Indivíduos que deveriam sumir,
desaparecer (suas imagens, vozes, atos e referências a eles), não aparecer na
mídia, em lugar nenhum, nem em psicografia de médium, estar fora do País, longe
do planeta há muito tempo. Mas desde quando?
Ricardo
Berzoini – Desde que mandou, como Ministro da Previdência
Social, em entrevista coletiva, aposentados e pensionistas com mais de noventa
anos, doentes ou com dificuldades de locomoção, “se virarem”, a fim de irem para
as filas do INSS de madrugada para se recadastrarem: “Não tenho nada com isto,
obrigação e problema de cada um...” Por isto, foi criado o Troféu Berzoini da Crueldade. Em 2014, fez inflamado discurso em
defesa de Pizzolato. Recentemente, as delações da Andrade Gutierrez fecharam a
tampa do caixão do bancário.
Armando
Nogueira (mesmo depois de morto) – Desde a redemocratização do
País em 1985, após 31 anos de ditadura militar quando cumpriu, com lealdade e
proficiência, o cargo de Assessor de Comunicação Social do Governo Federal,
chefiando o Jornalismo da Globo, especialmente três anos antes, com o escândalo
do Proconsult/Rede Globo, quando comandou a frustrada e desmascarada fraude
contra a eleição de Leonel de Moura Brizola ao Governo do Estado do Rio de
Janeiro.
Aloizio
Mercadante – Logo após o falecimento de Roberto Marinho, quando
fez mais de um pronunciamento no Congresso e concedeu várias entrevistas
perguntando ao universo: “O que será da Educação e da Cultura Brasileiras
sem o Doutor Roberto Marinho?” Há pouco tempo, gravações da Lava-jato
desnudaram completamente a sua conhecida vaidade e arrogância.
Rubens
Ricupero – Depois das suas declarações em 1994, como Ministro
da Fazenda, em rede nacional de TV, fora do ar, sem saber que estava sendo
gravado e captado por uma antena parabólica, quando revelou ao jornalista
Carlos Monforte sua posição quanto às informações econômicas do Governo: "Eu não tenho escrúpulos;
o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde".
Nada + zero à esquerda + coisa alguma (Foto: www.brasilpost.com.br) |
Fernando
Henrique Cardoso –
Para alguns, desde que, ingressando na política partidária, começou a negar e
contraditar o seu passado como intelectual e professor; para outros, a partir
do momento que executou o programa de privatizações, doando e aniquilando
grande parte do patrimônio público nacional, dando origem e liderando a privataria até hoje intocável.
Xuxa – Em defesa da infância, desde que Pelé
lhe deu emprego como apresentadora de um programa para crianças na falecida
Rede Manchete.
Gritadores
“sertanejos” –
Desde que, vestidos de cowboys
norte-americanos, rotularam baladas de baixíssima qualidade, inaudíveis, como
Música Caipira ou Música Sertaneja, gêneros, tradicional e autenticamente
brasileiros, com fulcro na História e na Cultura Brasileira.
Lindbergh
Farias –
Desde que, em 2003, se elegeu pelo PT deputado federal com discursos veementes
prometendo investigar a fundo todo o processo de privatização promovida nos
governos do PSDB. Até quem odiava o PT votou no estudante. Tomou posse em 2004.
Desapareceu, ficou mudo no episódio do Mensalão, era um oculto no Congresso, e nada
fez em relação às privatizações de FHC. Em 2005 tomou posse como Prefeito de
Nova Iguaçu, sendo reeleito em 2008. Acumula processos como “o jovem alcaide da
Baixada”. Em 2011, voltou a Brasília como Senador pelas mãos de Sérgio Cabral
do PMDB. E continua a mudar de assunto quando o assunto é “privatizações”. Recentemente,
quando o vaso sanitário do seu gabinete apresentou problemas, preferiu mudar de
gabinete.
Chitãozinho
e Chororó, Ivete Sangalo, Daniel, Paula Fernandes, Zezé di Camargo e Luciano, Daniela
Mercury, Michel Teló e Cláudia Leite, entre outros semoventes – Desde que gravaram os seus primeiros
discos.
Fausto
Silva –
Desde que foi para a Globo.
Raul
Gil – Tolo e chato,
desde a concepção.
Lula – Desde foi eleito deputado federal por
SP, quando se revelou quem era – nada, um oportunista – e o que pretendia –
tudo, menos ser um Político, um Homem Público reto e coerente, com ideias e
posições. Alguns, mais benevolentes, acham que ele deveria ter sumido mais
tarde, coitado, logo após assumir a Presidência, quando taxou os aposentados, começou
a negar todas as causas que defendeu por décadas e destruir todas as bandeiras
do “partido” que criou. Mensalão e Lava-jato seriam vidas após a morte, a
serem consideradas futuramente.
Carlinhos
Brown –
Desagradável desde que começou a dar entrevistas.
Fernando
Collor de Mello –
Desde que conscientizou de que era filho de Arnon de Mello e entrou na
Política.
Pedro
Bial –
Para alguns, desde se tornou o biógrafo canonizador de Roberto Marinho; para
outros, a partir do momento que se consagrou como apresentador do Big Brother.
Ana
Maria Braga –
Desde que apareceu na TV.
Pagodeiros – Desde que “músicos” sem talento, abaixo
da mediocridade, colocaram instrumentos típicos do Samba em “não melodias,
desarmonias e disritmias”.
Roqueiros
brasileiros
(Com as raríssimas e justas exceções) – Desastrosamente, desde que se convenceram
que poderiam imitar compositores norte-americanos e ingleses de rocks, passando a descompor, a fazer
barulho, a gritar textos musicalmente indizíveis.
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