holandeses criaram o chocolate sólido, em barras; e no século XIX, os suíços
adicionaram leite ao chocolate.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Das
amêndoas, diretamente, não é feito o chocolate, “o alimento mais completo que
existe”, que foi o alimento dos norte-americanos nas duas grandes guerras, tem
sido o farnel dos astronautas e dos atletas em todas as Olimpíadas. O caminho
do fruto ao chocolate é longo, artesanal, trabalhoso, sofisticado, exige
ciência, técnica, percorre várias fases, que podem ser resumidas, no universo
rural, na colheita, fermentação e secagem das amêndoas. Elas são processadas,
beneficiadas, nas próprias fazendas pelos cacauicultores. Depois de
colhidos nas lavouras, nos cacauais, os frutos dourados dos cacaueiros (<i>theobroma
cacao</i> = “<i>alimento dos deuses</i>”, na denominação científica do
sueco Linnaeus), são quebrados, as sementes, retiradas manualmente e a polpa
que as envolve serve para preparação de doces, geléias, refrescos, sorvetes, ou
fornecida ao gado, misturada à ração. Em seguida, as amêndoas passam pelo
processo de fermentação, fase fundamental para definição do aroma e sabor do
cacau, matéria-prima do chocolate. A secagem ideal das amêndoas, outra fase
importantíssima do beneficiamento, deve ser feita ao sol, extirpados fungos e
insetos, também retiradas cascas e excessos com o pisoteio a pés descalços
pelos trabalhadores, dois processos efetivados em “barcaças”, grandes planos de
madeira com tetos móveis sobre trilhos para protegê-las das chuvas. Ao
final do beneficiamento, as amêndoas são armazenadas, acondicionadas em sacos
de cinco arrobas cada (60 kg).</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Antes de
seguirem direto aos portos para embarque e exportação, ou destinadas às
indústrias de cacau, amostras das amêndoas são levadas à classificação, postas
em categorias de acordo com a sua pureza natural, consistência, forma, cor,
peso médio e aroma, por órgãos oficiais ou credenciados. Nas indústrias, setor
de alta complexidade e especialização de grandes plantas, máquinas e
equipamentos, as amêndoas passam pela torra, moagem e prensagem e são
transformadas nos derivados do cacau: pasta ou massa de cacau, primeiro e
principal produto, um “cacau integral” ou “<i>líquor</i>”; manteiga de cacau
(gordura do cacau), extraída da prensagem da pasta; torta de cacau, blocos do
que restou da massa prensada, que retém, ainda, trinta por cento de manteiga; e
o pó de cacau, que é a torta pulverizada.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com esses
derivados a sofisticada indústria chocolateira, também altamente especializada
em equipamentos, pessoal, donas de receitas exclusivas, algumas centenárias,
com segredos industriais milionários etc., fabrica as várias linhas de
chocolate (sólidos, em pó e líquidos) e os inúmeros chocolates, nas suas
variadas formas, sabores, composições e texturas. Assim, basicamente, o
chocolate negro é resultado da mistura da massa de cacau, da manteiga de cacau,
do leite e do açúcar; o “chocolate” branco, apenas manteiga de cacau, leite e
açúcar; a torta e o pó de cacau são matérias-primas para uma infinidade de
chocolates sólidos e líquidos, <i>flavours</i>, achocolatados etc.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<b><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">COMPOSIÇÃO
DO CHOCOLATE </span></b><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">- Os chocolates de primeira
linha (Godiva, belga, por exemplo; os chocolates alemães, franceses, ingleses e
do leste europeu) são resultado de um <i>blend</i>, composto de “cacau
Bahia” (originário do Sul da Bahia, aonde chegou em 1746, vindo do Pará), cacau
da África ou cacau da Amazônia (ambos com grande teor de gordura) e o “cacau
fino do Equador”, fruto de uma cepa nativa, existente também na Venezuela,
Colômbia e alguns países caribenhos, de uma árvore ainda mais delicada e
vulnerável que o cacaueiro nativo, tradicional. Os chocolates de segunda e
terceira linha usam, além de muito açúcar, excessiva quantidade de gorduras
vegetais em substituição à manteiga de cacau, ingrediente nobre na formulação
do bom chocolate. A leguminosa algaroba, natural do Peru, existente em regiões
áridas, inclusive no Nordeste brasileiro, tem sido usada por alguns países
(Israel é um exemplo), na tentativa de transformá-la em sucedâneo do cacau na
fabricação do “chocolate”. Sem êxito, pois, apesar de alguns traços similares,
não consegue tomar o lugar do prestigioso alimento.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Existem
fábricas de chocolate em Gramado, Canela, Petrópolis, Itatiaia, Itaipava, Nova
Friburgo, Poços de Caldas, Campos do Jordão e outras cidades turísticas,
geralmente serranas ou estações d’água? Claro que não. O que existe nesses
lugares são confeitarias de chocolate e lojas de chocolate. Mas, perguntariam
alguns: quer dizer que não existe “chocolate caseiro” em lugar nenhum? Claro
que sim. Mas são indústrias domésticas, pequenas, mínimas, nas fazendas, nas
cidades das regiões produtoras da Bahia, Espírito Santo e Amazônia, que
fabricam produtos realmente caseiros, isto é, singelos, sem nenhum grau de
sofisticação quanto a sabor ou sabores, praticamente massa de cacau integral,
amêndoas sem peles, trituradas, torradas e moídas (chocolate amargo), depois
misturadas ao leite e ao açúcar. Ou licores de cacau, que é o chocolate puro na
sua forma líquida, acima de 35 graus. A exceção é o Chocolate Caseiro Ilhéus,
da cidade do mesmo nome na Bahia, que, adotando o empirismo centenário do
chocolate doméstico feito na maior região produtora do País, alia a ele alta
tecnologia na fabricação de produtos.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O que
essas confeitarias de Gramado e suas congêneres fazem é, após derreter os
chocolates, desenhar e esculpi-los, criando formas e figuras que se transformam
em produtos, definindo inclusive texturas. Aos chocolates meio-amargos
comprados dos grandes chocolateiros adicionam e/ou misturam cereais, frutas,
biscoitos, doces, balas, confeitos. Armazenam licores e outras bebidas
alcoólicas em garrafinhas de chocolate etc.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<b><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O ALIMENTO
MAIS COMPLETO </span></b><span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">– Portanto, ao comprar um
chocolate, que não seja um <i>Kopenhagen</i>, o melhor do país, ou
um <i>Neugebauer</i>, outra marca de excelência e qualidade, ou um
Chocolate Caseiro Ilhéus – leia, na embalagem, a composição do produto, atente
para as proporções de açúcar e de gorduras de soja e de outros vegetais.
Prefira os produtos onde prevaleçam os derivados de cacau, o leite, os mínimos
teores de açúcar e, baixos teores, de outras gorduras estranhas ao cacau. Se é
saudável consumir os meio-amargos, por possuir menos açúcar, especialmente
os <i>diets</i>, por outro lado, às vezes, essa redução é compensada pelo
alto teor de gorduras. Os <i>lights </i>diminuem porcentagem de açúcar e
gorduras, mas atente se a manteiga de cacau e os demais derivados (pasta/massa
ou torta ou pó) estão presentes e se você não está ingerindo muitas gorduras
vegetais hidrogenadas (gorduras <i>trans</i>). Por outro lado, não exagere, em
uma única vez, no consumo da moda: alta quantidade de cacau, 50%, 60%, 70% em
cada barra. O organismo pode reclamar.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O cacau é
um alimento riquíssimo em nutrientes, muito denso, forte, contem: magnésio
(mais que qualquer outro alimento), ferro (importantíssimo no nosso organismo),
cromo (que balanceia o açúcar no sangue), anandamida (endorfina da felicidade,
fabricada naturalmente pelo corpo humano, somente encontrada no cacau),
theobromina (bactericida que elimina cáries dentárias), antioxidantes (o cacau
é o alimento que contém a maior concentração no mundo), manganês (ajuda o ferro
na oxigenação do sangue), zinco (fundamental no nosso sistema imunológico,
fígado, pâncreas e pele), cobre (essencial ao sangue), vitamina C (o cacau
supre em mais de 20 por cento as necessidades do organismo), feniletilamina
(PEA, encontrado no cacau cru, produzido pelo nosso corpo quando nos
apaixonamos e também importante para a nossa atenção) e serotonina, principal
neurotransmissor do corpo humano.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Já o
chocolate, primogênito do cacau, misturado ao leite e ao açúcar, contem mais de
trezentas substâncias químicas que nos proporcionam prazer, bem-estar, nos
fornecem concentração mental e energia. Além da maioria dos elementos
encontrados no fruto cru e nas amêndoas beneficiadas, como escrevi acima, o
chocolate, contem, ainda, os minerais: potássio, cloro, fósforo, cálcio e
sódio, e as vitaminas A, B1, B2, B2, B3 e E.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">
<span style="color: #222222; font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O consumo
per capita de chocolate no Brasil é de apenas 2,5kg por ano, um dos mais baixos
do mundo, inferiores aos de todos os países das três Américas. Em todo o mundo,
o chocolate é considerado um alimento, normalmente consumido numa pequena
quantidade, uma barrinha após as refeições. Aqui, para nós, ele é uma
“guloseima”, um supérfluo. Só comemos chocolate na Páscoa, Dia dos Namorados e
Natal. E muito, exageradamente. Na década de 1980, minutei projeto no Congresso
Nacional para introdução do “chocolate em pó” na merenda escolar e nos farnéis
das Forças Armadas. Indefinidos e dissimulados <i>lobbies</i> conseguiram
o arquivo da propositura. Também idealizei proposta legislativa para a fixação
compulsória do prazo para consumo de qualquer chocolate ou achocolatado. O
governo federal de então, sabedor da nossa intenção, felizmente, foi sensato e,
mais rápido que o processo legislativo, normatizou a perecibilidade do produto.
Hoje qualquer barrinha ou bala de chocolate traz as datas de fabricação e
vencimento para consumo. Como vimos, o chocolate é um alimento muito forte,
rico em nutrientes e digerido em quantidade pode em exagero ser laxante.
Lembremos da nossa infância, do <i>Licor de Cacau Xavier</i> contra
as constipações intestinais. Prove, além dos nacionais que recomendei acima, as
barras com o máximo de 50% de cacau, meio-amargas, importados do Equador, que
há alguns anos lotaram, com preços baixos, as gôndolas dos supermercados.
Agora, andam meio sumidos. Chocolate com formulação bem equilibrada e com gosto
de cacau.</span><span style="color: #222222; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-38010200809436192112016-11-29T17:29:00.003-08:002016-12-16T16:02:33.398-08:00"Affair" Geddel X Calero: INGENUIDADE E DELINQUÊNCIA. INEXPERIÊNCIA E FRAGILIDADE.<div class="MsoNormal">
<h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRBOc8kKJRgHJ_7OhcW3KosLcRmJFkeM7i2Jiw3ROBPg6YAuaCpYVNsAYF6mWoSXXrUjc3OlyJCg6H4fGSvBIWsknEAgydbM4INurTrw2916g0yk-xtlJ3Pjo9LlJNAaTHH30uvs7RO3A/s1600/Geddel+Calero.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRBOc8kKJRgHJ_7OhcW3KosLcRmJFkeM7i2Jiw3ROBPg6YAuaCpYVNsAYF6mWoSXXrUjc3OlyJCg6H4fGSvBIWsknEAgydbM4INurTrw2916g0yk-xtlJ3Pjo9LlJNAaTHH30uvs7RO3A/s320/Geddel+Calero.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">A raposa e o frango</span><br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: Marcelo Camargo Ag. Brasil)</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: left;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><i>“Nunca, antes,
na história deste País”, diria o Lula se capacidade crítica tivesse, foram
cometidos tantos deslizes e desatinos seguidos, rapidamente transformados em
graves crimes contra a Administração Pública e imenso escândalo que abalou a
República, como no episódio palaciano que envolveu o ex-deputado Geddel Vieira
Lima e o diplomata Marcelo Calero. </i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><i>Eis a minha
visão do caso, com base, exclusivamente, no depoimento integral do ex-ministro
da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal – PF, feita a 19 de novembro, ao qual tive acesso, e às
falas de Geddel e Calero à mídia e, mais, as declarações oficiais do Senhor
Presidente da República. Ignoro, não considero as impressões, comentários,
opiniões e críticas de jornalistas, parlamentares, outros Ministros do Governo
e terceiros, sejam estes últimos pacificadores ou incendiários, voluntariosos
ou complacentes. </i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">Não críveis,
imprevisíveis, a ingenuidade e o erro repetido e contumaz, logo constituído em crime
de Advocacia Administrativa (Art. 321 do Código Penal - CP), do ex-ministro da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Geddel Vieira Lima, em insistir
num pleito pessoal, particular, se valendo de uma função pública na qual estava
investido, pressionando um colega de Ministério e ameaçando-o, caso não fosse
atendido. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">Geddel
comprara, na planta, um apartamento em um prédio de trinta pavimentos em
Salvador, Bahia, numa área onde quase todos os imóveis são tombados. O projeto
da obra fora aprovado pela Superintendência do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional – IPHAN na Bahia, mas, em seguida, questionada
pela Presidência Nacional do órgão em Brasília, é embargada, por ferir o
contexto urbano colonial e o patrimônio paisagístico da capital baiana, autorizando-se,
posteriormente, apenas a construção de treze andares do edifício. Geddel, a
princípio, agiu pelos canais normais, através de advogado, junto ao IPHAN, em
defesa de seu interesse contrariado. Mas, depois, constatando que a decisão do
IPHAN, ouvida a Procuradoria do órgão, que foi pela redução do número de
andares do prédio, preferiu, valendo-se do seu poder político, atuar pessoal e
agressivamente, em causa própria, abordando, questionando e desafiando o então
Ministro da Cultura, ao qual o IPHAN é subordinado. Chegou a dizer a Calero que
ele deveria “enquadrar” a Presidente do IPHAN, Kátia Bogéa, que “pediria a cabeça
dela, indo falar até com o Presidente da República”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">Por outro
lado, ficou evidente a incipiência política e fragilidade administrativa de
Calero, que não se portou com a altivez e autoridade de um Ministro de Estado.
Mesmo respaldado pelo Presidente da República, não foi firme em manter a posição
legalista, não se impôs, como era do seu dever e direito, não resistiu enfim, se
desestabilizou emocionalmente e pediu demissão diante de um impasse que ele não
criou e no qual agia correta e republicanamente, mesmo de maneira tíbia e
juvenil. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">A fotografia:
uma velha raposa cometendo um crime e um frango, blindado pelo seu cargo, com o
mesmo poder institucional da raposa, em pânico, apesar de prestigiado pelo <i>raposão</i>, o Presidente, chefe da raposa e
do frango, porém, este, com a inexperiência de um adolescente inseguro. A princípio,
não se confunda, aqui, qualquer pedido político, lícito e legal, de conotações
políticas ou feito por um político, de interesse pessoal, grupal ou social, com
prática de Advocacia Administrativa. Nada há nada de errado ou criminoso um
ministro solicitar informações, orientação, ou um roteiro para revisão de uma
decisão administrativa a um colega, sobre qualquer questão, mesmo que ela seja
privada (e, normalmente, é dirigida ao mundo privado), a ser decidida por um
órgão público. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">Porém, quando
a abordagem de Geddel sobre Calero é autoritária, ameaçando-o, tentando
subalternizá-lo e levá-lo a uma decisão sem sustentação legal, que lhe agrada,
FORA DA LEI, contrariando os protocolos administrativos recursais, regulares, aí deixamos a normalidade e caímos na delinquência.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">Tudo começa
com um erro primário, indevido e tolo, de Geddel que, desinformado e sem
intermediário confiável, procura um colega de Ministério para pedir um “favor”,
o cancelamento ou uma revisão de um ato administrativo, de um órgão subordinado
àquele colega, no qual tinha interesse pessoal, particular. É lógico que esse “favor”
teria de cumprir todas as exigências legais, normativas. Ou a procura um colega
de Ministério para ser seu cúmplice ou comparsa na prática de um crime de Advocacia
Administrativa, uma pessoa que, além de reta e incorruptível, não era, e nunca
foi, seu amigo ou pessoa de suas relações, o ex-ministro Calero. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">Em minha vida,
conheci na infância e juventude líderes brilhantes, e, depois, como servidor
público, trabalhei com homens públicos admiráveis, probos, políticos de
coturno, integérrimos. E, também, com alguns medíocres, negocistas e
desprezíveis. Um pedido desse jaez é comum, não apenas em ambientes políticos e
públicos, mas em qualquer setor da atividade humana. Senador ou deputado
solicitar a um ministro, a uma secretaria ou departamento, de qualquer nível,
ou a um presidente de estatal, uma “atenção especial”, “examinar com carinho o
processo”, “uma orientação”, “atentar para as minhas razões ou argumentos”,
“apelar para a sua sensibilidade e reconhecida competência” etc. etc. – tudo
isto é comum, rotineiro. Tudo dentro da
Lei, ressalte-se, sem vantagens ou privilégios de qualquer espécie ou dimensão.
São “rezas” comuns e rotineiras no mundo político. E também na esfera privada.
Presencialmente, por telefone, por e-mail, carta, bilhete, <i>whatsapp</i>. Qualquer cidadão, seja qual for o seu status ou esfera
social, política, econômica ou cultural, ministro ou vendedor de cartão de
telefone, pode tanto peticionar, requerer informações, revisões, recorrer, bem como
agir como descrevi acima, formal ou informalmente. Formalmente é garantia
constitucional.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">O
desarrazoado, o desinteligente, imprudente, absurdo, criminoso, é, uma
autoridade pública, valendo-se do cargo,
além de pugnar pelo ilegal, pelo “jeitinho brasileiro”, irregular, insólito, requerer
ilicitude, pressionar, chantagear,
ameaçar. Se alguém assim proceder, configura-se, além de Delito Ético e Corrupção,
o crime de “Advocacia Administrativa”. Geddel ameaça, direta e indiretamente, Calero,
segundo o depoimento do ex-ministro da Cultura à PF, até com a demissão da
Superintendente do IPHAN na Bahia, se o parecer do IPHAN nacional fosse mantido.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">A prática,
quando legítima, lícita, justificada, legal, normalmente é informal,
corriqueira. Mas pode ser formal, cerimoniosa. Equivale, por analogia, se
viajarmos a outro território, o Judiciário, por exemplo, quando um advogado entrega
no gabinete de um juiz, desembargador ou ministro de tribunal um memorial, acerca
de uma causa que defende. Nada há de criminoso ou escandaloso num ato dessa
natureza, contanto que seja respeitoso, lícito, de caráter legítimo e com
objetivos lícitos. Também nada há de antiético ou criminoso, a verdadeira ação
de <i>lobby</i>, regulamentada e comum em
vários países, quando empresa, setor, partido político ou corporação procura
núcleos decisórios, em qualquer dos poderes do Estado, e tenta influir na
análise e conclusão a seu favor, através da argumentação, da persuasão e do
convencimento da autoridade pública ou executivo privado acerca de questão que
esteja submetida a seu encaminhamento ou decisão. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<u><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">RESUMO DA ÓPERA – PERSONAGENS, ATUAÇÕES E
EXPECTATIVAS</span></u></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Geddel Vieira Lima</span><span style="font-weight: normal;"> – Analisando-se o
depoimento de Calero à PF, as próprias entrevistas dele à mídia e gravações
telefônicas que o ex-ministro da Cultura promoveu, o ex-ministro da Secretaria
de Governo da Presidência da República, pode-se inferir que ele transgrediu a Ética
Pública e cometeu crime de Advocacia Administrativa (Arts. 321 do CP). Pediu demissão no dia 25 de novembro, seis dias após o depoimento de Calero à PF.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Marcelo Calero</span><span style="font-weight: normal;"> </span><span style="font-weight: normal;">– Suas declarações dão
conta de que agiu corretamente, dentro da Lei e das normas aplicáveis pelo
IPHAN, não aceitando a influência de Geddel para liberação da obra. Porém
abateu-se e se transtornou. Apresentou-se ao Presidente e à sociedade como uma pessoa
acuada com as insistentes ameaças de Geddel. Especificamente, no imbróglio, no
confronto com Geddel, na sua condição de Ministro da Cultura, foi fraco,
inexperiente, juvenil, menor. Entretanto, no processo, no âmbito do MinC, foi
ético, competente, correto, teve conduta administrativa e jurídica perfeitas. Acertou
ao recepcionar, integralmente, o parecer técnico da Procuradoria do IPHAN que
analisou o recurso de Geddel, recomendando a diminuição da altura do prédio,
decidindo em definitivo sobre o mérito. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">Ao final do primeiro
encontro com Temer, que tratou do assunto “Geddel”, o Presidente o tranquilizou
sobre a decisão que deveria comunicar ao Chefe da Secretaria, que seria baseada
em parecer técnico, “infelizmente não sendo possível atendê-lo”, acresceu o
Presidente. E ponto final. Num segundo encontro, quando Temer lhe sugeriu a
construção de uma saída, Calero, insolitamente, “sentiu-se bastante desapontado,
uma vez que ‘foi advertido’ (? – apóstrofo e interrogação minha), em razão de
ter agido sem cometer qualquer tipo de irregularidade; e sentiu-se ‘decepcionado’
(?- outro apóstrofo e interrogação minha) também pelo fato de não ter mais a
quem reportar-se a fim de solucionar esta situação, uma vez que o próprio Temer
o havia ‘enquadrado’ (? – terceiro apóstrofo e interrogação minha)”. O Presidente
não o desapontou, não o advertiu nem o enquadrou, entendimentos completamente
equivocados. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">Afinal, Calero
disse à PF que, então, sua única saída foi apresentar seu pedido de demissão, que ocorreu a 18 de novembro. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">Quanto às
gravações que Calero fez dos seus diálogos com Geddel e Padilha, não são usuais
entre os membros de um Ministério, mas, compreensíveis, pelas circunstâncias.
Quanto à única gravação que fez da conversa de Temer com ele, também
telefônica, ironicamente a última, que ele a considerou “protocolar”, como comprovadamente
o foi, julgo-a sem qualificação moral. Em minha opinião, lamentável, indigna, para não
dizer ignominiosa, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Jurema Machado</span><span style="font-weight: normal;"> – Presidente Nacional do
IPHAN que embargou o empreendimento <i>La
vie Ladeira da Barra</i>, prédio onde Geddel comprou o apartamento.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Kátia Bogéa</span><span style="font-weight: normal;"> – Presidente que substituiu
Jurema, recebeu os advogados de Geddel, recepcionou o recurso pela revisão do
embargo, pois constatou que não houve contraditório no processo administrativo,
direito de defesa de Geddel. Encaminhou os autos para apreciação da
Procuradoria do IPHAN, que decidiu pela redução do gabarito. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Eliseu Padilha</span><span style="font-weight: normal;"> </span><span style="font-weight: normal;">– Ministro-Chefe da Casa
Civil, inicialmente disse a Calero que, se “a questão estava judicializada, não
deveria haver decisão administrativa definitiva a respeito”. Em seguida, “que
tentasse construir uma saída com a AGU” - Advocacia Geral da União. Depois, passou a impressão a Calero
que desejava preservá-lo no cargo e, mais tarde, perguntou a Calero como Geddel
poderia recorrer da decisão do mérito exarada pelo Ministro da Cultura.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="color: black; font-style: normal; font-weight: bold; letter-spacing: normal; line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
</div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: medium;"><br /></span>
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="color: black; font-style: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div style="margin: 0px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Gustavo Rocha</span><span style="font-weight: normal;"> – Secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, perguntou se Calero já havia enviado o processo à AGU, insistiu nessa proposta e, por fim, se apresentou, como autorizado pelo Presidente da República, a repetir, pela terceira vez, a pergunta, mesmo depois que Calero comunicou a Temer que não iria mais atuar no processo. Comunicou a Calero que ingressara com um recurso junto à Presidência do IPHAN para reformar a decisão do Ministro da Cultura.</span></span><br />
<div style="font-family: "times new roman";">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></span></div>
</div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Procuradoria e Procuradores do MinC</span><span style="font-weight: normal;"> – A
Procuradoria decidiu o recurso de Geddel pela redução do gabarito do prédio. Os
procuradores foram chamados à AGU, quando esta considerava que Calero lhe
enviara o processo, o que não ocorreu. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Nara de Deus</span><span style="font-weight: normal;"> – Chefe de Gabinete de
Temer, solidarizou-se, informalmente, com a postura legalista de Calero.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Carlos Henrique Sobral</span><span style="font-weight: normal;"> – Chefe de
Gabinete de Padilha, figurante sem relevância, que apenas interrogou Calero
sobre o prazo recursal que cabia a Geddel.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Grace Mendonça</span><span style="font-weight: normal;"> – Ministra-Chefe da AGU,
que não chegou a atuar no processo.</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">Michel Temer</span><span style="font-weight: normal;"> </span><span style="font-weight: normal;">– Inicialmente,
tranqüilizou Calero, aconselhando-o a responder a Geddel que, por razões
técnicas, não foi possível atendê-lo. Mas, num seguindo encontro, disse a
Calero que a sua decisão estaria criando “dificuldades operacionais” em seu
Gabinete. Recomendou-lhe, então, que tentasse construir uma saída para que o
processo fosse encaminhado à AGU, porque a Ministra Grace Mendonça teria uma
solução. Em outra oportunidade, tentando aplacar a ansiedade, impaciência e a
intolerância de Calero quanto a pressões que estava sofrendo, justificou,
apascentando-o: “... a Política tinha dessas coisas, esse tipo de pressão”.
Calero sentiu-se “desapontado” (SIC) e depois recebeu os acautelamentos de
Temer como se este o tivesse “enquadrado” (SIC). Em minha opinião, pura
insegurança púbere e pretexto para deixar o cargo. No mesmo dia, no início da
noite, presencialmente, disse ao Presidente que “estava se demitindo”, no que o
Presidente tentou demovê-lo da atitude. No dia seguinte, 18 de novembro,
recebeu ligação de Calero dizendo que “entregaria o seu cargo”. Temer, mais uma
vez, lhe disse que não “via razões para isto”, mas Calero retrucou dizendo que
“as teria”. E tudo foi consumado. A cortina se fecha.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">MEU JULGAMENTO: Não houve crime comum
ou crime de responsabilidade de Temer. O Presidente, apenas, tentou dirimir,
promover um entendimento entre dois de seus ministros, mesmo que o interesse de
uma das partes fosse privado, particular. O Presidente nada arbitrou, porque
nada falou, encaminhou ou decidiu no processo, inclusive sugeriu a Calero o
socorro da AGU, que é um órgão, não apenas de defesa de interesse da União, mas
de assessoramento e aconselhamento jurídico do Presidente (<em><span style="background: white; font-style: normal;">Decreto </span></em><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">nº 7.392, de 13.12.2010).</span></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;"><span style="background: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">COM A PALAVRA, A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA
DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, A POLÍCIA FEDERAL E
O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large; font-weight: normal;">E, CLARO, O SEU COMENTÁRIO DE INTERNAUTA QUE
VISITA ESTE BLOG. SEU E-MAIL NÃO SERÁ PUBLICADO.</span><o:p></o:p></div>
</div>
</div>
</h2>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-91759542015539396272016-11-21T05:24:00.002-08:002016-12-26T11:12:05.662-08:00COMO O CONSUMIDOR BRASILEIRO É BOBO!<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVVaCvpuxKEvdfqnVpqZRMaov1QWZGrD9DIkslHaHRYDJPIkeDlBWQz9hvORLdDTxdFSrkSkQQri9LjM0PrxkC6Z12G_uTx_YmAUyaSvfU8LZPR26thNehsmAWEkDJ-zApt7OW0TEG1vQ/s1600/Como+o+consumidor...+charge.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVVaCvpuxKEvdfqnVpqZRMaov1QWZGrD9DIkslHaHRYDJPIkeDlBWQz9hvORLdDTxdFSrkSkQQri9LjM0PrxkC6Z12G_uTx_YmAUyaSvfU8LZPR26thNehsmAWEkDJ-zApt7OW0TEG1vQ/s320/Como+o+consumidor...+charge.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto: acidezmental.xpg.uol.com.br)</td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="color: #333333; font-size: 14pt; line-height: 150%;">CACHAÇAS: O MÍNIMO QUE VOCÊ DEVE SABER PARA NÃO SER ENGANADO</span></b><span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">– Temos no mercado mais de 6 mil marcas de Cachaça,
uma bebida nascida no Brasil em 1532 e que só pode ser produzida com esta nome,
aqui. Mas apenas, talvez, cerca de uma dezena, em cada tipo/denominação legal e
mercadológica da bebida, possua “Excelência Sensorial”, isto é, receba uma nota
de 8.0 a 9.9, porque uma nota 10 acontece raramente, no intervalo de anos.
Cachaça de Excelência Sensorial é aquela limpa, translúcida, uniforme na cor.
Que exibe aroma sedutor, agradável, sensual, de bagaço de cana, do ambiente do
engenho, que lembre ao consumidor, ao aspirá-la, rapadura, melado ou os bolos
caseiros feitos com melado. Na boca, tenha unidade química (a água não se
separa do álcool), seja uma água ardente de fato, provoque uma excitante e
agradável ardência, uma “doce ardência”, apesar do açúcar da cana ter se
transformado em álcool. Trata-se da “memória do açúcar”, da qual trato nos meus
livros. Que, afinal, seja saborosa, mesmo na graduação máxima</span> <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">(54<sup>o</sup>, o mínimo é 38<sup>o</sup>) permitida
pela lei, a sua ingestão, macia, percorrendo o esôfago até o estômago com
suavidade, prazerosamente, sem raspar, sem arranhões, sem incômodos. Gostosa,
criando o desejo por outra dose. E a sua digestibilidade? Confortável, gozosa,
sem desconfortos, longe do mal-estar.</span></span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Nenhuma
cachaça industrial tem “Excelência Sensorial” (<i>51, Velho Barreiro, 88,
Sagatiba, Chave de Ouro, Pitu, Ypióca, Caninha da Roça </i>etc.). Possui, sim,
legalidade química, apenas. Mas satisfação dos sentidos, nenhuma. Não é um
plano diabólico, proposital, fraudulento, da indústria. Não. A cachaça
industrial é ruim, todas, sem exceção, por natureza, porque o próprio modo de
fabricação proporciona essa qualificação. Somente conduz à condição de “ruim”.
Do seu regime de produção somente pode resultar uma cachaça plena de defeitos
sensoriais e sem qualquer virtude. É como ir à praia em Petrópolis ou
esquiar no gelo em Terezina. Virtuosidade sensorial impossível.</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">E as
Cachaças Artesanais? Quase cem cento delas não possuem “Excelência Sensorial”.
Mesmo fabricadas sob o processo ideal, correto, quatrocentenário, quase sempre,
com ética, honestidade, dedicação, esmero, elas, em sua esmagadora maioria, são
apenas medianas sensorialmente, possuem alguma ou algumas virtudes, ostentando
notas de 6.0 a 7.9. Ou são ruins (com notas 0 a 5.9), isto é, sem qualquer
virtude, somente defeitos, como as industriais. E por quê? “Saber fazer
Cachaça” é uma arte, uma técnica, resultado de uma Sabedoria secular, que
poucos a detém, transmitida, atávica e teluricamente, entre gerações de uma
família. Não adianta divulgar máxima conformidade legal ao produzir Cachaça,
possuir equipamentos de última geração, praticar gestão sustentável, usar cana
de alto grau de sacarose, matéria-prima orgânica e outros aspectos positivos do
artesanato – se o alambiqueiro não sabe produzir uma Cachaça de Excelência
Sensorial. É, para os chocolateiros, como se não detivessem receita correta e
não soubessem executá-la. Já os atos socioculturais de beber e degustar são
diversos e autônomos. O primeiro prescinde de sabedoria, estudo, perseverança,
ciência, técnica, experiência, treinamento. Já o segundo é uma técnica e uma
arte, como “fazer Cachaça” e “envelhecer Cachaça”.</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Legalmente,
há cinco tipos/denominações de Cachaças: “Cachaça” sem adjetivos, que pode ser
a crua/fresca (engarrafada dias, semanas, um ou dois meses no máximo após
“pingar” na ponta do alambique) e a armazenada/descansada (repousada de três a
vinte quatro meses em recipiente de madeira quase neutra com capacidade
superior a 700 litros); “Cachaça Envelhecida” (somente cinquenta por cento do
conteúdo da garrafa são envelhecidos em recipientes de madeira com capacidade
de até 700 litros (a outra metade pode ser cachaça ou cachaças novas, de
diferentes idades); “Cachaça Premium” (100 por cento envelhecida, por um ano,
em recipientes de madeira com capacidade de até 700 litros); “Cachaça Extra
Premium” (100 por cento envelhecida, por três anos, em recipientes de madeira
com capacidade de até 700 litros); e “Reserva Especial” (processo e recipiente
de envelhecimento diferenciado, na madeira e/ou no tempo de envelhecimento, em
recipiente de madeira de até 700 litros, distinto de todas as outras de certa
destilaria (na verdade, na minha opinião, um diversionismo tolo e desonesto de
quem não sabe fazer, nem envelhecer Cachaça). Mais de noventa por cento dos
rótulos e contrarrótulos das Cachaças encontrados no mercado desinformam, são
irregulares, incompletos, possuem alguma ilegalidade ou são fraudulentos. A
fiscalização de bebidas no Brasil é extremamente deficiente, precária, quase
totalmente ausente. Nas destilarias, nas distribuidoras e no comércio
varejista.</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Nenhuma
cachaça com mais de dois anos de descanso/armazenamento e com mais de quatro
anos de envelhecimento – prestam. Não se iluda. Se isto ocorrer, você estará
bebendo um álcool com madeira ou um extrato de madeira com álcool. Ou coisa
alguma. Uma loção pós-barba ou uma água de colônia com álcool além do normal.
Descanso/armazenamento e envelhecimento são dois processos distintos, dois
quais resultam duas bebidas diferentes, de perfis químicos e sensoriais
diversos, para serem consumidos em momentos diversos. Existem madeiras
apropriadas ao descanso/armazenamento, como o amendoim, o jequitibá-rosa,
freijó e a amburana da caatinga (do sertão, do Nordeste, oposta à utilizada em
Minas), que devem ser preparadas, curtidas para tal processo; e, também,
madeiras adequadas ao envelhecimento que devem, igualmente, ser preparadas,
curtidas, como o carvalho (este passando pela tropicalização), o araribá, o ipê,
o bálsamo, o eucalipto, a amburana, a castanheira etc., pois a maioria delas é
agressiva e aromática e devem ser mitigadas, no mínimo adequadas, nessas
características. O fazer Cachaça, descansar/armazenar e o envelhecer Cachaça
são processos diversos, autônomos, técnicas e artes diferentes. A madeira
jamais deve ultrapassar de 15% a 20% do edifício sensorial da bebida. Mesmo
envelhecida, a Cachaça deve permanecer Cachaça, isto é, o aroma de bagaço de
cana e o gosto de Cachaça devem prevalecer sobre outros poucos aromas e gostos.
A memória do degustador deve continuar remetendo-o à rapadura, ao melado, aos
bolos e doces feitos à base de melado, ao ambiente do engenho.</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Lembre-se
que o acepipe, o petisco, o prato, a iguaria que acompanha qualquer tipo de Cachaça
chama-se e significa <u>bota-gosto</u>, alimento que se harmoniza com o
destilado. “Tira-gosto” é um termo errôneo, uma agressão à inteligência, usado
para anular os efeitos gustativos de um remédio ruim, de qualquer alimento
pavoroso, petisco que se come para “tirar o gosto” do que é detestável,
vomitativo, nauseabundo. Cada tipo de Cachaça, aliado a cada momento, tem o seu
bota-gosto adequado, ideal, perfeito. Meus livros dedicam capítulos inteiros
aos bota-gostos da Cachaça.</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Saiba mais
sobre tipos/denominações, processos e regimes de produção; acerca do conceito
de Excelência Sensorial da Cachaça; Análise Sensorial e Análise do Produto;
beber e degustar amador e profissionalmente; quais os serviços prestados por um
Consultor Técnico Especialista em Cachaça e por um Degustador Profissional de
Cachaças; e conheça outras fontes necessárias para saber identificar
corretamente, para não ser enganado, escolher e comprar, com segurança, uma
Cachaça de Excelência Sensorial no endereço: </span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><a href="http://www.ilhaverde.net/rankings.htm"><span style="color: #888888; text-decoration: none;">http://www.ilhaverde.net/rankings.htm</span></a>
E, claro, continuar ou começar a beber com sabedoria, inteligência, moderação e
prazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<b><span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">QUANDO SE
ADQUIRE UM PRODUTO COM DEFEITO OU QUE NÃO FUNCIONA </span></b><span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">– Uma
barbaridade que vem sendo praticada todos os dias, especialmente pelas grandes
lojas, grandes redes de eletrodomésticos, é contrariar, frontal, audaciosa,
escancarada e escandalosamente, o Código de Defesa do Consumidor – CDC, e
Código Civil - CC, ao ignorar a reclamação do consumidor quando ocorre a compra
de um bem adquirido com defeito, que não funciona ou é imprestável. Tudo vigora
contra o cidadão, tudo contra o consumidor. Está virando rotina esse comércio
poderoso e criminoso de mandar o consumidor ludibriado procurar a indústria que
fabricou o produto, imputar à indústria a responsabilidade pelo não
funcionamento ou pelo mal funcionamento, parcial ou total, deficiente ou
precário, de um aparelho de ar condicionado, de uma geladeira, de um aparelho
de som, de uma máquina de lavar. Ora, a relação comercial, de compra e venda,
se dá entre o consumidor e o comércio varejista, a loja que vendeu o produto, e
não entre o cidadão que pagou pelo produto e a marca do produto, entre o
cidadão e o fabricante que forneceu a mercadoria à loja, entre o consumidor e a
marca do produto. Inacreditável como os gerentes dessas lojas são, exaustiva e
eficientemente, treinados e pagos para não cumprir o CDC e o CC, vomitando uma
verborragia mentirosa, ilegal, cruel e sádica, construída sobre a farsa e a
fraude, aplicando as melhores técnicas ilusionistas e dissimuladoras de vendas,
a fim de enganar o consumidor, praticar a burla e o furto qualificado, solerte
e maquiado com as formas e cores de “normas” inexistentes e “regras internas”
injurídicas e imorais. Exercitam uma ginástica de falsas ações e omissões que
martirizam o consumidor, levando-o à loucura, a todos os prejuízos financeiros,
materiais e danos morais imagináveis.</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">E quais
são as ações amorais, ilícitas, ilegais, de cinismo e delinquência praticadas,
de maneira contumaz, por essas grandes lojas e redes? Começam oferecendo o que
não podem entregar o que não possuem nem na loja, nem no “estoque”, ou querem
“empurrar” um produto parecido ao que está exposto, mas não exatamente o que o
consumidor pretende adquirir. Em seguida, vem o embuste da “garantia”, que
elas, mais tarde, havendo problemas com o produto, insistem em transferir para
o fabricante do produto, que não participa da relação de comércio entre a loja
e o consumidor. Porém, na hora de vender, prometem o céu, falam maravilhas,
dizem ao comprador que ele tem garantia e, mais, que a garantia pode ser
estendida, pagando o consumidor por isto uma quantia irrisória a mais. Porém,
na maioria das vezes, e depois, a loja jamais se responsabiliza por nada, como
determina o CDC e o CC. Não entrega o produto conforme o combinado, não cumpre
as cláusulas do acordo comercial, não observa os prazos para troca e devolução,
estabelecidos no CDC, foge às suas obrigações que estão no contrato e na Lei.
Por outro lado, na maioria das vezes, saindo a mercadoria nova da loja, ainda
sem nenhum uso, o consumidor torna-se uma vítima em potencial do crime:
chegando à casa, se o produto não funciona como deveria, o comércio costuma se
omitir de responsabilidade, não troca o aparelho sem uso e joga o consumidor
nas garras da indústria, através de uma assistência técnica autorizada,
credenciada, treinada a chantagear, a enganar. A loja não troca o produto, como
determina o CDC no prazo de sete dias, nem devolve o dinheiro. Esse preposto,
na maioria das vezes, desonesto e pago para trapacear, geralmente age assim (e
eu fui uma vítima dessa conduta ilícita), que pode ser resumida na seguinte
chantagem: “<i>Ou o senhor aceita a troca da peça no produto novo que o senhor
comprou, peça que pode se substituída em 48 horas em virtude de um defeito de
fábrica; ou, se preferir um produto novo, como o que o senhor comprou, terá de
esperar trinta dias para chegar de São Paulo</i>”, cidade que, parece, fica em
outra galáxia. “<i>Escolha, basbaque!</i>” E aí o consumidor, para evitar mais
aborrecimentos e despesas na nossa Justiça injusta, de <i>burro</i>cracia
e velocidade medieval, sem alternativa, na compra de um ar condicionado no mês
de dezembro no Rio, por exemplo, aceita a substituição da peça em um produto
que não usou. Fizeram isto comigo a Casas Bahia e a Cônsul, mesmo eu sendo um
cliente de mais de meio século da marca. Hoje, claro, um ex-cliente da rede e
da marca. Nesta semana, um ministro do STF disse em entrevista a uma rádio: <i>“O
adágio popular ‘A justiça tarda, mas não falha’ é falso, irreal. O correto é
admitir que ‘A justiça que tarda é falha”. </i>E o PROCOM? Outra mentira,
outra brincadeirinha para enganar os incautos.</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<b><span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">“DOZE
VEZES SEM JUROS” </span></b><span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">– Puro engodo. Mentira consentida
pela Lei e pelo Estado. Nem com inflação mensal de 0,000001%, numa economia de
mercado, de livre iniciativa e concorrência e lucros, jamais se parcela um
pagamento, se possibilita prolongar uma venda sem custos, esticar a liquidação
de uma dívida em uma dezena ou uma dúzia de mensalidades sem juros. <u>Os
juros estão embutidos no preço</u>. Todos sabem que sim, o comerciante jura que
não e não tem a honestidade, a coragem e a transparência dos anos 1950 de
anunciar: “<i>À vista é tanto, a prazo os juros são x por cento ao mês; ao
final, o senhor pagará um valor total y</i>”. Você pode renunciar a compra, mas
o comerciante não negocia, não reduz se tentar pagar à vista, se nega a dizer e
a praticar a verdade.</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<b><span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">“E PRA
BEBER, DOUTOR?” </span></b><span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">– Um absurdo centenário no Brasil e,
talvez em todo o mundo, é a clássica e asnal pergunta do <i>maître</i> ou
do <i>garçom</i> que, simultânea ou imediatamente após a entrega do
cardápio ao consumidor que sentou à mesa, antes de o cliente ler a lista de
pratos disponíveis, arrisca: “<i>E pra beber, doutor</i>?” Uma agressão à
inteligência e ao convívio. Não há como pedir drinque ou abrideira, ou bebida
para acompanhar a refeição, se o cliente ainda não decidiu se haverá entrada ou
não, se ainda não escolheu o que irá comer. A entrada, se houver, e o prato ou
pratos deverão estar ligados, combinados, harmonizados entre si, assim como a
bebida de entrada, se houver, e aquela que acompanhará a refeição. Tudo vai
depender do que o cliente irá pedir para comer. Ele só poderá pedir a bebida ou
as bebidas após escolher a comida. Se ele tiver um mínimo de educação, de
informação, ele jamais beberá uma Cachaça com massa, nem um conhaque no verão
antes de uma maionese de lagosta. Outra estupidez é comer amendoim, castanha de
caju, biscoitos, com Cachaça. Uma agressão aos sentidos, a si próprio, à
organoléptica, à lógica de comer e beber bem. O cliente irá pedir um drinque
que combine com a entrada ou com o prato que escolher. E irá optar por um
vinho, uma cerveja ou mesmo uma Cachaça para acompanhar o prato, a depender da
natureza, categoria, características e sabor da comida. A pergunta “E <i>pra
beber, doutor?</i>” somente será conveniente, adequada e oportuna após a
escolha do prato. Portanto, rejeite, ignore, não responda a tola e indevida
pergunta do <i>maître</i> ou do <i>garçom</i> que não
conhece o seu ofício: o de bem servir, orientando o cliente no prazer da boa
mesa. Finja que não ouviu o insulto. Após escolher o que vai comer, chame-o e
diga o que quer beber.</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-43668369183976466722016-11-04T20:49:00.002-07:002016-12-10T08:20:34.667-08:00MEMÓRIAS ATUALIZADAS<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;"><i>Tenho 66 anos. Não sou um idoso
pronto ou prestes a escrever memórias ou a minha autobiografia. Porém, filho de
um jornalista, educador, advogado e político, um Homem Público de prestígio, de muitas
ideias e obras; e, como jornalista, iniciando atividades intelectuais na
juventude, especialmente como Humorista, com colunas em muitos veículos do País;
e, antes disto, desde a infância, com a oportunidade de estar em ambientes do
poder, artísticos e culturais – tive, enfim, o privilégio de conhecer e
conviver com personalidades da vida brasileira muito cedo, testemunhar
episódios marcantes e, até, participar de alguns deles. Abaixo, alguns registros de
fatos, hábitos e costumes, de caráter moral, social, histórico e cultural, incluindo
as mudanças científicas e tecnológicas, ocorridos durante a minha vida, que,
eventualmente, anotei nos últimos anos. Nada de vaidade, cabotinismo ou
façanhas de herói. Apenas o exercício da vocação de repórter, crítico e
historiador, e alguns milagres ou coincidências. Mas, principalmente, o desejo provocador
de levar aos meus leitores à reflexão sobre os contrapontos, as disparidades e
diferenças entre o passado recente e a atualidade.</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="text-align: justify;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>EU SOU DO TEMPO...<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se tomava a bênção aos pais, avós, tios e padrinhos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que não se sentava à mesa sem camisa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se chamava os mais velhos de “senhor” e “senhora”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que não se tomava banho, se cortava o cabelo ou se fazia a
barba depois das refeições.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que cada um tinha a sua escova de dente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que não se dizia a pai e mãe: “mentira”, “mentiroso” ou
“mentirosa”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se penteava o cabelo antes de dormir.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se previa que os achocolatados <i>Kresto</i> e <i>Toddy</i> iriam
concorrer no mercado, o que não ocorreu. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que os guardanapos eram de linho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que as crianças usavam boinas no inverno.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjRpe_a09XwRUTus5h7hajoUg66JNgdbP9al523OP63ekpeBT-sIgi4pT89v38faUZbuHHM82_-Xpj1AuLps4scxG7bsGjwwrf11sN9JyeD7k7o15lpCVdijyYuOm7QGv3mFsjpfurIWo/s1600/Vale+Quanto+Pesa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjRpe_a09XwRUTus5h7hajoUg66JNgdbP9al523OP63ekpeBT-sIgi4pT89v38faUZbuHHM82_-Xpj1AuLps4scxG7bsGjwwrf11sN9JyeD7k7o15lpCVdijyYuOm7QGv3mFsjpfurIWo/s320/Vale+Quanto+Pesa.jpg" width="227" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Foto:http://carissimascatrevagens.blogspot.com.br) </td></tr>
</tbody></table>
que existia os produtos de higiene <i>Eucalol, Vale quanto pesa </i>e <i>Odol</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que, quando se pretendia namorar uma garota, a senha era:
“<i>Eu quero falar com você</i>”. Estava feito o pedido.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que não se contestava as explicações dos pais quanto a
dificuldades financeiras da família.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que não se misturava manga com leite. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se cedia lugar nos transportes públicos às mulheres, pessoas
mais velhas, grávidas e deficientes físicos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se respeitavam os professores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que escuro dava medo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que não se comia carne bovina da segunda-feira após o
Domingo de Ramos até o Sábado de Aleluia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se apaixonava, platônica ou sensualmente, por belas
mulheres casadas, honestíssimas e impossíveis.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
dos excelentes sorvetes da Kibon
vendidos em casquinhas ou em potes, nas padarias e mercearias; e das carrocinhas
amarelas da Kibon onde se podia comprar os maravilhosos picolés: o imbatível
Chica-bon de chocolate, o Já-já de coco, o Kalu de limão, o Ton-bon de abacaxi
e o supremo Eski-bon; as guloseimas Ki-Bamba, Ki-Coisa; Ki-Leite, Ki-Coco, Ki-Passas,
Lingote, Delicado, Amendoim coberto de chocolate e a Jujuba. Tudo isto são
lembranças gustativas impossíveis de serem recuperadas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que a missa era em latim e eu,
como aspirante a coroinha num colégio de padres, tive de decorar as falas do
acólito na língua de Cícero em 48 horas, sob pena de ser excluído do grupo de
meninos que queriam ajudar na liturgia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que só se dançava de rosto colado com a namorada ou com alguma
garota assanhada.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que garota “galinha” não ia pra cama, mas somente “sarrava”,
isto é, era parceira em libidinagens.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que somente as prostitutas, algumas empregadas domésticas e mulheres livres (mal casadas ou solteiras fogosas incontroláveis)
transavam com os rapazes. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se beijava nas faces apenas:
pai, mãe, irmãos, avós, tios, primas, professora (primária) e madrinha de
batismo. Na boca, namorada e mulheres de aventuras.<br />
<br />
que, com caxumba, não se saía da cama e se pisava descalço no chão frio, porque o testículo "subia" e você ficava sexualmente "estéril".</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
da Casa Neno, que “<i>Serve
bem ao grande e ao pequeno</i>” e de À Colegial, loja de uniformes escolares, ambas de Niterói.<br />
<br />
do maravilhoso refrigerante <i>Taí</i>, de sabor indefinido, gosto de recreio escolar; nos anos 1980-90, ressuscita-se a marca, porém bem distante do refrigerante mágico da década de 1960, que nem lembrava aquele líquido neutro, com pouco açúcar, uma magia pré-púbere.<br />
<br />
da Niterói, antes da ponte, quase cidade do interior, sem crimes, autossuficiente, da qual você somente precisaria sair dela para uma consulta com um médico de grande fama ou para fazer uma compra extraordinária de uma produto no centro do Rio ou em Copacabana, se Niterói não o possuíse.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
do Príncipe, que “<i>veste
hoje o homem de amanhã</i>”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
das Rádios Relógio e Mayrink Veiga.<br />
<br />
da Casa Santa Branca, da Imperatriz das Sedas e da Tecidos Kalil M. Gebara.<br />
<br />
dos inúmeros restaurantes árabes, de comida boa e barata, que povoavam todo o Rio.<br />
<br />
da cerveja gélida do Safita, na Glória, com bota-gostos e pratos árabes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
da “<i>VARIG, VARIG,
VARIG</i>”.<br />
<br />
do antigo Bar Luiz, seu chope, queijo prato e bota-gostos insuperáveis.<br />
<br />
da Panair do Brasil,<br />
<br />
da banana split das Lojas Americanas.<br />
<br />
da noite em Copacabana, com dezenas de casas com música ao vivo, apresentando os maiores astros da Música Brasileira.<br />
<br />
da Sloper, da Exposição, da Casa José Silva, da Ducal, da Casa Masson, e das confeitarias Cavé, Manon, Colombo (antiga, não a atual) e Gerbô.<br />
<br />
dos cinemas da Tijuca e da Cinelândia.<br />
<br />
do Beco da Fome, na Prado Júnior.<br />
<br />
das Cantinas Sorrento e La Fiorentina (a falecida).<br />
<br />
das Casas Pernambucanas que advertia: <i>"Não adianta bater / Eu não deixo você entrar / As Casas Pernambucanas / É que vão aquecer o meu lar..."</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
dos Lenços Paramount “... <i>e ainda são perfumados</i>”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
do “<i>Melhoral,
Melhoral, é melhor e não faz mal</i>”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
do <i>jingle</i>: “<i>Se lâmpada queimar /não adianta reclamar /
nem bater o pé / O que resolve / é ter sempre à mão / lâmpada GE...</i>”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que havia “<i>No ar, mais
um caravelle da Cruzeiro do Sul / E, a bordo, tudo azul</i>”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
do Banco Irmãos Guimarães – BIG, de
portugueses, que distribuíam parte dos lucros da empresa com seus empregados; o
escriturário do BIG tinha casa própria e carro.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
do Banco Nacional “O banco que está
ao seu lado”, e seu jingle do Natal de 1971, criação de Edson Borges, o <i>Passarinho</i>: “<i>Quero ver você não chorar não olhar pra trás / Nem se arrepender do que
faz / Quero ver o amor vencer mas se a dor nascer / Você resistir e sorrir / Se
você pode ser assim tão enorme assim / Eu vou crer / Que o natal existe, que
ninguém é triste / E no mundo há sempre amor / Bom natal um feliz natal / Muito
amor e paz pra você”.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
dos Programas: PRK-30, com Lauro
Borges e Castro Barbosa; <i>Lyra de Xopotó</i>,
com Paulo Roberto; César <i>de Alencar;
Balança, mas não cai</i>, com Paulo Gracindo e Brandão Filho<i>; </i>das novelas<i> O
Anjo; Jerônimo, o herói do sertão </i>e <i>Bianca;
</i>e a locutora da Rádio anunciava: “<i>o
creme dental Colgate, o criador dos mais belos sorrisos e Palmolive, o sabonete
embelezador da mais alta qualidade que existe, apresentam</i>...”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
de “<i>Romário – o homem-dicionário</i>”, que não era jogador de futebol, mas
sabia, de cor, um dicionário inteiro da Língua Portuguesa e respondia a
perguntas em programas de auditório. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
dos <i>Trigêmeos
Vocalistas</i> que se apresentavam na TV e sopravam flautim com ar saído das
narinas. <br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmvvLAEM5O04Ux4hJWZYOTIDf-hVrSrcTaL1oZ7i37C8peBArKWhrHOmJI7hVaidul7Hl0s8zmLea_FDSBMNc9o_mAzbvCF0f-5cbdu0N9Vh4D_HDDA3HyOu6SJX9X7Sck0EWOHt4dlVo/s1600/Angelita+Martinez.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-size: x-small;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmvvLAEM5O04Ux4hJWZYOTIDf-hVrSrcTaL1oZ7i37C8peBArKWhrHOmJI7hVaidul7Hl0s8zmLea_FDSBMNc9o_mAzbvCF0f-5cbdu0N9Vh4D_HDDA3HyOu6SJX9X7Sck0EWOHt4dlVo/s320/Angelita+Martinez.jpg" width="130" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Angelita Martinez</span><br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: Acervo Marcelo Câmara)</span></td></tr>
</tbody></table>
das vedetes, lindas e perfeitas, curvilíneas, sem plásticas e sem academia, com corpos femininos, sólidos e roliços, sem braços de pugilista, nem pernas de zagueiro central: Angelita Martinez e Virgínia Lane.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que “<i>depois do sol,
quem ilumina o seu lar é a Galeria Silvestre</i>”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
do Bazar Francês, Rua da Carioca, nº 5: “<i>Brinquedo pra mim e pra vocês</i>”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
do programa <i>Musicas na
Passarela</i>, da Rádio Mundial: “música azul”, “música verde”, “música grená”
etc.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
do programa <i>Hoje é dia
de rock</i>, na Mayrink Veiga, com Jair de Taumaturgo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que a Rádio Jornal do Brasil
lançava as vanguardas da MPB, como as composições da Bossa Nova, de Newton
Mendonça e Tom Jobim, e, mais tarde, da Tropicália, de Caetano e Gil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
das Estampas Eucalol.<br />
<br />
das revistas <i>Seleções (Reader's Digest)</i> e das femininas <i>A Cigarra</i> e <i>Querida</i>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que Jorge Veiga, Ademilde
Fonseca, Ivon Curi, Ângela Maria, Jorge Goulart, Nora Ney, Blecaute, a
Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, Stelinha Egg, Cauby Peixoto, Dalva de
Oliveira, Jackson do Pandeiro e Almira, Vicente Celestino, Elizeth Cardoso, Aracy
de Almeida, Bené Nunes, Carolina Cardoso de Menezes, Orlando Silva, as Irmãs
Batista (Dircinha e Linda), Sérgio Murilo, Zezé Gonzaga, Nelson Gonçalves, Conjunto Farroupilha, Dilermando
Reis, Cely Campelo, Nilo Sérgio, Maysa, Bob Nelson, Leny Eversong, Fafá Lemos,
Marinês e sua Turma, Luiz Gonzaga, Adelaide Chiozzo, Luiz Vieira, Marlene, Edu
da Gaita, Elza Soares, Dick Farney, Silvinha Telles, Silvio Cesar, Tia Amélia, Altamiro
Carrilho, Claudete Soares, Nilo Sérgio, Zezé Gonzaga e Waldir Calmon – tocavam
no rádio.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se rezava pela manhã e ao
deitar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que um padre era facilmente identificável num grupo de
leigos ou de rufiões bêbados e descompostos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que os advogados, promotores e
defensores públicos escreviam corretamente e falavam bem, e os juízes,
respeitabilíssimos e equilibrados, eram cultos, exibiam erudição.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se lavavam as mãos antes das
refeições e se usava bidê como a melhor higiene.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que os meninos, amigos, caminhavam abraçados, e as meninas,
de mãos dadas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que mulher usava bolero, anágua e combinação, e, formavam
pares nos bailes, na falta de cavalheiros.<br />
<br />
que levar palmadas dos pais e ficar de castigo não levavam os filhos, mais tarde adultos, a terapias.<br />
<br />
que se beijava, pedindo bênção, as mãos dos padres, bispos e cardeais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que, nos clubes, se levava a dama até a mesa ao final da
dança.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que a tulipa do chope tinha a espessura de uma casca de ovo
e o queijo prato era saboroso.<br />
<br />
que não ganhar um brinquedo que os pais não podiam dar não provocava distúrbios psicanalíticos, nem faziam os filhos sair de casa.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se dizia “balaustre”,
“balaustrada”, 'bureaux"; se fazia rol de roupas para a lavadeira; se areava panelas; as
costureiras cerziam e chuleavam; se usava <i>Alginex</i>,
<i>Elixir Paregórico</i>, á<i>gua vegeto mineral</i>, <i>pedra pome; </i>e aos bebês chorosos era dado <i>Luminaleta</i>. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsanJTnDPfUvcVcusuQJK4lmu9ZsY1V-X5xB6sAYZBSl-77mymGqV6XB8tIjP8arHtv3lqR9FXb5jZZAB6QlmRtL7HZ84ugsKJcMxBuSLwlIh4HWM8NauGgtbhKXBvt5oV3kXw9D6mHkE/s1600/S%25C3%25B6nksen.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsanJTnDPfUvcVcusuQJK4lmu9ZsY1V-X5xB6sAYZBSl-77mymGqV6XB8tIjP8arHtv3lqR9FXb5jZZAB6QlmRtL7HZ84ugsKJcMxBuSLwlIh4HWM8NauGgtbhKXBvt5oV3kXw9D6mHkE/s1600/S%25C3%25B6nksen.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Chocolate surge na capital paulista<br />
em 1888, do empreendedorismo<br />
da Senhora Alwine Sophia Sönksen<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: www.saopauloantiga.com.br)</span></td></tr>
</tbody></table>
que o melhor chocolate era o
<i>Sönksen</i> e se comprava, em grandes barras, próximo a Itatiaia, na Dutra, no <i>Alemão</i>, na divisa entre o Rio de São
Paulo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que se ia a baile,
principalmente, para dançar; e muito; uma garota conquistada era o melhor dos
mundos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
que o católico ia à missa aos
domingos e dias santos, comungava regularmente, ou, ao menos, uma vez por ano,
na Páscoa da Ressurreição, e tinha o seu padre confessor.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
da manteiga feita de nata de leite de vaca, batida à mão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
dos chocolates <i>Bebê</i>
e balas <i>Tofee</i>, da <i>Bhering</i>, indústria localizada no bairro de Santo Cristo, na Cidade
do Rio de Janeiro, a Capital do Brasil.<br />
<br />
E do chocolate <i>Refeição</i>, da Neugebauer.<br />
<br />
que se convivia com o sentimento de culpa e se administrava a depressão, buscando-se a reflexão através da oração, o diálogo com os mais velhos, especialmente pelos que já passaram por isso, e se tentava a autoanálise.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>EU ALCANCEI...<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 14.7pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->escarradeiras nos banheiros domésticos.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->bonde, trólebus e lotação no Rio; e "carro de praça" sem "relógio" em Niterói.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->Emilinha Borba bonita, insinuante, de “tomara
que caia”, sem plásticas, de vestido branco rodado, diáfana, com seguranças ao
seu redor, recebendo cachês lunáticos.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings";">Ø</span><span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span><span style="font-family: inherit;"><span style="font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;">a theca </span>Dana de Teffé (nascida <span style="background-color: white; color: #252525;">Dana Edita Fischerova) </span></span><span style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;">e o advogado mineiro L</span>eopoldo Heitor de Andrade Mendes namorando no bar do Hotel Faz<span style="font-family: inherit;">enda da Grama</span>, em Rio Claro, RJ, no início dos anos 1960.</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0RdXP0rHX3xjQkxeDMOiQBDTm4qcTSgucEdxu4ZZQ9pWEATV1NuxoWETS9yq2XU7zPOpyf9eTqbMt8WkXzmv3L-cpl0kMdYBcCcy8Ir_QoYOfIbmwAFyeXcHtc6P_sTw7wTBmpyw4ndY/s1600/M%25C3%25A1rio+Peixoto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0RdXP0rHX3xjQkxeDMOiQBDTm4qcTSgucEdxu4ZZQ9pWEATV1NuxoWETS9yq2XU7zPOpyf9eTqbMt8WkXzmv3L-cpl0kMdYBcCcy8Ir_QoYOfIbmwAFyeXcHtc6P_sTw7wTBmpyw4ndY/s1600/M%25C3%25A1rio+Peixoto.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;">Mário Peixoto, autor do argumento, </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;">roteiro, </span><span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;">cenários, produtor e </span><span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;">diretor</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;"> </span><span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;"> </span><span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;">de<i> Limite</i> (1931), </span><span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;"> </span><span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;">considerado</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;"> </span><span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;"> "o melhor filme brasileiro</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: 12.8px; text-indent: -18pt;"> de todos os tempos".</span><br />
<span style="font-size: xx-small; text-indent: -18pt;">(Foto: www.adorocinema.com)</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->o genial cineasta, crítico e escritor Mário
Peixoto (Bruxelas, 1908), criador do clássico <i>Limite</i>,
no cais de Angra dos Reis, septuagenário, anonimamente, de bermuda branca,
óculos escuros, chapéu de palha, saltando, lépido, para uma baleeira que o
deixaria na Praia do Morcego, na Ilha Grande, adquirida por seu pai em 1938, e onde
ele passou a viver a partir de 1966, na mesma casa que foi do pirata Juan
Lorenzo, no Século XVIII; era amigo de meu pai, Câmara Torres e descendente dos famosos Breves, família de Mangaratiba; Mário vivia solitário, meditando e escrevendo cinema,
crítica cinematográfica e poesia; à época, depois de inúmeros projetos
inacabados, tendo seus argumentos, roteiros e cenografias inviabilizadas, extraviadas
e furtadas, o artista, ignorado pelos governos no propósito de transformar o
imóvel em um museu, tentava vendê-lo, o que fez anos depois, indo morar,
modestamente, num quarto de hotel no centro de Angra; morre em 1992, aos 83 anos, no seu apartamento em Copacabana, no Rio, também deixado pelo pai.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->Jacy Campos fazendo o primeiro <i>talk show</i> da TV brasileira, na falecida
TV Tupi, Canal 6, do Rio, no programa <i>Meio-Dia</i>,
que, além das entrevistas e shows ao vivo, transmitia reportagens exclusivas.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->(e adorava) maionese caseira, feita à mão,
batida com a mistura de gema de ovo, azeite e sal. </div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->na década de 1950, em Niterói, RJ, duplas de
muares puxando carroças que recolhiam lixos das ruas e das residências.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->o programa <i>Alô
Querida!</i>, com a belíssima Eva Wilma e John Herbert, casal na vida e na arte, na extinta TV Tupi, do
Rio.<i><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 14.7pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->guardas-noturnos, vigilantes e ativos, soprando
apitos, cumprindo rondas nas ruas de Niterói, RJ.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->o ator Orlando Drummond e a atriz Nádia Maria, a
<i>Marilinha</i>, abrindo ou fechando o
programa de humor <i>Boate do Ali Babá e os
quarenta garçons</i>, toda sexta-feira à noite, na falecida TV Tupi, do Rio.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">o compositor e cantor Erasmo Carlos
em início de carreira, quase que diariamente, nos alvores
dos anos 1960, no programa <i>Rancho do
Paulo Bob,</i> nos estúdios da Rádio Federal de Niterói, <i>caitituando</i> o seu primeiro compacto.</span></span><br />
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -21.3pt;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">GENTE, EU...</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->assisti a uma palestra de Fidel Castro, na
década de 1980, cinco metros à minha frente, num auditório em Brasília, sobre a
realidade de Cuba, História e Política internacional.<b><o:p></o:p></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: -21.3pt;">
<span style="font-family: "wingdings"; text-indent: -28.4px;">Ø</span><span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal; text-indent: -28.4px;"> </span><span style="font-family: inherit;"> estive </span><span style="text-indent: -21.3pt;">ao lado de Adhemar de Barros, em 1954,
quando candidato à Presidência, como sempre obeso, alegre e loquaz, sentado na
varanda da minha casa em Angra dos Reis.</span></div>
<span style="text-indent: -21.3pt;"><br /></span>
<span style="text-indent: -21.3pt;"></span><br />
<div class="MsoListParagraph" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: -21.3pt;">
<span style="font-family: inherit; font-stretch: normal; line-height: normal; text-indent: -21.3pt;"><span style="font-family: "wingdings"; text-indent: -28.4px;">Ø</span> </span><span style="font-family: inherit; text-indent: -21.3pt;">eu assistia </span><span style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;">ao <i>Circo Bom Brill</i>, com Carequinha, Fred,
Zumbi e Meio-Quilo, na TV Tupi, Canal 6, às 19h das quartas-feiras; e o <i>Circo do Arrelia</i>, na TV Rio, Canal 13, às
segundas. Na Tupi, assistia, também, <i>Clube
do Titio Hélio</i>, com Hélio Ribeiro e seus desenhos animados; <i>Clube do Guri</i>, ao meio-dia a cada
domingo, apresentado por Collid Filho, que revelou as crianças Sônia Delfino,
Wanderléia, Rosemary e Leny Andrade; <i>Aula
de Inglês</i>, com Gladys; <i>Grande Teatro
da Imperatriz das Sedas</i>, ao vivo, com Procópio Ferreira, Fernanda
Montenegro e outros astros de primeira grandeza; <i>Festival Trol de Teatro Infantil</i>, às 14h de cada domingo, com Zilka
Salaberry, Paulo Padilha, Ida Gomes, Roberto de Cleto, Edson Silva, Fábio Sabag
e outros craques. Na TV Rio, <i>Falando
francamente</i>, programa de entrevistas políticas com Arnaldo Nogueira (antes por outro âncora), deputado federal pela UDN, e a <i>Grande Resenha Facit, </i>depois na Globo, apresentada por
Luiz Mendes (Botafogo), com Armando Nogueira (idem, de terno e gravata), Nelson
Rodrigues (Flu), José Maria Scassa (Fla), Hans Hennigsen (“o marinheiro sueco”),
Vitorino Vieira (Vasco), o artilheiro Ademir, <i>o Queixada</i>; depois entrou o americano Achiles Chirol; havia, ainda,
um botafoguense de terno e gravata borboleta, de família árabe, do qual o nome
não me recordo. Na TV Continental, Canal 9, com sede nas Laranjeiras, das
Organizações Rubens Berardo (depois Vice-Governador de Negrão de Lima na GB; morreu
assassinado em casa); eu era expectador assíduo do programa de Gilson Amado tratando de temas da Educação e Cultura. </span></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->tomei a minha primeira pinga aos seis anos, uma <i>Graúna</i>, de Paraty, RJ, marca extinta na década de 1960; nunca mais deixei
de beber.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->bebi, e muito, com grandes personalidades da
Cultura Brasileira, como o compositor Nelson Cavaquinho; o d<span style="font-family: inherit;">iretor de teatro <em><span style="background: white; font-style: normal;">Ziembiński</span></em><em><span style="background: white;">;</span></em> os cineas</span>tas Nelson Pereira dos Santos
e Walter Lima Júnior; o antropólogo Darcy Ribeiro; os grandes músicos e
compositores Codó, Luiz Bandeira, Silveira, (compositor da obra-prima <i>Canção do nosso amor</i>), Carlos Lyra,
Roberto Menescal e Juquinha Stockler (o baterista predileto de Newton Mendonça, Tom Jobim e João
Gilberto), além do pianista, compositor e maestro Geraldo Mendonça; e o físico nuclear
Bautista Vidal, pioneiro das energias alternativas no Brasil.<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->cruzei com Nara Leão e Cacá Diegues, em
lua-de-mel, namorando nas madrugadas, pelas ruas coloniais de Paraty, RJ.</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->fui recebido, com o meu filho, de seis
anos, por João Paulo I, em audiência reservada, em 1980, na Nunciatura
Apostólica do Vaticano, em Brasília. </div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -21.3pt;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxBJHJKcWOXW9AC0y9kN5Ey4QzWtPA12euE6mRaMycmv-OAePXwVFrGwIu3ZINvnDz5DVVBt6AFL2r9BqIef1ftlYkMHQBgon1ln2v4-fZgdWdAByaxu5Wopch3SIfebKbUUTnmjEr9xE/s1600/MC+e+Roberto+Silveira+no+Patr%25C3%25ADcio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxBJHJKcWOXW9AC0y9kN5Ey4QzWtPA12euE6mRaMycmv-OAePXwVFrGwIu3ZINvnDz5DVVBt6AFL2r9BqIef1ftlYkMHQBgon1ln2v4-fZgdWdAByaxu5Wopch3SIfebKbUUTnmjEr9xE/s320/MC+e+Roberto+Silveira+no+Patr%25C3%25ADcio.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marcelo, aos dez anos, em 1960, numa viagem de lancha,<br />
entre Angra e Paraty, com o Governador Roberto Silveira.<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto Acervo Marcelo Câmara)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "wingdings"; text-indent: -21.3pt;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt; text-indent: -21.3pt;">participei, aos oito anos, dos comícios das
eleições </span><span style="text-indent: -21.3pt;">de 1958 para governador do RJ, ao lado do candidato Roberto Silveira
(PTB), à época, considerado por muitos o futuro Presidente da República, se não
partisse com apenas 37 anos, vítima de desastre aéreo; e, em seguida, integrei
suas caravanas oficiais como governador em várias viagens pelo Extremo Sul do
Estado do Rio de Janeiro.</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->vi Adhemar de Barros Filho, jovem, rico, antes
de entrar para a política, atlético, de <i>maillot de bain</i> de lastex, fazendo pesca
submarina em Angra dos Reis na década de 1950<b>.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 21.3pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -21.3pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "wingdings"; mso-bidi-font-family: Wingdings; mso-fareast-font-family: Wingdings;">Ø<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->tive como costureira das minhas camisas de
menino, sob medida, até os seis anos, em Angra dos Reis, Dona <i>Zizinha</i>, mãe do grande sambista e cantor
carioca Joel de Almeida, da dupla <i>Joel e
Gaúcho</i>, que lançou Roberto Carlos em disco pela primeira vez, no final dos
anos 1950, cantando Bossa Nova, para competir com João Gilberto. Não deu certo.
Roberto partiu pra outra com muito sucesso.<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">************************<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-56810214384674304302016-10-26T17:43:00.001-07:002016-11-08T04:01:00.074-08:00Incrível! Fantástico! Extraordinário! Episódios da Política e façanhas de alguns políticos brasileiros – 2ª parte<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<div style="text-align: left;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para leonel Brizola" src="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2016/03/image-117-600x400.jpeg" height="213" title="Trabalhista: liderança e conquistas populares" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Liderança trabalhista e conquistas populares<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto <i>DCM</i>)</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b>Leonel Brizola</b> – Proezas do
gaúcho “Itagiba”, um órfão de pai aos dois anos de idade, filho de um tropeiro
assassinado pelas costas na Revolução de 1923, o caçula de cinco filhos,
nascido na roça, em Cruzinha, antigo distrito de Passo Fundo, hoje de
Carazinho, RS. Alfabetizado pela mãe, agricultora, faz o Curso Primário em duas
escolas públicas, e aos quatorze anos ganha um bolsa estadual para fazer o Curso
de Técnico Rural em Porto Alegre e em Viamão. Antes, em Carazinho, vai viver na
casa de um casal metodista, que se admira com a determinação, os talentos e o esforço
do menino e o acolhe. Trabalha como lavador de pratos, entregador de carne e de
marmitas, engraxate, vendedor de jornais e marcador de tábuas em uma serraria. O
seu primeiro registro de nascimento, e como “Leonel”, somente é feito aos
quatorze anos, em homenagem a Leonel Rocha, um maragato que lutou ao lado de
seu pai na Revolução, muito admirado pela família Moura Brizola. Na capital, enquanto
não ingressa na Escola Agrícola onde estuda por três anos, é <span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">trocador de moedas e
ascensorista. Aos d</span>ezessete anos, começa a cursar o ginasial e o
científico na Escola Júlio de Castilhos, e tem de trabalhar como carregador de
malas, engraxate e operário auxiliar numa refinaria para se manter. Aos
dezoito, é aprovado em concurso público para Fiscal de Moinhos do Ministério de
Agricultura no interior, mas logo se demite e volta a Porto Alegre para ser
jardineiro da Prefeitura. Em 1942, ingressa na Faculdade de Engenharia da UFRS.
Havia prestado o serviço militar na Base Aérea de Canoas, formando-se, depois,
piloto privado. Entre um bom emprego na VARIG e a Engenharia Civil, optou, sem
dúvida, por esta. Em 1945, ajuda a fundar o PTB gaúcho, quando conhece João
Goulart e Getúlio Vargas. Este, impressionado com a inteligência e o dinamismo
do jovem Leonel, diz aos primeiros trabalhistas, durante as caravanas para
criação dos diretórios do partido no interior gaúcho: “<i><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">Botem este
guri na chapa que ele vai muito longe</span></i><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">”</span>. No ano seguinte, é Presidente da Ala Moça do
PTB e se elege deputado estadual constituinte, um dos mais votados. A intensa
atividade política o leva a se formar Engenheiro Civil somente em 1949. No ano
seguinte se casa com Neuza, irmã de João Goulart, a família mais rica do RS, se
reelege deputado e é nomeado Secretário Estadual de Obras Públicas,
revelando-se um grande administrador. Resumindo sua trajetória no Trabalhismo e
na Esquerda, sempre como nacionalista: 1) Duas vezes deputado estadual no RS.
2) Prefeito de Porto Alegre. 3) Governador do RS, realiza o maior programa de
Educação e Saúde Públicas de uma unidade federativa. 4) Pela primeira vez no
País, estatiza duas empresas estrangeiras que muito arrecadavam da população, eram
ineficientes e não investiam nos setores de energia e telefonia onde atuavam; a
produtividade e a produção das empresas, agora públicas, são quadruplicadas. 5)
Realiza o único programa de Reforma Agrária bem sucedido no Brasil, com a
criação de pequenas e médias propriedades, alterando a estrutura rural do RS,
com reflexos no Sul do País, plantando a semente do MST, dentro da lei, sem
violência ou invasões. 6) Vai, em 1962, ao Estado do seu maior adversário, ao
terreno do inimigo, a Guanabara de Carlos Lacerda, da UDN, e obtém, para a
Câmara Federal, um terço dos votos do eleitorado carioca, sendo mais votado do
País. 7) Em 1961, lidera a Rede da Legalidade, garantindo a posse constitucional
do Vice-Presidente eleito João Goulart. 8) Exilado por quinze anos, volta ao
Brasil, funda o PDT e é eleito, duas vezes, governador do RJ, contra a máquina
federal e as Organizações Globo, tornando-se o único brasileiro, no período
republicano, a dirigir dois Estados. 9) Responsável pela maior transferência de
votos da História Política Brasileira, ao dar a vitória a Lula no RJ e no RS em
1989, quando o petista, à época nos dois Estados, não se elegeria deputado
estadual. 10) Executa, com Darcy Ribeiro, Maria Yeda Linhares e Oscar Niemeyer,
os CIEPS, o maior e mais bem sucedido programa pedagógico de Educação Pública,
constrói a Linha Vermelha e o Sambódromo, amplia e reforma o sistema Guandu e
consegue financiamento japonês e do BID, para despoluição da Baía da Guanabara,
dos Rios Tietê e Guaíba, recursos mal geridos e desviados pelos governos que o
sucederam. 11) É eleito Vice-Presidente e, em seguida, Presidente de Honra da
Internacional Socialista. 12) Inventa (e por eles é traído) César Maia, Marcelo
Alencar e Garotinho, entre outros; 13) De Saturnino Braga, Brizola levou “duas rasteiras”.
Em 1982, acolhe Saturnino no PDT e o elege Senador. Em 1986, Brizola o faz o
primeiro prefeito eleito do Rio de Janeiro, mas, no ano seguinte, ele rompe com
Brizola e volta ao PSB, seu partido antes do Golpe de 1964. Em 1989, num ato
patético, o “administrador” Saturnino declara, oficialmente, a “falência da
Prefeitura do Rio”. Em 1992, milagrosamente, se elege vereador. Em 1994, tem
votação ridícula para o Senado e, em 1996, não consegue sequer chegar à Câmara
de Vereadores. Em 1997, se reaproxima de Brizola. No ano seguinte, numa
coligação de Esquerda, Brizola o coloca, de novo, no Senado, com o compromisso,
formalizado em cartório, de Saturnino ceder a metade do seu mandato (quatro
anos), ao primeiro suplente do PDT, o que não cumpre, exercendo o mandato até
2006, dando “a segunda rasteira” em Brizola, voltando a apoiar Lula. 14)
Em 2000, Brizola é derrotado na eleição para a Prefeitura do Rio para Luís
Paulo Conde, cria de César Maia; 15) Em 2002, não chega ao Senado, vencido pelo
incorruptível Sérgio Cabral, o Bispo Crivella, o ignoto pastor Manoel Ferreira,
o medíocre Edson Santos, vereador do PT, e o tíbio Artur da Távola. Faleceu, em
2004, aos 82 anos, vítima de problemas cardíacos. Para os trabalhistas, depois
de disputar duas eleições para Presidente da República, “<i>Brizola não perdeu. O Brasil foi quem perdeu em não tê-lo como
Presidente</i>”. Alguns creem que, se Brizola sobrevivesse apenas ao Mensalão
do PT, mesmo sem mandato, mas falando ao Povo e à mídia, Lula não conseguiria se
reeleger em 2006.<span style="font-size: 8.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Heráclito
Fortes</span></b><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"> – A</span><span style="background: white;">tua como Assessor, durante a Ditadura, em vários ministérios e empresas
públicas. É filiado, no Piauí, à ARENA de 1970 a 1979 e ao PP de 1979 a 1982.
Em 1978 fica na segunda suplência da ARENA para a Câmara dos Deputados. Mas, em
1982, assume a vaga, e fica até o ano seguinte, em virtude do falecimento do
titular. Vai para o PMDB, é eleito, para o mandato de 1983 a 1987 e para o
período 1987-1979, como constituinte, mas neste último ano renuncia para
assumir a Prefeitura de Terezina. De 1995 a 2003, em duas legislaturas, é
deputado federal pelo PFL. De 2003 a 2010, foi eleito Senador para um mandato
de oito anos pelo mesmo PFL, mas em 2007, transfere-se para o DEM. Em 2013,
ingressa no PSB, se elegendo, no ano seguinte, deputado federal, mandato que exerce
atualmente. Amigo íntimo de Ulysses Guimarães, integrava a “Turma do <i>Poire</i>”, no Restaurante Piantella, em
Brasília, de 1976 a 1992. Apesar de obeso, um contorcionista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b>Getúlio Vargas</b> – Não
reproduzamos aqui a sua biografia política que é vastíssima, seminal,
fundamental para a Nação e para o País que temos. E os leitores a conhecem.
Destaquemos apenas três proezas, três dons de caráter e personalidade, de
formação, de civismo e ideal político, que ele transformou em três indefectíveis
condutas: 1) A sua distinta honorabilidade e incólume retidão como Homem
Público: um cidadão que governou o Brasil, como ditador e como republicano
eleito, dirigindo-o por dezenove anos, sendo quinze ininterruptos, ingressou e
deixou a política com o mesmo patrimônio pessoal e familiar. 2) Sua magistral habilidade
política, sua incrível capacidade de produzir entendimentos, unir ideias e
tendências, agregar pessoas, inclusive atraindo adversários para participar,
colaborar, até para governar com ele. 3) Sua notável visão e sensibilidade política,
econômica, social e capacidade de realizar de Estadista. Apesar da mídia e dos
militares da Direita a reboque do feroz e implacável Lacerda, somente um tiro,
desferido por ele mesmo, foi capaz de vencê-lo, retirá-lo do poder.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b>Marcondes Gadelha </b>– Três
mandatos consecutivos como “autêntico do MDB”, da Esquerda oposicionista, de
1971 a 1983, sempre ameaçado de cassação pela Ditadura. Surpreendentemente, em
1989, é candidato a Vice-Presidente da República na chapa abortada de Sílvio
Santos, pelo PFL, partido pelo qual retorna à Câmara em 1998 e em 2003. Em
2007, mais um mandato de deputado federal, agora pelo PSB. Atualmente, continua
na Câmara, e até 2019, desta vez pelo PSC, agremiação de Direita explícita, ao
lado de Bolsonaro. Um caso a estudar.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b>Lula</b> – Após dois
desgovernos, o processo do Mensalão transitado em julgado e o Petrolão em
andamento, ambos dos quais foi o chefe; a sua decisiva, oculta e <i>golberiana</i> participação nos desastrosos
governos de Dilma; dezenas de atos criminosos comandados e praticados por ele, denunciados
e provados – Lula, incrivelmente, continua solto. Sem algemas, sem focinheira,
sem coleira. E, também, sem tornozeleira eletrônica. Um fenômeno bem sucedido
de delinquência política.<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">************************<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-46581209075441986752016-10-26T17:27:00.004-07:002016-11-26T18:42:22.313-08:00Incrível! Fantástico! Extraordinário! - Episódios da Política e façanhas de alguns políticos brasileiros - 1ª parte<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="Resultado de imagem para carlos lacerda" src="http://s2.glbimg.com/huCqIm3CDRnDAbuf0ExTLW-4dGk=/300x350/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2014/01/24/817_lacerda2.jpg" height="320" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="274" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Brilho, incoerência, coragem, oportunismo.<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: revista <i>Época</i>)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit;"><b style="text-align: justify;">Carlos Lacerda</b><span style="text-align: justify;"> – Ideológica, política e sucessivamente, foi e militou, intensiva e contraditoriamente. Foi marxista-leninista;
trotskista; participa de conspiração e planejamento de agitações em 1930, efetivada em tentativa de golpe contra-revolucionário
em janeiro de 1931; escondeu-se em propriedade da família após a Intentona Comunista de
1935; nacionalista de esquerda, aliado e companheiro de Samuel Weiner na
revista </span><i style="text-align: justify;">Diretrizes</i><span style="text-align: justify;">, e devedor de vários
favores e oportunidades que Weiner lhe prestou; torna-se adversário político e
desafeto de Samuel Weiner; direitista e conservador, assume o lugar de inimigo
figadal de Samuel Weiner e mantém a oposição orgânica e visceral a Getúlio Vargas; udenista apaixonado, conspira contra o governo democrático e nacionalista de
Getúlio, insulta e calunia o Presidente pela Imprensa; chama Samuel de "o bessarábio" ou "o bessarabiano", natural da Bessarábia, região da Romênia, nunca conseguindo provar; e Samuel o apelidou de "O corvo", pelo perfil do rosto e a "personalidade" de ave agourenta, traiçoeira, de rapina e carniceira; Samuel, que negou a vida toda o seu berço natural, admitiu-o em 1980, antes de morrer; Lacerda é acusado, pela História,
de ser o assassino oblíquo de Getúlio; participa de duas tentativas de golpe
contra JK em 1955 e, em seguida, com Carlos Luz e militares direitistas; foge
para a Cuba de Fulgencio Batista; se posiciona a favor do golpe de 1964; apoiador
da ditadura; em revés, como não consegue ser candidato à Presidência, passa a
atuar contra a ditadura; independente, milita a favor de si mesmo; camaleônico,
tenta formar a natimorta Frente Ampla com seus inimigos Jango e Juscelino; termina
a vida como “lacerdista” ou, como querem alguns, como “eu mesmo” ou “radical de
centro”. Governador da Guanabara, construiu os Túneis Rebouças e Santa Bárbara, o Parque do
Flamengo e o Sistema Guandu, onde foi acusado de lançar mendigos que
“sujavam a cidade”. Removeu as favelas do Cantagalo e da Praia do Pinto na Lagoa Rodrigo de Freitas, transferindo as famílias para as Vilas Kosmos e Kennedy. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="text-align: justify;">Acredito que ele deu um tiro no próprio pé no
episódio da Tonelero que vitimou o Major Rubens Vaz. Lacerda estava armado, atirou
várias vezes e não houve exame da sua arma. A “República do Galeão” e os
militares da Direita não permitiram que fosse feita análise na arma de Lacerda, perícia técnica nem exame
de balística sobre o tiro no pé de Lacerda. E o Brasil inteiro acreditou que
ele fora uma vítima do atentado da Tonelero, atingido por um tiro disparado
pelo mesmo indivíduo que acertou o militar. A última vez que vi Carlos Lacerda foi
em Paraty, RJ, pouco antes de ele morrer, anônimo, silente, aparentemente triste,
atuando como corretor de imóveis, tentando representar grupos investidores, intermediar vendas de casas e terras,
dizia-se, "suspeitas", no mínimo “embaraçadas”, na região – fazendas, ilhas,
praias. Era madrugada, e cruzei com Lacerda, só, sob chuva fina, parecia alcoolizado,
admirando os sobrados coloniais, andando com dificuldade pelas ruas de
pés-de-moleque do Bairro Histórico do Município Monumento Nacional. Lacerda foi um fenômeno
ideológico. De voluntarismo, coragem, incoerência e oportunismo político. Inteligente,
culto, grande tribuno.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Eduardo Cunha</b> – Quatro
vezes eleito deputado federal no RJ, a primeira, em 2003, pelo PPB (primeiro
nome do PP), as seguintes pelo PMDB. Desde que entrou na política, lançado por
Garotinho, é réu em processos por corrupção. Através da sua empresa ”Jesus”, é
detentor de centenas de domínios na Internet. O PT deveria mandar celebrar uma
missa, ou melhor, um culto protestante por semana em ação de graças, pela
felicidade e a vida do ex-presidente da Câmara, que indeferiu de pronto (mesmo
que por interesse próprio ou recíproco entre ele e o partido de Lula), rejeitou
mais de cinquenta denúncias requerendo o <i>impeachment</i>
de Dilma Roussef. Nunca houve um temporal de pedidos como aquele, maior do que
a soma dos ocorridos durante toda a República contra um só Presidente. Dilma,
somente pelo Petrolão, deveria ter sido impedida muito antes, ainda no primeiro
desgoverno. Cunha foi amigo, solidário, generoso, aliado, complacente. Um irmão
querido. Atualmente preso em Curitiba pela Operação Lava-Jato é considerado um
fenômeno político. E financeiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>Miro Teixeira</b> – Foi o
político de maior poder e prestígio da curta história do falecido Estado da
Guanabara. Filho político de Chagas Freitas, e o genético que ele não teve, ninguém
até hoje fez e desfez mais na Guanabara do que Miro. Colunista de <i>O Dia</i> e, ainda rapaz, Chagas o elegeu deputado
federal pelo MDB. Em 1982, concorreu ao governo do RJ pelo MDB com Brizola
(PDT) e Sandra Cavalcanti (PTB). Ficou no partido do Doutor Ulysses até as
primeiras eleições pós-ditadura, quando muda de mala e cuia para o partido de
Brizola, ali permanecendo, fiel, competente e coerentemente, até 2003 quando
Lula o nomeia Ministro das Comunicações e ele vai para o PT. É demitido no
mesmo ano. Anos depois volta para o PDT e, em seguida, ruma para o PROS, da
base de Dilma, onde se reelege em 2014. Para a Câmara Federal, se elegeu três vezes
pelo MDB; uma para a Constituinte pelo PMDB; seis, pelo PDT; e uma, pelo PROS. Hoje
cumpre o décimo primeiro mandato agora pela REDE, que era base de Dilma, mas
Miro votou a favor do <i>Impeachment</i>. Sempre
bem eleito. Possui eleitorado cativo. É inteligente, hábil, competente
parlamentar, um fenômeno bem sucedido da Política Carioca. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b>César Maia</b> – Antes do
primeiro turno das eleições de 1989, quando Brizola era o candidato do PDT, o então
deputado federal César Maia, do mesmo PDT, procurou Fernando Collor, às
escondidas, em São Paulo, para declarar que queria apoiá-lo. Collor, surpreso,
o interrogou: “<i>Mas, como? O Doutor Leonel
Brizola não é o candidato do seu partido, o PDT? Como o senhor quer me apoiar?</i>”
Maia explicou: “<i>Sim, é. Mas eu quero
apoiá-lo</i>”. Collor insistiu: “<i>Mas é
fácil. Basta o senhor romper com o PDT e declarar, publicamente, o seu apoio a
mim</i>”. Maia foi sincero: “<i>Não, mas eu
quero apoiar o senhor sem que o Brizola saiba</i>”. Collor ficou desconsertado
com a ousadia. Brizola teve conhecimento do encontro de Maia com Collor e
chamou o correligionário para esclarecer. Maia negou tudo. Collor confirma e
prova. Parte da entrevista de Collor, editada (não na íntegra como a assisti na
Band em 1997), contando esse triste episódio está no endereço:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: blue; font-family: inherit;"><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=5E13ld7Wpp4">https://www.youtube.com/watch?v=5E13ld7Wpp4</a></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: blue; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Passava os mandatos de prefeito no computador, como uma criança que
ganhou um presente. Criou a palavra e a tolice denominada “factóide”, uma
bobagem, fictícia e irrealizável, que praticava habitualmente, que assustava os
incautos e neófitos pelo tom de seriedade com que era divulgada, e no contexto em
que estava inserida. Inviabilizou, no município, o programa dos CIEPS que, como
Secretário de Finanças de Brizola (“Com quem, diz ele, aprendi tudo de finanças
públicas”), ajudou a construir. É réu em diversas ações de improbidade
administrativa. Foi deputado na Constituinte de 1988, reelegendo-se em 1990
quando após a posse, se transferiu para o PMDB. Foi três vezes prefeito do Rio,
cargo que também deu a Luiz Paulo Conde Cumpre o segundo mandato como vereador,
o terceiro mais votado no último pleito. Elegeu seu filho, Rodrigo Maia, pela quinta
vez deputado federal, atualmente presidente da Câmara, o primeiro na linha
sucessória de Temer. Rodrigo <em><span style="background: white;">Bethlem</span></em>, Eduardo
Paes, Índio da Costa, Pedro Paulo – todos são conhecidos no Rio como “Cesar
Boys”, ou seja, garotos e criações de César Maia, que, quer queiram ou não, é um
fenômeno inexplicável da Política Carioca. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><b><span style="line-height: 115%;">Garotinho</span></b><span style="line-height: 115%;"> – Obra de Brizola. Pertenceu ao PC do B, ao PT, ao PDT, ao
PSB, ao PMDB e, hoje, é filiado ao PR. Duas vezes prefeito de Campos dos
Goytacazes, RJ (1986-8 e 1988-92), deu, ainda, dois mandatos de prefeito à mulher
Rosinha Garotinho (2009-12 e 2013-6); Deputado Estadual (1986-88) e Governador
do RJ (1998-2002). Elegeu a mulher sua sucessora no governo do Estado (2003-6).
Foi deputado federal pelo PR (2011-15). Já protagonizou vários escândalos de
corrupção, entre eles o <i>propinoduto</i>,
um roubo descoberto em 2003, mas realizado no seu governo por fiscais
estaduais, mancomunados com colegas da Receita Federal e doleiros que enviaram
para Suíça US$ 77 milhões. Atualmente, em virtude da lentidão processual da
Justiça brasileira, a Suíça, que bloqueia a fortuna, está propensa a não
repatriá-la, com o risco até de o dinheiro ser devolvido ao fiscal <i>Silveirinha</i>, hoje solto, à época homem
de confiança de Garotinho e <span style="background-color: white;">e chefe da
quadrilha.</span></span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></span>
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><span style="background-color: white; font-family: inherit;"></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: red; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">************************</span><span style="font-size: 20pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-89161893846008007212016-10-26T17:21:00.000-07:002016-11-08T04:03:23.509-08:00Histórias da Política<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div class="MsoNormal">
<i><span style="background: white; color: #222222; font-family: "verdana" , sans-serif; line-height: 115%;">Durante mais
de dez anos, nas décadas de 1970 e 1980, no início da minha vida de jornalista
profissional, assinei colunas de Humor em jornais e revistas de Niterói, Rio e
Brasília e fiz televisão numa emissora carioca. Foi um tempo fértil de muita
criação e arte, em plena ditadura militar, quando publiquei cerca de quinhentos
textos para fazer rir e pensar. Como Humorista profissional, nunca tive
problemas com a censura do regime, mesmo fazendo reflexões e críticas
lancinantes, sátiras diretas de caráter ideológico político, a governos e
oposições. Talvez porque sempre agi com respeito e elegância, não atacava a honra
das pessoas, mas iluminava, com Humor, suas ideias e atitudes, e não apelava
para o chiste grosseiro e a pornografia. Mas,<span class="apple-converted-space"> </span>sofri,
sim, poucas vezes, autocensura, do próprio veículo que trabalhava. Na verdade,
eram mais exercícios de defesa e autopreservação da empresa e dos nossos
empregos, no clima policialesco que<span class="apple-converted-space"> </span>vivíamos,
do que uma restrição à liberdade de pensamento e de imprensa. Lembro-me de que,
durante o tempo que escrevi no<span class="apple-converted-space"> </span></span></i><span style="background: white; color: #222222; font-family: "verdana" , sans-serif; line-height: 115%;">Diário de Notícias<span class="apple-converted-space"><i> </i></span><i>do RJ,<span class="apple-converted-space"> </span>em duas ocasiões, o editor não
publicou dois trabalhos meus sobre a Revolução dos Cravos, de Portugal, e seu
líder, general<span class="apple-converted-space"> </span>António<span class="apple-converted-space"> </span>de Spínola, escrito assim mesmo, com
acento agudo no pré-nome. No momento, me chateei. Depois, compreendi os vetos.
Neste artigo, não criarei ou recriarei Humor. Apenas irei contar algumas
histórias políticas, humorísticas e verdadeiras, que vivi, que ouvi ou que me
relataram na infância e juventude. Não há ficção nelas.</i></span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>INJÚRIA</b> – Numa sessão da Câmara Municipal de Angra dos Reis, RJ, o
íntegro e voluntarioso vereador getulista militante do antigo PTB, Benedito
Braz Pereira, ouve ressoar de um discurso inflamado: “<i>Isto é uma </i>bras<i>fêmia!</i>”. O
edil trabalhista indignou-se: “<i>Protesto,
Senhor Presidente. Eu sou muito macho, sou homem, chefe de família. ‘Fêmea’
coisa nenhuma. Não admito a ofensa...!</i>”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>CIDADANIA</b> – A vereadora Júlia Rocha, de Rio Claro, RJ, na década de
1970, questiona o Plenário da Câmara Municipal: “<i>Temos de parar com essa mania de conceder Título de Cidadão Rio
Clarense pra gente de fora. Temos de prestigiar o pessoal da terra</i>”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>ESTRADAS</b> – Na década de 1960, o vereador Antonio Porto, o <i>Baiaco</i>, de Paraty, RJ, protestando, em
sessão da Câmara, contra o isolamento do município, sem estrada que seguisse
serra acima em direção ao interior, até o Vale do Paraíba, bradou: “<i>Precisamos construir uma estrada de ferro, nem
que seja de pau</i>”. Outro vereador ponderou: “<i>Mas, Excelência, é impossível colocar trilhos para subir a Serra do Mar</i>...”
Baiaco retrucou: “<i>Então vamos construir
uma rodovia marítima, por cima d’água, cruzando a Baía da Ilha Grande</i>...”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>DIAGNÓSTICO</b> – Nas eleições municipais de 1966 em Mangaratiba, RJ,
um médico trabalhava como cabo eleitoral do candidato que fazia oposição a Edson
Elias Dumas. No meio do sertão da Serra do Piloto, que faz divisa com Rio Claro,
o médico após examinar um caipira, tentando cooptá-lo, diagnosticou: “<i>O seu caso é grave, o senhor está com
impaludismo</i>”. O caipira rebateu prontamente: “<i>Não, dotô, eu tô com Edson Dumas</i>”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div class="MsoNormal">
<b style="font-family: verdana, sans-serif; text-align: justify;">CIDADANIA</b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;"> </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;">– A vereadora Júlia Rocha, de Rio Claro, RJ, na década de 1970, questiona o Plenário da Câmara Municipal: “</span><i style="font-family: verdana, sans-serif; text-align: justify;">Temos de parar com essa mania de conceder Título de Cidadão Rio Clarense pra gente de fora. Temos de prestigiar o pessoal da terra</i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;">”.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>ESTRADAS</b> – Na década de 1960, o vereador Antonio Porto, o <i>Baiaco</i>, de Paraty, RJ, protestando, em sessão da Câmara, contra o isolamento do município, sem estrada que seguisse serra acima em direção ao interior, até o Vale do Paraíba, bradou: “<i>Precisamos construir uma estrada de ferro, nem que seja de pau</i>”. Outro vereador ponderou: “<i>Mas, Excelência, é impossível colocar trilhos para subir a Serra do Mar</i>...” Baiaco retrucou: “<i>Então vamos construir uma rodovia marítima, por cima d’água, cruzando a Baía da Ilha Grande</i>...”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>DIAGNÓSTICO</b> – Nas eleições municipais de 1966 em Mangaratiba, RJ, um médico trabalhava como cabo eleitoral do candidato que fazia oposição a Edson Elias Dumas. No meio do sertão da Serra do Piloto, que faz divisa com Rio Claro, o médico após examinar um caipira, tentando cooptá-lo, diagnosticou: “<i>O seu caso é grave, o senhor está com impaludismo</i>”. O caipira rebateu prontamente: “<i>Não, dotô, eu tô com Edson Dumas</i>”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj58zH9q3OjKq7lmecxVbZ5bIvJKHyao-kF76fXhfScYkOVBkMKQVCmFmX2eH9zzsvm2gI5f0Y4StsBP6N_03G-GfNCpfbjH8B3CLzK3IF_ccZPTz5SC4rF8kF4N-ddaDKBhRfysrmByEs/s1600/Norival+e+Nhonh%25C3%25B4+1958.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj58zH9q3OjKq7lmecxVbZ5bIvJKHyao-kF76fXhfScYkOVBkMKQVCmFmX2eH9zzsvm2gI5f0Y4StsBP6N_03G-GfNCpfbjH8B3CLzK3IF_ccZPTz5SC4rF8kF4N-ddaDKBhRfysrmByEs/s640/Norival+e+Nhonh%25C3%25B4+1958.jpg" width="323" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Norival (à esq.) e Nhonhô<br />
à época do comício<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: Acervo Marcelo Câmara)</span><br />
<br /></td></tr>
</tbody></table>
<b style="font-family: verdana, sans-serif; text-align: justify;">VIRTUDES</b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;"> </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;">– Nas eleições de 1958 para Prefeito de Paraty, RJ, o vereador Antônio Núbile França, o</span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;"> </span><i style="font-family: verdana, sans-serif; text-align: justify;">Nhonhô</i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;">, da UDN, famoso pelo seu dom e dotes na oratória política, tinha como vice outro vereador, Norival Rubem de Oliveira, do PSP. Num comício em Tarituba, bela praia e vila paratyense,</span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;"> </span><i style="font-family: verdana, sans-serif; text-align: justify;">Nhonhô</i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;">, elogia os candidatos da coligação estadual e local PTB-PSP-UDN, a deputado estadual e federal, a senador e a governador, recitando as virtudes e predicados de cada um. Ele já tinha tomado umas pingas (era sábio e primoroso pingófilo) e no momento de falar do seu vice, Norival, o raciocínio falhou e ele começou a ratear: “</span><i style="font-family: verdana, sans-serif; text-align: justify;">Norival Rubem de Oliveira, meu companheiro de chapa, o grande Norival... Como ia dizendo, o grande Norival... Norival... o candidato a vice-prefeito, homem de muitas qualidades... Norival, Norival... Norival Rubem de Oliveira... o amigo de todas as horas... Norival Rubem de Oliveira...</i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;">” E não sabendo o </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;">que dizer dele, arrematou: “</span><i style="font-family: verdana, sans-serif; text-align: justify;">Norival, QUE SEMPRE BEBEU COMIGO!” </i><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-align: justify;">Nhonhô e Norival venceram as eleições e dividiram o mandato. Cada um governou dois anos. Até hoje, se diz em Paraty que o melhor prefeito da sua história, foi um vice: Norival, que fez, realmente, uma bela administração.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: start;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>SIGILO</b> – Nas eleições legislativas de 1933, em Caicó, RN, um cidadão, que votava pela primeira vez, depois de ser orientado sobre o sigilo do voto (“<i>Ninguém pode saber em quem você votou, ouviu?</i>” foi advertido), se apresentou na porta da sala da biblioteca municipal, onde se localizava a sua seção eleitoral, se identificou na mesa eleitoral e foi orientado a ir até a cabine indevassável no fundo da sala para recolher a cédula do seu candidato a deputado à “Assembleia Nacional Constituinte do Brasil”. Na saída, depois de percorrer os corredores com estantes de livros, ele teria de depositar a cédula na urna colocada junto à mesa, na porta da sala por onde entrou. Passou direto. A mesária chamou o sujeito: “<i>Senhor, o seu voto, coloque aqui na urna</i>.” Ao que ele reagiu: “<i>De jeito nenhum. O voto é secreto, minha senhora. Ninguém pode ver. O meu voto eu escondi, está dentro de algum livro aí da biblioteca.</i>”</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">************************<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-91457027630968623692016-10-26T17:09:00.003-07:002016-11-10T17:37:14.404-08:00Esquerda Democrática? Onde? - 3ª parte<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";">Encerramos,
com este artigo, a série que questiona a existência, no País, de partidos
Socialistas Democráticos. O balanço, ao final de cinco artigos, não é animador.
Entre nós, a denominação “Socialismo Democrático” transformou-se muito mais em
uma legenda de propaganda para atrair curiosos, ingênuos, desinformados e
incultos do que uma ideologia e regime de política. Esta, vivida por diversos
períodos, em vários países da Europa, especialmente nos países escandinavos, provou
ser capaz de transformar o Capitalismo, anulando ou, ao menos, mitigando os
seus intrínsecos pecados e males que o transformam em um sistema que,
historicamente, enseja a prosperidade de poucos, em detrimento da maioria, agrava
a desigualdade e, em consequência, multiplica a injustiça e a infelicidade
sociais.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><br /></span></i></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>PCB</b> – O Diário Oficial da
União, na edição de 4.4.1922, publica o registro do “Partido Comunista – Seção
Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC)”. Durante o século passado, e
até 1962, o PC foi identificado como “Partido Comunista Brasileiro”, “PC”, “PC
do Brasil” e “Partidão”. De ideologia marxista-leninista, hoje não stalinista,
o PCB, partido revolucionário, objetiva implantar o Socialismo no lugar do
Capitalismo, considerando e agudizando a inexorável “luta de classes”. A meta é
a implantação de uma ditadura do proletariado, economia totalmente estatizada,
no ambiente de pensamento e partido único. Em sua longa história, viveu metade
da sua vida na clandestinidade, perdeu, assassinados, a maioria de seus
dirigentes, e alternou, em sua trajetória, dezenas de acertos e erros. Do seu
útero saíram o PSB, o PC do B, o PPS, várias partidos e correntes que praticaram
a luta armada de 1964 a 1985. Atualmente, o PCB rechaça, veementemente, as
políticas de conciliação entre capital e trabalho, “de compensação” para
combater a fome e miséria dos trabalhadores dentro do capitalismo, repele as
políticas “de submissão consentida à hegemonia burguesa". Ao ratificar
suas teses históricas de partido revolucionário, reciclar estratégias de luta, o
PCB, sem parlamentares no Congresso Nacional, profetiza: “o Poder Popular
assumirá (...) um Estado Proletário – a Ditadura do Proletariado – que
conduzirá a transição socialista visando a erradicar a propriedade privada, as
classes e, portanto, o próprio Estado através da livre associação dos
produtores”. Diante dessa síntese, considerando o seu fim político, o PCB
atualiza e consagra o que Marx chamou de “Socialismo Científico”, ou o caminho
para o Comunismo, em oposição a outros “socialismos”, modelos tidos como
“românticos, utópicos ou burgueses”. E não há, definitivamente, como legendar o
PCB como um partido Socialista Democrático, entendida a “Democracia” como
regime de liberdade, pluralismo e representação. A candidatura de Marcelo
Freixo, do PSOL, no segundo turno das eleições municipais no Rio é do PSOL e do
PCB. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>PSTU </b>– Idem. Persegue a
“ditadura do proletariado”, mas na linha trotskista. Considera o <i>Impeachment</i>
de Dilma um golpe, se opõe a Temer. Defende o aborto e a legalização da maconha.
Apóia Freixo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>PCO</b> – Idem. Porém considera
Freixo “de direita”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>REDE</b> – Um PV com aparência
de Esquerda, mas que é aliado do PT, seu berço e escola política. No processo
de <i>Impeachment</i>, foi contra a saída de
Dilma, que define como “um golpe”, apresentando, inclusive, no julgamento
final, a emenda para preservar os direitos políticos de ex-presidente,
contrariando a Constituição. Faz oposição a Temer e acompanha o PT nas votações
no Congresso. Apóia Freixo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6thWwwSjhjtchTildj1XF8AjbY4b0cgzSShIPgS3P5MxBekXYcNwgZGsIAewrMflHpqi21ohYlci_R74z6CZVN_C4ROP1WOseWzHAC8GjyPHUuMpM0FfBBAgDn80Fg8oaSNxk1aezZwY/s1600/Freixo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6thWwwSjhjtchTildj1XF8AjbY4b0cgzSShIPgS3P5MxBekXYcNwgZGsIAewrMflHpqi21ohYlci_R74z6CZVN_C4ROP1WOseWzHAC8GjyPHUuMpM0FfBBAgDn80Fg8oaSNxk1aezZwY/s320/Freixo.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">Pilhéria: para Freixo, o Ministério Público</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">e a Jutiça brasileira, inclusive o STF, são seletivos.</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">O primeiro só denuncia o PT. O segundo só condena o PT.</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;">(Foto: ILISP)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>PSOL</b> – Quando surgiu, em 2004,
no ventre do PT, registrado no ano seguinte, no auge do Mensalão, em
decorrência de divergências de alguns parlamentares petistas com os rumos e o
comportamento do partido, a “falta de democracia interna”, sob a liderança da
Senadora Heloisa Helena – pensou-se até, e seriamente, que teríamos realmente um
partido Socialista Democrático, de oposição. Mas, com o passar das eleições, dos
mandatos, das legislaturas, em todos os níveis, ficou claro que se tratava apenas de uma dissidência contrariada e ruidosa, e, de fato, uma força auxiliar
do PT. Abrigando diversas correntes de Esquerda, oriundos de outros partidos e
correntes, reformistas e revolucionários, o PSOL se apresenta programaticamente
como um partido Socialista Democrático, porém, na prática, já consolidou a sua
identidade – pelo seu comportamento, pelas suas atitudes “esquerdistas”, no
pior sentido – como uma filial, fiel e dogmática, do PT. As campanhas de “Fora
Fulano” e “Fora Beltrano” são rotineiras, risíveis e desarrazoadas. No entanto,
falta o “Fora PT”, “Fora Lula”, que não acontece, e que foi a razão do seu
nascimento. Trabalhou intensamente contra o <i>Impeachment</i>,
que vê como “golpe”, e faz oposição cega e cerrada a Temer. Admite o aborto em
alguns casos e luta pela legalização da maconha. Marcelo Freixo, como candidato
do PSOL à Prefeitura do Rio, tem desempenho de um empedernido ginasiano
oposicionista. Promete políticas estatizantes e grandes investimentos de
dinheiro público, nessa época de crise generalizada, decorrente dos governos
petistas. Não inclui, oficialmente, nas suas propostas, mas, em entrevistas,
sempre defende a “desmilitarização, desarmamento das polícias”, (imaginem o paraíso que isto
seria para o crime organizado, o tráfico de drogas e de armas); e a inviável democracia
direta com administração partilhada com os “conselhos de bairro e de
comunidades” (favelas). Pugna pelo aborto e a legalização da maconha. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>PV</b> – Criado em 1986, o
Partido Verde, no Brasil ou em todo o mundo, não tem como caminho, caráter ou
objetivo, uma forma de governo, um regime político ou um sistema econômico. A
ecologia, a sustentabilidade, um item no programa de qualquer partido, torna-se
a sua razão de ser e denominação. A ideologia política, os objetivos e funções
do Estado, além da ecologia – são secundários ou devem estar a serviço da
conservação do Planeta. Uma inversão na vida da Nação organizada em País. Seria
como ter um Partido da Bigamia Brasileira – PBB para quem é bígamo. Por isto, a
história do PV mostra comportamentos insólitos, alianças bizarras, à esquerda e
à direita, incoerências, contradições. Prega o aborto e a legalização da
maconha. Se é um partido Socialista Democrático? Pode ou não ser. Um mistério,
uma expectativa. Deve haver quem assim pensa em seus quadros. O importante é a
sustentabilidade, O resto é detalhe, não é fundamental. Vale tudo. Ou, depois das
eleições, não valeu nada. O PV pode estar em qualquer latitude política: à
direita, à esquerda, no centro; pode votar contra, a favor, muito pelo
contrário e “vice-versa”, como pontificou Jardel, jogador do Grêmio. Tudo vai
depender de onde o partido planta e cultiva a sua horta. Vota em Freixo. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>***********************************</b></span></div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-61453681492139863732016-10-26T17:07:00.002-07:002016-12-13T16:57:25.414-08:00Esquerda Democrática? Onde? - 2ª parte<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Neste artigo, vamos
analisar a história e a conduta atual de mais dois partidos brasileiros que se
apresentam como “Socialistas Democráticos”. O primeiro, o PC do B, de ideologia
marxista-leninista-stalinista, nascido na década de 1960 de uma dissidência do
antigo “Partidão”, insiste em propagar que tem 94 anos, querendo furtar para si
a idade do PCB. O segundo, o PSB, também de inspiração marxista, mas não
revolucionário, exibe história acidentada, prenhe de equívocos, conflitos e
contradições, como suas duradouras núpcias com o PT, recentemente desfeitas.<o:p></o:p></span></i></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>PC do B</b>
– Fundado em 1962, decorrente de uma dissidência havida no seio do PCB, que
seguindo líder soviético Khrushchov, optou pela <i>desestalinização</i>, em 1956, do Movimento Comunista Internacional , o
PC do B tem ideologia marxista-leninista e no seu nascimento já adotava,
consequentemente, a linha política de Joseph Stalin. Várias vezes, o partido
foi atingido por dissidências, correntes e militâncias paralelas, marginais.
Depois, percorreu as linhas maoísta, chinesa, e, por fim, albanesa, todas
experiências comunistas frustradas. Na década de 1980, cheguei a participar, a
convite do PC do B, em Brasília, das comemorações de um aniversário de nascimento
de Stálin, quando assisti ao então dirigente Renato Rabelo proferir
entusiástica e derramada palestra sobre a vida do “grande e eterno Joseph
Stálin, nosso líder inspirador”. Ao cultuar a ideologia marxista-leninista, ao
perseguir a ditadura do proletariado, um regime totalitário, de partido único,
contra a liberdade e o pluralismo partidário, um regime partido único, de
economia estatal, centralizada, afasta o partido do rol dos Socialistas
Democráticos. Pragmaticamente, por largo tempo, o PC do B foi um aliado de
Leonel Brizola, tanto nas eleições nacionais, como nas estaduais. Porém, ao se
compor com os desgovernos de Lula e Dilma, participando deles inclusive, ao se
comportar como um instrumento do PT, a sigla se distancia definitivamente desse
terreno, exceto se considerarmos legítimo e válido o conceito marxista,
exclusivo e excludente, de “democracia”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZg1xV4HktKThUiDIpfS7XwkWzET19dgHLY7772ZoH9JQBaPLZANSbKB5n5-ukCdcxzHrBriso_DW-CHFyztBra2V2PSoPzBDMTH20olkuxRnmvAoYdPh37jyglcNoumllgdrbUkqAG58/s1600/Miguel+Arraes.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZg1xV4HktKThUiDIpfS7XwkWzET19dgHLY7772ZoH9JQBaPLZANSbKB5n5-ukCdcxzHrBriso_DW-CHFyztBra2V2PSoPzBDMTH20olkuxRnmvAoYdPh37jyglcNoumllgdrbUkqAG58/s320/Miguel+Arraes.jpg" width="195" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Arraes (1916-2005): </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">contradições e apoio a Lula</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">(Foto: https://pt.wikipedia.org)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: medium;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: small;"><span style="font-size: large;"><b>PSB</b> – O
partido nasceu em 1947, do grande fórum <i>2ª
Convenção Nacional da Esquerda Democrática</i>, com a absorção de ideias
marxistas, porém como uma alternativa mediana, formulada por João Mangabeira,
Hermes Lima e Domingos Velasco, ao Trabalhismo de Getúlio e o Comunismo de
Prestes. Percorreu tortuosos e contraditórios caminhos, interrompidos pela Ditadura
Militar de 1964, que incluíram o abrigo de grupo trotskista, aproximações e
alianças com a UDN e com o Janismo. Em 1985, o PSB foi refundado. Ao retornar
do exílio em 1979, Miguel Arraes, que fora Governador de Pernambuco pelo PST,
uma sigla trabalhista, aliada a Jango e Brizola, não ingressa no PDT, como se
esperava e seria natural. Arraes se filia ao PMDB, assim como Waldir Pires, do
antigo PTB, para surpresa de todos. Em 1990, o governador de Pernambuco, Miguel
Arraes, eleito pelo PMDB, vai para o PSB. Em 2000, o partido recebe Antony
Garotinho. Importantes quadros, por isto,</span><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-size: large;"> deixam o partido. </span><span style="font-size: large;">Garotinho é
</span></span><span style="font-size: large;">candidato a </span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: medium;">Presidência da República, fica em terceiro lugar e influencia o PSB
por três anos, quando, então, é, praticamente, “expulso” da agremiação, pois
tem o seu recadastramento negado. Arraes retorna à direção e volta a dominar o
PSB, apóia Lula nas eleições de 1989 até 2006, e Dilma em 2010. Antes da
eleição de 2010, recebe Ciro Gomes, perde mais quadros por conta dessa
filiação, mas não o lança candidato a Presidente, preferindo Dilma. Sempre
aliado ao PT, participa dos governos petistas. Somente em agosto de 1914, o PSB
desperta, critica os rumos das políticas do PT, sai do governo Dilma e lança
Eduardo Campos, neto de Arraes, à Presidência da República, com um programa de
governo distante da ideologia populista e da política orçamentária e fiscal
suicida do PT. Um desastre de avião mata Campos e o PSB acolhe Marina Silva, em
processo de registro da Rede de Sustentabilidade, como candidata à Presidência.
No segundo turno, Marina, derrotada, pessoalmente apóia Aécio Neves, mas o
Diretório Nacional do PSB, incrivelmente, recomenda o voto em Dilma. Após
tantas contradições e hesitações para reassumir, efetivamente, os princípios e
objetivos do Socialismo Democrático, mesmo não participando do governo Dilma em
seus estertores, o PSB se dividiu, se pulverizou ao votar o <i>impeachment</i>, com parlamentares a favor e
outros contra o impedimento de Dilma, defendendo a sua permanência. Atualmente,
com o seu afastamento, aparentemente irreversível, do desmoralizado PT,
distante da irresponsabilidade, do populismo e da demagogia criminosa do PT, o
partido retoma o seu tradicional ideário, tenta cumprir, coerentemente, no
posicionamento e pronunciamentos de sua direção, no comportamento parlamentar,
o seu histórico e prestigioso programa, identificando-se, verdadeiramente, como
um partido Socialista Democrático. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">No próximo artigo, visitaremos, criticamente, os
demais partidos que se apresentam como “Socialistas Democráticos”. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b style="color: red;">***********************************</b></span></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-42895824667320544502016-10-26T17:04:00.001-07:002016-11-08T07:08:41.092-08:00Esquerda Democrática? Onde? - 1ª parte<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i><span style="text-align: justify;">Após passearmos, criticamente, sobre o PT e o PDT e
constatarmos que o primeiro falece desmoralizado e degradado, depois de rasgar
as tradicionais bandeiras populares da Esquerda, de participação, ética,
igualdade de oportunidades, distribuição de renda e justiça social, através de
um projeto desonesto de poder, que incluiu a demagogia institucionalizada, o
descalabro administrativo, a orgia orçamentária e fiscal, a gastança criminosa
e a corrupção generalizada via aparelhamento do Estado; e o segundo partido, o
PDT, aliando-se, incondicionalmente, ao PT, traiu os seus compromissos
históricos com o Trabalhismo Brasileiro – neste artigo vamos iluminar a
atualidade das outras agremiações que se apresentam como “de Esquerda”, e
questionar: </span><b style="text-align: justify;">Podem elas, realmente, serem
identificadas, pelos seus ideários, programas e condutas políticas, como
“Partidos Socialistas Democráticos”, no amplo espectro de opções ideológicas antiliberais
e anticonservadoras?</b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>PSDB</b> – A
Social Democracia pode ser definida como um Socialismo reformista, não
revolucionário, dentro do Capitalismo, com pluralidade de representação
política, mas onde, mantendo-se a economia de mercado, a livre iniciativa e o
lucro, o capital é rigidamente regrado. O Estado intervém na economia, visando
ao bem-estar social, melhor distribuição de renda, um aperfeiçoamento do
sistema capitalista, tornando-o mais igualitário, mais democrático, mais justo.
Nascida no útero do marxismo, originalmente os social-democratas, ao contrário
dos marxistas ortodoxos, criam que, através do “reformismo”, do revisionismo da
doutrina de Marx e Engels, chegar-se-ia ao Socialismo, através da própria
evolução social e política. Na Alemanha, a divergência aberta por <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Eduard_Bernstein" title="Eduard Bernstein"><span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Bernstein</span></a> contra os socialistas revolucionários de Rosa
Luxemburgo, formalizou a cisão no início do século passado. Em seguida, dentro
da própria Social-Democracia, novas cisões: caminhar rumo ao Socialismo ou
permanecer no Capitalismo, transformando-o, via sistema representativo e eleições
e através da nacionalização das empresas, programas sociais radicais como
educação e saúde públicas universalizadas e maiores tributos para os mais ricos.
No pós-guerra, estes últimos se aproximam e se aliam aos partidos de centro,
originando a atual “Terceira Via”, configurada com o fim da URSS e a queda do
Muro de Berlim, que congrega “social=democratas” com os “verdes”, tornando
prioritários programas sociais de distribuição de renda, as lutas ecológicas e
pelos direitos humanos. No mundo, raros são os partidos verdadeiramente social-democratas.
Quase todos se transformaram em neoliberais. Entre nós, o PSDB de Mário Covas e
FHC já nasceu como “Terceira Via”, uma pseudo Social-Democracia, deturpada,
não-socialista. Confirmou-se, na prática, o seu caráter neoliberal, privatista
e antinacional. Se há algum social-democrata, socialista democrata, no PSDB? Ocupando
cargos eletivos e militantes, certamente, não. Talvez, alguns eleitores mal
informados, iludidos, impressionados com a insígnia “Social-Democracia
Brasileira”. No Brasil, os únicos partidos, genuinamente, social-democratas,
socialistas democratas que existiram foram o PTB pré-64 e o PDT de Leonel
Brizola, hoje ambos finados. Brizola foi Vice-Presidente e Presidente de Honra
da Internacional Socialista, que reunia os autênticos da ideologia, distantes
das “Internacionais Comunistas” ou <i>Komintern</i>,
depois <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Kominform" title="Kominform"><i><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">Kominform</span></i></a>, ambas dissolvidas em 1943 e 1956
respectivamente, sob o comando da extinta URSS.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQlxinQwJkoZvUimJYxm4BBcTgYNgxskeIO11LfbN7081um_t7WPEVLQUI-Vt53pz3nTzWD0x8OupE18qll211jmeYktUKK-RuUhXGMiasM_cZ0KoUUsMVQ56lX9cOXG_d54mLeoFZPu8/s1600/Roberto+Freire.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQlxinQwJkoZvUimJYxm4BBcTgYNgxskeIO11LfbN7081um_t7WPEVLQUI-Vt53pz3nTzWD0x8OupE18qll211jmeYktUKK-RuUhXGMiasM_cZ0KoUUsMVQ56lX9cOXG_d54mLeoFZPu8/s1600/Roberto+Freire.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Freire: ex-comunista<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: GGN)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>PPS</b> – Fundado
em 1992 por Roberto Freire, um dos quadros mais importantes do PCB, numa
dissensão deste, com a derrocada da URSS e do Comunismo no mundo, o Partido
Popular Socialista nasce se proclamando “social democrata”, “socialista
democrático”, “novo Socialismo” e, ao mesmo tempo, apoiando a “Terceira Via”
que nada se identifica com a verdadeira Esquerda. O partido toma o número 23,
do antigo “partidão” e, desde a primeira hora apóia o Governo Itamar Franco,
dele participa e tem o próprio Freire como seu líder na Câmara. O Governo
Itamar, com o apoio do PPS, viabiliza a chegada do PSDB ao poder, e sua
política neoliberal, integrando o Governo FHC e mesmo o governo de Lula até
2003. Nacional e regionalmente, nos Estados e Capitais, a história do PPS
registra alianças inimagináveis com o DEM, o PL, o PTB e PT do B, com vários
setores da Direita. O PPS só acorda para fazer oposição à Lula e, depois, à
Dilma, com o Mensalão. No STF é processado por usar a história e os símbolos do
quase centenário PCB. A rigor, a trajetória e façanhas do PPS não o credenciariam
como um partido com identidade ao Socialismo Democrático. No entanto,
atualmente, sua firme e contundente postura ética e de ação política de
oposição aos governos de Lula e Dilma e a favor do <i>impeachment</i>, alinhado com o compromisso de recuperação do País,
recoloca o PPS na sua linha ideológica original, na qual foi criado, ou seja, na
Esquerda Democrática.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>PC do B</b> –
Fundado em 1962, decorrente de uma dissidência havida no seio do PCB, que
seguindo líder soviético Khrushchov, optou pela <i>desestalinização</i>, em 1956, do Movimento Comunista Internacional , o
PC do B tem ideologia marxista-leninista e no seu nascimento já adotava,
consequentemente, a linha política de Joseph Stalin. Várias vezes, o partido
foi atingido por dissidências, correntes e militâncias paralelas, marginais. Depois,
percorreu as linhas maoísta, chinesa, e, por fim, albanesa, todas experiências
comunistas frustradas. Na década de 1980, cheguei a participar, a convite do PC
do B, em Brasília, das comemorações de um aniversário de nascimento de Stálin,
quando assisti o então dirigente Renato Rabelo proferir entusiástica e
derramada palestra sobre a vida do “grande e eterno Joseph Stálin, nosso líder
inspirador”. Ao cultuar a ideologia marxista-leninista, ao perseguir a ditadura
do proletariado, um regime totalitário, de partido único, contra a liberdade e
o pluralismo partidário, um regime partido único, de economia estatal,
centralizada, afasta o partido do rol dos Socialistas Democráticos.
Pragmaticamente, por largo tempo, o PC do B foi um aliado de Leonel Brizola,
tanto nas eleições nacionais, como nas estaduais. Porém, ao se compor com os
desgovernos de Lula e Dilma, participando deles inclusive, ao se comportar como
um instrumento do PT, a sigla se distancia definitivamente desse terreno,
exceto se considerarmos legítimo e válido o conceito marxista, exclusivo e
excludente de “democracia”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>PSB</b> – O
partido nasceu em 1947, do grande fórum <i>2ª
Convenção Nacional da Esquerda Democrática</i>, com a absorção de ideias
marxistas, porém como uma alternativa mediana, formulada por João Mangabeira,
Hermes Lima e Domingos Velasco, ao Trabalhismo de Getúlio e o Comunismo de
Prestes. Percorreu tortuosos e contraditórios caminhos, interrompidos pela
Ditadura Militar de 1964, que incluíram o abrigo de grupo trotskista,
aproximações e alianças com a UDN e com o Janismo. Em 1985, o PSB foi
refundado. Ao retornar do exílio em 1979, Miguel Arraes, que fora Governador de
Pernambuco pelo PST, uma sigla trabalhista, aliada a Jango e Brizola, não
ingressa no PDT, como se esperava e seria natural. Arraes se filia ao PMDB,
assim como Waldir Pires, do antigo PTB, para surpresa de todos. Em 1990, o
governador de Pernambuco, Miguel Arraes, eleito pelo PMDB, vai para o PSB. Em
2000, o partido recebe Antony Garotinho. Importantes quadros, por isto, deixam
o partido. Garotinho é candidato a Presidência da República, fica em terceiro
lugar e influencia o PSB por três anos, quando, então, é, praticamente,
“expulso” da agremiação, pois tem o seu recadastramento negado. Arraes retorna à
direção e volta a dominar o PSB, apóia Lula nas eleições de 1989 até 2006, e
Dilma em 2010. Antes da eleição de 2010, recebe Ciro Gomes, perde mais quadros
por conta dessa filiação, mas não o lança candidato a Presidente, preferindo
Dilma. Sempre aliado ao PT, participa dos governos petistas. Somente em agosto
de 1914, o PSB desperta, critica os rumos das políticas do PT, sai do governo
Dilma e lança Eduardo Campos, neto de Arraes, à Presidência da República, com
um programa de governo distante da ideologia populista e da política
orçamentária e fiscal suicida do PT. Um desastre de avião mata Campos e o PSB
acolhe Marina Silva, em processo de registro da Rede de Sustentabilidade, como
candidata à Presidência. No segundo turno, Marina, derrotada, pessoalmente
apóia Aécio Neves, mas o Diretório Nacional do PSB, incrivelmente, recomenda o
voto em Dilma. Após tantas contradições e hesitações para reassumir,
efetivamente, os princípios e objetivos do Socialismo Democrático, mesmo não
participando do governo Dilma em seus estertores, o PSB se dividiu, se
pulverizou ao votar o <i>impeachment</i>,
com parlamentares a favor e outros contra o impedimento de Dilma, defendendo a
sua permanência. Atualmente, com o seu afastamento, aparentemente irreversível,
do desmoralizado PT, distante da irresponsabilidade, do populismo e da
demagogia criminosa do PT, o partido retoma o seu tradicional ideário, tenta
cumprir, coerentemente, no posicionamento e pronunciamentos de sua direção, no
comportamento parlamentar, o seu histórico e prestigioso programa, identificando-se,
verdadeiramente, como um partido Socialista Democrático. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No próximo artigo, visitaremos, criticamente, os
demais partidos que se apresentam como “Socialistas Democráticos”. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b style="color: red;">***********************************</b></span></div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-46172080065248651732016-10-26T16:58:00.004-07:002016-11-08T07:09:28.742-08:00Esquerda? Que Esquerda? A do PDT?<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="color: #222222; font-family: "verdana" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Alguns internautas receberam o primeiro artigo desta série, dedicado ao
PT, como uma intenção deliberada deste jornalista de livrar uma suposta
Esquerda do partido da responsabilidade pelos males causados ao País. Não.
Absolutamente. Nada disso. Três foram os objetivos daquele artigo: procurar
demonstrar que as ações dos governos do PT não se coadunam, em tese, com os
valores e a ética de uma doutrina socialista democrática; que os verdadeiros
socialistas que estiveram no PT o deixaram a partir das condutas iniciais do
primeiro governo Lula; e que, como se comprovará ao final da série, os
verdadeiros socialistas, com as suas naturais virtudes, pecados e erros, não
habitam os partidos ditos “de Esquerda” no País, estão distantes do processo
político-partidário, ocupados em outros ofícios e missões, ideológicas ou não.</span></i><span style="color: #222222; font-family: "verdana" , "sans-serif"; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="text-align: justify;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG5Jt9o28CQf_EHNiTtinSxWDP-9Xmc3ielzfyepDYwWLpPGTVZdcOA9cYlsADlEvLpS0jQNz7lPc5zhtOtuwHb8kv1ZlZ7yj62Fm0bQPnjfidX7YRSiCGQLQI2LVG4TOLyGxFZIZP4RQ/s1600/Jos%25C3%25A9+Augusto+Ribeiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG5Jt9o28CQf_EHNiTtinSxWDP-9Xmc3ielzfyepDYwWLpPGTVZdcOA9cYlsADlEvLpS0jQNz7lPc5zhtOtuwHb8kv1ZlZ7yj62Fm0bQPnjfidX7YRSiCGQLQI2LVG4TOLyGxFZIZP4RQ/s320/Jos%25C3%25A9+Augusto+Ribeiro.jpg" width="213" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">José Augusto Ribeiro:<br />
História com seriedade.<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: www.hildegardangel.com.br)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Aqui, numa segunda reflexão, perguntamos: <b>Há Trabalhistas de Esquerda no atual PDT?</b> Evidentemente que não.
Talvez, uns poucos, franciscana e saudosamente, em desconforto, sem ter para
onde ir, que, ao agirem, de acordo com as suas convicções, estão sendo marginalizados
ou processados para a expulsão do partido. Há exceções. Alguns intelectuais de
Esquerda, incrivelmente, permanecem no PDT, ainda integram o partido, como o brilhante
jornalista e historiador José Augusto Ribeiro, autor dos três volumes
esgotadíssimos de <i>A Era Vargas</i>. Há
alguns outros valorosos trabalhistas-socialistas, aqui e acolá, com a
carteirinha do partido, frequentando-o. <b>Mas,
onde está a maciça, a expressiva Esquerda Trabalhista, Brizolista, do PDT?</b>
A maioria está fora da vida político-partidária, votando, consciente e
responsavelmente “nulo” ou “em branco” a cada eleição, desde a partida de
Brizola. “Se, no Brasil, o Trabalhismo é uma ideologia na gaveta e se não existe
partido trabalhista, não há em quem e porque votar” - argumentam. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>CARTA DE LISBOA</b> - Em 1980, o PDT
foi a alternativa de Leonel de Moura Brizola, após perder a histórica sigla PTB
para Ivete Vargas, numa complexa e maquiavélica manobra do General Golbery do
Couto e Silva, o mesmo que ajudou a inventar Lula. No ano anterior, em
Portugal, Brizola e mais 125 Trabalhistas, gente de várias latitudes sociais e
diversos talentos, como Darcy Ribeiro, Francisco Julião, Doutel de Andrade e
Herbert de Souza, o <i>Betinho</i>, elaboram
e assinam a <i>Carta de Lisboa</i>,
manifesto político, documento social, econômico e cultural, socialista e
nacionalista, que marcaria o renascimento do velho PTB, mas acabou sendo o
“registro de nascimento” do PDT, “um partido nacional, popular e democrático”. Essa
Carta transformou-se no ideário e no programa básico do PDT. Nela, Brizola
prega uma “solução trabalhista para o País, despida
de soluções importadas” e convoca para a participação e o debate todas as
forças populares, democráticas e progressistas visando à “construção de uma
sociedade socialista, fraterna e solidária, em Democracia e Liberdade”. Após
prever um partido que deve praticar a tolerância, a fraternidade, o pluralismo
e condenar a manipulação de sindicatos e organizações populares, Brizola diz
que deseja “recuperar o papel renovador que desempenhava os trabalhistas antes
de 64”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>IDEAIS
BRIZOLISTAS</b> - Além de condenar todas as formas de censura, defender os
direitos dos trabalhadores e, indiscriminadamente, os direitos humanos, a <i>Carta</i> enumera quatro missões então
urgentes do novo partido, diante o drama social que a Nação vivia, sob a
Ditadura Militar: 1) salvar as crianças do abandono e da fome, e, da
delinquência, os jovens “analfabetos e descrentes da sua Pátria”; 2) viabilizar
o exercício dos direitos dos negros e índios, fazendo-lhes justiça; 3) dar a
mais séria atenção às mulheres brasileiras, espoliadas em sua cidadania e no
seu trabalho; 4) assumir a Nação a causa do Povo Trabalhador do Norte e
Nordeste, vítimas de cruel e permanente “colonialismo interno”. Brizola coloca
o Povo Brasileiro como “sujeito e criador do seu próprio futuro”, sublinhando “o
caráter coletivo, comunitário e não individualista da visão Trabalhista”. E
encerra a <i>Carta</i>, asseverando que, com
a organização do PTB – sonhava ele –
“continuaremos firmemente, sob a inspiração da Carta Testamento do Presidente
Getúlio Vargas, a caminhada junto ao povo que nos levará à emancipação da
Pátria”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>O TRABALHISMO, UMA DOUTRINA NA GAVETA </b>- Tomemos a ideologia
Trabalhista que tem no Trabalho e nos Trabalhadores os valores primaciais de
uma Nação, para a construção do Estado e suas instituições, a evolução
política, o desenvolvimento socioeconômico e cultural de um país. Em seguida,
viajemos pela História do Trabalhismo Brasileiro cuja semente está na Revolução
Farroupilha, na luta pela República e sua afirmação, no Governo gaúcho
positivista de Júlio de Castilhos. Depois, com Getúlio Vargas, Alberto
Pasqualini pensou e sistematizou a doutrina. Marcondes Filho organizou o
sindicalismo e ajudou a dar face trabalhista a um partido, liderado por Vargas.
Vieram Jango e Brizola para consolidar a ideologia definitivamente. Meditemos
sobre os percursos político-ideológicos de Vargas, o Estadista do Século XX, que
fundou e estruturou o Estado Brasileiro, praticou, efetivamente, o Trabalhismo
em suas decisões e feitos, em toda a sua dimensão humana e social, estabeleceu
os alicerces da economia nacional; de Jango com as Reformas de Base, seu
governo nacionalista e popular, o golpe que, por isto, sofreu e por causa dele
morreu. Reflitamos sobre a <i>Carta de
Lisboa</i>, seus fundamentos, sua crítica, seus objetivos, o que o PDT nela buscou
e dela cumpriu. Analisemos, por último (e nada aconteceu depois) a brilhante,
coerente e vitoriosa caminhada de Brizola como líder político, nacional e
trabalhista, prefeito, deputado estadual e federal, o único brasileiro
governador em dois Estados, sua conduta de estadista, seus extraordinários
feitos como administrador, sua rica biografia, bem como as vitórias e derrotas
do PDT. Definitivamente, concluímos: no Brasil, o PDT é uma doutrina na gaveta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Então, estamos prontos para questionar: Esse PDT que sobreviveu após a
partida do “Doutor Leonel”, e que está aí, flagelado, raquítico, canhestro,
manco, contraditório, vendido, desfigurado, aliado ao PT, com o liliputiano
Carlos Lupi no leme e o patético Ciro Gomes na proa, fazendo composições
esdrúxulas regionalmente, tem algo a ver com o Trabalhismo Brasileiro? Com o
Trabalhismo Socialista? Com a Esquerda? Deixo as perguntas aos leitores.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b style="color: red;">***********************************</b></span></div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-89406427228426390132016-10-26T16:54:00.003-07:002016-11-08T07:27:47.839-08:00Esquerda? Que Esquerda? A do PT?<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="text-align: justify;">Vamos, numa série de artigos, dar um passeio pelo
cenário político-partidário do País, para saber onde estão os personagens da verdadeira
Esquerda. Comecemos pelo PT, que se diz “de Esquerda”. No Brasil, quando
falamos de Esquerda, lembramos do PCB, de 1922, comunistas marxistas-leninistas
de Astrojildo Pereira e, depois, Prestes, hoje de Ivan Pinheiro, e suas
históricas dissidências e linhas; no PSB de João Mangabeira, depois do
contraditório Arraes; nos Trabalhistas-Nacionalistas, a Esquerda</span><span style="text-align: justify;"> </span><span style="text-align: justify;">Democrática do PTB do Getúlio eleito em 1950,
de Jango e Brizola, depois PDT; nos trotskistas dissidentes do PCB de 1962, que
criaram o PC do B, de Grabois, depois de Amazonas, partido agora em falência nas
mãos do PT; nos Socialistas cristãos discípulos de Maritain, defensores do Dom
Hélder Câmara pós-64, habitantes de vários partidos; no MR8 próximo do antigo
MDB, por ele acolhido; do saudoso PSDB de Covas e Montoro; e em outras
vertentes populares e progressistas.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Tem-se falado muito, nos atuais estertores do PT,
que a Esquerda sofreu um duro golpe, mortal, com o <i>Petrolão</i> e a <i>Lava-Jato</i>.
Insistem: E, agora, com o PT desmoralizado, moribundo, considerado antes, ainda
no <i>Mensalão</i>, “uma quadrilha” pelo Judiciário;
o Lula, segundo o Ministério Público, comandante da “<i>propinocracia</i>” que aparelhou o Estado, saqueou a Petrobrás e vários
órgãos públicos, incluindo os “Fundos de Pensão”; o Zé Dirceu alquebrado,
condenado, em reclusão, pairando o risco de uma delação “laureada”, cartártica,
dele para ele mesmo, com um gravador camuflado na cela; com os esquálidos e minguados
“líderes” e ex-ministros processados; parlamentares, presidentes e tesoureiros da
sigla na cadeia – o que será da Esquerda? Pergunto: E o que tem a ver o PT com
a Esquerda Brasileira? Nada. Ou quase absolutamente nada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrW0TiJ7jCcWC_3Y0mMrEwh3X3kGl9rmRVTd6ljxeTjZUV0x7OHP4nPzchT9dKNFVDepkQ3dPaupt2I34ZgLHyDfjrLDvCDs6UNkR4J0FHpYPLd9wBUha9U_l6ZwtrB9-sgxVUrvIb7GI/s1600/Lula.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrW0TiJ7jCcWC_3Y0mMrEwh3X3kGl9rmRVTd6ljxeTjZUV0x7OHP4nPzchT9dKNFVDepkQ3dPaupt2I34ZgLHyDfjrLDvCDs6UNkR4J0FHpYPLd9wBUha9U_l6ZwtrB9-sgxVUrvIb7GI/s320/Lula.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nulidade, desgovernos e corrupção<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: noticias.uol.com.br)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>CAI A MÁSCARA</b> - No passado, antes de o Lula ser revelado apenas
como um hábil, sagaz, vitorioso negociador e líder sindical; depois, político fisiologista,
ladino, oportunista e arrivista, ideologicamente oco, dono pragmático de um
“partido”; demagogo sem ideias, sem rumos, sem posições, hoje réu por corrupção
e outros crimes em mais de um processo – pensou-se até que o PT, filosoficamente
e na <i>práxis </i>premonitória, fosse um
partido de Esquerda. Nem todos. Pois muitos disseram que o PT votou contra o
passo democrático que foi a eleição de Tancredo, que não assinou a
“Constituição Cidadã”, foi contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade
Fiscal. Entretanto, muita gente, verdadeiramente de Esquerda, bem intencionada,
além dos pato-oposicionistas a qualquer governo, dos ingênuos, dos tolos e dos
esquerdistas (estes na pior acepção que Lênin definiu), embarcou no PT. Antes
de o PT ser governo já se exibia, ética e politicamente, muito mais como hordas
tontas e oportunistas de pelegos sindicalistas e de grêmios estudantis do que
um partido político. O primeiro sinal de que não havia seriedade foi a <i>hopozissão</i> burra e cega, bem como a
decisão de não apoiar Brizola, um líder com história política e consistência
ideológica, após a sua volta do exílio e a sua natural candidatura à
Presidência. Consequência: a humilhante derrota para Collor. E mais duas
derrotas. Com a eleição e posse de Lula configurou-se o embuste, a fraude, uma
gestão para remunerar sindicalistas sem jornadas e candidatos derrotados,
intelectuais sem cérebros, esquerdistas profissionais (como havia e ainda há os
“estudantes profissionais”), uma estrutura de milhares de cargos comissionados para
pessoas despreparadas que os assumiram avidamente; e mais: cabides de empregos
destinados a párias sem ofício a viver do filantrópico Fundo Partidário,
dispostos a tudo. Quais os sintomas, os sinais dessa realidade distante dos
valores e dos ideais socialistas? Foram muitos, inúmeros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>DESGOVERNO E CORRUPÇÃO</b> - Em menos de trinta dias no Planalto, Lula começou a
rasgar as bandeiras do PT que empunhava por mais de vinte anos e confirmou os
caminhos neoliberais de FHC, com destaque para a continuidade da política
econômica, a elaboração do orçamento com superávits primários em desfavor do
País, para pagar juros da dívida, pela consolidação dos programas que os
petistas chamavam de <i>privataria</i>, a
taxação dos aposentados etc. Além de adotar e ampliar os programas sociais do
PSDB, que tanto criticavam e combatiam, logo, iniciou-se o aparelhamento total
do Estado e, em seguida, o Mensalão. O Bolsa-Família, sêmen de Cristóvão
Buarque, sistematizado e aprimorado por FHC, teoricamente um programa de
inclusão e promoção social, ao invés de ser uma alavanca contra a fome e a
miséria, condicionada à Educação e à Saúde, tornou-se uma caridade institucional
eleitoreira permanente, lugar de desvios e corrupção, onde uma porta é aberta
aos miseráveis para um curral de gado apascentado paternalisticamente, sem
saída, reproduzido geometricamente, objetivando a perpetuação do “partido” no
poder. Nos governos do PT, quem ganhava três salários mínimos o IPEA e o IBGE
transformaram em classe média. Eis a falsa inclusão. Vamos gastar, fazer prestações,
comprar automóveis. Os bancos nunca se fartaram tanto. Vamos endividar as
famílias. Vejam onde e como estamos! Mostrava-se, então, através de várias
decisões demagógicas, populistas e dissimuladamente “de esquerda”, atitudes tortas,
coxas, antinacionais, de suicídio em médio prazo, como se comprovou adiante, na
gastança criminosa, na orgia administrativa orçamentária e fiscal, que o PT
estava longe da Ética e dos programas tradicionalmente da Esquerda, de
igualdade, distribuição de riquezas; da justiça social responsável, das posições
nacionalistas e universalistas; da participação popular, de rédeas e regulação
do capital; do controle, fiscalização e intervenção estatal na economia, na vida
do País, visando à igualdade; serviços públicos de qualidade e a oportunidade
para todos. Ao final do segundo governo Lula, os desmandos, a ineficiência e a
corrupção já eram os principais agentes e programas da era petista.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E quem permaneceu no PT? Os poucos homens e
mulheres verdadeiramente de Esquerda deixaram o PT. Foram cuidar de suas vidas
ou, em erro, se abrigaram em outras siglas – PSOL e REDE – desgraçadamente,
hoje, forças auxiliares do PT. Onde estão as pessoas de Esquerda do PT? No PCB,
no PCLCP - Pólo Comunista Luiz Carlos Prestes, minguadamente dispersos em
alguns partidos, na academia, de pijamas, na Literatura, na Ensaística, no
Jornalismo; alguns desistiram, se ocultaram, viraram apicultores, recolhidos às
suas resignações, percorrendo suas vocações apolíticas, entre outros destinos. Não
há gente de Esquerda no PT. Permanecem no PT, ainda e incrivelmente, inocentes
inúteis, bobocas de crachá, dogmáticos sem dogmas, sem saber por que, carreiristas
sem escadas... mas Socialistas de ideias e de fato, sérios, retos, de doutrina,
convicção e militância, nenhum. E o País? Ainda é cedo. Ainda não sabemos.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b style="color: red;">***********************************</b></span></div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-17998515861562175392016-10-26T16:39:00.001-07:002016-11-08T07:29:25.232-08:00Abduções necessárias e urgentes<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<i><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Indivíduos que deveriam sumir,
desaparecer (suas imagens, vozes, atos e referências a eles), não aparecer na
mídia, em lugar nenhum, nem em psicografia de médium, estar fora do País, longe
do planeta há muito tempo. Mas desde quando?<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Ricardo
Berzoini</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> – Desde que mandou, como Ministro da Previdência
Social, em entrevista coletiva, aposentados e pensionistas com mais de noventa
anos, doentes ou com dificuldades de locomoção, “se virarem”, a fim de irem para
as filas do INSS de madrugada para se recadastrarem: “Não tenho nada com isto,
obrigação e problema de cada um...” Por isto, foi criado o <i>Troféu Berzoini da Crueldade</i>. Em 2014, fez inflamado discurso em
defesa de Pizzolato. Recentemente, as delações da Andrade Gutierrez fecharam a
tampa do caixão do bancário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Armando
Nogueira</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> (mesmo depois de morto) – Desde a redemocratização do
País em 1985, após 31 anos de ditadura militar quando cumpriu, com lealdade e
proficiência, o cargo de Assessor de Comunicação Social do Governo Federal,
chefiando o Jornalismo da Globo, especialmente três anos antes, com o escândalo
do Proconsult/Rede Globo, quando comandou a frustrada e desmascarada fraude
contra a eleição de Leonel de Moura Brizola ao Governo do Estado do Rio de
Janeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Aloizio
Mercadante</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> – Logo após o falecimento de Roberto Marinho, quando
fez mais de um pronunciamento no Congresso e concedeu várias entrevistas
perguntando ao universo: “<i>O que será da Educação e da Cultura Brasileiras
sem o Doutor Roberto Marinho?</i>” Há pouco tempo, gravações da Lava-jato
desnudaram completamente a sua conhecida vaidade e arrogância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Rubens
Ricupero</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> – Depois das suas declarações em 1994, como Ministro
da Fazenda, em rede nacional de TV, fora do ar, sem saber que estava sendo
gravado e captado por uma antena parabólica, quando revelou ao jornalista
Carlos Monforte sua posição quanto às informações econômicas do Governo: </span><span style="background: white; font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">"<i>Eu não tenho escrúpulos;
o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde</i>"</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<div style="text-align: left;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4gj47JaIacZCJfwVTiB5f20qqQpgCtUmEiOFG4vQuaJ2yoN48u6qe-f19oNjf2ofXmB1vTGogB6LZFn9xX1xhgeqcW6yaHoM1oD73E5A1MJMjhF9mPwdk9FYGwzTIo-gi0Z0_Ddr0W_U/s1600/Dilma.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4gj47JaIacZCJfwVTiB5f20qqQpgCtUmEiOFG4vQuaJ2yoN48u6qe-f19oNjf2ofXmB1vTGogB6LZFn9xX1xhgeqcW6yaHoM1oD73E5A1MJMjhF9mPwdk9FYGwzTIo-gi0Z0_Ddr0W_U/s320/Dilma.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nada + zero à esquerda + coisa alguma<br />
<span style="font-size: xx-small;">(Foto: www.brasilpost.com.br)</span></td></tr>
</tbody></table>
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Dilma
Rousseff</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> – Imediatamente após o aparecimento do primeiro
cromossomo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Fernando
Henrique Cardoso</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> –
Para alguns, desde que, ingressando na política partidária, começou a negar e
contraditar o seu passado como intelectual e professor; para outros, a partir
do momento que executou o programa de privatizações, doando e aniquilando
grande parte do patrimônio público nacional, dando origem e liderando a <i>privataria</i> até hoje intocável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Xuxa</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> – Em defesa da infância, desde que Pelé
lhe deu emprego como apresentadora de um programa para crianças na falecida
Rede Manchete.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Gritadores
“sertanejos”</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> –
Desde que, vestidos de <i>cowboys</i>
norte-americanos, rotularam baladas de baixíssima qualidade, inaudíveis, como
Música Caipira ou Música Sertaneja, gêneros, tradicional e autenticamente
brasileiros, com fulcro na História e na Cultura Brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Lindbergh
Farias</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> –
Desde que, em 2003, se elegeu pelo PT deputado federal com discursos veementes
prometendo investigar a fundo todo o processo de privatização promovida nos
governos do PSDB. Até quem odiava o PT votou no estudante. Tomou posse em 2004.
Desapareceu, ficou mudo no episódio do Mensalão, era um oculto no Congresso, e nada
fez em relação às privatizações de FHC. Em 2005 tomou posse como Prefeito de
Nova Iguaçu, sendo reeleito em 2008. Acumula processos como “o jovem alcaide da
Baixada”. Em 2011, voltou a Brasília como Senador pelas mãos de Sérgio Cabral
do PMDB. E continua a mudar de assunto quando o assunto é “privatizações”. Recentemente,
quando o vaso sanitário do seu gabinete apresentou problemas, preferiu mudar de
gabinete.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Chitãozinho
e Chororó, Ivete Sangalo, Daniel, Paula Fernandes, Zezé di Camargo e Luciano, Daniela
Mercury, Michel Teló e Cláudia Leite, entre outros semoventes </span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">– Desde que gravaram os seus primeiros
discos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Fausto
Silva</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> –
Desde que foi para a Globo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Raul
Gil</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> – Tolo e chato,
desde a concepção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Lula</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> – Desde foi eleito deputado federal por
SP, quando se revelou quem era – nada, um oportunista – e o que pretendia –
tudo, menos ser um Político, um Homem Público reto e coerente, com ideias e
posições. Alguns, mais benevolentes, acham que ele deveria ter sumido mais
tarde, coitado, logo após assumir a Presidência, quando taxou os aposentados, começou
a negar todas as causas que defendeu por décadas e destruir todas as bandeiras
do “partido” que criou. <i>Mensalão</i> e <i>Lava-jato</i> seriam vidas após a morte, a
serem consideradas futuramente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Carlinhos
Brown</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> –
Desagradável desde que começou a dar entrevistas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Fernando
Collor de Mello</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> –
Desde que conscientizou de que era filho de Arnon de Mello e entrou na
Política. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Pedro
Bial</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> –
Para alguns, desde se tornou o biógrafo canonizador de Roberto Marinho; para
outros, a partir do momento que se consagrou como apresentador do <i>Big Brother</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Ana
Maria Braga</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> –
Desde que apareceu na TV.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Pagodeiros</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"> – Desde que “músicos” sem talento, abaixo
da mediocridade, colocaram instrumentos típicos do Samba em “não melodias,
desarmonias e disritmias”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Roqueiros
brasileiros</span></b><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">
(Com as raríssimas e justas exceções) – Desastrosamente, desde que se convenceram
que poderiam imitar compositores norte-americanos e ingleses de <i>rocks</i>, passando a descompor, a fazer
barulho, a gritar textos musicalmente indizíveis.</span><span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><b style="color: red; font-family: verdana, sans-serif; font-size: medium;">***********************************</b></span></div>
</div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-11806115111314151942016-10-26T16:33:00.004-07:002016-11-08T07:30:09.459-08:00Perplexidades de um trabalhista após o processo de Impeachment<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="text-align: justify;">O Trabalhismo Brasileiro, seus personagens, seus
feitos, suas conquistas e os crimes que sofreu, foi o filão mais invocado,
louvado e venerado pelos discurseiros desarticulados do PT e seus aliados
durante as sessões do </span><i style="text-align: justify;">Impeachment</i><span style="text-align: justify;">. O
valioso acervo do Trabalhismo foi larga e despudoradamente utilizado. O PT
sempre odiou, combateu e ridicularizou a doutrina brasileira de Getúlio Vargas,
sistematizada por Alberto Pasqualini, prosseguida por João Goulart, renovada
por Leonel Brizola e Darcy Ribeiro. Essas figuras foram cantadas, incensadas,
em verso e prosa, pelo cinismo petista. Eis alguns assaltos oportunistas.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Vargas, o maior estadista da História do Brasil,
que editou a CLT, produto de uma equipe de notáveis de pensamento socialista,
que incluiu Lindolfo Collor entre outros, “<i>sempre
foi o ditador sanguinário, que construiu a CLT, documento fascista repressivo, de
dominação e controle dos trabalhadores, diploma ultrapassado, feito em cima da
Carta del Lavoro, de Mussolini</i>” – menospreza e brada o PT desde que existe.
Mas, nas sessões do processo de <i>impeachment</i>,
o PT, com as suas forças auxiliares, as siglas PT do B, PSOL e a maior parte do
deformado, corrompido e irreconhecível PDT, repetiam: “<i>A CLT é sagrada, uma conquista dos trabalhadores, que Getúlio Vargas
deu ao povo brasileiro. A CLT é o porto seguro dos trabalhadores. E Temer quer
revogar a CLT, um crime etc</i>.”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjidDWrSVf_2TnSvdmNnNu6gT-IQyfVTYO_lKXhnSuOcoVjxnMV3FvW_8i5jRARhho2VL1FFTp-UkPL0sRpDV1GzGm7J7vV2SehvecfheSYZUiM-XArK8NtCHpbxrzfID8EOifc2UKOVPQ/s1600/PT.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjidDWrSVf_2TnSvdmNnNu6gT-IQyfVTYO_lKXhnSuOcoVjxnMV3FvW_8i5jRARhho2VL1FFTp-UkPL0sRpDV1GzGm7J7vV2SehvecfheSYZUiM-XArK8NtCHpbxrzfID8EOifc2UKOVPQ/s1600/PT.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma quadrilha na lama<br />
<span style="font-size: xx-small;"> (Foto: <i>Folha de Tucuruí</i>)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Compararam ao cerco que Carlos Lacerda e a Direita entreguista
e golpista fizeram a Getúlio Vargas em 1954 e que o levaram ao suicídio à
posição de ré de Dilma Roussef. Chamaram o Palácio do Jaburu, de onde Temer
governava, de “<i>a mesma República do
Galeão que traiu Getúlio</i>”. Uma esquizofrenia histórica. O Senador Requião, homem
de Esquerda, nacionalista, é verdade, mas, equivocamente, aliado do PT, leu, na
íntegra, da tribuna, a <i>Carta do
Testamento de Getúlio Vargas</i>, emocionando o Plenário. Pretendeu encarnar a
Carta no PT, identificá-la com o partido de Lula. Uma grave distonia, uma patética
tentativa. Nenhuma identidade há do pensamento e da ação de Getúlio com as
patuscadas de aparelhamento do Estado, incompetência e corrupção dos governos
Lula e Dilma. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Para o PT, “<i>o
Sindicalismo que Getúlio criou foi falso, um instrumento de dirigismo do
ditador</i>”. O PT sempre se colocou contra o imposto sindical. Isto até a
posse de Lula em 2003. Nos últimos dias, “<i>Nada
mais democrático, legítimo e representativo que a herança de Getúlio, que teceu
a base democrática, popular e participativa do Sindicalismo brasileiro, que,
agora, Temer quer destruir..</i>.”</span></div>
<div class="MsoListParagraph">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Leonel Brizola, o último estadista da nossa
Política, sempre foi “<i>um demônio de
sobrancelhas grossas</i>”. Para os petistas, um inimigo mortal, mesmo sendo, generosamente,
o responsável pela maior transferência de votos já havida na política
brasileira, no caso, a favor de Lula no RJ, quando, em 1989, o “<i>sapo barbudo</i>” que não se elegeria
vereador entre os fluminenses, foi o mais votado no Rio de Janeiro e, também,
no Rio Grande do Sul. Pois bem, durante o processo de <i>impeachment</i>, Brizola foi “<i>a
referência da Esquerda</i> (que Lula e o PT nunca foram), <i>o grande líder nacionalista, trabalhista, socialista, democrata</i>”. </span></div>
<div class="MsoListParagraph">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O sociólogo, antropólogo e senador, o professor Darcy
Ribeiro, meu mestre e fraterno amigo, com Brizola, planejaram e construíram os
CIEPS, um sistema, pedagogia e didática de escola de tempo integral. Para o PT
“<i>depósitos de crianças, prédios
caríssimos, inúteis, programa eleitoreiro, demagogia brizolista</i>”. No início
dos anos 1990, o PT, através do então deputado federal Raul Pont, elaborou e
distribuiu panfletos insultuosos, degradantes, difamadores, contra Brizola,
Darcy e os CIEPS, nos corredores do Congresso Nacional, durante a discussão de
um projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de interesse da Direita
conservadora à qual o PT se aliou, e que se confrontava com uma proposição do
próprio Darcy. Nas sessões do <i>impeachment</i>,
Darcy foi citado e declamado todos os dias. Até Dilma, nos funerais do dia 31,
no Alvorada, mutilou um pensamento de Darcy, divulgando-o pela metade,
desfigurando-o, como fez <em><span style="background: white; font-style: normal;">Lewandowski
</span></em>com o texto constitucional, iludido ou persuadido de que o
dispositivo fosse uma emenda legislativa, passível de ser apreciada como DVS
(Destaque para Votação em Separado). Para arrematar, Dilma leu, raivosa e
ameaçadora, como é do seu risível estilo, a reprodução que seu <i>ghost writer</i> fez com versos do genial <span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">Vladimir Maiakovski<em><span style="font-style: normal;">, o grande poeta da Revolução de 1917 e notável vate
romântico, esta uma face que poucos conhecem</span></em></span>. Certamente,
Dilma, pensou que fosse um <i>slogan</i> de
uma vodca russa, adequada para curar o tombo petista. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Em conclusão, estupefacto, constato que fica para a
História Política Brasileira, terminado o processo de <i>Impeachment</i>, mais que uma apropriação indébita, mais que um assalto
explícito por parte do “<i>Lulismo</i>” (uma
péssima culinária do nosso molusco e nem de longe uma corrente ideológica séria),
ficando evidente que houve, mais que um furto, um verdadeiro roubo dos valores,
obras e personagens do adormecido Trabalhismo Brasileiro, atualmente invisível
na estrutura partidária do País e no Congresso Nacional.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b style="color: red;">***********************************</b></span></div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1023849337564753185.post-726145664481677592016-10-26T15:46:00.001-07:002016-11-08T07:25:24.756-08:00Algumas perplexidades de um cidadão brasileiro após o processo de Impeachment<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">O
Ministro Ricardo </span><em style="text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="background: white; font-style: normal;">Lewandowski</span></em><span style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">,
ao dividir ao meio a sanção constitucional, una e explicitamente indivisível,
decorrente do impedimento da Presidente da República pelo cometimento de crimes
de responsabilidade, dando um entendimento esdrúxulo ao Parágrafo Único, do
Artigo 52 da Constituição, sob a justificativa de que se tratava de “um
destaque”, semelhante aos que colocou em votação na Sessão de Pronúncia – levou
o Senado a se assemelhar a um empregador que dispensa um empregado por justa
causa e lhe entrega uma “carta de referência” positiva ao mercado, recomendando-lhe
“como um honesto, competente e produtivo trabalhador”.</span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix2O5OkTrjQXwZE65aDe_Xg5Ij_eB5smb9wJ9VJg_ex75pMiXNEy4os8auk4sQHHoLdxMVEADIwoqQlueThOA1RCkF4LpKWWyjT4zoq-AAArVBONda5jBFWyDu7iiO2ATsjdnAOrA-QKs/s1600/Dilma+e+Lewandowski.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix2O5OkTrjQXwZE65aDe_Xg5Ij_eB5smb9wJ9VJg_ex75pMiXNEy4os8auk4sQHHoLdxMVEADIwoqQlueThOA1RCkF4LpKWWyjT4zoq-AAArVBONda5jBFWyDu7iiO2ATsjdnAOrA-QKs/s320/Dilma+e+Lewandowski.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">(Foto: www.jorgeroriz.com)</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O dispositivo
constitucional citado determina: “... <i><span style="background: white;">limitando-se a
condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado
Federal, <b>à perda do cargo, com
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública</b>, sem
prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.”</span></i><span style="background: white;"> Ora, o
entendimento literal, claro, cristalino, para qualquer alfabetizado, da
preposição “com” traduz-se numa adição, numa companhia inseparável, vinculante,
em simultaneidade, num acréscimo insubstituível que forma uma sanção única,
indissolúvel. Não existe a conjunção alternativa “ou”. Nem a conjunção coordenativa
aditiva “e”, que poderia ser entendida como uma “pena acessória”, como “algo
mais”. </span><span style="background: white; mso-bidi-font-family: Arial;">No
mínimo, o Presidente deveria dar ao Plenário o direito de decidir sobre o corte
ao meio, a separação da sanção em duas sanções. Errou <em><span style="font-style: normal;">Lewandowski</span></em>. Primariamente. E todos comeram
moscas ao considerar que, no País, só existe função pública, que à Dilma não é
possível, naturalmente, procurar ocupação ou emprego no setor privado, como faz
a maioria dos brasileiros.</span></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "wingdings";"> </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A
Presidente da República foi ao Senado na última quinta-feira. Não respondeu a uma
pergunta sequer. Disse o que quis, como quis, no tempo que lhe conveio. Com um
discurso deplorável na forma, prenhe de erros, e no conteúdo, falso,
inverídico, infundado. Sem réplicas. Ginasianamente. Seus asseclas disseram que
ela “demoliu a acusação”. Na realidade, houve uma auto-implosão asnal.
Perguntada, nada disse. E tudo lhe foi perguntado. Melhor seria que nada se
perguntasse. E tempo não se perdesse.</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-indent: -18pt;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; text-indent: -18pt;">O
Trabalhismo Brasileiro, seus personagens, seus feitos, suas conquistas e os crimes
que sofreu, transformou-se no grande acervo para os discurseiros desarticulados
do PT e seus aliados. O PT sempre odiou, combateu e ridicularizou Getúlio
Vargas, João Goulart, Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, a doutrina trabalhista
brasileira. Eis alguns assaltos oportunistas:</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo5; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>Vargas, o maior estadista da História do Brasil,
que editou a CLT, produto de uma equipe de notáveis de pensamento socialista
(Lindolfo Collor e outros), “sempre foi o ditador sanguinário, que construiu a
CLT, documento fascista de dominação e controle dos trabalhadores, diploma
ultrapassado, feito em cima da <i>Carta del
Lavoro</i>, de Mussolini”. Mas, nas sessões do processo de <i>impeachment</i>, repetiam: “A CLT é sagrada, uma conquista dos
trabalhadores, que Getúlio Vargas deu ao povo brasileiro. A CLT é o porto
seguro dos trabalhadores. E Temer quer revogar a CLT, um crime etc.”. </span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>Compararam ao cerco que Carlos Lacerda e a
Direita fizeram a Getúlio Vargas em 1954 e que o levaram ao suicídio à posição
de ré de Dilma Roussef. Chamaram o Palácio do Jaburu, de onde Temer governava,
de “a mesma República do Galeão que traiu Getúlio”. Uma esquizofrenia
histórica. O Senador Requião, nacionalista, é verdade, mas aliado do PT, leu,
na íntegra, da tribuna, a <i>Carta do
Testamento de Getúlio Vargas</i>, emocionando o Plenário. Pretendeu encarnar a
Carta no PT, identificá-la com o partido de Lula. Impossível. Nenhuma
identidade. </span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>Para o PT, o Sindicalismo que Getúlio criou
sempre foi falso, dirigido pelo ditador. O PT sempre se colocou contra o
imposto sindical. Até a posse de Lula em 2003. Nos últimos dias, nada mais
democrático, legítimo e representativo que a “herança sindical de Getúlio, que
teceu a base do Sindicalismo brasileiro, que, agora, Temer quer destruir...”</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>Leonel Brizola, o último estadista que este País
teve, sempre foi “um demônio” para os petistas, inimigo mortal, mesmo sendo o
responsável pela maior transferência de votos já havida na política brasileira
a favor de Lula no RJ, quando, em 1989, o “sapo barbudo” não se elegeria
vereador entre os fluminenses. Pois bem, durante o processo de <i>impeachment</i>, Brizola foi a referência da
Esquerda (que Lula e o PT nunca foram), o grande líder nacionalista,
trabalhista, socialista, democrata. </span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo4; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>Darcy Ribeiro construiu os CIEPS. Para o PT
“depósitos de crianças, prédios caríssimos, programa sem pedagogia, demagogia
brizolista”. No início dos anos 1990, o PT elaborou e distribuiu panfletos
contra Brizola, Darcy e os CIEPS, nos corredores do Congresso Nacional, durante
a discussão de um projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de
interesse da Direita conservadora, que se confrontava com uma proposição do
próprio Darcy. Nas sessões do <i>impeachment</i>,
Darcy foi citado e recitado todos os dias. Até Dilma, nos funerais do dia 31,
no +Alvorada, mutilou um pensamento de Darcy. Pior: leu a reprodução do seu <i>ghost writer</i> de versos de <em><span style="background: white; font-style: normal;">Maiakovski</span></em>. Certamente,
Dilma pensou que fosse um <i>slogan</i> de
uma vodca russa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">Falas
patéticas:<span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l4 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]-->“<i>Este
Senado não tem moral para julgar a Presidenta Dilma</i>” </span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">( Gleise Hoffmann, inflando-se de
moralismo e sem argumentos.)</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l4 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->“<i>Eu
acuso... Eu acuso... Eu acuso...</i>” </span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(Lindberg Farias,
tentando ser tribuno, fingindo genialidade, ao plagiar mal o repetido recurso
estilístico que Émile Zola utilizou – “<i>J’acuse</i>”
- na carta ao Presidente Felix Faure, na França de 1898. Enquanto isto, os seus
eleitores aguardam, até hoje, a sua prometida e devastadora ação parlamentar contra
a <i>privataria</i> do PSDB, discurso com o
qual se elegeu, enganando os eleitores em 2002.)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l4 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span></span><!--[endif]-->“<i>A Presidenta
Dilma vai ficar com uma aposentadoria de R$ 5 mil. Ela não vai poder dar aulas
em universidades... Por isto, peço às senhoras e aos senhores que não votem
pela inabilitação para o exercício de funções públicas.”</i></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(Kátia Abreu clamando
ao Plenário para não aplicar a devida pena de inabilitação, certa de que Dilma
pode dar aula em universidades quando a falecida “Presidenta” está, há vinte
anos, para concluir o curso de mestrado.)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Onomatopeias:<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l4 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>Voz de manicure aflita e endividada.<b><o:p></o:p></b></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(Gleise Hoffmann em arroubos de
inconformismo)<b><o:p></o:p></b></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l4 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>Voz de menino contrariado, forçado a ir ao
dentista e com mesada atrasada.</span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(Lindberg Farias raivoso com Ronaldo
Caiado)</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Humor: <o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>As falas críticas e verdadeiras do Senador Magno
Malta, em linguagem popular, repletas de adágios, folclore brasileiro, citações
bíblicas e alcunhas perfeitas criadas por ele mesmo.</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l3 level1 lfo3; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>O Ministro <em><span style="background: white; font-style: normal;">Lewandowski</span></em>
chamando o Senador Cidinho Santos de “Senadora Cidinha Santos”, e o Senador
Cristóvão Buarque de “Senador Cristóvão Colombo”.</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Jargões mais ouvidos:</span></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l4 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>“<i>Todo esse
processo é uma farsa, uma fraude nascida do ódio de Eduardo Cunha contra a
Presidenta Dilma, uma vingança do ex-presidente da Câmara. Trata-se de um
processo nascido de um desvio de finalidade. Não existem as digitais de Dilma.</i>..”</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(A alguns do
PT parece que Eduardo Cunha foi orientado por Barak Obama)</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l4 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>“A <i>presidenta
Dilma é uma mulher honrada, uma mulher honesta</i>...”</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">“<i>Não mente, nunca mentiu, nunca enganou
ninguém...” – diziam alguns petistas</i>."</span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; mso-list: l4 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;">·<span style="font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span>“<i>Não está
provado o crime de responsabilidade</i>.”</span><br />
<br />
“ <span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><i>Onde está o crime? Se não há crime, não há
autoria. E onde está o autor?</i>” perguntou o petista. “<i>No Alvorada</i>” – respondeu
um senador do PMDB.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b style="color: red; text-indent: 0px;">***********************************</b></span></div>
</div>
Marcelo Câmarahttp://www.blogger.com/profile/09161977473914281092noreply@blogger.com0