quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Abduções necessárias e urgentes

Indivíduos que deveriam sumir, desaparecer (suas imagens, vozes, atos e referências a eles), não aparecer na mídia, em lugar nenhum, nem em psicografia de médium, estar fora do País, longe do planeta há muito tempo. Mas desde quando?

Ricardo Berzoini – Desde que mandou, como Ministro da Previdência Social, em entrevista coletiva, aposentados e pensionistas com mais de noventa anos, doentes ou com dificuldades de locomoção, “se virarem”, a fim de irem para as filas do INSS de madrugada para se recadastrarem: “Não tenho nada com isto, obrigação e problema de cada um...” Por isto, foi criado o Troféu Berzoini da Crueldade. Em 2014, fez inflamado discurso em defesa de Pizzolato. Recentemente, as delações da Andrade Gutierrez fecharam a tampa do caixão do bancário.

Armando Nogueira (mesmo depois de morto) – Desde a redemocratização do País em 1985, após 31 anos de ditadura militar quando cumpriu, com lealdade e proficiência, o cargo de Assessor de Comunicação Social do Governo Federal, chefiando o Jornalismo da Globo, especialmente três anos antes, com o escândalo do Proconsult/Rede Globo, quando comandou a frustrada e desmascarada fraude contra a eleição de Leonel de Moura Brizola ao Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Aloizio Mercadante – Logo após o falecimento de Roberto Marinho, quando fez mais de um pronunciamento no Congresso e concedeu várias entrevistas perguntando ao universo: “O que será da Educação e da Cultura Brasileiras sem o Doutor Roberto Marinho?” Há pouco tempo, gravações da Lava-jato desnudaram completamente a sua conhecida vaidade e arrogância.

Rubens Ricupero – Depois das suas declarações em 1994, como Ministro da Fazenda, em rede nacional de TV, fora do ar, sem saber que estava sendo gravado e captado por uma antena parabólica, quando revelou ao jornalista Carlos Monforte sua posição quanto às informações econômicas do Governo: "Eu não tenho escrúpulos; o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde".

Nada + zero à esquerda + coisa alguma
(Foto: www.brasilpost.com.br)
Dilma Rousseff – Imediatamente após o aparecimento do primeiro cromossomo.

Fernando Henrique Cardoso – Para alguns, desde que, ingressando na política partidária, começou a negar e contraditar o seu passado como intelectual e professor; para outros, a partir do momento que executou o programa de privatizações, doando e aniquilando grande parte do patrimônio público nacional, dando origem e liderando a privataria até hoje intocável.

Xuxa – Em defesa da infância, desde que Pelé lhe deu emprego como apresentadora de um programa para crianças na falecida Rede Manchete.

Gritadores “sertanejos” – Desde que, vestidos de cowboys norte-americanos, rotularam baladas de baixíssima qualidade, inaudíveis, como Música Caipira ou Música Sertaneja, gêneros, tradicional e autenticamente brasileiros, com fulcro na História e na Cultura Brasileira.

Lindbergh Farias – Desde que, em 2003, se elegeu pelo PT deputado federal com discursos veementes prometendo investigar a fundo todo o processo de privatização promovida nos governos do PSDB. Até quem odiava o PT votou no estudante. Tomou posse em 2004. Desapareceu, ficou mudo no episódio do Mensalão, era um oculto no Congresso, e nada fez em relação às privatizações de FHC. Em 2005 tomou posse como Prefeito de Nova Iguaçu, sendo reeleito em 2008. Acumula processos como “o jovem alcaide da Baixada”. Em 2011, voltou a Brasília como Senador pelas mãos de Sérgio Cabral do PMDB. E continua a mudar de assunto quando o assunto é “privatizações”. Recentemente, quando o vaso sanitário do seu gabinete apresentou problemas, preferiu mudar de gabinete.

Chitãozinho e Chororó, Ivete Sangalo, Daniel, Paula Fernandes, Zezé di Camargo e Luciano, Daniela Mercury, Michel Teló e Cláudia Leite, entre outros semoventes – Desde que gravaram os seus primeiros discos.

Fausto Silva – Desde que foi para a Globo.

Raul Gil – Tolo e chato, desde a concepção.

Lula – Desde foi eleito deputado federal por SP, quando se revelou quem era – nada, um oportunista – e o que pretendia – tudo, menos ser um Político, um Homem Público reto e coerente, com ideias e posições. Alguns, mais benevolentes, acham que ele deveria ter sumido mais tarde, coitado, logo após assumir a Presidência, quando taxou os aposentados, começou a negar todas as causas que defendeu por décadas e destruir todas as bandeiras do “partido” que criou. Mensalão e Lava-jato seriam vidas após a morte, a serem consideradas futuramente.

Carlinhos Brown – Desagradável desde que começou a dar entrevistas.

Fernando Collor de Mello – Desde que conscientizou de que era filho de Arnon de Mello e entrou na Política.

Pedro Bial – Para alguns, desde se tornou o biógrafo canonizador de Roberto Marinho; para outros, a partir do momento que se consagrou como apresentador do Big Brother.

Ana Maria Braga – Desde que apareceu na TV.

Pagodeiros – Desde que “músicos” sem talento, abaixo da mediocridade, colocaram instrumentos típicos do Samba em “não melodias, desarmonias e disritmias”.


Roqueiros brasileiros (Com as raríssimas e justas exceções) – Desastrosamente, desde que se convenceram que poderiam imitar compositores norte-americanos e ingleses de rocks, passando a descompor, a fazer barulho, a gritar textos musicalmente indizíveis.



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